História Insano - De acordo com os cálculos...

O psiquiatra tinha olheiras em baixo dos olhos de tanto pensar e repensar sua ação diante da proposta de Naruto. Já haviam ligado avisando que o teste estava pronto e esperavam que ele fosse buscar com um comprovante de identidade; não podia esquecer tudo que conseguiram até agora porque seu pai estava na mão do psicopata.

No entanto, poderia deixar seu pai morrer a sangue frio?

Shikamaru divagava, bolando um plano depois o excluindo por ser muito idiota. As cartas estavam na mesa, o loiro foi inteligente o suficiente lhe passando a perna, talvez não só em si como em qualquer um que tentou jogar com ele agora teria que pensar e pensar até conseguir chegar a uma resposta boa.

Mesmo sendo o certo não queria deixar seu pai morrer.

[...]

Sasuke estava há alguns dias na cidade, observava a criança discretamente enquanto dormia no próprio carro para não pagar um hotel – e sim ele não tomava banho há algum tempo, o que para ele não fazia diferença já que teria que tentar fazer o que lhe fora pedido. Naruto foi especifico em alguns aspectos: queria que ele sequestrasse e matasse a criança, porem primeiro o levasse para outra cidade, se fizesse isso poderia ver Itachi.

Sua consciência o xingava até seus avós, porque em toda ignorância do Uchiha ele estava fazendo isso? Porque estava sendo uma peça naquele maldito jogo? Em sua mente tinha a resposta: iria passar a perna em Naruto. Pelo menos esse era seu objetivo, iria pegar o menino e o levar em outro lugar, conversaria com ele e lhe mostraria que era bom e assim os dois se safavam.

O problema era se isso iria dar certo...

Olhou no relógio impaciente estava quase na hora da criança sair da escola. Era agora ou nunca.

[...]

Kakashi observava assombrado a porcentagem de mortes naqueles meses, estavam absurdamente altos! Nunca houve tantas mortes em tão curto espaço de tempo; não falava com Sasuke há algum tempo, mas sabia dos avanços dos agentes – o que na verdade, não era grande coisa, ele mesmo podia ter feito igual.

O cinzento se encostou à cadeira pensativo, o assassino tinha que vim de algum lugar então porque a demora absurda em conseguir algum avanço realmente importante? Não era o FBI na investigação? Que droga, nunca falaria em voz alta, no entanto, não viu grandes feitos por parte dos agentes; nem as mortes diminuíram quando eles chegaram o efeito foi totalmente ao contrario.

As batidas na porta interromperão seus pensamentos negativos sobre o FBI, observou um rapaz entrar em sua sala. Aparência de bairro nobre, roupas boas, etc. era realmente bonito – esse pensamento fez o chefe erguer as sobrancelhas, mas infelizmente era a verdade- o rapaz o fitava.

–No que posso ajudar rapaz?

–Queria denunciar um assassinato. – E deu um sorriso perturbador.

[...]

Estava morrendo, sabia disso e dava graças a Deus!

Mal conseguia sentir alguns membros, seus órgãos não funcionavam direito nem seu cérebro raciocinava quanto antes. Mas para sua profunda alegria – e surpresa- Naruto foi muito bom pela primeira vez reportando tudo que acontecera em Belmont em sua ausência; tudo lhe foi contado, até os planos futuros do assassino.

Contou-lhe tudo, todos seus “afazeres”, que incluía foder a vida de Sasuke e de Sakura – a descoberta do filho da rosada o surpreendeu-, os abusos cometidos com a Hinata – e os futuros-, o pai do Shikamaru que era um segredo até os planos em andamento e para dois agentes enviados pelo governo atrás do loiro. Acima de tudo o que impressionou o moreno foi que quando lhe perguntou algo sobre seu passado ele respondeu, não sabia se era mentira ou não, mas houve uma resposta.

Se pudesse avisar a alguém... Infelizmente morreria com ele, naquele fim de mundo do inferno junto com os insetos e bactérias que se apoderariam de seu corpo. Nossa Itachi que pensamento feliz, debochou de si mesmo enquanto tossia violentamente. Pelo menos morreria com algum esclarecimento ou – olhando o lado negativo- iria morrer no meio do mistério, que para si, estaria inacabado.

Estava piorando, as tosses, tontura, seus membros doíam, suas próprias veias pareciam pequenas demais para que o sangue passasse. Por mais horrível que podia ser sua realidade agradeceu por ter um fim e rezou para o mesmo para que seu irmão não fizesse nada de errado.

