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História Inolvidable - The Plan


Escrita por: Trou5ha

Notas do Autor


Hey guysssssssssssss

Sem broncas demorei mesmo não tenho desculpas eh isto. Cap com ação (que eu descobri que é dificil descrever) e simplesmente não me matem hehe

Essa semana eu tenho uma surpresa pra todxs vcs que tem coragem de me aguentar por aqui! Fiquem de olho no meu perfil...

Beijos e boa leitura!

Capítulo 34 - The Plan


Pov Camila

A adrenalina nos impulsiona a fazer coisas que nunca faríamos em condições normais.

Entramos em um carro, Ally dirigindo comigo e Lauren no banco de trás. Vero dirigindo outro carro com Mani e Dinah no banco de trás.

Senti Lauren tensa ao meu lado, então entrelacei minha mão a sua, beijando o nó de seus dedos. Ally arrumava a posição do banco, ajustava o retrovisor.

- Preciso de um minuto de silêncio. – Ally disse.

Encostou a cabeça no volante e respirou fundo. Nós tínhamos tudo a perder, um erro e tudo iria água abaixo.

- É isto. Eu vou negar se nós sobrevivermos, mas eu amo vocês. – Ally disse olhando pelo retrovisor.

Lauren ergueu uma sobrancelha.

- Até você branquela.
Ligou o carro e começou a seguir o de Vero, que saiu na frente. O nosso carro não era luxuoso, na verdade era um modelo bem comum, mas o suficiente para que pudéssemos realizar o plano.

Nenhuma música tocava e Lauren olhava pela janela. Ultimamente ela passava muito tempo assim, olhando a paisagem e pensando, como se apreciasse a visão.

- No que está pensando? - Perguntei à minha namorada.

- Em como eu gostaria que nada disso fosse necessário. - Olhou para mim, dando um leve aperto em minha mão. - Sabe que eu te amo, não sabe?

- Acho que talvez um beijo me ajude a lembrar…

Lauren sorriu sem mostrar os dentes e com a mão livre, acariciou meu rosto antes de se aproximar e fazer-nos encaixar os lábios.

Beijá-la era como uma brilhante e quente noite de ano novo.

Fogos de artifício explodiam detrás das minhas pálpebras, a euforia do contato, os arrepios constantes de minha pele como a brisa gelada da madrugada à espera do nascer do novo dia,  meu coração dando solavancos de felicidade e gratidão pela oportunidade de tê-la assim tão perto novamente. O Sol que se impõe e  pouco a pouco aquece a pele.

Ela desfez o contato, abrindo os olhos verdes cristalinos para encontrar os meus. O universo inteiro guardado em suas íris.

- Eu amo você. - Respondi, em um sussurro. Ficamos com as testas encostadas, só apreciando a presença uma da outra.

- Ugh.- Ally bateu a mão no volante, chamando nossa atenção. - Vocês duas até me fazem ter vontade de ter um relacionamento.

- Sério? - Perguntei, surpresa. Ally não era do tipo que procurava um namoro.

- Hm… - Pausou brevemente. - Não, já passou.

“Meninas o caminhão está logo a frente.”

A voz de Vero ecoou mecânica pelo pequeno rádio que tínhamos trazido.

Um enorme caminhão branco estava na faixa do meio, andando na velocidade permitida. Tinha estampado na traseira: “USA Government”.

Esses caminhões tinham travas de segurança eletrônicas, ou seja, para que conseguíssemos entrar, precisávamos plugar um pequeno chip que Lucy tinha feito para que ele neutralizasse o código e pudéssemos roubar as cargas com o componente que Caity precisava.

Uma porta na lateral e uma porta traseira. Com o caminhão em movimento, Mani e Dinah entrariam pela lateral, enquanto eu e Lauren entraríamos pela traseira. A idéia é que fossemos rápidas o suficiente a ponto dos motoristas não terem como reagir, nem chamar reforços. Sairíamos e voltaríamos para o carro através do teto solar.

Lucy tinha nos dado máscaras modificadas. Eram como o tecido de meias finas, nos dando total visão, mas para quem nos olhava, via como se nossos rostos estivessem embaçados, não conseguindo delinear características para nos identificar. Vestíamos um collant, que se parecia muito com o uniforme do Homem Aranha, mas todo preto. O uniforme ajudaria na movimentação por ser leve e também era impermeável. Usávamos também um cinto com uma arma de fogo e um gatilho com uma corda e um gancho para que conseguíssemos nos prender ao caminhão sem sermos jogadas na rodovia. Não fazia ideia de como Lucy teve acesso a tudo aquilo, mas esperava com todas as minhas forças que funcionasse e que nós saíssemos de lá sãs e salvas.

O carro de Vero se posicionou logo ao lado do nosso, Dinah abaixou o vidro, fazendo uma continência, como um desejo de boa sorte. Rapidamente vestimos nossas máscaras e nos posicionamos para a realização do plano.

