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História Insatiable Desire - Chances For Cases


Escrita por: QueenOfAngels_

Notas do Autor


Boa noiteeeen ~
Ultimamente eu tenho demorado bastante de atualizar, mas é porque o suspense deixa tudo mais emocionante :v
Enfim, não vou enrolar muito aqui nas notas, porque eu não tenho nada pra falar dessa vez. Divirtam-se com o capítulo.

Capítulo 10 - Chances For Cases


Eu já não lembrava como era ter alguém deitado ao meu lado, sem a intenção de me abusar, desde que Guk havia se despedido de mim. Ele havia acordado mais cedo do que eu, como de costume e, para minha surpresa, estava sentado na ponta da cama com uma bandeja repleta de uma boa refeição matinal. 

Me acostumar com o tratamento romântico de Choi SiWon não me estava sendo fácil, pelo simples fato de eu ter sido tratado como um animal o tempo todo. Por mais que tivessem se passado cinco meses desde o início do nosso namoro que, admito eu, foi bem inesperado, continuava sendo incomum ter alguém me amando, realmente.

Enfim, ele me levara para sair (como sempre) depois do café. Dessa vez para ver a rua, somente, e conversar sobre qualquer assunto inútil que só a gente se interessava. Pois bem, uma praça comum, como qualquer outra praça pública da Coréia porém, para um ser humano azarado como eu, tudo resolveu acontecer naquela justa praça. A que eu estava. Com meu namorado.

Seu cabelo estava preto, arrumado num topete alinhado, uma blusa de algodão vermelha sangue, com as mangas arregaçadas na altura dos cotovelos. Uma calça  jeans escuro, mais alinhada do que as que ele costumava usar. Continuava lindo, másculo. Continuava sendo o meu Guk. Aquele Guk por quem eu derramei lágrimas no "passado".

Teu olhar pesou sobre o meu semblante como a consciência pesa ao cometer seu pior erro. Senti meu corpo gelar mas não reagi em nenhum momento. Talvez fosse alguém muito parecido, então resolvi ignorar até ouvir alguém gritando seu nome, me fazendo ter a certeza de que era realmente ele. Um rapaz alto, mais alto que ele por sinal. O cabelo cacheado, num loiro claro. Usava uma blusa gola alta, cinza chumbo, com um blazer preto por cima. Uma calça um tanto quanto parecida com a do outro. Suspirei pesado e virei-me para fitar a feição aérea de SiWon.

- Vamos para casa? - Sugeri ao perceber que estávamos perto demais.

- Oi? - Voltou SiWon, me olhando com um sorriso de canto.

- Eu... estou com dor de cabeça. - Comentei.

- Ah, espere um pouco mais! Veja, tem um amigo meu aqui. - Ele sorriu, animado.

- Onde? - Lancei o olhar pela praça, procurando alguém com um porte tão elegante quanto o de SiWon.

- Aquele... loiro. - Paralizei. E, só então, notei que eles se aproximavam da gente. Seu olhar pesava sobre o meu rosto que queimava de nervosismo.

- Olá. - Sua voz grossa me alcançou os ouvidos.

- Oi. - Respondi, secamente.

- Não lembra de mim? - Sorriu ele.

- Lembro. - Evitei olhá-lo e aceitei que aquele momento seria o mais embaraçoso da minha vida.

- Então... porquê não me olha? - Tua voz soou mais baixa. Fitei SiWon pelo canto do olho, mais parecia que eu não estava ao seu lado. Estava absorto em seus assuntos, tagarelava com o rapaz loiro que eu julgava ser seu amigo de infância. - Não custa nada, hm?

Ergui o olhar e me arrependi amargamente de tê-lo feito. Meu corpo se arrepiou de dentro para fora, me fazendo suspirar mesmo que sutilmente. Reencontrar Bang Yong Guk? Era caso ou acaso? Tudo aquilo só me deixava sem saber o que fazer, mas eu arranjaria uma maneira de tornar tudo aquilo um pouco mais suportável.

Ele estava lindo. Surreal demais, no meu ponto de vista. Era o homem dos sonhos de qualquer pessoa. Deixei meu olhar encontrar o dele, dessa vez sem hesitar, e sorri de canto, abestalhado o suficiente para aceitar que eu não havia o esquecido. Ele sorriu para mim, aquele sorriso que só ele tinha. Safado e, ao mesmo tempo, verdadeiramente verdadeiro.

- Faz tanto tempo. - Sussurrei, para que só ele ouvisse.

- Sim, faz. - Ele concordou. - Muito tempo.

- HeeChul? - Me puxaram para a realidade, fazendo com que eu piscasse seguidas vezes. - Esse é o Zelo, um amigo de longas datas.

- Ah... - Zelo. Esse era o nome do felizardo. - Muito prazer.

- O prazer é meu.  - Ele me ofereceu um aperto de mão, o qual eu retribuí prontamente. - Já conhece o Guk? Meu marido.

- Não... eu não o conheço. - O fitei, nervoso.

- Prazer em conhecê-lo... HeeChul-ssi. - Ele arfou, estendendo a mão para mim, fazendo-me retribuir o ato mais uma vez. - SiWon... são amigos?