Nunca admitiria, no entanto, quando Naruto disse que ele sequestraria a criança por sua causa lhe partiu o coração. Torcia com todas as suas forças que ele repensasse essa ação ou pelo menos salvasse a criança.

Em uma ultima respiração sôfrega, os olhos do Uchiha fitaram a escuridão sombria até não terem mais vida.

[...]

Caros INVESTIGADORES

TENHAM MAIS SORTE NA PROXIMA. . . NAO CONSEGUIRAM ME PRENDER. DESSE JEITO MATAREI A CIDADE TODA. A falta DE VONTADE ME DECEPCIONOU.

DO SEU ASSASSINO PREDILETO.

O bilhete foi achado ao lado do corpo do xerife local. Estava banhado de sangue.

[...]

–Olá minha prostituta favorita, tudo bem com você? – Sakura sentiu um ódio daquela criatura tão grande que a própria se assustou com os pensamentos assassinos.

–Como vai meu paciente preferido? – Sua resposta sarcástica arrancou risadas de Naruto.

–Estou lhe ligando para informar um ocorrido. Lembra-se do Sasuke? – Fez uma pausa, talvez esperasse que ela dissesse algo. -Então ele ira matar o filho de vocês.

–O QUE?! – A rosada esquece-se da própria regra de se manter firme. –Porque ele esta fazendo isso?!

–Falei pra ele que era o irmão ou a criança e ele escolheu a criança. Curioso não? Um policial de mérito prefere matar um inocente para salvar o irmão que já aceitou sua morte. – Suspirou teatralmente. –Você não viu a decepção nos olhos de Itachi...

–CALA A BOCA! – Depois de gritar que percebeu o erro que fez todos em volta estavam olhando. Não foi uma boa ideia vir ao supermercado naquele dia...

–Você acha que vai ficar de fora?

Naruto mal acaba a frase e aparece na frente da Haruno. Fazendo-a quase enfartar de susto; ele lhe dá um sorriso cruel e a desacorda.

...

Sakura acordou sozinha em um carro. Olhou em volta desorientada, nenhum sinal de Naruto, Sasuke ou seu filho... Nunca tinha parado para pensar nessa palavra.

Um choro a arranca de seus pensamentos; era de uma criança. Como se fosse um transe, a medica começa a procurar a trava do cinto de segurança, mas estava meio desorientada o que a fazia demorar mais para raciocinar. Quando finalmente conseguiu sair do carro que já estava a matando de claustrofobia, correu o parque que se encontravam. Era possível ver a rua um pouco mais ao lado.

Se chocando com a cena: a criança agarrada à calça de Naruto enquanto Sasuke ficava a dois metros deles. Fora o fato de o psicopata estar disfarçado, tinha os cabelos rebeldes penteado para trás e lentes marrons até as marcas na bochechas tinham sumido – não parecia a mesma pessoa. O moreno falava alguma coisa que fazia a criança chorar.

–Meu Deus criança! Saia de perto dele! – Sasuke gritava agitando as mãos freneticamente. –Ele não é o que parece, vai mata-lo a qualquer momento.

–Calma Isão, o tio esta aqui para protegê-lo. Não de ouvidos a esse louco. – A criança não via, pois estava encolhido com medo, porem o sorriso que Naruto abriu ia contra todas as suas palavras.

Era perturbador, cruel e divertido que provocou calafrios em Sakura. Os olhos agora marrons avistaram a rosada, fazendo seu sorriso aumentar.

–Trouxe uma prostituta para pegar a criança? Quão baixo você é.

Sakura estava espantada, seu filho olhou de relance para si tinha os olhos lagrimejados, agarrava a calça de Naruto como se fosse sua boia salva-vidas e em sua expressão havia medo, havia tristeza e pânico. Doeu-lhe ver seu filho a olhando desesperado, com medo de si.

Desviando os olhos rapidamente percebeu a expressão surpresa do policial. Sasuke estava com roupas normais só mais desgrenhado do que o normal e em seus olhos podia se ver a culpa brilhando. A medica franziu as sobrancelhas em uma pergunta silenciosa, o que ele estava fazendo com a criança? Ou melhor, com seu filho?

Os dois se encaravam enquanto o psicopata sorria em vitória. O Uchiha não desviava o olhar, mas não se defendia também e a mulher o fitava irritada; seus olhos se desviaram quando uma voz baixa falou:

–Tio... Estou com medo – Fungou choroso. –Me leve embora.

