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História Innocens - Você está seguro agora


Escrita por: jjiyoos

Notas do Autor


Olha quem apareceu amadinhos! Depois de meses, eu sei... O que aconteceu é que agora estou trabalhando e a faculdade aka TCC pegou todo o meu tempo, não só tempo para escrever como o meu tempo de pensar, juro por deus que não conseguia mais escrever nada, deu uma travada legal.

Mas agora, vou tentar terminar a fic de vez... que como ando dizendo, falta bem pouco, BEM POUQUINHO. Só preciso sentar e escrever.

Espero que gostem desse capitulo, ele foi meio simples e fofo, apenas para avisar o meu retorno. KKKKKK
E sim, prometo voltar a postar normalmente.

Desculpa pela demorinha.
Tia Jjiyoos ama vocês.

BOA LEITURA!

Capítulo 63 - Você está seguro agora


Fanfic / Fanfiction Innocens - Você está seguro agora

Natasha deixou tanto eu quanto Steve na calçada de trás do prédio, com a criança em colo; como eles haviam comentado, não foi um roubo de carro e sim pegaram emprestado, por tanto Natasha estava indo devolver em um outro canto da cidade. Subimos os degraus de metal com cuidado para não cairmos, quer dizer eu enquanto ele levava o menino ainda sonolento. Ao chegar em nossa janela, percebemos outras pessoas do lado de dentro parecendo bastante confortáveis. Sam notando nossa chegada tomou dianteira abrindo o vidro pegando com cuidado a criança para si o colocando deitado no sofá. Parecia que ele conseguiu chegar mais cedo que a gente, já tendo até trocado de roupa.

— Onde está a menina? — perguntou Steve notando que faltava uma pessoa na sala, ou melhor duas. — Aconteceu alguma coisa?

— Não. Foi fácil demais com a Wanda e o Visão do nosso lado… — explicou abaixando o tom da voz percebendo o nosso estado. — O que posso dizer é que não foi o mesmo para vocês. Visão conseguiu o endereço da família da menina, é uma família ricaça que por coincidentemente estava na festa do Lencaster. Parece que os pais ainda não haviam sido informados sobre o sumiço da criança, apenas a babá, os funcionários da casa e os avós da criança. Assim ele pegou o trabalho de levar a menina de volta para o quarto sem perceber a presença dele. O que é fácil, já que atravessa paredes. Consegui o endereço para o menininho, mas achei melhor esperar vocês para discutir como vamos entregá-lo. 

— Não dá para atravessar a parede como o Visão, como nada tivesse acontecido. — comentou Steve apoiando os braços em sua cintura. — Vamos ligar para a família dele pedindo para nos encontrar em algum lugar, ai entregamos de longe. 

— Pode dar certo, mas antes vão se limpar. — disse Sam dando um pequeno tapinha no ombro do amigo loiro. — E você Liv, parece que foi atropelada por um caminhão. 

— Acredite, a sensação foi a mesma. — respondi já indo em direção ao banheiro esticando os ombros.

Ao virar pelo corredor entrando pelo banheiro, notei a presença do homem loiro seguindo meus passos para dentro, segurando uma muda de roupa entre suas mãos. Seu olhar para mim foi carinhoso, com um leve sorriso nos lábios. Apenas aquele simples gesto foi o suficiente o bastante para aquecer meu corpo.

— Deixa que te ajudo. — avisou ele colocando as coisas sobre a pia do banheiro, fechando a porta atrás da gente. — Levanta os braços.

A sensação era a mesma de ser tratada como uma criança ao escutar falando isso, mas não consegui responder e nem desobedecer, provavelmente ele tinha razão, tirar aquela blusa de manga comprida seria um sacrifício sozinha. Agora que toda a adrenalina já havia passado, o corpo esfriou reconhecendo todos os hematomas e dores como parte dele. Levantei o braço, sentindo a aproximação cada vez mais perto do homem, que segurou com delicadeza a bainha da roupa a levantando revelando a pele branca. Bem, já havíamos feito isso algumas vezes, só que agora parecia diferente, a situação. 

