História Inseguros - O Baile - parte 2

**Leiam as notas Iniciais! s2

P.O.V. Stiles 

A minha vida estava completamente de cabeça para baixo, não conseguia pensar em uma coisa se quer que me fizesse sorrir... Até aquele momento. 

Ver Lydia dançando, era uma das melhores visões que eu já teria o prazer de vislumbrar, mesmo triste, mesmo quebrada por dentro, ela era linda, seu sorriso modesto roubava toda a minha atenção, era como se fosse o meu encaixe perfeito... Nunca tive tanta certeza disso como nesse momento. 

Milhares de coisas passavam em minha mente, quais atitudes tomar... Eu deveria chama-la para dançar? 

Ou tentaria falar com ela quando não tivesse mais ninguém? 

Meu nervosismo tomava conta de mim, eu queria tanto que ela pudesse ao menos me perdoar, tentar entender que eu nunca quis traí-la, eu nem sei bem como ou até aonde eu cheguei naquela noite. A bebedeira para afogar as magoas sem limites agora só me mostra o quanto me deixou vulnerável, eu daria o mundo para mudar isso, infelizmente não posso, mas vou mostrar o quanto eu amo, preciso que ela saiba disso. Eu preciso dela de volta. 

Berrava mentalmente palavras de motivação para tomar uma atitude em relação a ruiva, não queria estragar o baile dela, o nosso baile. Se eu destruísse mais isso na vida dela eu não me perdoaria. 

Assim que vi as duas garotas mais lindas do baile voltando para a nossa mesa meu corpo endureceu, era ali, eu tinha que fazer alguma coisa, a chamaria para dançar, dessa forma poderíamos conversar ou pelo menos poderia encostar nela mais uma vez. 

As mãos suadas em expectativa, um nó no estomago se formava a cada passo que encurtava a distância entre nós. Minhas voz embargada pela medo do desprezo demorou a sair, quando finalmente abri os lábios. 

__Você me deve uma dança ruivinha! – não, aquele não era eu, por um milésimo de segundo atrasado o melhor amigo dela e meu foi mais rápido, ele disse pegando em sua mão pequena e delicada. 

Percebi meus lábios ainda abertos, pela frase que nem cheguei a pronunciar vendo o loiro arrastar mais uma vez a mulher dos meus sonhos para pista de dança, e eu ali, quieto e imóvel. 

“Droga Stiles” disse como um sussurro  enquanto olhava para os dois, sorrindo e conversando, eles eram amigos, era natural, será que eu teria a mesma reciprocidade vindo dela? 

__Deus Stiles...Vai ficar parado ai? – Allison me chamou a atenção me dando uma cotovelada no braço.  

__E-Eu... Ia chamar, eu ia na mesma hora...  

__Mas Isaac chamou antes, eles são amigos, ele não tem vergonha, não esta brigado com ela e nem nada! Você precisa se aproximar dela, não ele. – disse Scott num tom de voz bem acima do usado de costume por ele chamando tanto a minha atenção quanto da esposa dele.  

__O que foi? Não me olhem assim! Eu só estou cansado de ver você se sabotando, ele é amigo dela desde que nasceram ou sei lá o que, pode ser como se fosse da família dela, mas ele nunca será você! Eu sei disso, Allison também, você, ela e principalmente ele. – completou ele. 

__Esse é meu marido! – Allison sorriu puxando o rosto do Scott e colando os lábios nos dele rapidamente. 

__Agora você, vai até lá, chame ela para dançar e prepara o melhor discurso que você puder, porque essa será sua chance! – a morena me disse me dando a mão em sinal de apoio. 

Respirei fundo, sequei o suor das mãos na toalha de mesa preta, por sinal todo salão estava decorado com preto e rosas de varias cores, Lydia havia me dito que queria orquídeas mas que ficaria acima do orçamento então se contentou com rosas... Rosas. 

Meus olhos pararam no pulso da ruiva, aquela flor amarrada ali, foi como se uma ficha tivesse caído me fazendo entender pela primeira vez apesar de já ter ouvido de outras pessoas. 

