Ajeitou os óculos escuros, tocou levemente os cabelos preso em um coque bem arquitetado e caminhou rumo ao enorme edifício. Cruzou com alguns conhecidos, acenou para eles, sorriu animalesca, porquanto entrara no elevador. Solitária naquele espaço, aproveitou para alinhar suas roupas impecáveis, fitou-se diante ao espelho, estava perfeita.
O dia situava-se airoso, a ideia de almoçar com o companheiro pairava em sua mente, por justa causa, não tardou a sair de casa e fazer uma surpresa para ele no trabalho. Afinal, necessitavam conversar sobre o jantar na casa de seus pais. Quando as portas se abriram, alardeou graciosa, ultrapassou a secretária dizendo algumas meias-palavras a ela e entrou no corredor, nunca compreendera o porquê do ornamento ser inteiramente albugíneo, Sasuke odiava branco. Tateou o trinco da porta pronta para abri-la e jogar-se nos braços do seu esposo, todavia antes de concretizá-lo, ouviu risadas provindas da sala seguidamente de seu nome, arqueou as sobrancelhas, curiosa. No momento em que Itachi, estabelecia um colóquio, aproximou-se da entrada para atentar-se mais à conversa.
“E então Sasuke, como anda o casamento?” Houve um silêncio, as risadas tinham cessado, Sakura encrespou o cenho, metediça. Estranhou a demora do marido em se pronunciar, eles estavam ótimos! Tudo em seu devido lugar.
“Está tudo péssimo. Ela é minha esposa, eu a amo, mas as vezes, nós parecemos dois estranhos. Ela me evita o tempo inteiro, Sakura é uma criancinha simplória que trata-me feito um... Sei lá, amigo de escola, nós nem transamos mais, estou cheio de tudo isso, ficar em casa está cada vez mais insuportável e parece que ela sequer percebeu. Andei pensando muito e acho que vou pedir o divórcio.” O mutismo aumentou, fungou por detrás da porta, tentando conter as minímas gotículas de água que caíam dos olhos, aspirou com força, pressionou superficialmente a testa sobre a fissura de madeira e respirou fundo “Pedirei depois do jantar da família.”
Afastou-se da porta temendo ser flagrada. Recusou-se a ouvir o resto da conversa, andou apressada para fora do prédio, fungou algumas vezes adentrando o carro, pedindo para o motorista levá-la de volta para casa. Maldito! Mil vezes maldito! Ainda desacreditava na maneira em que ele expressara sobre si. Uma criancinha? Divórcio? Oh, não, querido, as coisas não seriam tão fáceis a este ponto. Ao chegar em sua mansão, ligou imediatamente para suas duas melhores amigas pedindo para elas encontrarem consigo ali. Uma hora depois, o trio jazia sentado próximo a uma mesinha no jardim. Após explicar todo o ocorrido para as moças, conseguiu, finalmente, tranquilizar-se.
“Ele decidiu pedir o divórcio depois do jantar da família e eu estou muito furiosa. Ao mesmo tempo em que quero salvar meu casamento, também ambiciono me vingar e fazê-lo pagar por tudo o que disse sobre mim, isso é muito injusto! Eu desisti de tudo para ficar com ele e olha o que ganho. Uma separação, depois de três anos juntos, por causa de sexo.”
“Bem, vingue-se dele, mas salve seu casamento.”
“E como farei isso Ten Ten? Ele parecia muito decidido.”
“Seduz ele e depois dê uma facada no seu coração.” Profanou Temari absorta em seus pensamentos, notou as amigas fitando-a e completou. “Não literalmente. Seduz ele, prepare um jantar, sei lá, a questão é que você tem que mostrar para esse idiota quem está no comando e que as coisas acontecem quando você quer e não ele, mostra do que é capaz Sakura. Deixa ele louquinho por você e o faça lembrar-se do porquê se casaram.”
“Para mim é uma boa ideia.”
“Okay, mas como farei isso? Eu tenho pouco tempo.”
“Use a cabeça, surpreenda-o, faça coisas que nunca pensou em fazer e isso o deixará louco, tenho certeza! Se Sasuke acha que você não o ama mais, prove o contrário, mostre como ele está errado e que você o ama.”
“Eu juro que vou tentar.”
“E vai conseguir, você é inteligente, vai pensar em algo.”
Sakura assentiu um tanto temerosa, tampouco a tarde passara veloz. No momento em que suas amigas foram embora, dispensou todos os empregados. Era noite e Sasuke chegaria em breve, por isso, pôs-se a trabalhar. Deixou a água corrente fluir para dentro da enorme banheira retangular, ajustou o aquecimento na temperatura correta. Apanhou uns incensos, sendo este, pouco, leve e suave depositando-o em lugares estratégicos.
Jogou alguns sais de banho permitindo um elevado tamanho de espuma fazer-se presente, somando um tanto de gotículas de óleo e colocou duas toalhas brancas de algodão facultando o seu acesso. Afastou uma parte da cortina, surpresa ao ver o marido estacionando o carro. Voltou novamente para o banheiro deixando a porta levemente entreaberta. Retirou as roupas com calma, dobrando-as sobre uma cesta próximo a bancada de marmanjolas.
Amarrou os cabelos em um coque firme, subiu no deck coberto por cimentício branco e entrou na banheira, ficando com o corpo submerso até o pescoço. Inspirou profundamente, fechando os olhos por alguns segundos, escutou os ruídos entre vindos do quarto e passou a massagear o antebraço tenuemente de maneira aérea.
O plano seria posto em prática.
Faria o seu marido pagar por cada palavra.
O Uchiha adentrara o ambiente, sua gravata estava afrouxada, a blusa entreaberta, a respiração tangível, ele abeirava perto de si com um contemplar faminto.
“Venha Sasuke, tome um banho comigo.”
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