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História Innocens - Destino


Escrita por: jjiyoos

Notas do Autor


Não consigo nem descrever a felicidade que estou sentindo com os comentários de vcs, sério, vocês são os melhores!
E boa leitura!! <3333333

Capítulo 29 - Destino


Fanfic / Fanfiction Innocens - Destino

Existem coisas que não sabemos explicar, principalmente os sentimentos. De primeiro a ideia era o fazer calar a boca, ficar quieto, minha cabeça naquele momento doía, não conseguia mais entender nada, muito menos pensar, nem o que responder, e ele ficaria ali o dia todo falando. Sabia que deveria escutar os conselhos ou orientações, era coisa típica do senhor engomadinho fazer um discurso sobre o perigo que corria, não discordava, sei que minhas ações foram perigosas e um pouco idiota. Ambos estávamos com os nervos à flor da pele, a briga foi adiada muitas vezes. O mais engraçado é que depois de tudo, parece que ficamos mais próximos do que antes, e não apenas o fato de tê-lo beijado. Parecia mais leve, bem comigo mesma, como se tivesse tirado um peso das costas, melhor, isso aconteceu depois que confessei para mim mesma que gostava dele de verdade, ao mesmo tempo que não sabia diferenciar se era apenas uma admiração, ou coisa do tipo.

Parecia muito infantil o que fiz, foi muito clichê, virei aquelas meninas idiotas e apaixonadas dos filmes que passavam no fim da tarde na tv. Depois de beijá-lo segui até o quarto, trancando a porta e começando a surtar, não conseguia desmanchar o sorriso do rosto, as bochechas até doíam de tanto que sorria, e depois foi uma das melhores noite de sono que tive depois de muito tempo, a cama parecia um marshmallow gigante que meu corpo afundava em um perfeito sono.

No dia seguinte pareceu que nada aconteceu, absolutamente nada, Steve parecia sem graça era mais que óbvio e eu também, apenas trocamos sorrisos de cabeças baixa segurando o riso como duas crianças depois de brigar, podendo sentir as bochechas queimarem de vergonha, o que vindo de mim não era normal, sempre fui um tanto sem vergonha em certas coisas. Só que ao final do dia, lembrando do pequeno fato que quase levantei as duas da tarde, Capitão recebeu uma visita inesperada pela porta da frente. Era Natasha e Sam, eles ficaram parados ali na porta dando apenas um aceno com a mão, mostrando respeito pela última vez e pediu para que Steve o acompanhasse, não reclamei, não fiquei com raiva nem nada, apenas imitei a Yzma falando “Vá com Deus” enquanto estava jogada no sofá com as pernas para cima de pijama, recebendo olhares de “Que bosta ela tá falando?” e depois saíram, ficando sozinha em fim em casa.  Nem Marcus ou Milla deu sinal de vida, Marcus ocupado bastante com o trabalho provavelmente, agora que ficou encarregado de descobrir o paradeiro do Jackson junto com a polícia, carregando o título de advogado das vítimas, Milla só acordaria no dia seguinte conhecendo ela, então teria o tempo todo para pensar.

Coisas apagadas na memórias começaram ficar mais claras, se organizando como peças de quebra cabeça, tinha coisas ali que faziam sentido mas em outras perdiam o completo sentido, e parecia que apenas eu pensava sobre elas. Steve e sua turma parecia mais do modo “Tiro, porrada e bomba” mesmo sendo os mais inteligentes, eles tinham mais coisas para se preocupar, eu sei. Mas sabe quando uma coisa fica cutucando em sua cabeça, alertando que é algo importante e que precisa de atenção, ou quando você sabe o que tudo isso significa, porém não consegue lembrar… é como se as coisas estivessem bem guardadas em minha mente, em um local qual não possuía mais acesso.

Lencaster alegou várias vezes, que teve um tipo de relacionamento comigo, que no final acabou me matando, até mesmo pediu para que ficasse fora dos seus planos novamente, pois não gostaria de repetir seus atos. A dúvida era o tipo de relacionamento, havia mesmo tido um caso românico e o abandonei no altar? Existia o outro lado da história, qual é o problema dele com o Steve, se eu sou a reencarnação da tal Virgínia, e ele não sabia da minha existência nessa nova vida até ele encontrar o Steve… era estranho pensar dessa forma. Existia alguma coisa que não estávamos prestando atenção e eu descobriria.

