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História Inside your heaven: uma nova chance - Perdoado


Escrita por: Verbenna

Notas do Autor


Olá, queridos leitores!

Peço mil perdões pelo sumiço, mas eu precisava me dedicar ao meu trabalho de pós e descansar um pouco de um ano tão cheio e pesado como poucas vezes eu vi.

Porém, vamos retomar as postagens como eram feitas antes e seguir para o desenrolar desta história.

A linda @serenachan fez aniversário dia 07/02 e eu espero que ela goste da cena que segue neste capítulo. Parabéns, lindona!

No mais, desejo a todos uma boa leitura!

Capítulo 25 - Perdoado


Fanfic / Fanfiction Inside your heaven: uma nova chance - Perdoado

            Algumas semanas após seu casamento, Thaís resolveu visitar a família de Elpídeo, os mesmos que estavam em sua casa e com quem firmara uma sociedade às pressas. Albafica, que estava livre naquela tarde, ofereceu-se para acompanhar a esposa e, aproveitando a oportunidade, conhecer melhor aquelas pessoas tão queridas por ela.

Ao chegar, a jovem fez a travessura de tocar o sino instalado acima da porta e aguardar, pois, queria ver a reação de quem a atenderia. Não demorou e Taylor logo chegou, recepcionando-os com um sorriso e muita cordialidade. Albafica foi apresentado ao rapaz e, instintivamente, passou a observá-lo melhor. Como um dos cavaleiros de ouro mais sensíveis, não deixou de notar a energia que brotava do ruivo, analisando esse fato com certa curiosidade e surpresa.

Assim que foram anunciados, Elpídeo parou suas atividades para recepcionar Thaís. Tiana logo chegou, animada e feliz com a visita da filha de seus grandes amigos e benfeitora da família após presenciar a tragédia que os acometeu naquele dia. Sem o apoio incondicional que a ceramista ofereceu, certamente a família estaria em condições muito complicadas.

— Olhem só, se não é a minha menina! Ah, como está bonita e, ah, como seus olhos brilham de um jeito diferente! Brilho de felicidade! Venham, venham, afinal, esta é a casa de vocês!

Thaís sorriu com a espontaneidade de Tiana, observando o quanto ela parecia estar alegre. A jovem olhou para o esposo, notando nele a mesma satisfação que ela própria sentia.

— Tiana, você está certa! Estou tão feliz como não posso expressar! E esse sentimento aumenta ao ver como estão bem instalados aqui! Veja o cuidado que têm com minha loja! Tudo tão organizado e limpo, quanto capricho e carinho! Como estão as encomendas?

Elpídeo coçou a cabeça e trouxe alguns papéis para a jovem ler, comentando em seguida:

— Eu admiro o prestígio que este estabelecimento possui! A frequência de pedidos é grande, o que nos faz trabalhar bastante! Estou muito animado e realizado aqui! É assim que eu gostaria de trabalhar, então, estou dando o meu melhor, aliás, todos nós.

— O senhor não imagina o quanto eu estou contente! Como eu havia combinado, este primeiro mês será todo de vocês, então, toda a receita com vendas será para que possam se reestabelecer, se organizar um pouco depois de tudo. A partir do próximo, vamos nos sentar juntos e falar de negócios!

Todos riram com a forma engraçada como Thaís disse as últimas palavras, então, Tiana segurou as mãos da jovem e as beijou repetidamente, enquanto repetia:

— Como poderia te agradecer, minha querida? Que os céus te recompensem!

No segundo andar, Taylor e Larissa preparavam o chá. Por sorte, Tiana acabara de preparar biscoitos, então, o trabalho não estava difícil. No entanto, a ruiva notou que ele parecia mais calado que de costume, então, arriscou perguntar:

— Você está bem? Parece-me tão calado desde dois dias atrás...

