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História Inside - Desculpas


Escrita por: KimSeuk

Notas do Autor


Depois de tanto tempo sem Inside eu voltei com esse meu xodó!!!
Não vou ficar dando as mesmas desculpas, pois o ENEM sempre vai estar presente nelas hahaa O tempo está ficando cada vez mais escasso e minha beta também já está ficando cada vez mais pesada, então temos que fazer muita yoga e treinar a paciência!!
Esse capítulo terá mtos surtos, fofuras ao extremo <3 O kokoro precisa de muito sal para controlar tanto açúcar!
Espero que gostem do capítulo <3
OBS:
¹ Vou deixar nas notas finais o link da minha nova fic Cara e Coroa e seu trailer

Capítulo 18 - Desculpas


Fanfic / Fanfiction Inside - Desculpas

❤ᴥ

Baekhyun tinha ido até o lugar combinado por Chen, que já esperava atrás do ginásio. Abriu um sorriso ao ver o amigo olhando para o céu encostando seu pé no muro que separava o colégio do condomínio que ficava ao lado. O amigo, assim que o viu, abriu um sorriso e foi em sua direção para ajudá-lo a subir a pequena inclinação. 

— Só assim que eu consigo falar sozinho com você: parece que a nova celebridade do colégio é você — Chen comentou puxando Baekhyun para próximo de si, que desequilibrou ficando bastante próximo do amigo — Eu senti sua falta nesse tempo que ficou fora Baekkie. 

— Eu também senti sua falta, você me ajudou muito pelas ligações me fornecendo apoio por saber que eu poderia confiar na sua pessoa que não fez parte de todo aquele espetáculo — Baekhyun comentou se afastou do amigo dando espaço — Acho que esse tempo foi bom para que aquela nossa antiga conexão voltasse um pouco, comecei a perceber com todos esses novos pensamentos que estava tendo com as mudanças que não adiantava ficar guardando mágoas, que quando morrermos não servirá de nada.

— Durante este tempo, eu também comecei a refletir sobre muitas coisas — Chen coçou a nuca e chutou uma pedrinha próxima ao seu pé — Aquela vez que eu fui embora era por causa do medo dos sentimentos que eu estava desenvolvendo por você, naquela época eu acreditava que era algo errado, que era loucura da minha cabeça — Baekhyun estava temeroso sobre o rumo da conversa; nesse momento, qualquer papo que envolvesse sentimento estava fora de cogitação para ele — Só que quando eu percebi que eu era a pessoa que tinha que te proteger, que era essa minha vontade, eu percebi que eu não poderia me privar de sentir o que temi antes. 

— Chen... Eu — Baekhyun teve um indicador colocando sobre seus lábios. 

— Você está confuso sobre tudo e ainda abalado, com o coração partido por aquele ogro chamado Park Chanyeol, mas eu também sei que precisa seguir em frente. Queria que me desse a oportunidade de participar desse futuro mais do que como amigo — Chen passou os dedos nas bochechas de Baekhyun — Apesar dessa mudança que teve em seu visual, eu ainda o vejo como o mesmo Baekhyun que eu me apaixonei. 

Baekhyun estava com uma sirene em sua cabeça sobre a aproximação de Chen, mas seu corpo não conseguia se mexer, pois as lembranças de todas as vezes que tinha desejado esse momento surgiu em sua mente. Não queria recordá-las, pois como colocado, eram lembranças, estão no passado e não queria mais essa confissão para si. Só queria lentamente recuperar aquela amizade. 

Quando abriu a boca para intervir novamente uma nova fala de Chen, teve seus lábios capturados pelo moreno à sua frente. Colocou sua mão sobre o peito de seu amigo tentando fazer uma pressão para que o mesmo se afastasse. O sinal da aula tocou no mesmo momento que sentiu seu corpo ter uma forte força para trás. 

— O que pensa estar fazendo? — viu as costas de Chanyeol logo à sua frente. 

— O que tá fazendo aqui Park? — Chen tinha batido suas costas no muro que antes estava recostado. 

— Chanyeol! — Baekhyun soltou o pulso da mão dele — Você o machucou — Baekhyun viu Chen colocar a mão sobre o peito, respirando pesadamente. 

— Baekhyun! Por que você estava beijando esse... Esse... Esse aí? — Chanyeol intercalava o olhar entre os dois, vendo seu interlocutor se colocar no meio dos dois — Ele é um filho da puta que te machucou no passado — Baekhyun viu a intensidade dos olhos de Chanyeol mudarem, existia um brilho raivoso que nunca tinha visto antes — Agora vai apagar todas essas lembranças com uma borracha simplesmente. É assim que as coisas funcionam para você?

Antes que Baekhyun pudesse contradizer o que Chanyeol tinha dito, o funcionário responsável pelo controle do corredor, que também verificava a presença dos alunos dentro de sala, chegou apitando:

— O que fazem fora de sala? — pegou sua caderneta de anotações — Estão de castigo depois da aula: matar aula é uma falta grave, portanto estão responsáveis pela limpeza da biblioteca hoje — apontou para Baekhyun e Chanyeol — E você, responsável pela limpeza das escadarias. 

— Mas... — Chen queria retrucar, mas o homem apenas ergueu uma sobrancelha mostrando a seriedade de suas decisões — Nada senhor. 

