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História Ink Boy - Ink Love


Escrita por: ickokim

Notas do Autor


boatos que esse é o penúltimo capítulo

Capítulo 12 - Ink Love


Fanfic / Fanfiction Ink Boy - Ink Love

Haviam certos pedidos que quando proferidos por Areum eram como profecias em filmes fictícios; vinham a se concretizar. Estava num nível de paixão que já cedia-se em algumas situações apenas por ser a própria Seok e, por mais inofensivas que fossem, a de que ela tivesse como rumo após muito álcool a sua casa era uma delas. Ele não entendia o porquê da visita do pai seria um problema e a princípio questionava-se se este receio e a versão de retomar a moradia fosse apenas por estar embriagada, as dúvidas só seriam cessadas no momento em que estivessem a sós, pois ao menos Xu percebeu que independente do motivo ela não desejava compartilhar na frente de seus “amigos".

A cabeça da garota repousava-se contra o tronco do mais velho mesmo que o capacete reserva - que o chinês buscou em seu estúdio - lhe revestisse o rosto e seus dedos estavam enlaçados enquanto os braços envolvidos e bem agarrados no corpo do mais velho. Areum possuía estágios com a bebida, o primeiro era a suavidade em que tudo continuava no mesmo parâmetro; o segundo seus movimentos tornavam-se mais frequentes e ela encontrava-se animada; o terceiro essa animação lhe torna mais extensa, mas se algo lhe cativa de modo oposto ela entra em um momento de tristeza e caso chegasse ao quarto seria quando ela realizaria loucuras e sequer lembraria com convicção as coisas que realizara. Naquele momento ela encontrava-se no terceiro estágio, corroendo-se por ter deixado ser levada pelo álcool e influências alheias mais uma vez e por ter chateado Minghao; mais uma vez.

Ao ser destrancada a porta da casa, Xu deu espaço para que a mais nova fosse a primeira a entrar no estabelecimento e, ao fechar a porta, a força fora mais do que esperado resultando num alto soar estalado. O corpo feminino arrepiou, afinal já estava sensível o suficiente quanto a reações ambientes e abalada na mesma quantia pela bronca que lhe viria.

— Eu posso explicar. — Encolhida próxima a parede, Seok se pronunciara.

— Eu não ligo — Movimentou os ombros restaurando o ar frio que ele muito bem sabia proporcionar quando queria.

Dirigiu-se, o proprietário da casa, até o sofá largo da sala. Sentou-se e esticou as pernas sobre a mesa de centro e os braços sobre o estofado.

— Se eu me importo é a mesma coisa que nada, então quem sabe o contrário. — Fitava a televisão que por desatenção acabará deixando ligada ao sair apressadamente para resgatar sua princesa, que da delicadeza de uma não possuía nada - e isso lhe era ainda mais charmoso.

— Não, oppa. — Seus passos meios tortos entregavam o efeito da bebida, mas sua mente ainda estava totalmente presente. Veio a praticamente tacar-se no acolchoado, ao lado do corpo masculino. — É sério, me desculpa. Desde que você falou comigo a última vez eu prometi a mim mesma que tentaria ao máximo não chegar aquele nível de novo e moderar.

— Não ligo.— Dissera acidamente mais uma vez, meneando a destra.

— Ah, pare com isso — A voz arrastada e manhosa tomava conta do ambiente junto aos olhos pequenos que vinham a se fechar. — Eu sei que reclamo, mas — o tom ia se amenizando e seu corpo ficando mais relaxado contra as almofadas e, consequentemente, o braço esquerdo estendido. — eu gosto de ter você se importando comigo, me faz me sentir um pouco importante.

E com o turbilhão de sentimentos que frequentemente tomavam o corpo magro com o consumo exagerado do álcool ela acabou entregando-se ao sono, no sofá do loiro. Seu corpo inicialmente estava desleixado, mas o mais velho cautelosamente auxilio com que ela ficasse sutilmente mais confortável com o tronco estendido e a cabeça apoiada em seu colo. Novamente o sono não era algo que rodeava Minghao e ele contentou-se em afastar-se mentalmente dos pensamentos negativos que lhe rodeavam enquanto sutilmente chateado com as recaídas femininas para simplesmente admirar a delicadeza de cada pequeno detalhe de sua face.

— Areum-sshi — Seu tom era suave e seus dedos encostavam carinhosamente em sua face. — Seok. Areum. — Falou pausadamente procurando a atenção da jovem que já devia estar uma meia hora adormecida em seu colo. Apenas recebera um murmúrio e um movimentar de sua cabeça como resposta. — Vá dormir no meu quarto.

