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História Inimigas Classe A - Tic-Toc


Escrita por: PirouLirou

Capítulo 5 - Tic-Toc


Fanfic / Fanfiction Inimigas Classe A - Tic-Toc

Quando Spencer e Brooke finalmente chegaram à cabana, elas não encontraram o corpo de Caleb, ambas criaram teorias do que poderia ter acontecido, mas havia apenas uma resposta lógica para tudo: Anônima não desejava que elas apenas forjassem a morte de Caleb, o(a) novo(a) assassino(a) prentendia brincar com as garotas, as fazendo decifrar pistas e depois que seguirem as ordens elas possivelmente conseguiriam completar o que havia sido demandado. Todos estavam em uma partida assassina, qualquer derrapada poderia acabar com suas vidas e de que as rodeiam. Jogar conforme as pistas eram dadas seria a única chance de sobreviverem a um Serial Killer.

Brooke não estava bem, a cada minuto que se passava, ela encontrava-se mais aprisionada em meio às linhas bordadas no jogo criado por Anônima, estar em uma partida onde sua vida erao prêmio máximo estava sendo cansativo, agora ela tinha apenas mais duas horas para conseguir sobreviver. Sua pele começava a mudar o tom rosado para algo cinza e mórbido, o veneno já dava sinais de que não restava muito tempo, mesmo Spencer tendo ficado ao seu lado explicando que havia chances, Brooke já não estava mais confiante, o tempo corria rapidamente e Stavo, tendo esforçando-se ao extremo, sequer tinha conseguido decifrar o enigma, ela sabia que não havia outra saída, sua morte seria inevitável.

Aria e Chanel trouxeram Stavo para a cabana, elas acreditaram que todos juntos pensariam melhor, também ficaria mais fácil de buscarem o antídoto caso o perímetro onde ele encontrava-se fosse avantajado.

Brooke sentou-se no capo do carro de Aria, ela encarou a floresta e notou que o sol da manhã já havia irradiado todo o local, uma de suas mãos caminhou sobre seu ombro ferido e ela desamarrou o fiapo da blusa de Spencer que estava pressionando seu braço para impedir o sangramento, bem, aquilo não importava mais, perde seu sangue não era uma preocupação primordial. Stavo caminhou até ela deixando Chanel, Aria e Spencer discutindo para onde Anônima havia levado o corpo de Caleb e como poderiam descobrir sem sequer receberem uma pista, ele sentou ao lado de Brooke e ficou a encarando, tentando entender o que ela estava pensando naquele momento.

- Dá para acreditar? – Brooke resmungou. – Eu tenho menos de duas horas de vida.

- Vamos lá, não podemos desistir agora. – Stavo levou sua mão até o cabelo ainda molhado de Brooke e colocou atrás de sua orelha. – Você sempre foi a durona do grupo, não faz seu gênero dar o braço a torcer.

Ela continuou encarando a floresta.

- É bem difícil ser durona quando tudo dentro de você está sendo corroído. – A voz dela foi fria e ao mesmo tempo indefesa. – Stavo, você poderia me fazer um favor?

Ele maneou com a cabeça concordando.

- Diga para meus pais que eu os amo muito, e que me perdoem por ter sido uma filha rebelde por diversas vezes, tente explicar para eles que ser indisciplinável era algo que nem eu mesma conseguia controlar. – Ela pausou, levou ar até seus pulmões enquanto seus olhos marejavam e retornou com as palavras. – Quero que também diga para Aria que eu a perdoei por ter estragado o meu vestido do baile. Eu sei que ela está aqui, mas você me conhece, eu sou a Brooke Maddox, não falaria isso pra ela nem caso fosse necessário para conseguir sobreviver.

- Eu não vou te perder, Brooke. - Ele disse.

Stavo sentiu uma ampla agonia enquanto observava os olhos de Brooke lacrimejarem, ela estava tentando ser forte, ocultava as lágrimas pressionando seus lábios ressecados, suspirando por um longo tempo e guardando o nó que ela não suportava mais segurar na garganta, porém não demorou muito para que sua frieza transforma-se em lágrimas, e quanto isso aconteceu os braços de Stavo envolveram-se entre o corpo frágil dela, eles se abraçaram, e as mãos de Brooke posaram-se no ombro largos dele, o dedos finos dela eram pressionados contra o tecido da blusa de Stavo, as lágrimas de Brooke caíram sobre a roupa dele, e ele pressionou suas pálpebras umas contra as outras, fechando seus olhos e sentindo apenas o resto do perfume de Brooke misturado com o cheiro da chuva horas mais cedo. Antes de separarem, Stavo aproximou seus lábios da testa dela e a beijou por longos segundos.