Sempre fui apaixonada por coisas misticas, magia, coisas obscuras, sendo a estranha da família. Possuía bastante conhecimento, o suficiente para entender que tudo estava ligado, que meu encontro com Steve não foi por pura coincidência, as coisas começavam a encaixar de modo medonho, tudo parecia interligado, eu, Lencaster, Steve, meus poderes...

Comecei uma grande busca na internet, um lugar perigoso para aprender as coisas ou descobrir tudo que você joga no fim acaba falando que vai morrer ou ganhando um monte de vírus, matando o computador de vez. De princípio nunca fui muito religiosa, sempre sai questionando tudo, nunca admitindo coisas que ensinavam, até mesmo brigando uma vez que poderia ser verdade as histórias de deuses nórdicos, os deuses Wiccanos, qual é a minha grande paixão que revela-se através da minha tatuagem da deusa Tríplice na nuca. Ela não governa o mundo de um lugar distante e transcendental. Ela é o mundo, Ela está no mundo. Ela é tudo que existe, existiu e existirá. 

No começo os textos que apareciam não explicavam muitas coisas, mas outros, pequenos trechos podiam fazer que minha teoria bizarra poderia ser real, congelando todos os meus ossos por dentro de medo. Existia em vários lugares e em religiões até mesmo nas pagãs, que a  reencarnação por missão tem por finalidade ajudar alguém ou um grupo de pessoas. Um espírito pode encarnar novamente unicamente para ajudar outro espírito a atravessar uma prova ou uma expiação, ou ele pode nascer para fomentar um sentimento, como o da caridade, em um grupo de pessoas, que certo espírito foi destinado unicamente com uma missão, ajudar o outro…

E sim, meu espírito quase saiu pela boca dessa vez, minha concentração na pesquisa era tanta que até havia perdido a noção do tempo. Uma buzina alta na rua fez com que voltasse para o corpo, meus olhos ardiam com  a tela do monitor, fazendo com que piscar várias vezes em seguida. Olhei para o canto inferior da tela, percebendo um erro bastante grave, a hora estava errada, segundo o notebook era 11:11, sendo que era 15:40 no outro relógio… sentindo um forte cheiro de fumaça. Me levantei do sofá, esticando o corpo que pedia por socorro, depois de tanto tempo sentada na mesma posição, caminhei em direção a cozinha procurando algo para enganar o estômago que pedia por atenção também, abri o armário achando várias sopas prontas, aquelas em pó que apenas joga na água e pronto, uma das regalias que Marcus mandou esses dias, antes mesmo que pudesse escolher o sabor das quais continham, algo chamou minha atenção olhando para a data de validade, que infelizmente havia vencido no dia 11… Ao ver aquele número novamente em segundos, bateu uma certa sensação de estranheza. Olhei para fora da janela da cozinha, que mostrava a rua do lado, era um caminhão branco parado buzinando feito um doido em conjunto com outros carros, pois vários homens de ternos brancos, carregavam enfeites do que parecia de um ensaio fotográfico no meio de New York, o que era mais normal do que assaltos esses dias, os modelos pareciam carregar balões de ar prateados. Então foi como um clarão em minha vista, tudo ficou branco e de repente apenas joguei os pacotes de sopa no chão, eles carregavam vários balões do número 1 formando uma fila única com ele. Minhas mãos começaram a soar frio, e a respiração acelerada por conta do susto, isso era muito estranho.

Um outro barulho fez com que desviasse minha atenção, barulho da porta da sala se abrindo, revelando uma voz masculina familiar falando meu nome em minha procura, era Steve que voltou para casa. Ele apareceu na cozinha no mesmo segundo me encarando, percebendo levemente meu estado de choque com as coisas caídas em volta.

–Está tudo bem? – Perguntou o loiro vindo em minha direção, que ainda mantinha a boca aberta. – Parece que viu um fantasma… – Comentou o mesmo pegando em uma das minhas mãos, sentindo o toque quente da pele. – Você está gelada… Liv?! Aconteceu algo?

