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História Innocens - Melodia Desencadeada


Escrita por: jjiyoos

Notas do Autor


*posta e sai correndo*

Capítulo 36 - Melodia Desencadeada


Steve levantou-se do sofá sem pegar a camiseta, ficando parado em minha frente com a postura de sempre. Ele levou um dos braços para a cintura e a outra para as costas, fazendo uma breve referência, abriu um sorriso encantador nos lábios. Demorei para perceber o que fazia, só depois me dando conta que a música principal começava a tocar nos créditos finais. Meu coração começou a bater mais acelerado do que esperava, sentindo a queimação subir pelas minhas bochechas e borboletas atacando o estômago.

– Não, Steve! Não sei dançar… – Resmunguei, aninhando com o sofá revelando que não queria sair.

– Uma dança. – Pediu ele sem quebrar o sorriso, rindo por de trás pelo estado que fiquei. – Vamos, vamos! – Implorou estendendo a mão, vindo em minha direção como quem me puxaria. – Acredite, depois não teremos outra oportunidade como esta.

O homem loiro ainda parado com a mão esticada em minha frente, parecia que não mudaria de ideia tão rápido e admito que depois de tudo que passamos nesses últimos dias, precisávamos de uma dança para quebrar todo esse gelo no ar. Segurei em sua mão, sendo puxada para perto com certa delicadeza, fazendo que colocasse a outra mão em seu peito nu sem querer, logo a levando para seu ombro, desviando o olhar.

Não poderia negar, Steve era o perfeito cavalheiro para a sua época, um príncipe dos sonhos de qualquer menina. Ele apoiou os braços pesados de forma gentil sobre os meus ombros, sem desviar os olhos azuis. Podia sentir eles me vigiando ainda com o rosto virado. Ele começou a balançar os corpos lentamente, à medida que a música tocava no fundo, divertindo-se  ao me ver tão desnorteada pela primeira vez depois de todo esse tempo.

– Oh my love... My darling, I've hungered for your touch. – A voz dele era rouca ao começar a cantar a letra da música. Fazia com que meu corpo precisasse de ajuda, pois a qualquer momento poderia desabar. – A long lonely time... time goes by so slowly… And time can do so much. Are you still mine?

Não conseguindo resistir, tive que olhar para ele sem esconder o sorriso que parecia largamente em meu rosto avermelhado. O homem pareceu gostar e se sentiu mais calmo, talvez, pois começava a nos balançar girando pela sala, usando o colchonete branco como um palco. O corpo dele era quente e confortável enquanto dançávamos com nossos pés afundando. Podia ficar ali para sempre, nunca cansaria. Largando a timidez do momento, arrumei a postura e meus braços tentando segurar uma risada enquanto o mesmo ainda tentava cantar a música  que mal conhecia, mas que havia conseguido decorar por ser repetitiva fazendo uma performance de caretas.

– I need your love...  I need your love.– Canta as últimas frases da música, com a voz tão baixa, puxando para mais perto de seu corpo descoberto, não deixando um único espaço.  – God speed your love to me!

A música melosa já havia terminado de tocar, mas ainda sim ficamos ali abraçados por alguns minutos dançando na sala escura e silenciosa, apenas com os barulhos de nossas respirações ofegantes e da cidade agitada no lado de fora. Meu rosto encontrava-se encostado em seu peito aconchegante, ele conduziu uma das mãos para meu cabelo, acariciando devagar. Os seus toques eram tão gentis e calorosos, fazendo com que ficasse ainda mais apaixonada por cada simples gestos, o estranho era estar admitindo isto, era a mais pura verdade.

Os seus toques com as pontas dos dedos desceram para o meu rosto, a sensação fez com que fechasse os olhos, admirando cada momento e segundo daquilo, como tudo parecia um sonho bom demais para ser verdade. De repente pude sentir um toque diferente, arrepiando todo meu corpo. O toque de seus lábios macios em meu nariz, bochechas, tombando a cabeça para trás. Uma de suas mãos pousou sobre minha cintura, enquanto a outra acariciando meu pescoço. As batidas do meu coração entregavam meus sentimentos, e a forma ansiosa que agia com cada pequeno toque.

E o estado em que entrei no momento seguinte pode ser caracterizado como o paraíso, parecia que a melodia da música Unchained Melody ainda tocava lentamente pela sala, dando uma sensação acolhedora em seus braços. Steve parecia sentir as mesmas coisas, seus olhos azuis pareciam brilhar a medida que ficávamos juntos, brilhavam como duas jóias preciosas. O fino sorriso que formava em seus lábios fechados, junto com a respiração calma e ansiosa, tornava cada vez mais tudo perfeito.