Ele voltou seus olhos para a jovem e deu um meio sorriso, aproximando-se dela, que havia se encostado à mesa. Taylor apoiou seus braços na beirada da mesa, o que deixou Larissa totalmente envolvida por ele. Ela sorriu, mesmo que se sentisse um tanto nervosa, pois essas demonstrações de carinho eram sempre muito ternas e bem-vindas. Ele segurou o queixo dela com delicadeza e disse:

— Minha querida, eu encontrei um primo muito próximo naquele dia. Ele cuida da boutica, que fica no começo desta rua, beirando a praça. Consegui, através dele, falar com meu tio, que ficou muito tocado ao me ver, então, após nossa conversa, não posso deixar de ficar ansioso, já que coisas muito importantes vão acontecer daqui para frente.

— Está ansioso pelo que acontecerá? Mas por quê? Achei que tinham se acertado naquela conversa.

— E nos acertamos, apenas eu e ele. Preciso me acertar com outras pessoas e temo pelo que acontecerá, mas estou pronto para assumir meus erros e pedir perdão a eles. Eu cometi ações muito graves contra eles, então, temo que esse momento seja tenso.

— Posso ir com você, assim poderá sentir mais segurança!

Ele sorriu e beijou-a na testa.

— Faria isso por mim? Não quero envolvê-la nos meus problemas!

— Meu pai salvou a sua vida e você salvou a minha. Estamos unidos por circunstâncias muito fortes, assim como isso só fortaleceu nossos sentimentos, afinal, nos amamos, não é? Quero estar com você nesse momento.

— Certo, então, prometo que iremos juntos, mas você não se envolverá no que acontecer, está bem? Fora isso, ainda há outra situação e, sobre esta, não tenho ideia do que acontecerá.

— O que seria?

— Meu tio enviou uma carta a minha mãe, avisando que estou vivo. Eu a conheço muito bem e sei o quanto ela se parece com o Narciso mitológico, porém, ela não é do tipo que se afogará, não se ela tiver quem o faça em seu lugar. Mas, como é uma situação inesperada, prefiro aguardar os acontecimentos. Devo manter minha mente firme e calma, sei quem sou agora e devo isso a você, amada.

Movido pelo doce sorriso de Larissa, Taylor retirou suas mãos da beirada da mesa, levando-as às costas da moça, trazendo-a junto a si. Estava prestes a beijá-la quando ouviu Tales chamando-os da escada, já que o chá estava demorando muito.

O casal apenas sorriu, separando-se contra a vontade e voltando sua atenção ao término das preparações.

Já no andar inferior, reuniram-se para a leve refeição. Foi quando Thaís apresentou Larissa a Albafica, que ficou alegre por conhecer a grande amiga de sua esposa. Porém, desde que entrara na loja, sentiu algo totalmente diferente e que, em seu entendimento, não deveria estar ali. Essa sensação o incomodou ao ponto de precisar disfarçar muito na frente de Thaís. Porém, agora sabia de onde vinha o cosmo que lembrava tanto o do mestre Sage.

Como Taylor estava ao lado de Larissa, logo foi apresentado ao cavaleiro, então este, usando-se da cortesia, fez questão de estender uma das mãos ao ruivo, para um cumprimento. Ao tocar das mãos, Albafica teve certeza de que o ruivo diante de si não era alguém comum, mas, quem era esse homem?

Taylor sabia que a pessoa diante dele era um cavaleiro de ouro, já que as informações sobre o casamento da senhorita Thaís foram bastante faladas na família. Ele percebeu que foi bastante observado no momento em que apertaram as mãos, receando ser reconhecido. Taylor havia mudado, mas suas ações do passado trouxeram consequências graves e as oportunidades de perdão por tudo o que fizera ainda não haviam chegado, então, não seria prudente revelar sua identidade prematuramente. Ao ver que Albafica não insistiu, o ruivo respirou aliviado, ao menos, por enquanto.

 

•♥•

 

Kardia coçava um pouco o pescoço, incomodado pelo desconforto que o aperto de sua gravata estava causando. Claro que esse traje não era algo realmente necessário, mas uma boa impressão era algo que deveria ser conquistado com certo esforço, então, o cavaleiro optou por uma roupa bem alinhada.