– Sabe aquele ditado de quanto mais procuramos, mais achamos coisas que não queremos achar? – Disse por fim, soltando a respiração que nem mesmo havia percebido que segurava por esse tempo todo. – Tive um pensamento estranho e tentei ver se poderia ser real, só que cada vez mais que procuro, mas percebo que talvez esteja certa…

– Olivia. – Disse ele parado em minha frente, soltando a mão com uma postura séria, enquanto me encarava. – Eu não entendi, foi nada. – Terminou se agachando pegando as coisas que derrubei, enquanto passava ao seu lado, saindo do meio do caminho e indo em direção a sala.

Peguei o notebook branco em minhas mãos do sofá colocando sobre a mesinha do centro,  sentando ali no chão em cima do tapete, para tentar recuperar uma página que olhei uns minutos antes que falava sobre números iguais. Meu peito queimava, com o coração ainda acelerado. Sabia que não era idiotice minha, que era verdade… Steve apareceu na sala carregando consigo um potinho de iogurte de morango junto com uma colher, colocando ao meu lado.

– Coma. E explique melhor o que disse antes… – Pediu se deitando no sofá, resmungando como estivesse sentindo dor no corpo. Colocando os braços para trás apoiando a cabeça, enquanto os pés ficavam pendurados no lado de fora.

– Você já pensou que talvez, tudo isso tenha sido predestinado? – Perguntei olhando para o loiro,  recebendo uma expressão para explicar melhor o que falava. – Se já estava predestinado a nos conhecer. Tipo, é muito estranho pois está tudo ligando entre si… Na minha vida passada tive algum relacionamento com o Jackson.  Ele conheceu você e foi um dos caras que ajudou a resgatar, e agora nesse tempo, por algum motivo ele quer machucar você… – Disse levantando os ombros, pois não tinha certeza direito quais eram as intenções dele. – Ele não sabia da minha existência até aquele momento da explosão, ele queria atingir você e não eu. Caso nunca tivesse o conhecido, você provavelmente nunca teria as informações sobre mim na minha vida passada, e muito menos estaria seguro aqui em casa.

– Então você quer dizer que nossos destinos já estavam destinados? – Perguntou ele novamente com a voz baixa, com um sorriso estranho nos lábios fingindo que ia dormir fechando os olhos. – Você acredita nessas coisas?

– Sabemos que sou a reencarnação de alguém, certo? – Respondi com uma outra pergunta. – Alienígenas existem, ganhei super poderes comendo um peixe, deuses nórdicos são reais… Não parece muita maluquice. Ele tem algum tipo de ligação comigo, e com você. Então sim acredito.

– Devo concordar com você. Por algum motivo maluco fomos colocados no mesmo lugar, e você estava destinada a correr atrás de mim… caso você nunca tenha feito isso, talvez nunca tenha ganhado seus poderes, e nunca saberei o motivo que o Lencaster quer comigo.  – Explicou o homem, abrindo os olhos e se virando em minha direção. – Eu pensei nisso, só não comentei nada.

–  Sério? –  Questionei surpresa, pela última parte só então pegando o doce para comer, retirando a tampinha de alumínio para lamber. –  Isso é novidade.

– Minha mãe acreditava nessas coisas. – Continuou falando com um ar pensativo olhando pro além… era a primeira vez que ele citava sua mãe, ou qualquer coisa da sua vida pessoal antes de ser o Capitão América. Por algum motivo, sentia pena dele. – Também lembro de uma parte, qual ela não concordava e nem eu… “Nenhuma pessoa merece ser salva, portanto ninguém pode se queixar por não receber a salvação, e se Deus em sua Onipotência Divina decide ser compassivo com alguns de seus filhos e lhes conceder a glória de estar ao seu lado, os que não foram eleitos não têm motivos para se aborrecerem.” Acho que todas as pessoas têm motivos e chances de serem salvas, mesmo que não mereçam.