Antes mesmo que Naruto pensasse em responder Sakura já havia dado um passo à frente. –Calma bebê, não precisa ter medo. Venha comigo. – Esticou os braços se ajoelhando a uma distancia segura e por uns instantes viu o olhar hesitante de seu filho.

–CALE A BOCA COBRA! – O grito foi alto que a vez se assustar. Soou tão verdadeiro e falso ao mesmo tempo; o sorriso entregava tudo. –Acha que pode falar assim e faze-lo acreditar? Sei muito bem que é! E o que uma prostituta fala nunca é verdade.

–Naruto, qual é seu problema!? – Bradou Sasuke. E começou a se aproximar para desespero da criança. -Estou fazendo que me pediu, então saia da frente porra!

–P-Pe-e-di-i-u...? – Isão falou entre soluços aterrorizados.

O assassino se abaixa na frente da criança e fala em alto e bom som para todos ouvirem:

–Tampe os ouvidos e cantarole uma musica que você gosta. Eles vão tentar te confundir.

Sakura estava chorando, simplesmente rolaram lagrimas de seus olhos. Naruto era tão bom, dizia a mentira como se fosse verdade... Era impossível não acreditar nele e a criança, seu filho, nunca imaginaria o que há de ruim naquele ser. Gritou alto e em bom som, assustando tanto a criança quanto Sasuke; ninguém entenderia o que era ver seu filho – mesmo que não o conhecesse- morrer por alguém que só quer se divertir.

Alguém ruim o suficiente para matar uma criança sem dó.

Sasuke desvio sua atenção de Sakura, não sabia o porquê de ela estar ali – realmente não fazia ideia- mas soube que seu plano de passar a perna em Naruto não ia rolar. Ele fez isso exatamente para foder com as ideias do moreno, tinha que ser! O que faria agora para tirar a criança de seu lado? É ensinado a uma criança nunca confiar em estranhos e como ele podia competir com alguém que a criança acha que era seu tio?

Apelar para a violência talvez? Cogitou a ideia de sair correndo e dar uma voadora em Naruto, mas duvidara que desse certo já que ele sempre tinha algo na manga que o faria virar o jogo ou arranjar um jeito de fazê-lo se dobrar novamente.

–Tudo bem, vamos abrir o jogo. – O policial levanta as mãos em sinal de rendição. –Eu não vou passar à perna em você, leve a criança de volta e fale para Itachi que eu sinto muito... – Foi interrompido pela risada do psicopata.

–Eu admito isso foi muito legal. – Voltou à expressão seria tão rápido quanto mudara. – Infelizmente o jogo mudou de novo Sasuke. Seu irmão morreu achando que você ia matar uma criança inocente; sinto muito contei a ele, mas cá entre nós do jeito que você demorou só o fez sofrer mais. – Um sorriso se alargou em sua face. – Ele deu graças a Deus quando morreu.

Até a Haruno ficou estática quando ouviu a revelação curta e grossa. O que estava acontecendo ali...? Observou o policial, estava pasmo e ligeiramente mais branco e estava se aproximando perigosamente de Naruto, porem logo parou. E mesmo seus olhos quererem chorar, suas sobrancelhas franziram e seu maxilar trincou.

–Meu irmão morreu, então não há nada que me prenda a essa criança.

Aquilo foi um golpe e tanto para a rosada. Mas ignorou a sensação, pois ele não sabia e não tinha culpa. Levantou-se decidida a salvar seu filho de alguma maneira. O moreno foi dar um passo a mais e foi barrado pelo loiro que o segurou forte e agilmente pelo pescoço e o ombro; os dois se encararam, Sasuke rancoroso e Naruto divertido.

–Não a nada que me prenda a essa criança? – Sussurrou só para ele ouvir, depois virou a cabeça gritando alto. –CORRA ISÃO! Estou segurando o bandido! Corra.

A criança desorientada correu em direção à rua mais próxima para desespero da Haruno que logo começou a correr para salva-lo. Rápido como um felino uma cotovelada acerta a cara do policial o atordoando, conseguindo alguns segundos para o assassino segurar a medica e a chutar fazendo sua perna virar em um ângulo que não era normal.

A rosada caiu com um grito agudo, não conseguiria correr então começou a se arrastar chorando. Calmamente o loiro volta a segurar pelo pescoço o moreno e torcer seu braço para trás, voltando a gritar a criança que corresse o mais rápido que conseguia porque eles estavam indo atrás; ela sabia o que ele queria fazer e só pode observar imponente tudo acontecer.