Havia pensado por horas como agiria naquela situação, mas concluiu que não haveria receita para como se portar naquele lugar, aliás, como era o trabalho dela, deveria ser cauteloso a fim de não causar problemas desnecessários.

Quando deu por si, estava já na frente da Casa de Pães, então, parou, olhou bem para o local, respirou fundo e foi até lá. Ao entrar, foi direcionado para um balcão lateral, uma área um tanto recentemente implantada ali e que contava com mesas dispostas pelo espaço disponível do salão.

Avaliando o terreno, ele varreu o lugar com seus olhos afiados, sorrindo de lado ao encontrar quem gostaria de ver. Então, calmamente, ele caminhou até lá, com seus olhos fixos na tão bela e interessante jovem que gostava de conversar com animais e que tinha mãos de fada.

Serena estava concentrada numa lista que tinha em mãos, onde conferia item por item enquanto olhava para a prateleira da parede interna ao balcão. Kardia havia se instalado bem atrás dela, enquanto apoiava um cotovelo sobre a superfície, sustentando a cabeça, que pendia para o lado. Ela não havia notado sua presença ali e ele parecia decepcionado, então, suspirou alto, chamando a atenção da jovem, que se virou num pulo para ver o que era.

Kardia sorria presunçoso por não ter precisado chamar por ela, por sua vez, Serena ficou parada por alguns instantes, processando a informação que acabara de receber. A moça logo reconheceu o cavaleiro, então, dobrou a folha que segurava e se aproximou do balcão.

— Ora, ora, vejam só quem apareceu por aqui! Se não é o senhor Kardia em pessoa que veio prestigiar os produtos da nossa loja! Seja bem-vindo!

— Muito obrigado, minha senhorita, me alegra saber que me reconheceu tão rápido!

— Ora, meu senhor, por quem me toma? Pensa mesmo que não o reconheceria? Estivemos próximos por um tempo considerável, aliás, tenho ótima memória, principalmente para fisionomias!  Bem, já escolheu o que deseja? Afinal, deve estar aí por um tempo considerável...

— Na verdade, minha senhorita, eu já sei exatamente o que quero... Mas receio que não esteja na vitrine do balcão.

— Hum, sabe o nome do produto? Assim poderei verificar se há algum pronto no interior da cozinha.

Kardia coçou o queixo, olhou novamente para os produtos expostos, calmamente, então voltou-se para ela, dizendo:

— Lamento por isso, mas, além de não estar aqui, não sei dizer o nome do que quero...

Serena olhou bem para o cavaleiro e analisou seu rosto, procurando pistas de suas reais intenções ali, mas ele era uma incógnita. O sorriso presunçoso de antes dera lugar a uma expressão de dúvida genuína, embora não parecesse que ele realmente queria comprar algo.

A jovem, então, devido ao horário de movimento menos intenso, convidou o cavaleiro a entrar na cozinha, já que poderia decifrar o que ele não sabia que queria...

Kardia não hesitou ao aceitar o convite, pelo contrário, não esperou que lhe abrissem passagem, sendo ele mesmo quem abrira a porta de acesso do balcão, por onde acessou a entrada da cozinha, logo acompanhando a chefe da pâtisserie.

— Então, senhor, encontrou o que procura?

Kardia, que fingia olhar para a grande mesa repleta de delícias, queria ganhar tempo. Foi quando ele encontrou maçãs sobre outro balcão, onde algumas receitas eram preparadas, o que não passou despercebido pela jovem. Assim, ela perguntou:

— Seria o caso de algo feito com maçãs? Quem sabe o senhor esteja procurando pela milopita, que, aliás, não demorará para ficar pronta. É uma deliciosa torta de maçã de nossa culinária. Gostaria de esperar até que seja preparada?

Foi quando a face de Kardia se iluminou. Então, sorrindo levemente, como se estivesse constrangido, ele respondeu:

— Milopita, milopita! Como eu pude me esquecer do nome! A senhorita me salvou, sendo assim, gostaria de aguardar que a torta fique pronta. Vai demorar?

