História Inside X-men - Passeio

Quando cheguei no jardim de trás, ainda não tinha ninguém. Mas logo Peter chegou.

Peter
- Acabou de chegar?

Eu
- Faz 1 minuto, eu acho.

Peter
- Senta aqui.. - Peter se sentou naquele banco, perto dos arbustos.

Eu
- ... ta - pensei um pouco antes, mas me sentei.

Fiquei olhando a paisagem. Logo me veio lembranças.

Peter
- É bonito esse lugar não é?

Eu
- É. Me traz..lembranças..

Peter
- Lembranças?

Eu
- ... sim...

Peter
- Que lembranças?

Eu
- ... Nada..

Peter
- Como nada? Me fala..

Eu
- Ah.. quando cheguei aqui, eu.. vim ver esse jardim.. faz parte do meu começo nessa escola.. - disfarcei.

Peter
- Ah, entendi..

Não pude deixar de me lembrar, da primeira vez que beijei Charles.

Eu
- Que bonita aquela montanha - tentei focar em outra coisa. Apontei para a montanha, que ficava ao longe, à esquerda da escola.

Peter
- Quer ir até lá? - ele olhou pra mim, sorrindo.

Eu
- Lá? Mas é muito longe.. - olhei pra ele sem entender.

Peter
- Quer ou não?

Eu
- Eu queria sim.. - olhei pra montanha sorrindo.

Peter
- Vem..- ele se levantou e estendeu a mão pra mim.

Eu
- O que?

Peter
- Esqueceu que meu poder é a velocidade? Posso te levar até lá, bem rápido. Bem, pode ser que você passe um pouco mal, mas logo passa.

Eu
- Não sei Peter..- olhei pra montanha, incerta, e depois pra ele de novo.

Peter
- Confia em mim!

Quando ele disse isso, não pude deixar de lembrar daquela vez, em que Charles disse isso, me ajudando a avançar nos meus poderes.
Voltei a mim logo, afastando a lembrança. Então falei bem logo:

Eu
- Vamos! - eu sorri, e peguei a mão dele.

Então ele me pegou no colo.

Eu
- Ai! Peter! O que..

Peter
- Eu preciso te pegar no colo. Não da pra te levar com seus pés no chão.. - ele sorriu de lado. Eu já estava no colo dele.

Eu
- Aham, bem esperto você hein. - eu ri. - ta bom. Vamos..

Peter
- Feche os olhos. Acho que assim você vai sentir menos.

Fechei meus olhos.

Peter
- Pronta?

Eu
- Sim!

Peter
- Lá vamos nós!

Em menos de 1 minuto, nós estávamos no topo da montanha.

Peter
- Chegamos.

Abri meus olhos. Ele me deixou no chão. Fiquei de pé, estava meio zonza.
Eu
- Ai Peter..- segurei nele, colocando o braço em volta dele, um pouco abaixo do peitoral.

Peter
- Ta passando muito mal?

Eu
- Um pouco. Chega a quase dar ansia. É muito estranho. Você não passa por isso?

Peter
- Não. E isso é muito legal. - ele sorriu de lado. - senta um pouco no chão, fecha os olhos, e respira fundo. Daqui a pouco você melhora.

Fiz o que ele disse. Ele se sentou do meu lado. Uns 2 minutos depois, eu estava bem melhor. Abri os olhos.

Peter
- Melhorou?

Eu
- Sim, bem melhor..

Peter
- Que bom. Agora você pode ver essa vista..

Olhei em volta.

Eu
- Que lindo! - fiquei surpresa. A vista era linda. Dava pra ver grande parte da cidade.

Peter
- Gostou?

Eu
- Sim muito.

Ficamos um tempinho olhando a vista.

Peter
- Já pode levantar?

Eu
- Sim.

Peter
- Pra você poder curtir um pouco a montanha. Queria ver como era aqui, não é?

Eu
- Sim. - me levantei.

A grama da montanha era muito verde, o ar era muito puro, e o reflexo do sol era bem forte, apesar de não estar tão quente. Tinha um silêncio, só barulho de alguns insetos, e passaros que passavam às vezes. Havia uma sensação de paz.

Eu
- Isso é muito bom Peter. É uma sensação de paz.

Peter
- Sim. E ao mesmo tempo uma certa euforia. Tipo quando se está perto de alguém que gosta. - tive a leve impressão que ele me olhou, mas quando olhei pra ele, ele desviou o olhar para frente. - Vamos correr?

Eu
- Com você?

Peter
- Não. Correr por você mesma.

Eu
- Correr atrás de você? Não, vai ser uma corrida perdida, nunca vou ganhar. - eu ri. Ele também riu.

Peter
- Não. Correr, simplesmente correr, aleatoriamente.

Eu
- Como assim?

Peter
- Correr. Simplesmente correr, se sentir livre, fazer o que vier na cabeça..

Eu
- Ah, entendi. Ta bom então, mas, você consegue correr em ritmo normal?

Peter
- Consigo controlar um pouco sim.

Eu
- Ta. Então vem - peguei na mão dele e sai puxando ele. Que veio atrás de mim correndo devagar.

Eu corri livremente, rindo, simplesmente sentindo a felicidade. Peter também estava correndo, mas devagar, e também rindo.
Eu corria, pulava, girava, simplesmente livre. Até que me joguei no chão, e Peter se jogou do meu lado.
Ainda rindo, nós dois, e com a respiração meio ofegante por correr - somente eu, porque Peter já estava acostumado - a gente foi se recuperando. Ficamos olhando para o céu.