— Bom mesmo — o homem entregou um papel para os três e saiu dali mandando que retornassem para sua sala. 

Chen olhou com um olhar mortal para Chanyeol, que apenas bufou, saindo dali. Baekhyun não teve coragem de olhar para o amigo, pois sabia que sua boca faria questão de lhe dar uma boa lição de moral pela ação precipitada. Sabia que não poderia se livrar do castigo do superior, pois se não iria receber suspensão. Só olhou para Chanyeol com uma expressão amarga. 

— Olha o que fez Chanyeol o que você veio fazer aqui? — Baekhyun já começava a sair do ambiente — Não sei se o que você sentiu foi ciúme ou vai saber o que se passa em sua cabeça, mas você não tem o direito de ir saindo machucando pessoas a seu bel prazer — Baekhyun se virou uma última vez — E se eu estivesse mesmo beijando o Chen, o que isto teria a ver com você?

Chanyeol foi deixado para trás um tanto abismado com a resposta do baixinho, sabia que poderia estar com uma conduta negativa, mas não sabia como agir, pois nunca tinha passado por essa situação. Aquele momento que sentiu mesmo uma dor dominar seus músculos e coração, não aquela dor anestésica de quando se faz exercícios, mas uma dor latente de um sentimento esquecido por um momento, mas revivido naquele instante em um flash de memória, de um Baekhyun sorrindo em direção a ele. 

Apesar de o ciúme dominar suas entranhas, sabia que Chen não era alguém no qual poderia deixar Baekhyun confiar. Queria mostrar para ele que tudo o que estava acontecendo estava errado, que a ordem das coisas estava errada, mas como faria isso?  

 

❤ᴥ

 

Jongin estava escondido no banheiro, escutando o passo de alunos entrando e saindo das cabines, lavando as mãos. Estava com os pés apoiados na tampa do vaso sanitário, estava querendo entender o que estava acontecendo consigo; Baekhyun tinha voltado, mas aqueles sentimentos antes crescentes em seu peito tinham passado e o único desejo que tinha ficado era aquele de recuperar a confiança de uma pessoa que foi importante em sua vida.

Afinal, aquele pequeno nerd tinha, com certeza, o feito mudar. 

Vê-lo beijar Chen, não o afetou da mesma forma como viu a expressão de Chanyeol denotar o quanto estava desgostoso com aquela cena, começou a perceber que talvez o seu sentimento fosse muito pequeno perto do de seu melhor amigo. 

— Hoje você não deu o dinheiro do nosso lanche Do Kyungsoo — Jongin escutou da cabine sendo retirado de suas reflexões, erguendo uma de suas sobrancelhas, estranhando aquela fala que já tinha usado muitas vezes — Ficamos decepcionados com sua falta de dinheiro, então resolvemos compensar na mesma moeda essa pequena decepção, prefere cabeça na privada ou aquela costumeira surra depois da aula?

— Acredito que exista uma terceira opção pessoal — Jongin chutou a cabine do banheiro dando um susto em todos os presentes na cena — Minhyuk, Kwon e Daehyun, não me surpreende que vocês estejam repetindo minhas ações — sabia que aquele já tinha sido o trio que mais tinha perturbado em sua época rebelde — Vocês sabem como eu sou bom de briga, não é mesmo? 

— Jo... Jo-Jongin — Kwon gaguejou ao ver aquela figura que logo foi rapidamente vista por Kyungsoo, que abaixou a cabeça com vergonha. 

— Por que não soltam a nuca dele e vão embora? Eu não me importo de matar aula, já vocês eu não tenho tanta certeza — a tríade se entreolhou e saíram correndo dali — Está tudo bem Kyungsoo?

Kyungsoo ia sair correndo, mas teve seu pulso segurado por Jongin. 

— Por que vai correr? Eu apenas perguntei se estava tudo bem, não é como seu eu fosse roubar seu dinheiro do lanche — Jongin fez uma piada, mas percebeu que Kyungsoo não gostou muito — Peço desculpa, mas por que não está olhando para mim?

— Eu estou com vergonha — Kyungsoo sussurrou bem baixinho, mas Jongin escutou apenas deu uma risada desacreditada. 

— Vergonha de quê? — Jongin brincou, mas achou fofa a atitude de Kyungsoo de fechar um pouco os pés, os deixando um pouco tortos e ficar mexendo no canto da unha com o dedo, gesto que demonstrava completo nervosismo — Eles são uns babacas, eles estão tipo um eu no passado. 

— Nesse tempo que o Baekhyun foi embora eu percebi que não consigo me defender sozinho, nem desse bando de idiotas sem massa encefálica eu consigo — Jongin deu uma risada, fazendo Kyungsoo rir daquela gargalhada que achava muito gostosa — Eu não trouxe o dinheiro para dar para eles hoje, esqueci na penteadeira lá de casa. 

— Pelo amor dos deuses Do, você trazia dinheiro para esses caras? Não tô acreditando nisso — Jongin começou a perceber o quanto revoltante era essa sensação e se odiou por uns minutos por já ter feito aquilo — A partir de hoje você não vai fazer mais isto, nunca mais, eu vou te proteger desses valentões, serei seu amigo protetor! Posso não ter muito músculo, mas as artes marciais estão ao meu lado. 

— Não precisa fazer isso, eu... — Kyungsoo sentiu um dedo indicador em seus lábios e uma mão passar pelos seus cabelos. 