- O prazer... o prazer é todo meu. - Respondi e, ao ouvir tua pergunta, senti meu organismo entrar em pânico. - Não... somos...

- Namorados. - Interrompeu SiWon e, pela primeira vez, senti um incômodo com tal termo.

- Sim... namorados. - Sorri, sem jeito, abaixando a cabeça para me livrar da vergonha. 

- Ah, formam um belo casal. - Guk comentou.

- Há quanto tempo estão juntos? - Zelo sorria, enquanto permanecia agarrado ao braço do marido.

- Cinco meses. - SiWon respondeu, sem esconder sua felicidade.

- Que maravilha! - Guk sorriu, espantando-me com seu tamanho cinismo.

O papo  fluiu, mais uma vez, entre SiWon e o amigo. Optei por ficar em silêncio daquela vez, aéreo a qualquer papo, me incomodando com as encaradas repentinas de Guk sobre o meu semblante. 

- Como se conheceram? - Zelo fitou meu rosto, atento. Antes que eu pudesse cogitar uma resposta, ouvi SiWon me interromper, mais uma vez.

- HeeChul foi meu paciente. Fui um médico um tanto quanto ousado. - Ele sorriu. - Sofreu um acidente grave e... caiu na minha vida.

- Nada melhor do que viver ao lado de quem salvou sua vida. - Zelo sorriu, mostrando uma fofura até agora desconhecida. - O que houve contigo, HeeChul?

- Comigo? Ah... uma história bem complicada. - Evitei tocar no assunto, inutilmente.

- Ele sobreviveu a um incêndio não foi, querido? - SiWon iniciou, como sempre. - Numa boate.

- Que horror! - Vi o loirinho tremer, Guk me fuzilando com os próprios olhos.

- A boate Desirée? - Perguntou Guk. Você trabalhava lá, certo?

Todos se calaram, naquele momento. Minhas reações se esvaíram e SiWon tomou um semblante pálido e quieto. Abaixei a cabeça, sem conseguir mover mais nenhum músculo. Meu pulmão se enchia e se esvaziava de maneira descompassada até eu ouvir SiWon falar comigo.

- Trabalhava? - Seu olhar pesou sobre o meu rosto pálido e imóvel.

- Não! - Menti. - Nunca trabalhei lá.

- Devo ter me enganado. - Guk sorriu. - Perdão.

- Sim, se enganou. - Comentei, sério.

- Não sabia que frequentava boates, Guk. - Comentou Zelo.

- Parei, há anos... desde quando eu quase me apaixonei por um garoto de programa. - Respondeu ele.

- SiWon, vamos pra casa! - Me despedi e me retirei dali ao lado do meu namorado que permaneceu em silêncio durante o caminho inteiro. Ambos tomaram banho, ambos se sentaram no sofá da sala, ambos ficaram em silêncio. 

- Por que nunca me contou? - Iniciou ele.

- Eu... não queria te perder. - Comentei, mantendo a cabeça baixa.

- Iria me esconder esse tempo inteiro? - Bravejou ele.

- Não! SiWon... eu tinha nojo de mim! - Solucei. - Não sabe das coisas que passei.

- Claro que não... você nunca me disse! - Gritou. - Nem me diria.

- Pare de me culpar! Eu fui forçado a tudo! - Não segurei o choro. - Fui usado pra isso desde os meus dezessete anos, por quem me criou!

- Como Guk te conheceu? - O vi passando a mão pelo rosto, suspirando baixo.

- Ele foi meu cliente. - Respondi.

- Por quanto tempo? - Prosseguiu.

- Por duas noites. - Fui breve.

- E quanto à paixão dele? - SiWon estava nervoso, fitando-me cheio de angústia.

- Era eu... o garoto de programa era eu. - Revelei. - Por algum motivo ele me pediu um beijo, e voltou depois de dois anos para me dizer que iria se casar... com o Zelo. 

- Eu não quero ver você perto desse cara outra vez! - Era uma ordem, e ele a fez sem medo de qualquer reação que eu pudesse ter. - Nunca mais!

- Tá, mas...

- Vai pro teu quarto... está tarde. - Fui interrompido por sua ordem maternal.

- São três da tarde, SiWon! - Contestei.

- Sobe, HeeChul! - Ele berrou, então me levantei do sofá e segui para o quarto que ficara vazio nos últimos cinco meses.

Eu tinha plena certeza de que, no dia seguinte, eu não seria mais o namorado perfeito dele. Tudo por culpa do acaso. Um acaso infeliz que surgiu para trazer meu passado à tona e destruir um futuro que já estava mais do que planejado. Mas que ideia, a minha, de achar que eu poderia ser feliz depois de ter morrido internamente.

Uma vantagem em todo aquele acaso? Eu pude vê-lo novamente. Ter o seu sorriso malicioso diante de mim, e isso era a melhor coisa que um acaso destruidor poderia me dar.


Notas Finais


Eu sou dessas que faz um capítulo feliz, e estraga tudo no seguinte. Beijos.


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