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História Innocens - Lembranças


Escrita por: jjiyoos

Notas do Autor


Oi meus anjinhos! Animados para esse capitulo? A boa noticia é que tenho dois capítulos prontos, então, relaxem... demorei todo esse tempinho pois queria deixa-los o mais perfeito possível com algumas descrições. Já sobre esse, admito que ele tem mais coisas, então não sei se irei postar a continuação no próximo, ou irei dar um pequeno pulo com a visão da Liv, o que vai explicar a continuação desse, como podem ver, estou perdidinha.

Espero que gostem!

Capítulo 14 - Lembranças


– Você não deveria ter feito aquilo. – Disse Clint.  – Mesmo que tenha sido por uma boa causa, foi muito arriscado… Alguém poderia ter reconhecido. Porém, você salvou muitas vidas.

– Eu não podia ficar ali sentado sabendo que aquelas pessoas inocentes, poderiam morrer por minha culpa. – Respondi sem levantar o olhar para ele, continuando a encarar a mesa em minha frente. – O alvo dele sou eu, todos vocês estão em perigo.

– Sharon disse que conseguiu informações sobre ele, mas até agora nada. – Continuou ele, puxando uma cadeira de madeira em péssimas condições para perto. – Deve ter acontecido algum problema.

Depois da explosão da lanchonete, Sam finalmente havia conseguido um novo lugar para que pudéssemos ficar juntos e conversar sem sofrer nenhum perigo, um verdadeiro refúgio no meio de New York, e até mesmo bastante próximo da antiga torre dos vingadores, e da câmara municipal. Realmente estamos escondidos dentro da própria toca da raposa.

O palácio abandonado em 5 Beekman Street o “Temple Courting Building”, provavelmente milhões de pessoas sempre passam em sua frente em Manhattan e não prestam atenção na antiga construção, ainda mais por ser próximo ao mais famoso Starbucks da esquina, da J&R Row e até mesmo fica ao lado do grande edifício Woolworth. Talvez as pessoas pensem que o lugar ainda está intacto e que funcione algum tipo de escritório, porém a verdade que o maravilhoso monumento está abandonado desde 1940. No início da Segunda Guerra mundial, posso dizer com todas as palavras que felizmente tive a oportunidade de ver esse lugar no seu auge com todas as luzes acesas e com grande movimentação de pessoas passando entre a grande porta de entrada. Quando você passa pela porta principal, o Lobby recebe você com a mais pura aparência de abandono por décadas. Com quase 11 andares, cercado por uma claraboia de ferro e de vidro. Todo o átrio está em condições incríveis, devido ao fato de ter sido fechado há mais de 65 anos, preservando-o como um mosquito em âmbar. Cada andar é revestido com grades de ferro fundido lindamente detalhadas; os tetos também são de ferro fundido e cobertos em detalhes; uma vez conhecida como Temple Court, 5 Beekman Street foi construída em 1882 e hoje é o mais antigo prédio de escritórios "à prova de fogo" do período pré-arranha-céu. É também o terceiro edifício da cidade ter instalado um elevador e posso também afirmar que meu velho amigo Howard Stark tenha deixado uma marca aqui.

Nos primeiros vinte anos, 5 Beekman Street abrigava vários escritórios de advocacia. Depois, seu espaço foi alugado para uma variedade de inquilinos como o “Hospital Credit Exchange”. Na virada do século foi construída uma segunda parte, que também está abandonada nos tempos de hoje, e é aí que estamos sentados envolta de uma mesa redonda, olhando as paredes da escada principal são cobertas por belos padrões de ferro fundido semelhantes às varandas. Estamos no nível mais baixo da torre com uma vista exclusiva para City Hall Park.

– Desculpa a demora. – Avisou Sharon chegando ao local. – Vocês poderiam ter descoberto uma outra porta mais fácil para a entrada do prédio, e não a do subsolo. – Disse retirando um pouco de poeira e teia de aranha do cabelo.