— Acredito que tudo esteja pronto em torno de meia hora, pois a massa ainda está em preparação. Gostaria de tomar um chá enquanto espera?

— Claro, eu adoraria, mas a senhorita poderia me acompanhar? Não sou bom em esperar muito, então, se puder conversar com alguém, ficarei mais tranquilo.

Serena riu, afinal, não esperava que ele pudesse vir atrás dela após a festa de casamento, muito menos que ele pudesse realmente estar interessado. Desse modo, vendo todo o esforço que ele estava fazendo para se aproximar dela, pediu que o cavaleiro se acomodasse em uma mesa bem no canto, enquanto isso ela pegaria o chá.

Enquanto aguardavam, bebiam o preparado de camomila e conversavam um pouco.

— Então, é aqui que a senhorita trabalha! Gerencia mesmo todos esses funcionários e tudo o que é produzido na loja?

Serena sorriu, respondendo:

— Não de toda a loja! A produção de pães e os lanches são trabalho do meu irmão, que é muito intenso. Eu cuido de todas as sobremesas, além de gerenciar os bufês para festas.

— Fico admirado! Além de fazer pratos tão bons, ainda assume toda essa responsabilidade! Como consegue ser tão bonita assim em meio a isso tudo?

Serena ficou sem resposta, um tanto encabulada pelo elogio inesperado. Essa reação foi logo notada por Kardia, porém, não querendo assustar a moça, ele tossiu, raspando a garganta, e logo mudou de assunto, bebendo da xícara:

— Este chá está maravilhoso! E não posso deixar de agradecer pelos deliciosos biscoitos de nata. Eu não esperava por isso, senhorita, muito obrigado!

Ao ouvir essas palavras, Serena relaxou um pouco, então, comentou:

— Oh, que bom que o senhor gostou! Vou separar um pouco deles para que leve. Como pode ver, são excelentes para acompanharem o chá.

Nesse momento, o ajudante chamou a jovem ao balcão, onde havia colocado uma caixa. Serena compreendeu que a torta já estava pronta, então, foi logo buscar o produto. Kardia suspirou, vencido, afinal, não percebeu quão rápido o tempo havia passado, mas, ainda assim, foram momentos agradáveis.

Serena levou até a mesa a caixa com a torta, juntamente com um pacote de biscoitos, encontrando um escorpiano sorridente à sua espera. Ela se sentou e arrumou as embalagens diante do cavaleiro de Escorpião.

— Bem, minha senhorita, vejo que está na hora de ir, já que minha deliciosa torta está pronta. Eu agradeço por sua amabilidade e atenção, afinal, é quase injusto prendê-la aqui comigo vendo que há tanto trabalho lhe aguardando.

— Ora, senhor, não diga isso! Foi uma boa conversa, e, depois dela, acredito que saiba um pouco mais sobre mim. Na próxima, deveremos falar mais sobre o senhor, assim não ficará injusto!

— Da... Próxima vez?

— Mas é claro! Não me visitará de novo? Afinal, deverá vir para comprar mais da nossa torta, estou certa?

Kardia, que inicialmente sentiu-se confuso, logo sorriu de lado, satisfeito ao se ver diante dessa nova perspectiva. Então, arrastando sua cadeira a fim de sair, comunicou à jovem:

— Está completamente certa, senhorita. Bem, se me permite, efetuarei o pagamento pela minha compra e partirei. Aguardarei pela próxima vez.

— Por favor, receba como um presente! Sei que não é muito, mas é uma pequenina retribuição por tudo o que fez por nós, por sua proteção à nossa vila.

 — Receberei, minha senhorita, com uma condição!

— Qual?

— Que me acompanhe até a saída, como sinal de que logo voltarei.

Serena sorriu, então, ambos seguiram até a saída da Casa de Pães. Na calçada, Kardia tomou uma das mãos da jovem e depositou ali um suave beijo, despedindo-se logo após.