Isaac poderia conhecer a Lydia desde sempre, mas eu sei de coisas tão intimas, detalhes tão nossos, tão... Nossos, que nem ele com todo aquele conhecimento e posse sobre ela saberia. 

Sei que é amor, que é proteção, mas isso, eu também posso dar ela, e vou quero provar. 

De repente me vi forte, confiante, como se um mero detalhe mudasse tudo dentro de mim. 

Me aproximei deles e coloquei a mão no ombro do meu amigo lhe fazendo para de dançar e olhar para trás me encarando ainda assustado pela minha atitude depois de tudo. 

__Poderia me dar o prazer dessa dança? Perguntei olhando bem dentro daqueles olhos verdes, olhos que me derretiam sem ao menos ela se esforçar, amava poder encara-los depois de tanto tempo, senti a esperança se agigantar em meu corpo quando ela não desviou o olhar me encarando de volta. 

Senti os olhos de Isaac sobre ela como se fosse um escudo para a ruiva, se ela não quisesse ele me tiraria dali em segundos. 

Sua respiração tomou um ritmo mais intenso, como se pensasse em mil coisas em apenas segundos, ela não respondeu enquanto me encarava, a duvida se fazia presente, eu podia sentir, era como se o coração e a mente cheia de lembranças entrassem em conflito. Não deixaria que ela pensasse demais. 

Com uma segurança recém adquirida, levei a mão até a dela e segurei cruzando nossos dedos, sentindo a textura macia de sua mão que á tempos não sentia, mas que era impossível de ser esquecida. Seus dedos estavam trêmulos com meu toque, senti a umidade de sua mão também condenar o nervosismo que lhe assombrava. 

__Só uma dança. – disse acariciando a palma da mão dela com o polegar, era tão bom sentir o contato de nossos corpos novamente, mesmo que tão pequeno sentia meu corpo todo criar vida só de estar tão perto dela. O melhor de tudo foi fazer isso e ela não puxar a mão de volta. 

Isaac sorriu para ela e virou os olhos na minha direção, os Iris azuis me encaravam como se fosse um pedido, um pedido para não estragar a noite dela, ou fazer algo impensado. Retribui-lhe o olhar afirmando seu pedido rapidamente, afinal os verdes perfeitos estavam bem a minha frente e não havia mais nenhum lugar que eu depositaria a minha atenção a partir dali. 

A musica foi interrompida no meio, era uma musica dançante de uma dessas garotas que cantam em grupo, não saberia dizer qual para ser sincero, e de repente, uma musica lenta, perfeita, começava a ecoar pelo salão.  

Aquilo não poderia ser coincidência, assim que olhei rapidamente para o palco vi  a minha amiga, minha melhor amiga, ela já havia conquistado esse posto. Allison Olhava para mim com um olhar travesso, feliz, como se me dissesse mil coisas de uma vez só. “Você consegue”, “A beije”, “já fiz a minha parte”... Só consegui sorrir balançando a cabeça disfarçadamente para que Lydia não percebesse e em um pequeno gesto que lhe mostrasse como ela estava sendo incrível, Allison era o exemplo claro de amiga, melhor amiga, minha e da Lydia, percebi que ela não tinha a superproteção em Lydia como Isaac ou até mesmo eu.  

Porque conosco era tão diferente? 

Aproximei-me lentamente da garota que tinha meu coração, era isso, eu era dela, e sempre seria. 

Sua respiração era irregular, percebia o quanto ela lutava para parecer tranquila. Olhei em seus olhos e ele por mais que me hipnotizassem não me diziam muito, eram um pouco frios, como se por tudo que já tivéssemos passado, aquilo tivesse levado grande parte da alegria dela embora, sentir essa dor ser transpassada só pelo olhar me fazia querer abraça-la o mais forte que pudesse, mas fui com calma, pisando em ovos com medo dela recuar e eu perder o momento que tínhamos ali. 