Eu
- Eu amo o céu.

Peter
- Ama?

Eu
- Sim. Tanto de dia, quanto de noite.

Peter
- Eu acho muito bonito também.

Eu
- De dia, gosto da cor azul clara, e das nuvens, que ganham várias formas. De noite, gosto da cor escura do céu, e das estrelas. Eu gosto demais das estrelas.

Vi que ele olhou pra mim e sorriu.

Eu
- Ai que cliché. Parei..

Peter
- Não - ele ficou com a cabeça apoiada na mão, e o cotovelo apoiado no chão, ficando de um jeito que ele podia me olhar. - Isso é incrível. Você tem razão em gostar. As estrelas são lindas, as nuvens também, o céu é.

Eu fiquei olhando pra ele, nos olhos dele. Eu estava sorrindo, até que me concentrei tanto nele, que até esqueci do sorriso.
Ele também estava assim.
Por fim ele olhou pra minha boca, olhou nos meus olhos, e disse:

Peter
- Posso te beijar... - ele sussurrou. - de novo?

Então, sem responder, eu mesma puxei ele mais pra perto, beijando ele.

Foi um beijo que começou devagar, mas depois foi ficando mais rápido.
A mão dele estava na minha cintura, e quando o beijo foi ficando mais rápido, e nossos sentidos começaram a se aflorar, a mão dele começou a deslizar no meu corpo, chegando até minha coxa, que ele segurava firme.
Minhas mãos estavam na nuca dele, e eu acariciava o cabelo dele. Depois,  antes que eu percebesse, uma das minhas mãos estava na altura da barriga dele, e eu estava puxando sua camisa pra cima, passando a mão por sua barriga, o que o deixava ainda mais agitado.
Foi então que percebi que estávamos indo meio longe, e numa montanha, e também lembrei que o treinamento já devia ter começado. Tive que parar o beijo.

Eu
- Peter!

Peter
- O que? - ele estava com a respiração ofegante, assim como eu.

Eu
- O treinamento!

Peter
- Droga!

Levantamos bem rápido. Ele me pegou no colo, não pude segurar o sorriso. Ele também sorriu.

Voltamos para o instituto, eu ainda estava meio zonza. Quando cheguei, percebi que não tinha ninguém no jardim de trás. Ainda zonza, no colo dele, falei:

Eu
- Peter..

Peter
- O que?

Eu
- O treinamento não ia ser aqui hoje?

Peter
- ... Desculpa. Eu disse isso, pra poder conversar um pouco sozinho com você.

Eu
- Peter.. isso não foi certo...- eu ainda estava zonza.

Peter
- Eu sei. Me desculpa. Mas foi por uma boa causa.

Eu
- Ok. Está desculpado..

Passamos por dentro da escola, e chegamos na porta, perto do jardim da frente, onde estava para começar o treinamento.

Eu
- Pode me deixar no chão. É melhor a gente não chegar causando, com você me carregando. Entra você primeiro Peter, finge que veio rápido com seus poderes.

Peter
- Ok.

Ele foi. Eu segurei na porta, porque ainda estava um pouco zonza.
Depois saí no jardim. Não muito depois dele, ainda um pouco zonza.

Logan
- Mais uma pessoa atrasada?

Eu
- Me desculpa Logan, eu..- me apoiei em Peter, que estava mais perto. Ainda não tinha passado totalmente a zonzeira. Peter me segurou.

Logan
- Ta tudo bem?

Eu
- Não muito. Mas, vou ficar bem..

Logan
- É melhor ficar fora do treinamento, só por hoje.

Eu
- Não Logan..

Logan
- Não pirralha. Você não tá bem pra treinar hoje. Tem dispensa.

Kurt
- Olha, se fosse uma dispensa pra mim, eu aceitava na hora. - eu sorri, achando engraçado.

Logan
- Quieto Azulzinho. Vampira, leve sua amiga até o quarto. Depois volte para o treinamento.

Vampira
- Ta. - Vampira me levou até o quarto. - Tudo bem? Posso ir e deixar você aqui?

Eu
- Pode, já estou bem melhor.

Vampira
- Hum. Isso ta me parecendo poderes do Mercúrio.

Eu
- Que? - disfarcei.

Vampira
- A zonzeira que ele já contou que as pessoas sentem, quando são levadas por ele. Seu mal estar parecia isso. Andou dando umas voltas com ele?

Eu
- Que? Como assim? - ela me olhou com cara de "não nasci ontem". - Ta, eu fui passear com ele sim, lá na montanha.

Vampira
- Hum, eu sabia. E como foi lá? Rolou..alguma coisa?

Eu
- Ah.. foi muito divertido, e..rolou um beijo, de novo..

Vampira
- De novo?

Eu
- Sim, eu fiquei com ele na festa, ontem..

Vampira
- Como assim você não me conta essas coisas?

Eu
- Me desculpe. Ia contar, alguma hora.
Vampira
- Bem, depois nós conversamos mais. Agora tenho que voltar pro treinamento, se não Logan vai ficar um Hank. Se é que me entende. - eu ri.

Eu
- Entendi sim. Vai lá. Bom treinamento.

Fiquei pensando no meu passeio com Peter na montanha. Foi tão bom.

Eu ia ficar um tempo no tédio, até o treinamento acabar. O mau estar já ia passar, mas Logan quis me dispensar. Eu já estou bem agora.

De repente, alguém bateu na porta do quarto.

Eu
- Quem é?

- Paulline, sou eu Charles.