— Vai se sentir melhor depois de alguns dias. — comentou observando as marcas roxas que surgiam por de trás de meus ombros, desviando os olhos claros para baixo.

Steve parecia triste e melancólico, reconhecia aquele olhar de tristeza, vergonha e medo. Queria poder falar para ajudar seu ânimo, só que o meu parecia a mesma coisa ou ainda pior, muito pior, mas não queria admitir isso nem para mim mesma, muito menos em voz alta. Deixei ele com os próprios pensamentos, levando a mão até o gancho do sutiã branco abrindo, chamando sua atenção novamente ao virar procurando roupas ali perdidas, que tinha certeza de ter deixado aquela regata preta ali no outro dia, tentando a vestir com dificuldade na parte de levantar os braços. Senti as mãos pesadas e quentes dele, segurando meus braços para o alto terminando de puxar a roupa para o corpo, fazendo percorrer um arrepio com o contato dos dedos leves descendo sobre meu peito de lado.

Virei em sua direção, com aqueles lindos olhos azuis claros me encarando. Meu corpo também aprendeu a reconhecer os momentos que sempre fazia a sensação de borboletas no estômago surgir do nada, e essa era uma delas. Olhando para ele tão de perto, para dentro de seus olhos, fazendo que minhas mãos mexessem por vontade própria, a colocando sobre o rosto dele, do Capitão América, sentindo a textura da barba loira entre os dedos. Steve não se queixou do movimento inesperado, e sim colocando sua mão sobre a minha fechando os olhos. 

— Está tudo bem, Steve. — disse afastando. — Vamos tentar descansar pelo menos um pouco. 

Falando isto sentei na privada com a tampa fechada, abaixando para retirar a bota, reparando que ele retirava a faixa de couro em suas costas, começando a retirar o uniforme. Mantive o olho focado no que fazia, para não ficar encarando, melhor tarando. Tirei o sapato, levantando o corpo puxando o cinto da cintura, espiando que ele vinha demonstrando dificuldade para retirar tudo.

— Calma. — disse indo em direção. — Você mesmo disse para não nos soltar dos poderes dele, e você mesmo faz isso. — coloquei as mãos no trinco ao lado do uniforme puxando as coisas para baixo, colocando no chão. — Precisa aprender seguir suas próprias ordens, Capitão… Certo. — terminei, vendo que steve apontava para algo em seu pescoço, indicando um zíper que nunca percebi. 

Virei ele de lado um pouco, puxando o zíper quase invisível em suas costas, mostrando que de fato era um colete quando o puxou para fora, revelando algo similar a uma camiseta de manga comprida apenas um detalhe que chamou atenção, na região do abdômen existia uma parte confecionada por tule, mostrando todo o corpo definido por debaixo. 

— Quem diria que esse é o verdadeiro uniforme. — comentei, sem conseguir segurar a piadinha, levantando as sobrancelhas. 

— Normalmente uso uma regata branca por baixo. São feitas de algodão porque essas roupas são quentes e não tem ponto de ventilação, e pessoas normais podem pegar pneumonia. — responde ele sem importar com o comentário. — No meu caso não sei se isso aconteceria… Já que fiquei ileso depois de congelado. 

— Obrigada pela explicação, senhor soldado. — respondi. — Termina de se arrumar, que vou pegar uma outra calça, uma que não esteja toda suja. Vamos resolver as coisas, e depois penso em tomar um banho longo.

— Achei que gostaria de ajudar tirar tudo. — retrucou ele para minha surpresa com o que ele dizia, fazendo me virar do nada para o encarar sorrindo feito um idiota apaixonante. — Foi para amenizar o clima tenso do dia. — terminou explicando, mas ainda mantendo aquela carinha.

— Está andando demais com o Sam. — disse mais para mim do que para ele. — E se demorarmos demais aqui dentro, o outro idiota lá fora vai começar imaginar coisas. Então, se comporte. 