— Sem mais nem menos — viu Jongin abrir um sorriso — Você escutou as músicas do meu pen drive? — Kyungsoo balançou a cabeça, deixando guardado em seus pensamentos as incontáveis vezes que já tinha colocado aquele imensa playlist para tocar, se lembrava o nome de todas as músicas e a ordem que estavam também — Estava pensando em te levar em um lugar e se gostou dessas músicas, vai adorar onde quero te levar. Então, topa? 

— Aceito sim — Kyungsoo reprimiu o surto que queria estar dando ali naquele momento — Onde é?

— Surpresa — Jongin tirou o celular do bolso — Salve seu número aqui e seu endereço que eu vou te buscar no sábado para te levar — Kyungsoo pegou o celular e digitou o pedido — É melhor ir para sala, eu não ligo de matar aula, mas Do Kyungsoo é um nome que tem que proteger. 

Kyungsoo apenas afirmou com a cabeça e saiu do banheiro, onde Jongin ficou para trás. Saindo dali, deu um mini pulo, mas logo o inspetor do corredor o olhou e ele fez uma pequena reverência indo em direção a sala. Não sabia se poderia definir aquilo como um encontro, mas preferiu pensar assim. 

 

❤ᴥ

 

Depois que o sinal da aula tocou, todos saíram conversando quando o professor chamou Baekhyun, Chanyeol e Chen, dando as instruções sobre o que deveria ser limpo e caso eles pensassem em saírem correndo, poderiam acarretar em suspensão. 

Chen foi para o último lance de escadarias do prédio do colégio enquanto Baekhyun andou a passos firmes na frente de Chanyeol em direção a biblioteca. 

Ao mesmo tempo em que Baekhyun sentia raiva pelo acontecimento, não conseguia parar de pensar naquele sujeito chamado Jaejoong, ele estava usando Chanyeol e não sabia nada referente aquela história, queria saber o que tinha acontecido nesse tempo que ficou fora.

Antes dizia que queria ficar recluso as memórias que acumulou na Itália, mas não conseguia parar de pensar que algo muito ruim poderia ter acontecido neste período, e por mais que acumulasse aquele sentimento de indignação em todas as partes de seu corpo, aquele seu desagradável amor ainda pertencia a Chanyeol. 

A mulher da biblioteca deu as últimas orientações e pediu que fizessem silêncio pelo período que limpassem as prateleiras e organizassem os livros na ordem correta. Baekhyun já tinha uma noção de onde tudo ficava, mas Chanyeol acreditou melhor ficar atrás do baixinho para ajudá-lo nas prateleiras mais altas, e quem sabe começar uma conversa que não termine como briga. 

— Você pode ficar em outra prateleira, não precisa ficar no mesmo corredor que eu — Baekhyun falou pegando em um dos livros e tirando o pó com um pedaço de pano velho. 

— Desculpa por te colocar nessa situação Baekhyun — Chanyeol respirou fundo, respirando profundamente para colocar em ordem suas palavras — Eu não deveria ter feito aquilo, mas eu não consegui me controlar, está tudo tão confuso na minha cabeça. Você não imagina o quanto está sendo difícil para eu tentar distinguir o que está certo e o que está errado aqui. 

— Chanyeol, eu não consigo mais encarar a situação e tentar fingir que está tudo bem enquanto olho para você, porque sim, você me traz muitas lembranças, umas tão doces e outras tão amargas — Baekhyun falava em um tom permitido na biblioteca para não chamar a atenção de quem estudava ali — Eu não consigo mais me sentir confortável ao seu lado, então se puder mudar de corredor, eu... 

— Que lembranças são essas Baekhyun? Que lembranças são essas que parecem tão vívidas para você, mas que para mim parecem nubladas? Eu me lembro que te machuquei, mas Baekhyun... — Baekhyun estava ficando confuso com aquelas falas, o que Park estava querendo insinuar com lembranças nubladas? — Eu só queria conseguir sentar e conversar sem me deixar abalar. 

— Do que está falando Chanyeol? O que está acontecendo? — respondeu deixando aquele muro em seu coração dar uma pequena mexida, pois estava o vendo chorar, aquela fragilidade líquida estava escorrendo pelas bochechas de Chanyeol, que logo as limpou sem entender quando tinha soltado suas lágrimas — Por que está chorando?

— Eu não estou chorando — Chanyeol limpou os olhos rapidamente — Foi um pó que caiu em meus olhos, esses livros parecem estar há décadas aqui, tem pó acumulado — tirou o carrinho dali, indo para o corredor do lado — Vamos voltar ao trabalho — não tinha entendido seu momento de sensibilidade, tentou cortar qualquer traço dessa fraqueza, não vendo um Baekhyun que foi deixado para trás com uma mão erguida no ar. 

Ficaram em silêncio durante um tempo, que foi quebrado pela bibliotecária que disse que iria tomar café na sala dos professores e que logo voltaria, relembrando que eles ainda tinham trabalho a fazer. Se fosse possível ver balões de pensamentos vindo dos dois lados da prateleira, uma confusão de imagens e palavras se misturava no pensamento dos dois presentes na biblioteca agora vazia. 