Dividida entre o consciente e o inconsciente ela apenas fizera com que o movimento de sua face tornasse negativo enquanto seus olhos permaneciam selados. O mais velho apenas franziu o cenho.

— Por que não?

— Eu estou bem aqui, com você. — Sua voz era suave e com resquícios de rouquidão.

— Você vai ficar com dor no corpo se continuar dormindo assim.

— Não ligo. — A tonalidade repetira-se.

— Por que você está sendo melosa comigo?

— Por que eu estou me sentindo culpada. — Robusta de sinceridade ela respondera. — E eu gosto de você. — Pigarreou. — E eu sou nova, eu sei ser melosa também.

Xu inevitavelmente amoleceu-se com os comentários alheios, mesmo que não quisesse ter grande reação com poucas palavras. Soltou um suspiro e torceu o pescoço, logo encarando a televisão que permanecia ligada.

— Vamos logo.

Ele alcançou o controle não muito distante e desligou o monitor que reproduzia alguma série romântica qualquer. As mãos apoiaram-se na cabeça de Areum e ergueram esta com cuidado, logo largando contra o acolchoado ao se levantar. Os passos deles foram dianteiros, visando deixar o respectivo cômodo, mas a mais nova permanecia insistente e agarrou-lhe o braço. O chinês apenas virou a face e soltou um suave murmúrio questionativo e ela insistiu em utilizar o lado fofo para mantê-lo ali; o álcool era negativo em diversos quesitos, mas neste efeito específico Xu encontrava-se em conflito.

— Quarto, agora. Para de manha, você vai dormir na cama.

— Por que você está falando bravo comigo? Parece até que vai fazer coisas obscenas comigo. — Ela gargalhou.

— Por favor, pare de beber. — Diminuira a agressividade em sua pronúncia quanto a anterior.

— Você vai dormir comigo?

— Que?

Seok agarrou uma das almofadas e tacou contra o corpo alheio, mas o alto garoto acabou por segurá-las antes de atingi-lo com maior intensidade.

— Pare de ser pervertido. — O cenho do loiro franziu-se em certa dúvida. Se ele era um, ela não estava muito distante. — Na mesma cama, dormir. Sabe, fechar os olhos e uau sonhar. — E ele não conteve a risada anasalada com a explicação da garota.

— Ah, você me enlouquece. Como você vai da água pro vinho de um dia para o outro? — Reclamara, como sempre. — Tá. Tá, só vamos logo. — Por fim estendera a mão para a menor.

Areum vitoriosamente enlaçou seus dedos aos alheios ao erguer-se com seu auxílio. Saíra da sala com passos arrastados e praticamente sendo carregada pela força do corpo alheio. No quarto deitaram lado a lado na cama, mas mantendo uma distância entre os corpos por atitude receosa do garoto. Ela, entretanto, esticava-se na cama com liberdade, como se fosse sua propriedade. Adiara a ida matutina ao emprego notificando os tatuadores do último horário antes de adormecer, bem depois que a garota - que já deveria aproveitar o décimo sono.

Ao amanhecer com os raios solares incendiando-lhe a face acabara revirando sutilmente na cama até obrigar-se a abrir os olhos com a estranha sensação de estar sendo observado; e estava sendo, pela companhia que havia esquecido-se durante os sonhos que havia dividido a cama.

— O que está olhando? — Com os olhos ainda pesados e hesitantes em sua abertura e a voz rouca ele reteve-se na beirada da cama.

— Você. — Ela sorriu.

— Para com esse lado fofo. — Apoiara a canhota sobre a face. — Até parece que está apaixonada por mim. — Caçoara.

Ergueu sutilmente a cabeça imitando a posição da garota com o cotovelo apoiado no acolchoado e a bochecha repousada sobre a palma da mão.

— Falando nisso — Ela suspirou suavemente. — Eu tenho algo a pedir. — O garoto apenas murmurou em meio a confusão e o sono que ainda lhe revestia. — Você é o único que aguenta uma rabugenta como você e eu devo ser a única rabugenta que aguenta um rabugento como você, logo — Um sorriso estampara os lábios rosados. — Quer ser meu namorado, Minghao?

O garoto engasgara na própria saliva e desequilibrara a cabeça diante ao cotovelo que sustentava-a. Os olhos arregalaram-se e o coração, estranhamente, acelerara, mas ainda assim a reação mais gritante fora o riso que deixara escapar.