Quando finalmente seus lábios aveludados tocaram os meus, foi como estivesse flutuando no ar de tão leve que me senti. Nada mais do mundo importava naquele momento além de nós, nada existia para estragar a sensação de romance que surgiu em um momento inesperado. Os toques macios, beijavam meu rosto de forma demorada; a aproximação era tanta que podia sentir o aroma doce do perfume, de suas mãos forçando meu pescoço para que se aproximasse ainda mais dele. Senti o seu sorriso em meu ouvido, podia o enxergar nitidamente de tão perto que estávamos. Penteie os fios loiros do cabelo para trás, fechando os olhos à medida que fazia.

A respiração irregular e densa acentuando todas aquelas sensações. O coração querendo sair para fora a cada batimento, o sangue pulsando mais forte e mais quente, podendo sentir o calor que emanava de ambos os corpos justos. Confiava nele, então fechei os olhos e sentindo algo tocar meu lábio inferior novamente; em seguida sendo puxada para um beijo caloroso e apaixonante. O corpo forte e musculoso do homem, envolvendo cada vez mais o meu, tornava aquilo impossível de parar, o beijo continuava de forma lenta, durante o tempo que acariciava a nuca do mesmo, puxando lentamente os fios entre os meus dedos, o fazendo chiar abafado.

A medida que o beijava aumentava o calor de seu corpo, a pele nua e quente em minhas mãos. Steve me respondeu com vibrações novas em cada polegada de sua pele. Ele afastou um pouco o rosto, olhando fixamente para meus olhos, podia enxergar a pupilas escuras dilatadas que se mostravam interessados em tudo ao seu redor. Em um movimento repentino, Steve respirou fundo, piscando os olhos várias vezes, podia perceber que os hematomas ainda doíam, mesmo com pequenos contatos. Tentei afastar para que ele se sentisse melhor, pois sua condição não era uma das melhores, mas logo sendo impedida e puxada para perto novamente, com um rosto sereno me encarando.

– Não precisa se preocupar. – Pediu, com uma das mãos em meu maxilar. – Estou bem.– Terminou abrindo mais um dos seus sorrisos encantadores.

– Steve, você está machucado… – Disse, pegando sua mão em minha cintura com delicadeza, mostrando o ferimento costurado de forma caseira. Por mais que parecesse bem, sua mão começava a ficar inchada e avermelhada.. – Precisa descansar.

– Está tudo bem... – Falou o homem não mudando a fisionomia, ainda parecendo um príncipe encantado diante dos meus olhos. – Preciso da sua ajuda.

Sua última frase saiu tão rapidamente e tão liberal que parecia impossível de acreditar que ele mesmo falava tais palavras, tão sóbrio. Ele parecia muito sóbrio, a forma com qual me olhava, que me tocava, mostrava que Steve nunca esteve tão sóbrio em toda sua vida talvez. Ao mesmo tempo, parecia tão cansado, como ambos estávamos, não tínhamos mais força para nada, além de ficarmos ali na sala abraçados. A verdade era que não sabia mais o que fazer, nem o que sentir, ademais estava perdida em um mundo diferente da realidade.   

– Liv, está bem para você? – Perguntou sussurrando, com a voz vacilante. – Podemos…

Não tenho ideia do que estou fazendo, mas não consigo parar. Quando meus lábios tocam os de Steve, sinto que ele respira fundo de susto, pois não esperava que o interromperia daquela forma, respondendo a pergunta. Meu corpo todo parece em chamar, nunca me senti dessa forma antes. Nossas mãos ainda estão juntas, ele levanta qual está machucada até o meu rosto, fazendo carícias na pele avermelhada, antes de levar ambas as mãos ao meu quadril. Minha mente não está mais no comando; uma sensação arrebatadora domina cada pedacinho do meu corpo. Se pudesse escolher uma sensação para viver o resto da vida, seria essa.

Meus pés saindo do chão de verdade desta vez, Steve envolveu meu corpo de uma forma tão fácil e estranha, parecia uma boneca de pano que podia ser levantada com a maior facilidade. Ele lançou um olhar simples, retribuindo. Passei minhas pernas sobre a cintura do mesmo, apoiando os braços no pescoço.

– Quando você não está brigando, até fica fofa. – Comentou ele de um modo irônico, com um sorriso de canto rindo da própria fala, enquanto andava para frente, em direção ao quarto.

– Falou o senhor resmungão...– Retruquei, acariciando sua nuca.

– Sou resmungão mesmo. – Sussurrou o homem em meu ouvido como resposta, fazendo todos os pelo do corpo se arrepiarem com aquela voz.