Com a mão dela ainda junto a minha levei até meu pescoço a deixando ali, aquele toque quente em minha nuca me fez arrepiar dos pés a cabeça, e pelo seu colo livre de qualquer tecido percebi que causei o mesmo a ela quando passei as duas mãos por sua cintura, aquela cintura perfeitamente desenhada se encaixaram ao meu corpo quando deixei apenas uma pequena distância entre nós, a respiração que ela tanto lutou para se tornar regular novamente se perdeu em inconstância. 

No inicio era como se nos encarássemos tão próximos assim fosse profundamente perigoso, não resistiria em beijar aqueles lábios grossos e tão intimamente conhecidos por mim, era tão chamativos, tão saborosos, era o encontro perfeito de nossos desejos num simples e pequeno toque. Ela evitava me encarar e pensava se seria pelo mesmo motivo. 

Nossos rostos tão próximos e ao mesmo tempo um em cada direção, decidi que não evitaria mais o quer que fosse. Tirei uma das mãos da cintura dela logo sentindo o desconforto por me distanciar mesmo que por segundos de seu corpo. Levei a ponta dos dedos ao seu rosto fazendo carinho na maça de se rosto e senti a região levemente umedecida. 

Puxei seu rosto e notei uma única lágrima escorrendo por sua face, não era amargurado, nem sofrido, ela simplesmente escorria como se fizesse parte de seu lindo rosto. 

__Não Lydia, não chore por favor, eu... eu só quero conversar, estar com você.... Eu não quero estragar tudo. – disse secando sua lágrima e acariciando aquele rosto que parecia seda de tão macio. 

__Stiles, não ha mais nada para ser estragado. – Lydia me encarava como se já estivesse conformada, como um ponto final. 

__Hey, hey Lydia, não diga isso... só... Não diga. – disse puxando seu rosto para tão próximo do meu que nossas respirações se tornavam uma só, colei nossas testas e fechei os olhos, para falar tudo que estava engasgado dentro de mim. 

__Eu... Me perdoa, eu não sei mais o que eu posso dizer que possa fazer você se sentir melhor um pouco que seja. Só sei que eu amo tanto você, eu nunca faria aquilo, eu não sei bem o que aconteceu, mas eu juro por Deus que eu não magoaria você dessa forma se eu tivesse pleno controle dos meus sentidos, só me da uma chance, me deixa te provar isso. Quando eu escrevi nossos nomes naquela arvore eu escrevi em mim também Lydia, não podemos acabar assim por uma coisa tão... – não conseguia mais falar. As palavras ditas já eram como chicotadas tanto para mim como para ela. __Me perdoa Lydia. 

De repente os olhos marejados agora eram pertencentes a mim, dizer aquilo tudo depois de tanto tempo era como se eu conseguisse assumir os erros que nem me lembrava de cometer e pudéssemos seguir adiante se ela ainda me quisesse. 

__Eu perdoou você Stiles, eu perdoou. – disse ela ainda com nossas testas coladas. 

Eu ouvi aquilo e meu corpo sentia um alivio, um peso tirado de cima de mim, mas ainda sim, sabia que não era o nosso final feliz.  

__Mas...  

__Mas... - ela parou por segundos incontáveis. __Sabia que agora eu teria uma barriga desse tamanho talvez? – disse ela separando nossos corpos e fazendo a referencia a barriga de gravidez que ela estaria se não tivesse perdido nosso filho. __Pois é, estaria assim, e eu me olho agora, me olho no espelho e é como se eu estivesse vazia, como se eu fosse um corpo sem Alma, vivendo pelo simples fato de estar aqui. 

__Lydia não fale assim... – nesse momento lagrimas escorriam dos olhos verdes sem mais nenhum pudor, algumas pessoas nos encaravam desde quando começamos a dançar, eu já chorava por ouvir tamanho era o vazio que ela sentia, eu também me doía de uma forma tão intensa e amargurada que era difícil de seguir adiante, mas ver ela ali na minha frente, mostrando o tamanho de sua barriga só me mostrava o quanto ela pensava e se culpava sobre isso.  