Com esse comentário estranho, que no fundo fazia sentido, deixei Steve sozinho no banheiro e fui correndo até o quarto pegando uma calça jeans e uma jaqueta dos cabides. Olhando para meu reflexo no espelho. Parecia de fato que fui atropelada por um caminhão; os olhos inchados e vermelhos por conta do choro, que nem havia percebido que acabei chorando com a dor que sentia. O corpo possuía bastantes hematomas, a maior parte deles na região das costas, onde fui jogada contra a parede. Diferente de Steve que por sair do controle ficou com boas marcas roxas espalhadas. Balancei a cabeça afastando os pensamentos, colocando minhas roupas e saindo para sala.

Sam parecia calmo demais sentado sobre a poltrona comendo um pacote de biscoitos de chocolate e o menino ainda dormia no sofá…

— Ele está bem, Liv. — disse Sam percebendo a preocupação. — Já verifiquei a pulsação, está tudo normal. Apenas dorme como um anjinho… a menina também apresentava os sintomas.     Então relaxa até termos ligado para a família dele que irei deixar Steve fazer. E cadê a Nat?

— Ela foi devolver o carro. — respondi pedindo um dos biscoitos, recebendo e seguida. — Parece que não como há anos.

— Falei com a Nat e disse que posso resolver as coisas por aqui. — disse Steve aparecendo no corredor com uma calça jeans larga e sua blusa xadrez azul. — Que ela pode ir descansar. 

— Onde falou com ela? — perguntou Sam. — Sabe, precisamos urgentemente arrumar uns pontos novos. A maior parte das vezes eles não estão funcionando. 

Os momentos seguintes passaram bastantes rápidos, Steve pegou o último telefone descartável que possuíam para ligar avisando a família do menininho. Ele não revelou sua identidade nem nada, apenas comentou que achou o menino andando no meio da cidade, e que acabou descobrindo o número deles. Podia escutar de longe, o choro de alegria daquela mulher gentil ao saber que seu filho estava bem e vivo. Steve em seguida passou as informações onde os encontramos, por algum motivo a escolha do local foi na praça perto da antiga lanchonete, onde comprei pão para ele e onde tivemos nossa primeira conversa civilizada… pensar essas coisas agora faziam parecer que aconteceram a tanto tempo atrás.

— A mulher avisou que vai chegar às 15:00. — Avisou Steve notando uma movimentação no sofá atrás dele.

O menininho parecia estar acordando depois de tanto tempo apagado. Seu rosto parecia inchado de tanto dormir, com os olhos vermelhos, fazendo com seus cabelos loiros passassem a sensação de mais branco ainda. Ele demorou um pouco até reconhecer o que estava acontecendo ali, com três pessoas estranhas, até que desatou a chorar fazendo com que os três fossem até ele o tentando acalmar.

— Está tudo bem criança. — falou Steve com a voz baixa e simpática. — Já vamos levá-lo até seus pais. 

Mesmo avisando que estava tudo bem o desespero que ele sentia era enorme, só de imaginar o que uma criança dessa idade vivenciou naqueles momentos na mão do Lencaster, faz até minha última espinha arrepiar. Steve abaixado sobre o sofá o tentava acalmar falando que está tudo bem, enquanto Sam ao lado tentava chamar atenção do garoto com um disco redondo que parecia um tipo de arma que utilizava em sua roupa, o que também não adiantou em nada. Observei que Sam não havia terminado de comer o pacote de biscoito, o pegando e oferecendo pra ele que pareceu reconhecer o gesto aceitando um. 

— Se comida fosse a solução já teria feito isso antes. — comentou Sam. — Eu amo crianças, mas não sei interagir com elas.

— Deve ser porque tem a mentalidade de uma? — perguntei mais como uma afirmação, tirando um sorriso rápido de Steve. 

— Não pode falar nada, Liv. — comenta o homem moreno.

— Vamos achar seus pais. — Avisou Steve, estendendo a mão para ele. — Não precisa ter medo. Você está seguro agora. 

Era novidade ver Steve interagindo com crianças, ele parecia ainda mais fofo que o normal ao falar com elas. Não podia resistir em não sorrir vendo aquela cena, poderia ficar vendo o dia todo que não me cansaria. O menininho pareceu entender e confiar nas palavras dele, segurando as pontas de seus dedos, em um gesto de confiança; Steve sorriu abertamente mostrando os dentes alinhados, feliz ao ver que conseguia falar com ele, puxando para o colo enquanto ainda segurava o pacote de comida em uma das mãozinhas. 