Chanyeol estava sentindo que estava uma bagunça, uma confusão em todos os sentidos. Queria iniciar uma conversa com aquele baixinho a sua frente que era tapado pelos diversos livros de filosofia e sociologia. Queria encontrar algum jeito de começar um diálogo, mas sabia que ele não tinha o mínimo de crédito para que uma conversa amigável começasse.

Estava pensando nisso pegando mais um livro do carrinho que acabou por cair em uma determinada página. 

 

“Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez, então solte suas amarras, afaste-se do porto seguro, agarre o vento em suas velas ,explore, sonhe e descubra.

“Sempre nos perguntamos o quanto um pedido de desculpas pode doer em nós mesmos, ficamos imaginando a dor ainda inexistente, trabalhamos no campo da probabilidade e enquanto isso, o tempo está passando. A verdadeira dor só é conhecida quando alguém que amamos vai embora e percebemos que aquele momentâneo pedido de desculpas agora será eterno e a dor será muito mais latente. 

“Brigas, desentendimentos, cuidado! pense antes de falar para não se arrepender depois. Ofensas não conduzem ao bom termo. Saiba que a dor por perder um amor é mais aguda quando vem junta com o arrependimento."

 

— Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível — Chanyeol leu a próxima frase que estava no livro em voz alta, fazendo Baekhyun erguer sua cabeça para escutar as próximas palavras de Chanyeol — Saber quando deve recomeçar e como deve realizar tal ato é um valor que muitos humanos não conhecem pelo individualismo crescente, podem acabar perdendo algum bem material que prezam ou aquilo que realmente importa: alguém que amam. 

Baekhyun só conseguiu fechar os olhos absorvendo aquelas palavras. Estava com as costas escoradas na prateleira, mas sabia muito bem que naquele posição A-21 estava um livro que conhecia muito bem, e que tinha decorado a página que de alguma forma conseguiu imaginar como uma resposta. 

Abriu aquela capa vermelha abrindo na página 50 que estava marcada como tinha deixado a última vez que alugou aquele livro. 

— Existem pessoas que sabemos que vão nos decepcionar, mas mesmo assim investimos nelas por acreditar na esperança... — Chanyeol não achou que seria respondido, mas se permitiu ficar de costas e escutar o que Baekhyun tinha a dizer — Às vezes, os humanos são tão tolos por conta de sentimentos que se deixam levar pela frase: ainda existe uma luz no fim do túnel, siga essa luz. Sua racionalidade para de funcionar dando espaço às emoções que os fazem acreditar que todos podem mudar e a segunda chance existe, que a terceira, que a quarta, até chegar naquela que o coração já está completamente destroçado pelo turbilhão de emoções que apenas lágrimas conseguem expressar o ínfimo dos sentimentos de quem foi magoado. 

Chanyeol escutou um suspiro profundo vindo do outro lado da prateleira e só pôde fechar o livro com força e tomar coragem de naquele lapso que estava tendo poder desabafar, ou ao menos contar o que estava entendendo de si mesmo. 

— Eu sei que essa decepção pertence a mim Baekhyun — Chanyeol estava falando devagar, pois sabia que qualquer passo em falso poderia estragar aquele caminho favorável que estava tendo — Essa decepção que eu também tive, desencadeou meu transtorno Baekhyun, provavelmente este Chanyeol que está conversando agora não é mais aquele que você conheceu, alguma coisa mudou. 

— Transtorno? — Baekhyun escorregou suas costas e sentou-se no chão puxando para perto de si sua pernas dobradas, sabia que seria mais fácil para os dois se conversassem daquela forma. 

— Transtorno de raiva intermitente — Chanyeol juntou as mãos, pois ficava desconfortável falando sobre aquele seu problema — Somos pessoas que pela incapacidade de gerenciar seus impulsos agressivos, somos levados a ter comportamentos agressivos, ataques de fúria completamente desproporcionais — Baekhyun lembrou-se daquela passagem na biblioteca que tiveram, que ele segurou o colarinho de sua blusa — Às vezes, temos algumas consequências psicológicas, que senti muito bem por ter abandonado o tratamento, eu inverti todos os sentimentos que tinha pelas pessoas e fiz com que meu cérebro bloqueasse todas as memórias que marcaram minha vida, por isto agora tenho dificuldade em ter lembrança de nós dois Baekhyun. 

— Chanyeol... — o nome próprio foi o que ele conseguiu falar depois de ouvir aquilo. 

— Eu optei por não sofrer no período que não estava aqui — Chanyeol comentou sendo sincero — O tapa de sua mãe foi o que mereci receber para mostrar o quão errado eu fui de começar com isso, de não pensar em seus sentimentos — Baekhyun se impressionou por ficar sabendo sobre sua mãe — Ela mostrou como aquele amor que eu joguei no lixo me fazia bem, quando ela me devolveu aquele anel que te pertencia eu sabia que eu tinha perdido qualquer chance, e foi assim que me vi no passado novamente. 

Chanyeol novamente teve a passagem do dia que machucou Jongin com a faca pela separação de seus pais, no dia que resolveu começar o tratamento pelo amigo. Eram impressões que ficaram muito claras em sua vida, como colocado por Hume essas impressões nasciam das experiências da vida desde o olhar até o toque, envolvia tudo o que compunha o humano. 