— “Méchri”, senhorita!

— “Méchri”, senhor Kardia.

Assim, Serena sorriu, balançando a cabeça em negação, mas internamente satisfeita pela aparição daquele homem após a conversa que tiveram no casamento de Thaís. Após vê-lo se afastar, ela retornou aos seus afazeres.

Kardia segurava seus embrulhos com orgulho, enquanto ostentava um sorriso de lado nos lábios. Afinal, aquele contato foi muito mais produtivo do que ele poderia supor, o que o deixou muito feliz. Aproveitaria muito bem seu presente, uma doce lembrança de uma doce mulher, alguém que ele já ansiava por reencontrar.

 

•♥•

 

Melissa chegava para mais um dia de aula com Derek. A manhã estava agradável, com uma brisa refrescante que balançava os cabelos da jovem.

Ela logo viu Derek, que trazia Brisa para a aula do dia. Ele tinha um semblante pesado, como quem estivesse à beira da exaustão, mas, ainda assim, ofereceu seu melhor sorriso para sua namorada, já que passara a cortejar a moça.

A jovem se aproximou, a fim de observá-lo melhor e saber como estava, então, ele tomou-lhe uma das mãos e a beijou, acariciando o próprio rosto com ela, após isso. Melissa não esperava por esse gesto, enrubescendo em seguida, um tanto sem jeito. Vendo essa atitude da moça, ele sorriu diante da graciosidade que ela exibia, tão linda em seu breve constrangimento.

— Como você está, minha querida?

— Estou bem, melhor agora, que encontrei você, aliás, parece-me tão cansado! Está tudo bem?

— Ah, isso... Há um cavalo que está doente e fiquei toda a noite cuidando dele. Como meu tio tinha outras pendências para resolver hoje, assumi o trabalho de assistir o animal. Para piorar, dormi pouco na noite anterior a esta, então, bem, não leve em consideração esta minha cara.

— E o cavalo, já está bem?

— Pois é, isso é o que me preocupa! Ele ainda está bastante vulnerável e ainda tem febre. Confesso que minha preocupação está aumentando e não sei muito o que fazer.

— Bem, posso ajudar você a cuidar dele. Basta me dizer o que deverei fazer e prometo ser uma boa enfermeira. Se não precisar de ajuda, oferecerei minha companhia, assim poderá conversar um pouco.

Derek, em meio ao seu extremo cansaço, olhou Melissa com muita ternura e respondeu:

— Você é uma pessoa muito especial, sabia? Bom, sua proposta é quase irrecusável, então, pensarei bastante durante a aula.

A moça sorriu, então, seguiram para a área de treinos.

A aula transcorreu bem, como já vinha acontecendo há tempos. Derek estava bastante satisfeito com a evolução da moça, que parecia ter um talento natural para a equitação. Devido ao bom desempenho, ele já pensava em substituir Brisa por outro, não tão calmo, para que ela pudesse se acostumar a outro tipo de comportamento por parte do animal.

Assim, após o treino, o casal retornou às baias, tanto para levar Brisa quanto para verificar o estado de Tempest.

Melissa não havia estado ali, pois o namorado sempre levava Brisa ao seu encontro, então, ela não tivera contato com as baias.

O local consistia num grande galpão, coberto com um telhado em duas bandas. Havia um portão central, cuja entrada formava um grande corredor e, ladeando-o, as portas de cada baia se alinhavam, instaladas em paredes mais baixas que o teto, permitindo uma boa ventilação aos animais.

Logo que guardaram Brisa em seu espaço, foram adiante para ver o estado de Tempest. Derek, que já não estava bem, demonstrou mais cansaço ao ver que seus esforços não pareciam estar surtindo efeito. Melissa percebeu, mas preferiu ficar em silêncio até compreender melhor a situação.

— Ela não está melhorando, mesmo com todos os cuidados que tivemos durante o dia e toda a noite. Não deveria ser assim, não entendo o que está acontecendo.