— Vou com vocês até a metade do caminho. — disse Sam, puxando as bolsas do chão com as coisas de colocando no ombro de uma vez só. — Vocês sabem, qualquer problema é só chamar. E eu torço para Deus, não aparecer mais problemas… e o que aconteceu com o Lencaster? 

Sam foi em direção a janela, recebendo meu olhar desafiador para usar a porta, mas depois recebendo o comentário do Steve que pela janela seria melhor para ninguém ver a criança. Tentei não discutir e apenas aceitei e fui seguindo seus passos.

— Tivemos uma briga feia. — respondi somente depois. — Se não fosse a Natasha aparecendo do nada, com uma seringa e colocando Lencaster para dormir… poderia ter acontecido o pior. 

— Calma. Ele não morreu? — perguntou Sam aflito. — Vocês sabem que cutucaram a ferida do diabo, né? Ele vai voltar, e muito pior.

— Não. Na verdade, não sabemos. — respondi. — Steve derrubou ele pela janela, nisso fugimos com a criança… mas acho que ele só ficou inconsciente. 

Andamos um pouco em silêncio com Steve ao meu lado segurando a criança, que parecia mais animada e confiante. Ele também não falava nada, ficava na sua apenas observando a nossa conversa ou vez em quando Sam dava um tchauzinho amigável por de trás. 

— Qual é o seu nome, rapazinho? — perguntou ele ao receber atenção. A criança ficou um pouco ressentida ao falar, ou apenas era vergonha por estar com três pessoas desconhecidas.

— Alex. — respondeu o menininho, com a voz fina e baixa. 

— Oh, é um belo nome, meu rapaz! — continuou Sam puxando assunto. — Sabe, é Alex apenas Alex ou é Alex de apelido? Todos me chamam de Sam, porém meu nome verdadeiro é Samuel. 

— Seu nome é Samuel? — perguntei do nada com a informação nova. — Dessa não sabia, obrigada.

— Apenas Alex. — voltou a responder a criança formando um pequeno sorriso. — E o de vocês? O que aconteceu com o homem mal? — com essa pergunta inocente trocamos olhares, sem saber ao certo como responder, já que ele parecia começar a se soltar de fato e entender a situação.

— Como eu disse, me chamo Samuel, mas você pode me chamar de Sam. — Apresentou com a mão no peito, ainda segurando as coisas. — Essa linda moça ao seu lado. É a Liv, nossa mascote. — disse, enquanto dava um pequeno aceno. — E esse homem que está lhe carregando tenho certeza que o já conhece. E sobre o homem mal foi o que acabamos de comentar, não sabemos ao certo o que aconteceu, mas você está em segurança.

— Acho que já vi vocês em algum lugar. — comentou em resposta. —  Ela é do hospital, a que conversou com minha mãe…a moça que estava com o namorado.

— Como assim reconhece ela e não a gente?! — perguntou Sam fingindo estar surpreso, ou apenas com inveja. —  Mas desde pequeno já sabe reconhecer belas damas isso é bom. Eu meu caro jovem, sou o Falcão! E esse loiro bonitão é o Capitão América. Somos os vingadores!

Alex ficou olhando para Sam com os olhos cerrados e com uma carinha de quem duvidava da palavra real e verdadeira que o homem dizia, depois virando o rosto para frente encarando Steve. 

— Mas ele tem barba, e o Capitão América não tem. —  apresentou ele, cutucando a bochecha com os dedos no Steve que começava a sorrir com o rumo da conversa. — Minha mãe disse que o Capitão América está escondido e bem longe daqui. 

— Mas eu sou o Capitão América. — disse Steve o fitando, fingindo estar bastante sério. —  O seu pai provavelmente faz a barba não faz? —  perguntou recebendo a confirmação da resposta pela cabeça do menino. —  Então, eu também preciso fazer a minha. E você um dia também terá barba como todos os outros.