— Eu comecei o tratamento pelo Jongin, porque eu o machuquei e eu vi que eu fiz mal a alguém e eu não queria ser assim, quando você foi embora eu literalmente taquei o foda-se para tudo e resolvi voltar ao que era antes — virou um pouco o rosto, vendo que Baekhyun estava sentado — Pode me julgar como todos desse colégio já fizeram, eu fiz muita coisa errada e retornei com meus erros passados, mas eu quero resolver meu problema com você e para isso, eu ao mínimo tenho que tentar voltar a ser o Chanyeol que você conheceu, pois tenho certeza que não me daria crédito comigo com raiva. 

— Por que não me contou isto antes? Naquela época, eu teria... — Baekhyun deixava seu espírito falar mais alto, se tivesse sabido disso antes, teria tentado ajudá-lo de alguma forma. 

— Você teria me tratado diferente, com um olhar diferente e eu não gostaria disso — Chanyeol contornou a prateleira e olhou para baixo observando Baekhyun com os olhos lubrificados — Continua sensível Byun, apesar do coração de gelo que plantou nesse seu lado esquerdo do peito. 

— Não foi nada disso, como você disse, está com muito pó aqui — limpou rapidamente os olhos levantando, mas acabou por tropeçar em uma pilha de jornais que tinha arrumado ao seu lado, caindo sobre o peito de Chanyeol, o encarando fixamente com certo acanhamento. 

— Agora eu posso ver seus olhos — Chanyeol comentou ainda encarando e observando aqueles traços que ainda permaneciam os mesmos, mas que agora eram ressaltados pela ausência dos óculos e o aparelho — Olhos suaves, que em suaves dias vi nos meus tantas vezes empregados. 

Olhando para os lábios rosados de Baekhyun começou a se aproximar, mas o barulho do celular do pequeno o despertou da realidade, o fazendo se afastar de Chanyeol e ajeitar aquela pilha para um canto atendendo seu celular. 

— Alô? Kris? — Chanyeol despertou suas orelhas avantajadas para escutar aquela conversa — Já está me esperando na porta? Eu recebi um castigo, vou me desculpar com todos os funcionários pelo atraso para o início do ensaio fotográfico, como estou ansioso! Já estou terminando aqui, tenha só mais um pouquinho de paciência, ok, bye bye — Chanyeol não estava com uma expressão muito boa esboçada em seus traços joviais. 

— Ensaio fotográfico? — Chanyeol perguntou, pois essa era a última coisa que imaginaria Byun fazendo. 

— Sim, para o lançamento do meu livro — cada vez mais Chanyeol estava ficando incrédulo com aquele novo Byun — Pode me ajudar a terminar essa parte mais alta? Não quero deixá-lo esperando. 

— O que esse Kris é para você? — Chanyeol se lembrou da conversa que teve no hospital com o mais alto que si e não pôde deixar de sentir certo incômodo por ver o pequeno tão próximo dele. 

— Ele é um amigo bastante próximo, ok Chanyeol? — Byun sabia que ele continuaria insistindo até conseguir sua resposta, assim era Park — Nos tornamos próximos na Itália e ele se tornou um grande amigo e apoio emocional. 

Chanyeol terminou de ajudar Baekhyun a arrumar os livros e assim que o mesmo já ia pegar as coisas para ir embora, viu o mesmo se virar e falar:

— A conversa que tivemos hoje não foi esquecida — ajeitou a mochila no ombro — Obrigado por esse começo e pela sinceridade que pedi há algum tempo atrás.

Chanyeol abriu um sorriso inconsciente e novamente pegou aquele livro no qual tinha lido aquelas frases. 

Iria alugá-lo. 

 

❤ᴥ

 

— Obrigado pelo trabalho — Baekhyun estava reverenciando todos os funcionários do ensaio; já indo embora, quando viu uma mensagem de Kiki falando que tinha uma notícia para dar a ele, pedindo que se encontrasse em um restaurante que ela mandou o endereço. 

— Logo seu livro será colocado a venda, estará se formando e ainda não decidiu o caminho que vai seguir na faculdade — Kris chegou ao seu lado, lhe entregando seu caso. 

— Tinha optado por medicina, mas eu acredito que posso ajudar as pessoas de outra forma, acho que posso usar as palavras como um meio muito forte de conseguir isto: psicologia é uma boa área de atuação — Baekhyun conversou mais um pouco com ele e assim se separaram. 

Baekhyun seguiu pelo caminho do restaurante, como a entrada era de vidro, logo supôs qual seria a notícia de Kiki. Ela estava de mãos dadas com Sojin enquanto olhavam ternamente uma para outra, tomando um refrigerante em um canudinho duplo. 

Abriu um sorriso e entrou no lugar, recebendo como sempre aquela Kiki animada e saltitante pronta para dar um abraço. Sojin chegou sorrateiramente cumprimentando com educação. Assim que se sentaram e os novos pedidos foram feitos, Kiki comentou: 

— Baekkie! Eu e a Sojin estamos namorando! — segurou a mão da melhor amiga erguendo para o alto recebendo olhares de reprovação de alguns clientes do restaurante — Tão olhando o quê? Inveja por acaso? Podem olhar nosso amor, a gente não importa. 

— Já estava previsível — Baekhyun comentou recebendo um espanto da amiga que disse que tinha tentado ser o mais discreta possível. 