Chegando no quarto Steve, deu uma pequena volta comigo ainda em seus colos como diversão, por fim se sentando sobre a cama. As cores da cidade pelo lado de fora da janela, refletiam em sua pele branca como uma dança sem fim, e a cicatriz desagradável que subia em ziguezague pelo torso era afiada e chocante, desci a mão deslizando pelo comprimento da cicatriz com a ponta do dedo, o fazendo tremer. Steve pegou-a e beijou a palma mão com ternura, ao passo que a outra mão escorregou por baixo da minha blusa, tocando a pele pela primeira vez, a puxando de forma educada para cima. Não sabia mais como respirar, parecia que havia esquecido como fazia; tudo em volta parecia tão perfeito e maravilhoso, sendo um momento único, sendo impossível não resistir aqueles amores recebidos. Steve aproximou novamente o rosto, beijando suavemente os meus lábios, à medida que terminava de jogar a peça de roupa para o canto, deixando-me apenas com um sutiã.

O beijo se aprofundou rapidamente, uma coisa aquecida que fez minha cabeça afundar quando Steve estendeu a mão para embalar meu rosto. Agarrei os antebraços grossos de dele em busca de apoio, desmaiando na força de seu abraço. O loiro sorriu entre os lábios deslizando as mãos sob o tecido macio e florido da parte de cima, o contato da pele nua em minhas costas surgiu como uma explosão de sentimentos, como se todas as borboletas presas em meu estômago resolvem sair ao mesmo tempo. Steve pressionou os lábios roçando a barba grande na parte de baixo do meu queixo suavemente, levandos os beijos para o resto do corpo.

– Steve –  Deixei escapar em um breve sussurro, envolvendo as pernas ao redor da cintura dele, os braços apertando ao redor de seu pescoço. Ele segurou minha cintura com facilidade, mudando nossas posições sobre a  cama, ficando por cima.

Deixei um gemido escapar quando ele me derramou sobre os lençóis de seda ridículos da cama, Steve subiu em cima e capturando minha boca mais uma vez. Meus dedos percorreram o peito dele, passando pelas cicatrizes e se atrapalharam com as calças. Não esperava a forma que ele reagiria, o homem mordeu o longo do meu pescoço fazendo que inclinasse a cabeça para trás, contorcendo-se e tremendo. Finalmente, Steve teve meu shorts desfeitos e estava tentando retirá-los. Ele beijou o comprimento do meu corpo, enquanto respirava fundo  e apertando as pernas ao redor dele depois às soltando para cama, descendo os selares até a região do estômago acompanhado com as mãos quentes, fazendo-me desejar ainda mais ele.

A mão de Steve que carregava o machucado costurado, fazia lembrar o quanto ainda estava ferido, porém, parecia que o mesmo desejava as carícias mais do que eu. A voz da responsabilidade dentro da minha cabeça se restabelece, lembrando-me que aquilo era uma péssima ideia, mas volto a sufocá-la. Era capaz de jurar que ouvia a respiração, enquanto levava sua boca até a minha novamente, enxergando de relance os olhos azuis brilhantes. Quero me concentrar apenas em seu corpo comprimido contra o meu, quando ele agarra meus pulsos os deixando preços sobre a cama. A maneira como minha língua segue o comando da sua, dando a sensação que já havíamos feito aquilo várias e várias vezes, além dos meus pensamentos. Fico impressionada com a maneira como, de alguma forma, meu corpo sabe de que forma reagir aos estímulos dele.

Ele interrompe o beijo ardente para retirar a calça de moletom, Steve olha nos meus olhos, fazendo que meu coração batesse mais rápido, subindo uma sensação quente por de dentro, secando a garganta, ao prestar atenção naquela cena. O olhar dele é sincero e afetuoso, pude perceber nitidamente, que perguntava em silêncio se podia continuar com o momento, abrindo um largo sorriso deixando a resposta transparecer. Respirei fundo caindo em um mundo de sensações. Os lençóis o envolveram, o barulho da cidade de carros e multidões surgiram através da janela alta, que refletia a luz do céu em seu corpo descoberto.


Notas Finais


tradução da parte inglês = "Oh, meu amor, minha querida. Eu anseio pelo seu toque. Há um longo e solitário tempo. O tempo passa tão devagar e o tempo pode fazer tanto. Você ainda é minha? Eu preciso do teu amor. Eu preciso do teu amor. Deus me de o seu amor. "

Tentei fazer o mais perfeitinho, e admito que não manjo muito em cenas in love... Então não detalhei tudo até o fim, o resto fica na imaginação de vocês. q


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