— Derek, quer que eu ajude em algo? Posso auxiliar pegando água ou alguma outra coisa, basta me dizer!

O domador pensou um pouco, mesmo tão cansado. Avaliando o quadro, não havia muito o que fazer, o que irritou Derek profundamente. Ao mesmo tempo, ele ainda se lembrou da jovem ao seu lado, tão solícita, que apenas aguardava por um comando. Assim, decidiu que tranquilizaria a amada primeiro, depois veria o que fazer.

— Minha querida, não precisa fazer nada. Na verdade, sua companhia já é agradável o bastante para me deixar mais confortável. Então, só fique ao meu lado, ajudará muito.

Melissa ficou satisfeita com a resposta. Embora não soubesse como cuidar de um animal doente, ficaria à disposição para ajudar no que fosse preciso. Então, a moça se instalou num banco de madeira que encontrou por ali.

Derek se aproximou de Tempest e a acariciou, procurando verificar a temperatura corporal. Estava bem alta ainda e a égua parecia responder menos aos estímulos do domador. Provavelmente, o pior aconteceria se algo não fosse feito. Mas, o que fazer era o que ele tentava entender, sem sucesso. Em seu interior, uma vontade muito forte desejava a melhora do animal. Assim, ele começou a ficar um tanto ansioso, algo perceptível aos olhos da loira que o observava.

O cansaço que se acumulava, somado ao sono e à frustração mexiam com seu emocional, então, ele apenas permaneceu como estava, tentando acalmar Tempest enquanto também o fazia a si mesmo.

Ele sentiu que algo diferente brotava em seu coração, mas achava que era devido ao cansaço. A frustração devia-lhe ter causado febre emocional, devia ser a explicação para o calor que sentia aumentar gradativamente em seu corpo.

Essas sensações só faziam aumentar a vontade de ver o animal bem, e, por algum motivo, Derek se concentrou nisso, ao mesmo tempo em que consolava Tempest.

Melissa, que estava apenada com a cena, estranhou que o homem à sua frente exercesse uma pressão invisível contra seu corpo, ao mesmo tempo em que suas mãos pareciam brilhar discretamente sobre o pelo da égua doente. A moça ficou estática, sem entender o que acontecia.

Derek, concentrado no bem do animal, não entendia que distribuía um fluxo de cosmo que vinha de todo o seu corpo e se dissipava através de seus dedos, atingindo em cheio a superfície do animal. Sem entender, instintivamente, como portador de um cosmo semelhante ao de Sage, liberou um pouco dessa energia para Tempest, que começou a sentir a melhora de que tanto precisava.

O domador só teve tempo de ver o animal relinchar e levantar a cabeça, visivelmente melhor do que antes. A temperatura parecia bem melhor e, num misto de alívio, exaustão e estresse, tombou de lado. Melissa correu para acudi-lo, chamando-o sem ver resposta.

A jovem notou que o animal se mexia, o que não acontecia antes, então, preocupada com o estado do amado, correu para pedir ajuda.

Logo outros funcionários chegaram para ajudar, quando decidiram levar o chefe para descansar em seu quarto. Assim, carregado por alguns homens, Derek foi levado para o seu quarto, acompanhado por Stella e Melissa.

Agnes também as acompanhou e ajudou a acomodar o rapaz em sua cama e mudar suas roupas, que estavam suadas. Melissa achou melhor aguardar na cozinha, então, deixou que as outras fizessem o trabalho.

A loira sentiu um enorme medo pelo estado de Derek, então, tão logo soube que ele estava mais confortável, voltou ao quarto para vê-lo. Chegando perto da cama, sentou-se ao seu lado. Notando que ele dormia, ela acariciou seus cabelos num ato de carinho e ali ficou velando seu sono, temendo que algo pudesse acontecer.

Porém, logo foi avisada de que seu pai havia chegado, então, ela beijou a testa do amado e sussurrou em seu ouvido:

 — Você me deixou muito preocupada, querido. Eu preciso ir agora, mas meu coração vai ficar aqui, certo? Melhore logo, por favor! Não sei o que fazer sem você.