– Se fosse minha mãe, ela falaria que todos mereceriam ser salvo com um par de sapatos de salto. – Comentei aleatoriamente, pensando na figura esbelta e chamativa dela. Percebendo que minha intenção de cortar o ar estranho funcionou um pouco, pois Steve não conteve um sorriso largo no rosto, ao me ver comendo o doce parecendo uma criança sentada ali no chão. – Quando era pequena, ela contava para não confiar nos homens, que eles não eram bons. Que eu deveria fazer meu próprio destino, mesmo que os outros digam para não continuar. Eu estava destinada a conhecê-lo, a  reencarnação tem por finalidade ajudar alguém ou um grupo de pessoas… Talvez essa seja minha missão nessa vida, ajudar vocês, já que o Jackson é problema meu do passado.

– Liv, mesmo que tudo isso faça sentido, não podemos confirmar a autenticidade. – Repreendeu ele, tirando os fios loiros do rosto. – Devemos focar no que temos de concreto, para ter certeza disso tudo.

– Steve, eu tenho certeza. – Respondi com firmeza. – No dia que segui você, foi por puro impulso, parecia que eu o conhecia. Eu não queria ir até você, pois sabia que naquele momento minha vida se mudaria por completo… Até mesmo os meus poderes podem provar isso, as coisas que vejo não são aleatórias…

– Liv, ainda nem sabemos direito quais são seus poderes. – Contestou esticando o corpo no sofá, para ficar sentado em minha frente, cara a cara.

– Eu sei mais ou menos. Apenas não tenho certeza… – Concluiu. – No dia que fomos ao cinema e sem querer o homem aranha esbarrou comigo, a visão que tive foi do passado, aquela luta passou até na TV algumas partes que as câmeras de segurança pegaram, e elas foram de dois meses atrás. Enquanto as que tive com você e com a Wanda, não aconteceram ainda.

– Mas isso ainda não prova nada…

– Você ainda vai sair hoje? – Perguntei o cortando durante a fala. – Se eu provar para você tudo isso, você acreditaria?

– Não Liv, vou passar o resto do dia aqui. Eles falaram que andei causando muito problemas, que eles podem resolver tudo hoje. – Respondeu ele, com um sorriso sem graça. – Sim, você conseguindo provar esses dons que você ganhou, não vejo motivo em não acreditar em todo resto.

– Então o cargo de babá foi preenchida. Vamos sair – Avisei fechando a tela do notebook. – Existe uma senhora aqui perto, ela é cartomante. Falam que ela consegue ler as mãos das pessoas, e até mesmo falar das vidas passadas… – Disse sorrindo estendendo a mão para ele. – Ela pode nos ajudar.

– Maioria dessas cartomantes são falsas.  – Disse Steve, segurando em minha mão podendo sentir seu toque macio e carinhoso.  – Não vai adiantar nada indo até lá…

– Ela não. Mas eu saberei se é verdade. – Acrescentei. – Meu poder de visão funciona quando fico perto de pessoas, não é qualquer uma que acontece uma visão. No dia da festa do Stark cumprimentei várias pessoas e não aconteceu nada.  

– Por isso mesmo que não vai adiantar nada, Liv. – Continuo insistindo ele para não irmos, com o rosto fechado e sério, parecendo mais cansado e com um profundo sono… depois que fui para meu quarto ontem, não soube se ele acabou dormindo. – Talvez seus poderes nem funcionem com ela.

– Meus poderes aparecem com pessoas, então preciso começar por alguém. – Confirmei. – Parece que com você ele não pega mais. Eu preciso sair de casa para ter certeza… pelo menos eu que aquele escudo sempre aparece quando preciso me defender.  

– Olivia. – Disse ele cruzando os braços, respirando fundo.

– Steve. – Retruquei, o imitando.  – Você confia em mim? – Ele não respondeu a pergunta em voz alta, apenas balançou a cabeça em positivo, já esperando que fosse aprontar.  – Então, coloque sua melhor roupa, pois vamos sair.


Notas Finais


Tão fofinhos.... /berra
Então pessoal, alguma teoria sobre o mistério por de trás de tudo, ou é apenas paranoia da Liv?
Também, muitas pessoas estão perguntando se vai ter cena 'hot' e a resposta é sim, vai acontecer quando vcs menos esperarem.


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