__Eu não consigo parar de pensar nisso tudo, eu só não quero preocupar ninguém, amo todos por quererem o meu bem, mas eu não vou ficar, pelo menos não agora. Eu perdoou você porque sei que você gosta de mim, por saber que você se arrepende de ter ficado com ela independente das condições que foram, eu te perdoou. – ela disse entre as lágrimas não dando um ponto final, lhe encarei e pedi com um olhar silencioso que ela prosseguisse não importa o quanto me doesse. __Mas quando eu olho pra você, eu penso que por uma atitude impensada nós perdemos tudo, perdemos o que tínhamos e perdemos um filho que eu achava que nem poderia ter! Eu era conformada com isso, quando soube foi terrível, mas aprendi a aceitar, agora, que eu tive uma pequena oportunidade e foi tirada de mim por aquela garota, eu queria poder voltar no tempo, não me descontrolar e ceder as provocações dela, mas infelizmente eu não posso, e você também não. – disse ela dessa vez agora limpando minhas lágrimas. 

__Você sabe que eu também sofro, não sabe? Se eu pudesse, faria de tudo pra esse bebe ainda estar aqui. – disse colocando a mão tremula em sua barriga lisa, e ela colocou a mão por cima da minha. 

__Eu sei... Sua mãe foi tão fiel a mim e não tocou em seu nome em todos os telefonemas, mas ela não sabe que eu falava com seu pai quase toda noite, ele me diz que você dorme chorando todos os dias mesmo que recluso no seu quarto para que ninguém veja. Eu sei Stiles, eu conheço você. – disse ela me deixando completamente surpreso por aquela revelação, meu pai pouco tocava no assunto comigo, tinha medo de piorar tudo. E Lydia ainda sim se importava de saber sobre mim, ela me amava afinal. 

__Eu só não sou boa companhia para ninguém, me sinto com o coração quebrado em milhões de partes, você vai para sua faculdade agora, vai ter varias oportunidades de ser feliz, vamos estar tão longe um do outro. Simplesmente não consigo. – disse ela com o ponto final que eu tanto temia que ela dissesse. 

__Você me ama Lydia? Só me responda isso... 

Era horrível a sentença daquela pergunta, o medo de ouvir a negação era enorme mas não tanto quanto a  felicidade de ter certeza da afirmação. 

Seus olhos verdes me encaravam por segundos incontáveis e de repente me surpreendi com os lábios grossos e úmidos pelas lágrimas esmagarem os meus. 

Cada músculo do meu corpo se surpreendeu com aquele beijo, nossos lábios provando nossos sabores, mais uma vez, ou pela ultima, ela não disse que me amava com todas as letras, mas cada segundo que me beijava com ainda mais intensidade dizia por ela, se não fosse a saudade de seus beijos, eu sorriria de felicidade, mas cada segundo contava, pedi passagem com a língua e foi cedida por ela como uma despedida.  

As mãos dela ambas em meu rosto como se quisesse memorizar cada traço meu pelo tempo que ficaríamos sem nos ver, minhas mãos em sua cintura a traziam ainda mais para perto de mim, queria ter o poder de prende-la para sempre em meus braços e não soltar nunca mais. 

Era tanto carinho, amor, saudade e entrega em um único beijo. Podia sentir meus pulmões reclamando pela falta de ar mas não interromperia aquele beijo, morreria sem ar mas não o faria. 

Foi quando ela chegou ao limite, separando do beijo perfeito e respirando irregular mais uma vez naquela noite. 

__Cada parte do meu coração quebrado é seu. Eu amo você Stiles. – disse ela do jeito mais sincero que poderia. E ali eu sabia que não importava o que fosse, valeria a pena qualquer coisa para estar com ela de novo. 

__Então eu vou te fazer feliz de novo. Eu te prometo. – disse beijando sua testa dessa vez como se fosse o maior afeto que poderia existir entre nós ali. 

*Terceira pessoa*

Assim que Scott foi ao banheiro, deixou Allison e Isaac juntos por um tempo, antes, os três conversavam, tentavam descontrair, mas os olhos deles não paravam de encarar o casal que dançava, ambos em expectativa, precisavam saber qual seria a decisão dos amigos.  

Quando eles se beijaram Scott já não estava presente. Allison e Isaac encaravam o beijo, sem expressões, ambos entenderam o beijo de diferentes formas. 