— Ainda não acredito que é o Capitão América. —  balbuciou ele fechando o rosto. — Cadê o uniforme?

—  Está para lavar. —  respondeu Steve, bastante rápido para minha surpresa. —  Os uniformes também precisam ser lavados. Assim como sua mãe lava seu uniforme do colégio. Certo? 

— Você não é ele. — continuou afirmando a criança, sem conseguir acreditar. — Cadê os poderes, as brigas? Oh, e além que meu pai disse que vocês deveriam estar presos, e minha mãe fala que são espertos demais para serem pegos. 

— Quando não estamos salvando o mundo, somos pessoas normais, assim como você. — voltou a explicar Steve com o tom da voz tão calma e serena. — E seu pai está certo, e sua mãe também. Mas veja pelo outro lado, se não estivéssemos aqui ninguém teria ajudado você sair do homem mal.

A criança ficou encarando ele por alguns segundos sem saber o que responder, já que começava a duvidar da sua opinião de que Steve não era o Capitão América apenas por estar de barba. 

— Tá bom. Caso você seja de fato o Capitão América, e ele o Falcão. Quem é ela? — perguntou apontando para mim. — Vocês possuem outros nomes, nomes de heróis. 

Com essa pergunta recebesse o olhar dos três na minha direção. Essa era uma ótima pergunta, e uma ótima discussão, pois nunca sequer pensei em ter algum nome de super herói, e nada combinaria com minhas habilidades. Sam ficou me encarando de uma forma que podia começar ficar desconfortável, enquanto segurava o queixo em uma das mãos pensando. 

— Ela ainda não tem um nome, meu caro jovem. — Admitiu Sam, apontando para mim. — Tem alguma ideia? Eu daria de águia por causa dos olhos que ela tem.

— Ela tem olhos de águia? — perguntou Alex olhando para mim. — Eles são normais.

— Acredite, quando alguém está em perigo os olhos dela ficam alaranjados como de um animal. — explicou Steve. — Águia ficaria legal, mas também não tenho certeza que combina.

— Qual é o poder dela? — voltou perguntar Alex, enquanto parávamos para atravessar no sinal vermelho.— Tipo, você é forte, igual o Hulk que é verde, tem o Homem de Ferro com a armadura e aqueles raios. — terminou imitando a famosa pose do Stark com a mão. 

— Isso eu não sei ao certo. — respondi chegando no outro lado da praça, no local combinado. — Sei que posso ver quando uma pessoa está em perigo, boatos que consigo esconder a presença de alguém… além que tenho uns escudos no meu braço. — expliquei levantando os ombros. — Mas ainda não sei o que eu sou. Sou novata nesse ramo.

— Parece ser um bom poder. — comentou o menininho, sendo colocado no chão com cuidado. — Como seu poder pode salvar as vidas das pessoas, e seu nome é Liv… seu nome de herói pode ser Live!

— Como nunca pensei nisso antes! — exclamou Sam como se tivesse uma lâmpada acesa sobre sua cabeça. — Menino você é um gênio. Muito bem, agora ela é a Live. 

— Não precisa agradecer. — respondeu a criança cruzando os braços. — Sei que sou esperto. 

— Muito esperto, continue assim e pode virar um vingador. — voltou a comentar Sam, ajustando as bolsas atrás dos braços. — Agora preciso ir. — comentou. — Mando notícias, e caso aconteça algo de errado é só chamar. E você meu jovem, cuidado e não deixe que homens maus voltem pegar você. Agora fui!

Com essa despedida Sam foi caminhando para o outro lado da praça, podia perceber que começava ficar mais relaxado também, os ombros não pareciam tão duros. Um momento de calma, era bom para todos. Olhei para o lado, observando que Steve havia se sentado em um dos bancos de madeira, com a criança ao lado; por um momento estranho um pensamento estranho surgiu formando um leve sorriso, vendo aqueles dois lado a lado, até pareciam pai e filho, possuem mais semelhanças do que a cor do cabelo e do olho. Era uma semelhança engraçada ao reparar, e deveria ser isso que as pessoas que passavam na rua, nem notaram algo errado, na verdade, abriam caminho ao perceber uma criança de colo. 