Ao me ver ela abriu o lindo sorriso de sempre, vindo em minha direção com os braços abertos, dando um grande abraço apertado, enquanto retribuía com um igual. Era bom poder sentir seu calor e seu carinho em momentos como este, mesmo que cada dia ficava mais difícil vê-la. Ao se afastar de mim, ela também comprimento todos com um abraço, até mesmo Wanda um pouco incomodada não recusou. Sharon sempre foi uma boa pessoa sobre ajudar os outros, ela era idêntica a Peggy.

– Então o que descobriu? – Perguntou Clint, voltando para sua cadeira jogando os pés sobre a mesa. Sua aparência era cansada, e preocupante, mas sempre levando tudo com bom humor e tentando cuidar de todos como um bom pai de família, até mesmo para mim.

Como não existia muitas cadeiras abandonadas, até mesmo ela se entregou e sentou-se em uma antes confirmando sua resistência para a mesma não acabar caindo.

–  existem poucas coisas sobre seu paradeiro. Muito poucas. – Terminou ela com uma ênfase repetindo a última frase. –  Como a SHILD está atrás dele ficou mais fácil descobrir algumas coisas, já que agora é uma empresa do governo. Mas ainda assim, está complicado até mesmo para eles achar quaisquer pistas. Sabemos que seu nome é Jackson Lencaster Portiere, aparentemente tem 46 anos de idade e é formado em medicina na Inglaterra, um cirurgião. Informações de nascimentos, sobre seus familiares e infância é desconhecida.

–  Ele falou que eu já o conhecia… –  comentei chamando atenção de todos para mim. –  não sei explicar sobre o que ele disse. Jackson, se esse for mesmo seu nome, confirmou que eu já a conhecia a muito tempo e que sua aparência não havia mudado desde então…, mas a outra parte me deixou confuso. –  dei uma pequena pausa na fala, esperando reação de qualquer um, entretanto eles continuaram me encarando esperando mais coisas. –  Ele falou que eu também já conhecia a menina, a Olivia.

–  como assim você já a conhecia? –  Indagou Sharon cruzando os braços. – Ele falou outra coisa?

– “Volte para o seu consciente, lembre e relembre seus dias de glórias” e me chamou de velho Herói de guerra. – Expliquei repetindo a mesma frase usada por ele, que não saia de minha cabeça desde aquela hora.

– Sabemos que ele é um inumano, confirmou que não envelheceu. Talvez ele seja da sua época… temos relato sobre uma mulher inumana que envelhecia lentamente, Jiaying, a líder deles. – Esclareceu Sharon, pensando o que todos nós provavelmente também pensamos. – Só não entendo o que ele quis dizer sobre a menina. Até eu, agora acredito que ela não seja uma inimiga, entrei nos arquivos dela, é uma garota normal até demais, e podre de rica. – Com essa última parte, todos ali olharam para ela com o ar de dúvida e sobre o que ela estava falando. – Vamos dizer que ela é de uma família aristocrata da Austrália, o que ela faz por aqui é um mistério.

– Ela só quer viver a vida simplesmente. Sabemos que ao estilo Stark é muito difícil para alguns… – Comentou Clint, pensativo. – O que me deixa intrigado, é o que ele disse. Para o Steve voltar para os dias de glórias, e sobre o velho Herói de Guerra.

– Talvez eu possa ajudar. – Falou Wanda, que até então estava quieta sentada perto da parede, com seus cabelos mais claros. – Posso criar coisas nas mentes das pessoas, ver o que elas planejam, os seus medos... – Continuou enquanto olhava para a gente, que já havíamos testado os poderes de manipulações dela, que não deixou uma boa lembrança. – Eu nunca tentei, mas acho que posso trazer de volta alguma memória perdida.

– Essa foi a coisa mais sensata que você falou o dia todo. – Respondeu Sam, em modo de aprovação sobre a ideia.

– Foi a primeira coisa que ela disse o dia todo. – Explicou Clint, concordando com a cabeça. – Isso não vai afetar as coisas na mente dele, ou trazer qualquer tipo de risco?