- Pelo amor de Deus, tomem cuidado. - Ally disse. - Não morra, Camila. Sinu iria me odiar se eu deixasse algo acontecer com você e aquela mulher sabe ser assustadora.

Ri leve. Sei que Ally estava tentando deixar tudo menos tenso, mas não tinha como evitar o nervosismo.

“Contando até três.”  - A voz de Vero se fez ouvida novamente.

Lauren beijou o dorso de minha mão.

“Um…”

- Não faça idiotices, Karla Camila.

“Dois…”

- Nem você, senhorita Jauregui.

“Três.”

Vero acelerou, indo até a lateral do caminhão. Ally freiou o carro, girando e dirigindo de ré, dessa forma seria mais fácil para que pulássemos no caminhão. Assim que estava perto o suficiente, saí pelo teto, me posicionando e atirando para que a corda se encaixasse na altura necessária. O veículo do Governo era bem alto, então ficaria pendurada cerca de 80 centímetros do chão.

Após me certificar de que a corda estava bem amarrada ao redor de mim, pulei. O som do vento alto em meus ouvidos, meu coração pulsando até na ponta dos meus dedos. Amparei meu impacto com o corpo do caminhão com as mãos. Apoiei meus pés na pequena beirada e fui caminhando até a trava eletrônica. O caminhão ainda continuava com a mesma velocidade, como se ainda não tivesse percebido nossas ações.

Assim que encaixei o chip na trava, percebi que Lauren estava ao meu lado. A trava fez um barulho, como se estalasse. Logo em seguida, a porta foi se abrindo lentamente. Assim que chegou à altura de minha visão, vi que a porta lateral também estava se abrindo.

Mani foi a primeira a entrar, se soltando da corda.

De repente, um barulho de tiro de ouviu e Mani foi ao chão.

- Merda! - Ela gritou. - Eles estão aqui!

Obtive cobertura atrás de um contêiner que ficava bem perto da porta, tendo Lauren se abrigando em outro à esquerda. Saquei a arma, pronta para contra atacar. Mais tiros foram disparados em nossa direção, todos sendo impedidos de nos acertar e quebrando os vidros dentro das filas de caixas e contêineres.

Minha respiração estava acelerada. Nós ainda tínhamos que procurar em qual daquelas milhares de caixas estava o componente que Caity precisava. Olhei para Lauren uma última vez, recebendo uma dose de coragem.

Saí de onde estava, mas antes que pudesse dar cinco passos fui chutada com força na coxa, perdendo meu equilíbrio. Me levantei rápido e me desconectei da corda, vendo meu oponente. Era um homem moreno e alto, traços duros e vestia roupas militares.

Sem tempo de pensar ele voltou a investir contra mim, enquanto eu desviava de seus golpes. Porra, ele era bom! Todas as vezes que eu precisei bloquear algum golpe, sua força me atingia de uma maneira absurda e me fazia grunhir devido aos pontos de impacto. Com o canto do olho vi que Lauren se aproximava, sorrateira na esperança de não ser vista.

Mas ele a viu.

Em questão de segundos o homem me derrubou e foi correndo em direção a Lauren. Minha namorada desferiu um golpe, que ele facilmente segurou. Apertou as mãos em seus ombros, levantando - a do chão e empurrando em direção ao chão. Jauregui tentou se levantar, mas ele foi mais rápido. Saquei minha arma e disparei.

Meu tiro atingiu a traseira de sua cabeça no exato momento em que ele chutou Lauren para fora do veículo em movimento.

- LAUREN! - Gritei enquanto corria na direção da abertura.

Olhei para baixo e não a vi. Uma forte vontade de vomitar me atingiu, me senti tonta. Eu não suportaria perdê-la. Respirava descompassadamente quando ouvi:

- Camila! Camila, puxe a corda!

Foi só então que olhei para cima, ligando as informações de que Lauren ainda estava presa à sua corda de segurança. Quando o homem a chutou, seu corpo preso pela corda foi empurrado para o lado do caminhão. Agarrei a corda com as duas mãos e a puxei, assim que Lauren se aproximou, se agarrou às bordas do caminhão, entrando e se deitando no chão.

A abracei com força, sentindo meus olhos serem banhados com lágrimas. A sensação de tê-la perdido, tinha sido o pior sentimento que já tinha se apossado do meu corpo. Uma agonia profunda. Quando me afastei dela, notei que seu rosto estava ralado na bochecha, seu uniforme estava rasgado em algumas partes e suas luvas completamente destruídas.

- Asfalto dói. - Disse com a voz rouca. Não a conseguia ver perfeitamente por causa da máscara, mas tinha certeza que veria dor em seus olhos. Por um segundo, fui extremamente grata por não conseguir vê-la.

