História Innocent? (Larry Stylinson) - Prisão

Louis

Dizer que eu não estava nervoso era mentira. Pois eu estava. Pra caralho. A diretora avisou a todos os funcionários e presos que receberíamos uma nova pessoa aqui dentro. Normal, aliás quase todo dia chega alguém. Mas agora é diferente, pois nenhum preso aqui tinha aquela ficha na polícia, nenhum preso aqui tinha matado alguém com 8 anos, ninguém preso aqui já tinha se internado em uma clínica para loucos, e acima de tudo, ninguém preso aqui era um Serial Killer. Só de ter o pensamento de que em algumas horas eu estaria debaixo do mesmo teto que ele, fazia todos os poucos pelos do meu corpo se arrepiar. 

Suspiro, enquanto encaro o grande e velho portão preto em minha frente. Com um pequeno aceno de cabeça para o policial a minha frente entrono enorme presídio que é considerado uma "herança de família" para minha mãe e qualquer outra pessoa da minha família. Para mim aquilo é uma maldição. Assim que passo pelo portão, percebo que agora tem muito mais policiais nesse local. Era sempre assim, basta estar chegando mais algum condenado que é isso que acontece. Mais dessa vez, existe o dobro do normal que vai chegar. E isso me assusta ainda mais. Minha mente grita comigo o tempo todo, me alertando de um perigo próximo, me dizendo para sair correndo enquanto à tempo. Mas eu apenas ignoro, isso é apenas medo. Nada de mais. 

Finalmente entro dentro do prédio cinzento, e começo a andar pelos corredores em direção ao banheiro dos funcionários para colocar a roupa que carrego na mochila em meu ombro. Um pouco de alívio passa por mim ao ver quando outros funcionários passam por mim acenando e mostrando seus olhares apavorados para o novo prisioneiro. Deixa um suspiro passar por meu lábios, quando percebo que não sou o único apavorado com a chegada dele. Paro em frente a porta da diretora e penso se devo ou não avisa-lá que cheguei. Decido a segunda opção e contínuo caminhando, até finalmente entrar em mais uma porta cinza e de metal, com apenas um letreiro preto nela. Banheiro dos Funcionários.

Fico agradecido quando percebo que esta vazio. Entro em umas das cabines e a tranco. Penduro minha mochila no gancho e começo a tirar minha roupa para colocar finalmente o uniforme horroroso desse lugar. Deixo uma risada escapar dos meus lábios quando lembro do que minha mãe falou quando eu fiz a primeira tatuagem e do que ela acha das outras. Saio da cabine com o uniforme feio e caminho até a ala dos funcionários aonde temos armários para guardar nossas coisas.

~x~

2 horas. Tudo o que precisou para que a diretora avisasse de que o novo prisioneiro estaria aqui. Quando ouvi sua voz ecoando pelas caixas de sons espalhadas por todos os lugares, meu corpo imediatamente ficou tenso. De agora em diante eu teria que me acostumar a viver no mesmo teto que aquele ser. Todos estavam indo para a frente da prisão para poder ver o novo condenado chegando. Eu realmente não queria ir para lá, mas era uma ordem e não um pedido. Andei calmamente até a frente do local, aonde já estava basicamente todos os funcionários. Depois de longos quinze minutos todos estavam ali aguardando ansiosamente. Até mesmo a diretora que não tinha o costume de receber seus prisioneiro estava ali. Seus saltos faziam barulho pelo corredor anunciando que elas estava andando em direção da frente de sua prisão. Todos encaram ela quando ela passou pela porta descendo as pequenas escadas ali e indo em direção ao policial mais na frente. Nem mesmo comigo ela falou hoje, talvez não tenha notado minha presença. Todos os funcionários conversavam entre si. Porém dessa vez eu quero ficar quieto e não falar.

No mesmo instante um carro blindado da polícia entra no local e todos ficam quietos e olham com curiosidade tentando ver do novo presidiário. Dois policiais desceram do carro, se é que pode chamar aquilo de carro, e foram falar com a diretora. Depois do que parece uma eternidade, eles finalmente tiram o prisioneiro do carro. Minha boca se abre em um perfeito 'o' quando eu vejo como ele é. Seu cabelo é longo e está tocando seus ombros, ele tem cachos no final das pontas e está jogado para o lado de um jeito encantador e sexy. Seus braços são bem definidos e posso dizer isso pois a roupa está colada no seu corpo como se fosse um tamanho menor que o normal. Suas pernas são definidas e digamos que até atraentes. Seu rosto está tenso e seus olhos olham o lugar com curiosidade e também intensidade em seus olhos esmeraldas. Sua boca está entreaberta e rosada.

Todos parecem encarar ele com curiosidade e julgamento. Enquanto os policiais começam a levar ele para dentro, ele abaixa a cabeça soltando um suspiro quando passa por mim e atravessa a grande porta sendo carregado por dois policiais enquanto mais três veem atrás por precaução. Ele não é nada parecido com os presos que temos aqui. Os outros são estranhos, apenas alguns atraentes e ele provavelmente não se encaixa em nenhum deles. Ele realmente tem uma beleza capaz de tirar qualquer um de sua consciência. É isso que terei que enfrentar nos próximos tempos.

Harry Edward Styles chegou.