Naruto se volta para Sasuke. –Esta vendo a criança? Sabe o que ela tem de importante para a putinha ali? – O aperto fica um pouco mais forte. Mesmo assim Sasuke negou com a cabeça. –É filho dela e seu filho também. – Os olhos do moreno se estreitaram. –Sakura! Responda-me ou eu mato esse policial de merda: Isão é seu filho e de quem mais?

Os olhos da mulher não saíram da criança que corria desesperadamente, ela só os desviou quando ouviu um engasgar baixo de Sasuke que estava sendo estrangulado e um rosnar leve vindo do assassino. Sua face estava banhada em lagrimas. –A criança é meu filho! Sasuke é o pai! Seu filho! Seu! – Um soluço mais forte rompeu seu peito. – Por favor, Naruto, faça meu filho parar de correr, por favor! Por favor, eu imploro...!

O sorriso na face do psicopata aumentou, enquanto a prostituta chorava de soluçar o policial a fitava incrédulo – desviando de vez em quando para a criança e voltando para ela- até perceber o que ia fazer: matar o filho de Sakura, seu filho, iria mata-lo, pois achava que não tinha nada haver com ele... Não afetaria sua vida, não é? Pensou amargamente.

–ISÃO! PARE DE CORRER! – A rosada olhou bruscamente para o loiro e arregalou os olhos ao ver um sorriso enorme em sua face.

A criança parou de correr e se virou sofregamente em direção a eles, estava longe, mas foi possível ver toda a cena como se estivesse de camarote. Um caminhão veio, tinha a frente mais rebaixada – os modelos novos- e à criança só prestava atenção a Naruto que havia virado Sasuke em direção ao filho. E como um filme Isão foi atropelado.

O coração da mãe falhou uma batida; seus pulmões também falharam na utilidade de puxar o ar, pois ficou segundos sem conseguir inalar nada. Nunca esqueceria a imagem de seu filho sento arremessado para frente enquanto o caminhão passava e o motorista nem ao menos percebeu que arrancou uma vida preciosa. A dor de sua perna não chegava nem perto da dor de ser responsável pela morte de seu filho, apenas uma criança... Recomeçou a chorar com dor de verdade.

O pai da criança estava entorpecido, não sabia o que fazer ou pensar, só viu – como se fosse em câmera lenta- Isão/ a criança/ seu filho ser atropelado e saber que naquela velocidade que o caminhão se encontrava devia ter-lhe quebrado vários ossos e a possibilidade dele sobreviver era... Nulas? Sentiu-se culpado, sentiu-se mal e com uma dor no peito por ter duas mortes sobre seus ombros. Algumas lágrimas silenciosas desciam por sua face.

Naruto sorriu ao ver a reação que esperava, deu uma joelhada no Uchiha e o soltou. Vendo-o desabar no chão, colocou as mãos no bolso e caminhou até a criança que já havia chamado à atenção de algumas pessoas; chegou perto o bastante para perceber que ainda estava vivo, a face molhada de lagrimas e os membros retorcidos em ângulos estranhos.

O psicopata sorriu para ele de modo cruel e lhe pisou na garganta. Sakura sentiu o impacto mesmo de longe.

[...]

Três semanas depois...

Hinata estava sentada no sofá pensativa, de vez enquanto Naruto passava em seu apartamento para uma “rapidinha” e sumia novamente, o que realmente a deixava inquieta era os agentes do FBI atrás dele – Sakura a contou- não por temer que ele ficasse atrás das grades, simplesmente tinha receio que soubessem o que estava acontecendo e – talvez- falassem em rede nacional ou algo parecia.

Temia mais por seu pai... Seu celular vibra.

–Oi Hinata, não se esqueceu de mim. Esqueceu?

Sentiu um frio atravessar em sua espinha, lembrou-se do segundo encontro deles. –Como poderia?

–Que bom, sabe Hina espero ter lhe deixado um presente. Esta em você. - Falou divertido. –Creio que já percebeu não?

–P-Perceber...? – Seu raciocínio ficou lento; nela? Presente...? Espere... Seus olhos se arregalaram de horror, deixando escapar um gemido de surpresa e espanto.

–Hina Hina, como não percebeu? Pelas minhas contas algo está atrasado– Desviou os olhos para o calendário. Ele não podia estar falando serio... -As pessoas dizem q são bênçãos, não acha?– Sua boca ficou seca, de olhos lagrimejados mordeu o lábio segurando o choro. -Você deve estar muito emocionada para dizer algo né minha boneca?