Da varanda da cabana, as garotas observavam a cena, por um instante Aria quis caminhar até Brooke para pedi perdão, porém ela ainda tinha esperança de que em menos de duas horas conseguiriam resolver tudo e provavelmente aquele momento fúnebre iria terminar, portanto ela voltou sua atenção para o que Chanel estava dizendo.

- O que acham de percorremos a floresta? Quem sabe o corpo do Caleb esteja próximo? – Chanel amarrou seu cabelo em um rabo de cavalo que ficou totalmente embaraçado.

- Sem chances de o corpo estar nestas redondezas, Anônima não... – Spencer começou a opinar, mas foi interrompida quando surgiu um barulho na porta dos fundos da cabana, as garotas sobressaltaram e entreolharam-se.

Chanel olhou para trás e encarou Brooke e Stavo mexendo no celular, possivelmente eles estavam lendo o enigma que Anônima os deram: “ÀS VEZES O AMOR OBRIGA VOCÊ A OCULTAR OS FATOS, QUEM AMA É O SEU ÚNICO ANTÍDOTO”. As garotas acharam melhor não alertarem eles sobre nada, elas mesmas entrariam na cabana e confeririam o que havia propagado aquele barulho.

Spencer suspirou, suas mãos trêmulas escorregaram pela maçaneta da porta abrindo-a com poucos rangidos, porém seus passos reforçados e precisos sobre os degraus da velha escadaria que rangiam bruscamente enquanto ela entrava na cabana, deteriorou os planos dela de entrar silenciosamente, as garotas pararam na sala, observaram os vidros da janela espalhados pelo chão e o sangue da Brooke ainda fresco no revestimento de madeira. O sono e o cansaço deram espaço para o medo e novamente a sensação de estarem em apuros retomou a mente de todas, fazendo seus corações acelerarem.
Ouviu-se um passo em direção ao cômodo aonde elas encontravam-se, Aria e Chanel deram-se as mãos enquanto Spencer agachou e pegou um pedaço de caco de vidro, não importava se aquele tipo de defesa iria machucá-la, ela estava determinada o bastante para apunhalar quem estivesse tentando atacá-las.

Os passos ficaram mais intenso, alguém estava aproximando-se.
Spencer apertou sua mão contra o pedaço de vidro que serviria como arma, enquanto alguém se aproximava os corações delas batiam como uma bateria, o rangido que os passos faziam na madeira apenas as deixavam com mais receias, porém quando finalmente alguém apareceu na porta as garotas suspiraram aliviadas e ao mesmo tempo surpresas, Spencer jogou o caco de vidro num canto da sala e pressionou a palma da mão mesmo sangrando contra seu rosto.

- O que vocês estão fazendo aqui? – Questionou Spencer encarando Alison, Damon e Scott parados na porta, eles pareciam assustados. – Scott, eu achei que você e Damon estavam com a Lydia, cadê ela? E Alison, onde você se meteu?

As perguntas se embolaram na cabeça deles, Alison caminhou cambaleando até o sofá e se sentou. A poeira que encontrava no móvel disseminou pelo ar, porém aquilo não foi um problema para ela que aparentava-se exausta. Era possível localizar em seu corpo vários arranhões e marcas bem escuras de sujeira, as garotas concluíram que ela havia fugido pela mata, e Alison confirmou, porém acrescentou que Anônima tinha a perseguido na floresta durante uns vinte minutos, o seu rosto e cabelo estavam sujos e molhados, os garotos encontravam-se do mesmo estado.

- Nós não vimos a Lydia. – Damon explicou respondendo ao questionamento de Spencer.
- Onde vocês dois estavam quando Anônima começou a nos usar como alvo? – Chanel perguntou.