– Sendo sincera, eu não sei. – Disse ela dando uma pausa para pensar. – Se a memória for algo muito dolorosa talvez sim, mas se for algo passageiro, que ele nem notou diferença em sua vida, acredito que afetará nada.

– Muito bem. Vamos começar. – Anuncie.

A menina já havia mexido com minha cabeça uma vez e não foi a das melhores sensações do mundo, porém aquilo era o que ela queria que eu visse, dessa vez acredito que possa ser mais diferente. No entanto, não me importo, preciso descobrir o que ele quis dizer com aquelas falas, tentar descobrir quaisquer pistas que possam nos ajudar, para deter ele em alguma coisa maior no futuro. Todos sabemos que isso foi apenas o começo e que coisas mais perigosas podem acontecer, podíamos sentir o perigo se aproximando lentamente ao nosso lado.

Ela se levantou da cadeira onde estava vindo em minha direção, enquanto todos ficavam encarando a cena. Sharon, não falava nada, todavia sabia que não aprovava essa ideia de tentar achar uma memória perdida, ela como todos daquela sala, sabia que me fazer desistir desta ideia seria impossível.

– Feche os olhos, tente não pensar em nada. – Avisou Wanda, colocando ambas as mãos em minha cabeça. – Caso, seja muito forte é só pedir para parar. – Respondi em afirmativo com a cabeça, em silêncio.

A sensação era estranha, era como um deja vu misturado com um sonho que já tive. A minha cabeça ardia, podia sentir um gosto amargo na boca, era difícil descrever, mas conseguia ver tudo nitidamente e também sabia que já havia vivido aquilo e que não era apenas uma miragem em minha cabeça. Pelo cenário que encontrava, era ano de 1944, logo depois que salvei os soldados presos na instalação da Caveira vermelha, junto com o Bucky.

Demorou cerca de dois dias para tudo ficar pronto para enfim podermos sair e derrotá-lo, com a esperteza de Stark, demorou muito menos a preparação do escudo e no novo uniforme, que por sinal era um dos mais confortáveis que já tive.

O cenário ao meu lado era de guerra e de esperança, podia ver rostos familiares, rostos que nunca mais poderia vê-los novamente. Escutei uma voz profunda em minha cabeça, pedindo para que me concentrasse no rosto dele, no rosto do novo inimigo. As imagens começaram a correr em minha frente, como uma fita de vídeo sendo rebobinada, até que consegui lembrar de algo, briguei contra minha vontade, fazendo a mínima ideia, para voltar um pouco, e sim lá estava o rosto pálido.

Assim como ele disse eu realmente o conheci, ele usava um uniforme militar junto com um chapéu na cabeça, seu cabelo negro perfeitamente penteado para trás contrastando com os azuis claros e fortes de seus olhos. Seus movimentos pareciam mais de um humano, ele olhava para mim com um sorriso largo nos lábios de gratidão por ter salvado sua vida… Um dos soldados quais havia ajudado aquele dia, sinto um pequeno aperto em meu peito de remorso, que deveria lembrar de cada rosto visto aquele dia, porém era impossível até mesmo para mim. Ele conversava com os outros em sua volta, dando pequenos tapinhas nas costas como comprimentos e Peggy sorria de forma contagiante como só ela sabia.

– Obrigada cara, sem você ainda estaríamos presos dentro daquela gaiola horrível. – Disse então ele para mim. – Devo-lhe minha vida.

– Não se preocupe com isso. Apenas fiz meu trabalho, espero que agora aproveite sua vida! – Respondi empolgado e bastante tímido com todos comentários.

Naquela época ainda não era tão acostumado com tantas pessoas me elogiando, acho que nem hoje, o garotinho sempre desconfortado com muitas pessoas em sua volta. Porém, ainda não podia entender como esse homem que salvei, podia ter sobrevivido todos esses anos e que agora gostaria de acabar com minha vida? Qual seria o sentido disso tudo. Não havia nenhum sentido…

– Esses garotos agora admiram você Capitão. – Comentou Peggy olhando para eles que saiam de dentro da cabana com braços e pernas enfaixadas, com a vida sendo espalhada pelos ares de alegria. – Espero que saibam se cuidar de agora...