__Viu... Beijaram! Conseguiu Allison. – disse Isaac para a morena ao seu lado na mesa, os dois encaravam o casal assim que interromperam o beijo. 

__Não seja tonto Isaac. – disse Allison com um os olhos marejados. __Isso não é um beijo de reconciliação, é um beijo de despedida. – concluiu a garota quando viu Stiles beijar a testa da amiga e ela se virar indo para a porta do salão deixando o moreno na pista ainda inconsolável, não conseguia nem ao menos se mexer. Algumas pessoas olhavam com pena para os dois, alguns eram indiferentes, e assim que a ruiva passou pela porta Isaac ameaçou segui-la mas teve seu braço segurado pela morena. 

__Deixa Isaac, você terá todo o tempo do mundo com ela. Eu vou. – disse a morena indo até a mesma porta que a amiga atravessou seguindo seus passos. 

A morena correu até o banheiro mais próximo e adentrou logo vendo a amiga sentada no chão do banheiro aos prantos, suas lagrimas escorriam sem escassez e seus soluços ecoavam no banheiro. 

Allison sabia que a amiga não precisava ouvir nada naquele momento, só de um abraço e seu colo, sentou ao lado dela sem se importar com o vestido e puxou a amiga para um abraço apertado. 

Lydia só intensificou ainda mais o choro ao sentir o aconchego dos braços da amiga. 

Ficaram ali por um tempo até que a ruiva começou a se acalmar. 

__E-eu sei que você se apegou a ele, mas tenta me entender... - Lydia pediu a amiga que imediatamente puxou o rosto dela para que se encarassem. 

__Lydia você lembra quando eu queria terminar com o Isaac? O que você disse para mim? - disse ela encarando a amiga ainda em silêncio. __Você  é minha melhor amiga, acima de tudo, acima de garotos e nada vai mudar isso. Eu vou embora amanhã mas você tem que saber disso. Você sempre estará acima de todos! - completou ela com um mínimo sorriso da ruiva para ela. 

__Ninguém sabe pelo que você passou, e se não consegue estar junto a ele agora, não importa. Ele te ama, vai entender. - disse enquanto se levantava e puxava a amiga do chão. __ Agora deixe eu arrumar sua maquiagem borrada, vamos voltar e aproveitar a ultima noite juntas. Podemos? - disse vendo a ruiva concordar e se olhar no espelho para apartar os estragos feitos pelas lágrimas em sua pintura. 

*** 

Depois de Scott conversar com Stiles e de alguma forma ele se recompor, Stiles compreendeu, sabia que a garota precisava se reconstruir e esperaria por ela, não sabia o que o futuro reservava para os dois, mas ele faria tudo para estar com ela de novo. 

Foram para pista acompanhados de Isaac que se preocupava demais com a amiga mas tentava esconder deles, sabia que Allison estava com ela. 

Uma musica animava a pista de dança e os três mesmo que por minutos esqueceram os problemas, só queriam aproveitar a noite, com danças desengonçadas e provocativas, risadas brotaram nos rostos deles e as portas do ginásio se abriram chamando a atenção deles. 

As duas vieram juntas, de braços dados, haviam combinado de dar uma trégua, nada sobre conflitos, passado, brigas e sentimentos. A partir dali seriam só os amigos, a amizade que tinham e a vida que os afastaram por tempo indeterminado. 

Andaram até eles que ainda encaravam as duas e todos se olharam, todos sorriram e se abraçaram em uma pequena rodinha, todos sorriram ainda mais, ali não tinha mais espaço para tristeza, o que viesse a seguir, seria sentido no dia seguinte. A noite era deles a partir de agora. 

Se separaram assim que viram o garçom passando com taças de bebidas e cada um segurou uma fazendo um brinde. 

__Aos formandos, amigos e eternos companheiros. - disse Allison fazendo todos erguerem a taça e sorrirem. 

__Hoje a noite é nossa. - Disse Lydia olhando para todos e se prolongando nos olhos castanhos.  

Todos voltaram a dançar pelo resto da noite.