- Eu fiquei esperando o Scott, depois que ele veio encontrar a Spencer ele não voltou mais para o carro. – Damon suspirou fundo levando ar até os pulmões. – Eu resolvi vir até a cabana e avistei sangue no carpete e a Alison correndo pela mata.

- Depois eu e Damon nos encontramos, e ele me ajudou a escapar da Anônima. – Alison completou. – Já Scott, bem, nós o encontramos há pouco tempo.

- Eu... – Scott começou a pronunciar algo, entretanto o celular de Chanel começou a tocar. Elas ficaram receosas, acreditando ser Anônima, porém quando Chanel abriu a mensagem seus olhos sobressaltaram, era uma mensagem de Emily:

“Eu sei onde está o corpo do Caleb, me encontrem no fundo da casa de Stavo. - Emily”.

Chanel leu em voz alta, Aria e Spencer suspiraram um tanto quanto aliviadas, o restante tentava entender o que havia acontecido com Caleb.

- Corpo do Caleb? – Questionou Alison.

- É uma longa história, te explicaremos no caminho. – Disse Spencer em direção à saída. – Precisamos nos apressar.

                         ***

Aria estacionou seu carro ao lado da calçada da casa de Stavo, Scott fez o mesmo e logo todos saíram dos veículos, eles encontravam-se apreensivos, Brooke tinha apenas mais trinta minutos para conseguir sobreviver, entretanto ninguém havia decifrado o enigma de Anônima, tudo ainda era um enorme buraco no escuro, os passos eram incertos e eles estavam correndo em círculos.
O grupo percorreu até o quintal dos fundos, Emily e Hanna estavam juntas e o corpo de Caleb encontrava-se jogado no cimento frio da varanda, Aria começou a fazer ânsia de vomito, o cheiro de cadáver era surpreendentemente massacrador. Alison ajoelhou-se na frente do corpo sem vida de Caleb, levou sua mão sobre a flecha que encontrava-se cravada no peito dele e puxou, todos sentiram um certo desconforto em ver aquela cena.

- O que você está fazendo? – Damon a questionou.

- Você não ouviu o que a Spencer disse? – Alison rebateu. – Anônima quer que ocultemos a morte de Caleb, uma flecha no peito irá parecer assassinato.

- Anônima não quer apenas que ocultemos a morte, ela está criando a noite em que o Toby foi morto. – Explicou Spencer.

- O que? – Indagou Emily. – Toby morreu afogado, foi uma fatalidade.

- Você sabe que não é a verdade! – Scott revidou. – Naquela noite nada foi uma fatalidade.

Brooke caiu no chão, às pernas dela já não possuíam tanta força, daqui a alguns minutos o veneno irá começar a matá-la por completo. Stavo a auxiliou para que ela pudesse se erguer novamente.

- Ok. – Disse Hanna ajeitando sua franja. – Se Anônima quer mesmo refazer a noite onde Toby morreu, acredito que eu, Spencer e Ali estamos envolvidas principalmente neste momento. Fiquem calmas, amigas, eu jogo o corpo do Caleb no riacho para vocês, estarei retribuindo o favor há alguns anos atrás.

Hanna pegou nos pés de Caleb e induziu forças para arrastá-lo até o riacho, porém sozinha ela demoraria um bom tempo até praticar tal ação. Spencer observando a dificuldade de Hanna, revirou seus olhos já pesados e foi ajudá-la, pegou nas mãos do Caleb e ambas foram arrastando o corpo até chegar à margem do rio. O restante via aquela cena como algo natural, talvez pelo cansaço ou por não gostarem tanto do Caleb.

Lagrimas começaram a rolar no rosto de Spencer quando finalmente tacou o corpo no rio, ela sentou-se no chão e ficou encarando o cadáver descer junto à correnteza, provavelmente até os familiares sentirem falta do Caleb, os peixes já teriam desfigurado o corpo do rapaz e faria desaparecer o buraco no peitoral.