Antes que a querida Peggy terminasse de falar mais alguma coisa, General Phillips; o general do Exército dos Estados Unidos e membro da Reserva Científica Estratégica que comandava o projeto para criar super soldados. Parecia que o escutava falar a sua famosa frase, sempre e sempre em minha cabeça, “Agora, e para sempre mais… você será um símbolo do que é bom e certo e verdadeiro sobre esta grande terra…”

– Eles serão mandados de volta para a cidade, apenas aqueles que realmente estão bons de saúde podem ficar e ajudar no fim da guerra… Que deus esteja com eles.

Antes que pudesse lembrar de mais algumas coisas, as cenas começaram a se movimentar rápido novamente. Era algo agoniante por dentro, como se minha garganta estivesse queimando.  As imagens então começaram a parar dando pequenos pulos em algumas coisas; aquele dia, o mesmo dia, o dia depois do ocorrido, foi algo tão atormentado que não conseguia mesmo lembrar de todas as coisas. A parte qual congelou infelizmente era uma das quais conseguia me lembrar com toda clareza.

A mulher de cabelo loiros, usando o uniforme militar. O uniforme tinha lapelas largas que seguiam o desenho da clavícula até chegar perto dos ombros; abotoaduras e patentes em metal dourado, adornando os bolsos na altura do peito e cintura, além de fechar o casaco perfeitamente passado. Gravata em tom claro para contrastar com o uniforme de cor escura, mesmo a camisa era um tom um pouco mais claro que o do casaco verde musgo. Linhas retas e simétricas conferiam um ar de perfeição e ordem à postura ereta da pessoa, ombros mais restos, costas retas, braços firmes e peito estufado, intimidava de certa forma. As condecorações coloridas sobre o coração eram o único destaque da roupa, do lado esquerdo tinha o nome e patente escrita, quando maior a patente mais condecorações se possuí; sentada em sua mesa ao lado da porta. Lorraine estava lendo um jornal que encabeçavam a libertação de prisioneiros de guerra aliados quando fui falar com Phillips. A secretária favorita e obediente, da SSR. Podia escutar o seu discurso ao ir se aproximando com um sorriso malicioso qual apenas só agora conseguiria entender e de certa forma chegou me agarrando, no momento exato que Peggy aparecia.

Essa parte, com toda certeza ainda me lembrava, a primeira vez qual realmente vi ela furiosa, ela poderia derrotar um exército de super soldados dessa forma, o que não me lembrava era as duas figuras esguias atrás dela. Podia falar que ainda eram duas garotas por sua aparência, uma delas usava o mesmo uniforme que a loira, enquanto a outra menina mais alta de cabelos escuros, usava apenas um vestido comprido escuro, de imediato soube quem era; a mesma virou-se para mim mostrando um dos mais belos sorrisos. Como isso era possível, nunca fomos apresentados formalmente, nunca cheguei a conversar com ela, só que ela estava ali, no mesmo lugar comigo. Eu não me lembrava dela…

Em mais uns flashback, se é que posso chamar assim, fui levado para um outro momento da guerra, desta vez meus amigos e eu já estávamos com o pé na estrada destruindo as várias bases da hydra, e durante esses caminhos boatos e comentários que Werner Reinhardt da organização e de confiança do Schmidt, a Caveira vermelha, que estavam fazendo experimentos com humanos e que isto estaria fora da compreensão, porém quando chegaram o boato do desaparecimento do líder maligno, o local foi abandonado, não encontrado nada concreto.  Na época soubemos realmente dos experimentos que eles testavam, assim como o do ‘Soldado Invernal’ que viemos descobrir mais para frente, poderia ser o mesmo, mas não conseguimos saber com toda certeza.

[...]


Notas Finais


Hoho, esse apareceu bastantes nomes conhecidos...


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