— Você acredita que a Sojin respondeu meu e-mail correspondendo meus sentimentos? Essa bitch também gostava de mim desde quando estava aqui na Coreia, mas sentia medo que eu a rejeitasse. Olha que idiotice! O tempo que poderíamos estar curtindo juntas e eu fiquei com essa palhaçada de ciúmes na minha cabeça — Kiki deu um selinho a amiga que sentiu vergonha pelo lugar público — Agora eu posso sentir o gosto de morango do seu brilho labial, estou completamente feliz. 

— Daqui a pouco já estão marcando casamento, se depender dessa doidinha aí — brincou fazendo Kiki começar a contar sobre os planos de casamentos imaginários que já tinha feito. 

Depois que cada um foi para seu caminho e Kiki disse que iria ao cinema com Sojin, Baekhyun andou sem rumo ainda pensando no que tinha acontecido mais cedo na biblioteca. Percebeu que tinha que falar com alguém, pegando seu celular e entrando na lista de contato, percebeu que chamar Minseok e Kyungsoo era o melhor que poderia fazer. 

Tinha chegado à casa de Minseok um pouco depois de Kyungsoo que já estava no jardim tomando um suco como tinha visto pela grande porta de vidro da entrada dessa área descoberta da casa. Encontrando a mãe de Minseok, foi recebido com um grande abraço. 

— Não acredito que voltou, meu bebezinho ficava reclamando que não tinha ninguém para jogar UNO com ele, sabemos como Kyungsoo não tem paciência para jogos com baralho — a senhora comentou indo para cozinha — Estou preparando cookies, logo levo para vocês, fique a vontade. 

— Obrigado — Baekhyun se encaminhou para o jardim onde encontrou Minseok e Kyungsoo rindo de alguma coisa — Pelo jeito já estão rindo sem mim. 

— Pare com isso, Byun! — Kyungsoo ajeitou a cadeira ao lado para o amigo sentar — Ele estava me mostrando um fórum de conversas entre nerds, as cantadas deles são as melhores. 

— Eu já participei de um no passado, foi engraçado — Baekhyun sentou-se e assim uma conversa começou entre os amigos sobre a viagem de Baekhyun, sobre sua mudança, sobre Kris e todas as experiências que tinha passado na Itália — Foi uma ótima passagem da minha vida, gostaria que tivessem passado ao meu lado — Baekhyun mostrou uma expressão um pouco desconfortável, fazendo Kyungsoo logo perceber que existia alguma coisa errada com o melhor amigo. 

— Pode falar o motivo de ter nos chamado — Kyungsoo foi direto, já conhecia o amigo mais do que a palma de sua mão, até uma micro expressão que Baekhyun pudesse dar, ele já conseguia interpretar os sentimentos do mesmo — Tenho certeza que o motivo não foi contar sobre sua viagem. 

Baekhyun acabou por render-se e contar sobre o acontecimento na biblioteca, sobre o quase beijo, sobre sua confusão de curiosidades, não sabia como proceder a tudo, não sabia o que devia sentir, se deveria seguir a razão e sofrer menos ou ouvir seus sentimentos e procurar saber mais sobre o período que tinha ficado longe da Coreia.

Observava a expressão de Kyungsoo, que só confirmava levemente com a cabeça e Minseok estava com os pés em cima da cadeira enquanto comia seu cookie e escutava atentamente o amigo. Não conseguia mensurar a saudade que tinha deles, por mais que Kris lhe serviu como um grande amigo, não tinha o mesmo tempo de história que possuía com eles. 

Seu consolo por bastante tempo de separação era o caderno com folhas em branco no qual escreveu grande parte do conteúdo de seu livro. Por mais que o papel lhe deu um espaço para um desabafo por vezes claro por vezes confuso, ele não tinha aquele toque que Kyungsoo lhe proporcionou segurando sua mão. 

— Temos muitas coisas para te contar — Minseok comentou limpou os resquícios de cookies de sua boca — Resumindo tudo, todos concluímos que Chanyeol enlouqueceu, ou melhor, ninguém mais sabia se poderiam chamar aquele cara de Chanyeol. 

Kyungsoo começou a explicar todos os acontecimentos possíveis da ausência de Baekhyun, tentou esclarecer todas as dúvidas do amigo que ficava cada vez mais preocupado com Chanyeol à medida que a história passava, sentia medo e raiva por Jaejoong, começava a entender o que tinha ficado subentendido na conversa mais cedo na biblioteca. Toda a estrutura emocional que tinha construído com pequenos bloquinhos de Lego, agora estava sendo retiradas lentamente por cada frase colocada pelo seu melhor amigo, estava sentindo na pele o que muitos passaram na sua falta. 

— Eu não sei Kyungsoo, eu estou com medo de me arrepender de minhas ações, estou com medo de dar uma chance de entendê-lo, não sei se quero dar uma brecha para sofrer novamente — lembrou da passagem do livro lida para Chanyeol — Essa chance pode acabar comigo dessa vez. 

— Eu que conversei com Chanyeol para ele tentar conseguir resolver as coisas com você — Kyungsoo assumiu, fazendo Baekhyun ficar boquiaberto — As suas vidas travaram nesse acontecimento, não vejo como vão seguir em frente sem fechar esse capítulo da história de vocês, que pode ou não ter um final feliz. Eu vi vocês dois de aproximando, eu vi o desenvolvimento do sentimento puro que expandiu nos seus corações, um sentimento que me atrevo dizer que foi digno de almas gêmeas finalmente estavam se encontrando. 