— Ah, entendi — Bagunçou os fios com a mão vaga enquanto retomava o equilíbrio e a posição anterior. — Isso ainda é efeito da bebida, né? Hm, eu vou preparar algo para melhorar o efeito do álcool no seu corpo. — Ergueu-se e com a coluna ereta preparou-se para deixar o acolchoado.

— Não estraga o meu bom humor! — Seu tom fora gritante e agressivo o que, de estranheza para terceiros que hipoteticamente estariam no cômodo, lhe fizera esboçar um sorriso. — Você só tinha que responder “Claro” provando que você não é um safado que fica atrás de garotas mais novas para usar elas e depois de iludir ir embora.

— Claro.

— Oh? Você ainda concorda. Pervertido!

— Claro, eu aceito ser seu namorado. — Estalou a língua. — Será que eu já fiz a escolha errada? Você é muito lerda para mim.

Encarou-lhe com toda o enfurecimento que poderia esboçar na oscilação de sentimentos, mas apenas fortificando mais esta desfez-se com a realização do passo que haviam tomado no relacionamento. Se Areum já sentia-se a vontade de Xu, uma simples palavra tornaria tudo ainda mais confortável.

— Não vai reclamar do seu lado macho por ter sido pedido em namoro ao invés do contrário?

O rapaz forçou uma cara surpresa e sentando-se sobre os lençóis aproximou-se daquela que de agora em diante, finalmente, poderia apresentar da forma como desejava. — Você me pede em namoro, mas não me conhece? Se fosse para aclamar o meu “lado macho” — Envergara os dedos sinalizando as apas — eu não teria me apaixonado por você.

— O que quer dizer com isso?

— O que eu quero dizer com isso? — Sorriu de canto soprando um riso e provocando-a.

— Eu te odeio, vamos terminar.

— Só cale a boca. — Ele disse quase que em um sussurro esquivando-se e tomando os lábios alheios antes que ela lhe desse uma resposta ao nível, iniciando um selar que logo fora cortado. — Hm, pera, isso não muda o fato de eu ainda querer saber qual é o problema com o seu pai.

— Ah — Seok umedeceu os lábios e recuou vindo a pigarrear. — Ele é muito invasivo e eu realmente não sei o que ele veio fazer em casa, veio sem aviso. Ele acha que minha função é ser mulher de casa e casar, odeia que eu more sozinha e ainda tinha esperanças que eu voltasse para lá depois dos estudos, que ele também não queria que eu fizesse. Minha mãe, pelo contrário, me apoio, talvez por conta de tudo que ela nunca pode ter. É por isso que gosto de ser independente e evitava ao máximo os relacionamentos, eu não quero alguém me prendendo em casa ou me impedindo a algo.

— Ok, primeiro é errado eu falar mal do meu mais novo sogro? — A menor gargalhou, intuitivamente batendo a mão contra a coxa do mais velho. — Segundo, eu vou continuar te impedindo de beber.

— Eu sei. — Fizera careta enquanto resmungava a resposta. — Mas tudo bem, como eu disse ontem você estar preocupado me faz me sentir importante.

— Por favor não queira se sentir importante sempre. — Ela riu novamente. — Eu posso te mostrar que você é importante de outras formas.

— Como?

— Falando o quão bonita você é todos os dias — Os dedos finos enroscaram-se nos fios próximos a face, levando estes para trás dos ouvidos. — ou sempre dizendo o quanto eu sou apaixonado por você, seja seu lado rabugento ou sou lado fofo.

— Oh — Erguera os braços e com a mão vaga apontara para os fios arrepiados deste. — Agora eu sei o por que você fica falando para eu parar de ser fofa com você. — E por vez, ele gargalhou.


Notas Finais


ou OU QUEM DERRUBOU AÇÚCAR NO MEU CASAL AZEDO? ECA SAI DAQUI
A era fluffly >realmente< chega para todos e eu vou fazer o que se Areum é toda boba por Minghao e o contrário nem se fala? Uma hora o lado romântico tinha que aparecer né nom

Gente, é realmente, REALMENTE (senhor essa palavra tá aparecendo bastante) a reta final da fic. É os últimos capítulos mesmooo e eu já to chorosa. Espero que gostem deste e dos demais capítulos e continuem acompanhando até o final e, até quem sabe, acompanhando as futuras fics <333


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