–E-eu... - Mordeu o lábio mais forte, mesmo assim lagrimas rolavam em seu rosto. -N...

–Já vou lhe avisar, se você tira-lo, eu te engravidarei de novo e de novo até seu útero estar mais estourado q uma bexiga entende? – O assassino deixou escapar uma risada leve, sabia que ele estava sorrindo. -Imagine Hina se nosso filho nascer loiro...

Com uma risada perturbadora Naruto encerrou a chamada. Estava em estado de choque, poderia ser real o que ele estava dizendo? Sacudiu a cabeça correndo para o quarto em busca de dinheiro, iria à farmácia no mesmo minuto para ver se era real ou não! Esperava no fundo de seu coração que fosse mais uma de suas mentiras.

...

Lá estava a Hyuuga: o teste de gravidez na mão em frente à porta do banheiro. Tremia, tremia muito que achava que teria algum problema de saúde, estava com medo de entrar no banheiro. Estava com medo da verdade, de sua realidade e o que viria a acontecer.

Engolindo em seco entra em passos vacilantes, era agora ou nunca. Fez o que lhe era mandado nas instruções, lendo atentamente a parte de “positivo e negativo” – uma barra negativo, duas positivo- Tudo bem... Coragem garota é só um teste. Pode ser que Naruto mentiu... Ainda tremia nervosamente quase impossibilitando a tarefa de ver o resultado.

Mas dessa vez não. Seus olhos se arregalaram ao mesmo tempo em que marejaram; o que faria agora? Estava gravida. Não era só esse seu problema, pois o pai da criança era um psicopata procurado até pelo FBI e não sabia na onde iria chegar aquilo... Devia abortar? Talvez tentar passar a perna em Naruto? Baixou os olhos enquanto lagrimas caiam; riscou a ideia da mente.

Não o irritaria, ficaria com a criança por enquanto. Nesse meio tempo fingiria que era uma gravidez normal, tinha namorado e tudo, porque em algum momento seu pai iria saber e não queria de forma alguma perturba-lo. Também porque mesmo a criança não sendo desejada por ela, não queria que fosse maltratada – ela não tinha culpa de ter um pai louco.

Suspirou chorosa, iria ao dia seguinte ao medico. Faria um pré-natal mesmo que fosse arranca-lo depois, mesmo achando que não conseguiria fazer tal crueldade com o próprio filho, no entanto não sabia o que mais aconteceria de ruim em sua vida.

Naquela circunstancia, se permitiu chorar verdadeiramente de tristeza.

[...]

Shiakamaru chegou a uma conclusão, não faria nenhum dos dois.

Naruto havia falado que ele devia encerar o “negocio do DNA” ou seu pai morreria, mas o moreno não faria nenhum dos dois – pelo menos em parte. Não mexeria mais com o teste de DNA em vez disso mandaria para outra pessoa o que se pensar bem não estava pulando a ordem do psicopata, estava a contornando.

Ele foi especifico, mandou-o parar com isso, ele o psiquiatra, não outra pessoa então não havia o porquê ele matar seu pai. No entanto, talvez sua decisão o deixasse irritado e matasse seu pai de qualquer jeito... Era um risco a correr, não podia deixar que todo o trabalho que deu para arrumar uma amostra – que não acharia outra vez- além do tempo de espera, fora o fato que esse teste pudesse ajuda-los a prendê-lo ou pelo menos conseguir ver o que se passou pelo seu passado para entender seu futuro.

Seu plano era simples: ele não mexeria no teste de DNA, outra pessoa iria em seu lugar simples.

As primeiras pessoas que apareceram em sua mente era os agentes do FBI, quem melhor que eles para pegar um teste de DNA de um psicopata? O que faria a pessoa automaticamente ser colocada como novo alvo do loiro – e como eles já estavam o investigando não faria diferença se eles estivessem ou não na mira dele.

Ligou para Sasuke; esperou impacientemente enquanto tocava.

–Fala. – O Uchiha foi seco e curto, não devia estar muito bem, mas Shikamaru ignorou isso.

–Sasuke preciso entrar em contato com um dos agentes do FBI. Quero sua ajuda.

A linha ficou muda por alguns segundos, fazendo o psiquiatra repensar a hipótese de estar grampeada, mas houve um suspiro em resposta.

–Estou indo até ai, qualquer coisa para ajuda-lo. – Fez uma pausa como se pensasse nas palavras. –Preciso mesmo falar com você...

–Estou aqui para ouvir.