— Ele precisa de ajuda Byun e tenho certeza que esta só pode partir de você, a pessoa que desvendou lentamente essa cebola de diversas camadas que é Park Chanyeol, foi unicamente você — Minseok adorava fazer metáforas com comida — Por mais que tenham colocado muita pimenta no Kimchi que vocês eram, ainda existe tempo para reparar; por conhecermos você tão bem, sabemos que não conseguirá seguir em frente ou ao menos ser feliz com outro alguém a não ser pelo grandão. 

— Pode ser doloroso no início, mas dê uma chance para o destino trabalhar, se não quiser ter mais nada com ele depois de resolver o problema que está tendo no seu coração, cada um segue seu caminho — Kyungsoo olhava ternamente para o amigo — Como Minseok disse, ele precisa de ajuda. E por mais que queira negar, você é o porto seguro que pode conseguir fornecer. 

Os três amigos levantaram-se e fizeram um abraço triplo. Baekhyun só pôde chorar e agradecer pela luz que seus amigos foram na escuridão que o sentimento de ódio o tinha cegado. Decidiram então jogar uma partida de UNO para espairecer. 

Baekhyun já sabia por onde poderia começar essa ajuda. 

Kyungsoo sentia-se feliz pelo amigo e também queria se abrir em relação à Jongin, mas estava receoso ao contar sobre seus sentimentos. Por hora, decidiu ficar quieto e aproveitar a decisão do amigo. 

 

❤ᴥ

 

Chanyeol estava em casa lendo o livro que tinha alugado, quando escutou o toque de mensagem do seu celular. Seu coração vibrou ao ver que era Baekhyun. 

 

Sinto que nossa conversa não pode terminar assim, então eu te convido ao lançamento do meu livro esse final de semana, talvez não entenda o motivo de eu estar fazendo isto, mas apenas compareça. Te enviarei uma mensagem com o endereço e horário.

-Baekhyun.

 

Chanyeol saltou da cama com a mensagem e não pôde deixar de lê-la diversas vezes e ter certeza de quem tinha mandado. Olhando aquela fotografia que saiu de Baekhyun em um noticiário, abriu um sorriso por receber aquela chance para tentar compreender a bagunça dos acontecimentos de sua vida. Viu uma mensagem de Jaejoong chegando em seguida avisando sobre uma nova corrida, mas digitou uma resposta falando que não iria participar por ser no mesmo fim de semana do lançamento do livro do Byun, ocultando esse motivo, também escrevendo que precisavam conversar. 

Jaejoong estava indignado com a recusa da corrida e a sua mente veio aquele pequeno Baekhyun que começou a tirá-lo do sério, poderia dizer que tinha avisado as consequências de mexer consigo. Colocaria na conversa com Chanyeol sobre ele, nunca teve escrúpulos, não seria naquele dia que começaria a ter. Ele pensava que conseguiria tudo o quisesse e para ele, dessa vez não seria diferente. 

Chanyeol estava arrumando umas coisas no armário quando viu cair do meio de suas roupas amassadas no guarda-roupa um porta-retrato. Pegando do chão e virando em sua direção, viu sua foto com Jongin uma vez que tinham ido até uma pizzaria para comemorar o dia da amizade dos dois. Fechando os olhos, Chanyeol vislumbrou algumas lembranças do dia e sentiu uma pequena pontada na sua cabeça. 

Olhando aquela foto, acabou por encontrar outras jogadas embaixo das roupas socadas no guarda-roupa e sem pensar mais uma vez, pegou um casaco junto com a foto que tirou do porta-retrato e saiu em direção a casa do amigo. Viu que a janela estava com a luz acessa, como tinha uma varanda, viu seu amigo aparecer. 

Chanyeol pediu passagem para o porteiro e assim, rapidamente pegou o caminho que estava acostumado a aparecer na casa dele. Tinha uma trepadeira ao lado da varanda do quarto do amigo, subiu e Jongin surpreendeu quando o viu pulando para dentro da varanda, perdendo só um pouco do equilíbrio. 

— Chanyeol, o que está fazendo aqui? — Jongin tirou os fones de ouvido que usava. 

— Olá! — Chanyeol passou a mão na nuca, com vergonha de aparecer assim tão rapidamente na casa de Jongin — Posso entrar? — teve um pouco de senso de humor.

— Já entrou mesmo, vamos para o quarto — Jongin entrou no quarto e sentou na cama encarando o recém chegado — Resolveu se lembrar do seu amigo?

— Eu não sei por onde começar a falar, eu... — Jongin interrompeu vendo uma foto amassada na mão de Chanyeol, sem autorização pegou a fotografia da mão do amigo e viu ser a foto dos dois — Encontrei essa nossa foto hoje no meu guarda-roupa — Chanyeol viu a mesma foto na mesa ao lado da cama do melhor amigo — Você guarda até hoje. 

— Não sei quanto a você, mas eu ainda tenho todas as fotos que tiramos. Afinal, mesmo você não considerando mais esse posto, você ainda é meu melhor amigo, mesmo que surtado— Jongin percebia no tremor do corpo de Chanyeol o quão difícil deve ter sido ele ir até ali — Quer falar alguma coisa?