Todos receberam uma mensagem:

“Belo trabalho. mas ainda falta salvarem a Brooke, e eu irei recompensar vocês pelo gratificante esforço. Bem, entretanto vocês me conhecem, eu dou, porém tiro em dobro. Tudo ficará aos seus critérios: Libertem a Brooke e perca sua liberdade, salve a Brooke e perca a vida. Ok, o amor tem estômago, tic-toc apenas 10 minutos. - Anônima”

- Droga! Tudo faz sentido agora, se Anônima está recriando o passado, os enigmas se referem ao que aconteceu - Gritou Stavo ao ler a mensagem que também havia recebido e relendo novamente o enigma: AS VEZES O AMOR OBRIGA VOCÊ A OCULTAR OS FATOS, QUEM AMA É O SEU ÚNICO ANTÍDOTO. – Na noite em que o Toby foi morto eu testemunhei o que a Spencer havia feito junto com as garotas, e Caleb me ameaçou obrigando a ocultar os fatos, pois ele te amava, mesmo não estando juntos, ele já era obcecado por você.

- Então... A Spencer pode saber onde está o antídoto? – Questionou Scott.

- Não. – Spencer disse aproximando-se deles novamente. – Isso quer dizer que eu sou o antídoto.

- Sim. – Concordou Stavo. - o antídoto está dentro de você.

- Como? – Damon indagou. – Aonde?

- Estômago. – Respondeu Stavo. – Anônima disse que o amor tem estômago, era uma referência.

- Gente, temos apenas 5 minutos para Brooke começar a morrer. – Alison disse.

- Ok. – Spencer caminhou até a janela da varanda, bateu seu ombro na vidraça e abaixou para pegar o caco de vidro que havia caído no chão. – Vocês precisam pegar o antídoto, dar para Brooke e me levar rapidamente ao hospital.

- Spencer, o que você vai fazer? – Questionou Brooke zonza.

- Salve Brooke e perca a vida. – Spencer murmurou. - Era o que Anônima quis dizer.

- Nem pense nisto! – Esbravejou Scott. – Não!

Spencer ergueu sua blusa até o sutiã, deixando a barriga amostra e colocou o caco de vidro um pouco acima da pele onde localiza-se o estômago, ela suspirou fundo enquanto fechava os olhos e fincou o retalho de vidro em sua barriga, não muito fundo, ela desceu o objeto até abaixo da pele do estômago e caiu desmaiada próxima a Alison.

- Deus! – Esbravejou Emily.

Scott começou a andar de um lado para o outro, ele tentou pegar Spencer para levar diretamente ao hospital, mas Stavo impediu, ele não poderia deixar Brooke morrer, não depois de tudo que Spencer já havia feito. Ainda faltava uma coisa: O Antídoto, seria em vão o esforço de Spencer caso Scott a levasse para o hospital naquele instante. Os minutos estavam passando rapidamente, Stavo enfiou sua mão dentro do corpo de Spencer e ficou remexendo, até encontrar o estômago, ele olhou o pulso dela encarando os minutos, faltavam apenas alguns segundos, ao encontrar o órgão abriu com o caco de vidro e remexeu novamente, procurando algo, sentiu um vidro de elastômero tocando seus dedos, o tirou rapidamente e despejou o liquido amarelado na boca de Brooke que também estava desmaiada. No mesmo momento, Scott pegou Spencer em seus braços e levou em direção ao veículo, ele precisava correr com ela para hospital, ela havia perdido uma grande quantidade de sangue.

Depois de alguns minutos, Brooke deu sinal de vida suspirando fundo e abrindo seus olhos, ela estava pálida ainda, mas aquilo era melhor que estar morta.

- Esperem. – Emily disse relembrando a mensagem de Anônima. – Anônima disse, salve Brooke e perca a sua liberdade.

- Ela deveria estar falando sobre Spencer morrer. – Explicou Alison vendo Hanna próxima a Emily.

Ouviu-se um agudo barulho de sirene ecoando pela cidade, o carro da polícia estacionou em frente à casa de Stavo. Vários guardas uniformizados entraram no local armados e junto com cães adestrados que farejavam cada canto do local. Todos ficaram com a respiração ofegante, imaginando o que havia acontecido, a única coisa que passava por suas cabeças era que Anônima tinha armado uma emboscada para eles. Já não bastasse ter a reputação arruinada com os segredos expostos agora teriam ficha criminal na lista de coisas imorais, a esquadra apontou suas armas para uma pessoa apenas e mandou o restante afastar-se.

- Hanna Marin. – Disse um policial com Hanna na mira de sua arma. – Você está presa por assassinar Toby Cavanaugh.



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