Nos levantamos e com armas apontadas a frente. Eu dava cobertura enquanto Lauren procurava pela caixa com o composto. Não sabia onde estavam Normani e Dinah.

- Achei! - Lauren falou alegre.

Saquei a faca e comecei a rasgar a caixa. Assim que colocamos as mãos dentro da caixa, tiros voaram em nossa direção, e um deles acertou meu rosto de raspão. Grunhi e fui ao chão. Vários outros tiros foram disparados, todos em direção a caixa, destruindo assim tudo que tinha dentro.

Lauren se levantou, disparando na direção de onde vinham os tiros. Ela acertou quem quer que estivesse atirando, pois os tiros cessaram. Se abaixou novamente, vindo em minha direção, olhando meu ferimento leve.

Um homem apareceu de repente por trás de minha namorada e antes que pudesse avisar Jauregui, o vi sacando a arma. Ele iria matá-la.

Uma onda de força e adrenalina descomunal me atingiu, me lancei contra Lauren e girei o corpo, a protegendo de qualquer ameaça.

Eu senti com nitidez quando a bala perfurou minha pele, perto da minha lombar. Ouvi meu próprio grito ecoar e uma dor excruciante se espalhou por todo meu corpo. Fiquei esperando o momento em que eu seria atingida por mais tiros, mas o momento nunca veio.

Michelle me virou e vi que Dinah tinha atirado no homem, que estava morto no chão.

- Camila! - Podia ouvir a voz fraca e desesperada de Lauren. - Amor, por favor fica comigo. Por favor.

- Lo! - Dinah abaixou ao meu lado. Sua máscara estava parcialmente destruída, dando visão de pedaços do seu rosto. Vi alguns cortes. - Normani está parando o carro! Precisamos tirar Camila daqui agora!

Quando Normani apareceu, sua voz já estava distante e minha visão ficando turva.

- Onde atingiu? - Perguntou.

- Nas costas, per-perto da espinha. - Lauren gaguejou. - Você acha que ela não vai mais poder and-

- Não sei. - Normani a interrompeu. - Nocauteei os motoristas mas eles já chamaram por reforços. Milhares de oficiais podem estar aqui à qualquer momento, precisamos sair. Agora.

- Eles destruíram o composto. - Dinah disse, seu corpo perto da caixa toda perfurada por balas. - Não tem sequer um frasco que possa ser salvo aqui.

- Não importa! - Normani respondeu. Eu podia sentir que não estávamos mais nos movendo.

“Vocês vão ficar conversando ai ou o quê?” Ouvi a voz de Ally sair entrecortada pelo rádio.

- Camila foi baleada, avise a equipe médica do Polônios para nos esperar na entrada mais próxima.

“Dinah! Camila foi o que?”  Ally perguntou, seu tom nervoso.

Tudo começou a girar, eu sentia que alguém estava pressionando contra o buraco que a bala tinha feito, mas doía. Não sei se aquilo era exatamente ajuda. Meus olhos ardiam e eu sentia vontade de fechá-los.

- Ei. - Ouvi a voz de Lauren longe. - Ei, fica comigo. Não ouse me deixar, Camila.

Normani rasgou um pedaço do uniforme do militar que estava caído e amarrou ao redor de mim, apertando. Gemi alto, caralho como aquilo doía. Segurou meus braços e Dinah minhas pernas. Contaram até três e me ergueram do chão.

- Ande com cuidado para que a bala não se mova dentro dela. - Kordei disse à Jane.

Pisquei e antes que percebesse, estava dentro do carro.

Mani  estava lá no banco de trás, Lauren sentada no da frente, sem soltar minha mão.

- Normani, está sangrando muito? - Ally perguntou, a angústia nítida em sua voz. Nos movimentávamos em alta velocidade

Mani não respondeu, abria o pequeno e escasso kit de pequenos socorros.

- Normani, porra! Me responde! - Ally esbravejou.

- Foque na estrada! - Gritou. Mani olhou para mim e só então percebi que estava sem a máscara. Um genuíno olhar de preocupação estava presente em seus olhos. - Por favor, Camila. Por favor, seja forte.

Senti um aperto em minha mão. Movi a cabeça minimamente para o lado. Os olhos de Lauren estavam vermelhos e ela chorava.

- Camila, meu amor, não me deixa. - Os soluços interrompendo sua fala.

“Como ela está? Nós estamos a 15 minutos da entrada leste” A voz de Dinah ecoou no carro.

Lauren ainda me olhava fixamente, e além de toda a dor que eu sentia, vê-la daquele jeito só contribuia para meu sofrimento.

- Eu amo você, Cabello.

Seus olhos enquanto ela entoava aquela frase, foram a última coisa que vi antes de tudo ao meu redor escurecer.

 


Notas Finais


Vish...

Confiem em mim okay! Só confiem.

Beijos e até a próxima! kccsharmony


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