— Eu acho que chegou a hora de eu pedir desculpas Kim Jongin — Chanyeol olhou para aquele foto e se lembrou daquela fala que tinham criado aquele dia — Levitano Soporu, você se lembra? O significado de... 

— Perdão sincero — Jongin falou o significando, interrompendo a fala do amigo — No dia que me machucou, você criou essa fala para nosso repertório, colocamos que sempre que fizéssemos alguma coisa e precisássemos do perdão sincero do outro falaríamos estas palavras, que só seriam usadas no momento de crucial importância. 

— Eu desejo usá-las agora Jongin — Chanyeol sabia que sua mão tremia muito, que sua vontade de chorar era imensa — Eu sei que preciso de ajuda, você, como meu Poluika Sarakaia, sempre foi aquela terra firme no mar de incertezas que é minha vida. Eu sei que existe uma marca para o que fiz a você, mas somos humanos e erramos! Eu errei e muito feio, mas não acho que vale a pena perder tantos anos de amizade apenas por mim, se eu posso reverter em meu momento de lucidez, eu vou tentar — Chanyeol sentou-se ao lado de Jongin na cama — Pode ser difícil, eu posso cometer erros de novo, eu posso, mas eu peço um voto de confiança mais uma vez. 

Jongin olhou para o amigo e abriu um pequeno sorriso lateral, abrindo uma gaveta de sua mesa lateral, tirando de lá um cordão de couro com pingente de uma estrela de Davi, uma estrela de seis pontas que, quando usada, seja junto ao corpo ou em ambientes, atrai proteção e afasta o azar. 

— Essa é uma forma sincera que tenho de te dar forças para cumprir essa missão que colocou para você — Jongin colocou o cordão em Chanyeol — Eu vou me permitir dar esse voto que pediu a mim, essa é sua promessa para mim e em questão de uma possível queda, olhe para essa estrela e tente ver minha força em te ajudar através dela, nos momentos que eu não estiver ao seu lado. 

Chanyeol puxou Jongin para um abraço, se permitindo chorar no ombro do amigo que também chorou pelo momento. Depois que se afastaram, fungaram pelo choro e limparam os olhos. 

— Que tal irmos comer uma pizza? — Jongin propôs pegando sua jaqueta de couro em um cabide — Você que vai pagar! 

— Sempre tirando dinheiro as minhas custas — Chanyeol brincou, mas abrindo seu enorme sorriso dando um soco fraco no ombro do amigo — Obrigado por tudo. 

 

❤ᴥ

 

Baekhyun estava com Kris em uma loja escolhendo sua roupa para o lançamento do livro. Sua tia iria chegar para o lançamento de seu último desfile em Praga, as preparações já estavam acontecendo. Não poderia estar mais nervoso, olhava para as maquiadoras e para Kris, que estava conversando no telefone com alguém, resolvendo alguma coisa de seus negócios. 

Minseok e Kyungsoo chegaram mais cedo no lugar e já esperavam o amigo, sentados no camarim do lugar. Baekhyun estava bastante inseguro, apesar de não se importar com as aprovações de grandes editoras e grandes nomes da literatura, estava mais se importando com a recepção do seu livro entre o público, na questão da ajuda que ele queria fornecer com suas palavras de mudança e força. 

— Se está preocupado com a recepção do seu livro, está duvidando do seu poder nas palavras — Kris comentou assim que já entravam no carro para irem ao local do evento — Sei que é novo na questão da escrita, mas você tem talento e um sentimento que o escritor precisa ter é confiança em sua obra. Eu sei todo o sangue, lágrimas e suor que teve escrevendo esse livro. As pessoas vão sentir, assim como eu quando li o manuscrito. 

— Obrigado por todo o apoio, você é uma pessoa tão boa. Nem sei como agradecer por terem colocado o anjo que você é na minha vida — falou já chegando no lugar, segurando a mão do amigo — Por acreditar no meu potencial, eu prometo que te farei ter orgulho de mim, hyung. 

Tudo já estava no lugar. Os repórteres estavam posicionados em seus lugares previamente marcados, uma mesa já estava preparada para Byun sentar, livros estavam organizados em pilhas e a porta da livraria estava mais cheia do que o escritor imaginaria. Posicionou-se na mesma pegando a caneta que utilizaria e pediu que abrissem as portas. Cumprimentou todos com muita educação e assim, as pessoas formaram uma fila para receber seu autógrafo. 

Passado bastante tempo que sua mão começou a doer, a última pessoa da fila tinha chegado. Pegou o livro da mão e abriu na contra capa para assinar. 

— Para quem eu devo assinar? — perguntou sem levantar a cabeça. 

— Para Park Chanyeol — finalmente Byun levantou o olhar e viu um sorriso tímido em sua direção — Olá, Byun Baekhyun. 


Notas Finais


Então... O Chanyeol, o que vai acontecer???? Será que a reconciliação vai acontecer?E esse Kaisoo como vai funcionar???
Espero que estejam gostando da fic e que estejam treinando a paciência no kokoro <3
LINK DA MINHA NOVA FIC: https://spiritfanfics.com/historia/cara-e-coroa-6213823
TRAILER: https://youtu.be/dhYmut1sAOU
PLAYLIST: https://www.youtube.com/playlist?list=PL_o7m_LYZsTKGSPvf3ZDhHxlKBu4QL1b4


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