— Agora só temos que esperar seus pais. — disse Steve, cruzando os braços e encostando o corpo, tendo o movimento imitado pela criança. — Acredito que daqui a pouco eles chegam.

— Posso fazer uma pergunta? — questionou Alex, olhando para ele ao lado. — Por que o homem mal me pegou? Fiz alguma coisa errada? 

— Não…! — respondi junto com Steve. — Você não fez nada de errado, bebê. Como disse, aquele homem é mau. As coisas que ele faz não possuem… sentido. Não precisa se preocupar com estas coisas, ok.

— Aquele homem, ele não está atrás de você. — Avisou Steve, forçando um sorriso. — Aquele homem está atrás de mim. Ele apenas usou você, pois saberia que conseguiria me atingir.

— Mas eu nem te conhecia pessoalmente. — Apresentou Alex. — E por que ele quer você? Você fez alguma coisa má de novo?

Essa última pergunta sem dúvida nos pegou desprevenido, era uma situação estranha e embaraçosa, que até mesmo uma criança pequena como ele possuía conhecimento que o Capitão América era procurado por fazer alguma coisa ruim, no caso apenas ver a verdade. Steve respirou fundo, pensando no que responder, já que sem dúvidas aquela criança era perigosa.

— Vamos dizer que briguei com ele quando era pequeno… — começou a explicar, olhando para nenhum ponto específico. — E ele ainda guarda raiva de mim. Mesmo depois de vários anos.

Uma movimentação na calçada do outro lado da rua chamou atenção. Era uma encruzilhada, com vários caminhos de pedestres até que conseguisse chegar na praça. A movimentação era um casal, que pareciam desesperados para que o sinal fechasse para que eles conseguissem atravessar, assim reencontrando o filho pequeno.

— Steve, os pais dele estão chegando. — Avisei recebendo olhares de ambos os loiros. — Está na hora de ir embora, Alex. 

Ele pareceu abrir um largo sorriso nos lábios, ao escutar que seus pais haviam chegado para buscá-lo. O menino loiro levantou com um pulo para o chão, vindo em direção agarrando agarrando minhas pernas em um gesto carinhoso e gentil, me fazendo abaixar para despedir corretamente com um abraço. 

— Seja um bom garoto, ouviu? — disse, enquanto já levantava bagunçando os fios loiros, ganhando um outro sorriso como resposta.

Steve já estava agachado ao lado de Alex, com um olhar alegre e triste ao mesmo tempo. Agora parecia mais fácil começar desvendar os verdadeiros sentimentos do Capitão, que antes pareciam indecifráveis. O menininho foi até ele com os braços abertos o envolvendo em um abraço apertado e logo. Uma coisa chamou atenção, que os olhos dele pareciam marejados, com essa despedida voltando a forçar um fino sorriso.

— Você está seguro, está bem. — apresentou Steve novamente, mas parecia que falava mais para si mesmo do que para a criança. — Obedeça seus pais, e nunca saia o lado deles. Entendeu? 

— Entendido. — respondeu Alex imitando a famosa pose do outro.  — Mas, por que você está chorando? — perguntou observando que os olhos do homem mais velho eram vermelhos e inchados. Vou ser um bom garoto, e poder contar que conheci o Capitão América, que ele me salvou de um homem ruim.

— Sim, sim! Pode contar para os outros que lhe salvei. — concordou Steve todo bobão. —— E as lágrimas são de alívio e de despedida.

Com outro movimento inesperado de como de todas as outras crianças, Alex ainda bastante perto dele, levantou os braços levando os dedos até o canto da boca, o puxando para cima em forma de criar um sorriso.  

— Papai fala que homens não podem chorar. — falou, recuando para trás. 

— Agora vá! — disse vendo que os pais deles chegavam perto de onde estávamos, com os olhos vermelhos de choro, até mesmo o pai. — Pode correr até eles. 

— Vocês não veem? — perguntou, todo animado vendo que a família havia chegado. 

— Hoje não, na próxima. — respondeu Steve ainda abaixado. — Até mais pequeno Alex.


Notas Finais


ITI.


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