Após um último afago, Melissa deixou o quarto, mas sem ver o discreto sorriso que o rosto do domador possuía.

 

•♥•

 

Alguns dias, na verdade, poucas semanas passaram após a conversa entre Heitor e Taylor. Nesse tempo, a carta enviada pelo proprietário do haras chegou às mãos da antiga cunhada, na Inglaterra. A missiva informava sobre a descoberta do paradeiro de seu filho, explicava suas condições de saúde e contava sobre a família que o havia acolhido.

Confortavelmente sentada no sofá de sua sala, Margareth lia a carta com um misto de emoções. Saber que o filho estava vivo a surpreendeu, pois, após tanto tempo sem notícias, havia dado o filho como morto. Inclusive, o administrador dos bens de seu falecido marido foi autorizado por ela a tocar os trâmites da herança que fora deixada. Com a possibilidade de o filho estar morto, ela seria a única herdeira e essa possível realidade não a desagrava de todo.

No entanto, considerou a emoção de saber que ele estava bem como algo positivo, assim, ele poderia retornar e assumir o legado de seu pai, continuando a descendência da família. Mas, conforme prosseguiu a leitura e percebeu que mais pessoas estavam envolvidas com seu filho, inclusive responsáveis pelo seu salvamento daquele acidente, uma sombra pairou sobre seus olhos.

Entretanto, a menor possibilidade disso se tornar um entrave no futuro do filho ativou as defesas interiores da mulher, decidida a tomar atitudes drásticas, se fosse necessário.

Terminada a leitura, ela terminou sua xícara de chá, um tanto incomodada por este ter esfriado. Seus olhos focaram num ponto específico da sala, mais especificamente no retrato pendurado acima da lareira, que exibia a fisionomia de seu finado marido.

— Esse seu filho saiu a você, por completo, não é, Albert? Sempre me dando trabalho, de um jeito ou de outro. Por mais que eu o tenha ignorado, desde criança até pouco tempo atrás, ele continua me incomodando com suas traquinagens, só me arrumando problemas. Igualzinho a você! Mas, não pense que eu vou deixar as coisas seguirem sem controle, ah, não!

A elegante e bela mulher se levantou, caminhando corredor a dentro, até que encontrou uma criada. Olhando para a jovem severamente, a mulher ordenou:

— Prepare imediatamente minha bagagem para uma viagem até a Grécia e avise ao mordomo para providenciar tudo com urgência, pois quero partir tão logo possa. Rápido!

A jovem saiu da presença daquela mulher imediatamente, temerosa de ouvir alguma ofensa. Margareth entrou em seu quarto e, após olhar pela janela de forma displicente, pensava nos rumos que a viagem teria, dependendo das ações do seu, agora vivo, filho.

 

 

Violet estava ansiosa, sem saber ao certo o tipo de sentimentos que sua mente experimentava. Quando o pai contou sobre o primo, ela mal pode acreditar que ele pudesse estar vivo, da mesma forma que saber sobre as mudanças em seu caráter também a impressionaram.

Era difícil acreditar que alguém como Taylor, com todo o seu histórico, pudesse experimentar uma transformação tão grande como aquela. Mais ainda, saber que ele queria se redimir perante ela após todos os seus atos também era totalmente inesperado. O fato de ele tê-la ajudado durante a situação em que os espectros de Hades a usaram contra Sísifo era relevante, podendo ter sido um primeiro sinal de algum arrependimento.

Pelo relato de Heitor, Taylor experimentou um traumático resgate, seguido de uma dolorosa recuperação. Fora que, tão acostumado a luxos e mordomias, deve ter sido humilhante viver numa casa tão simples, partilhando das dificuldades de uma família pobre, isso sem contar a cegueira.

Violet suspirou, foi quando Sisifo entrou no quarto em que ela estava, beijou-lhe o topo da cabeça e acariciou a barriga de gestante. Ao vê-la, ele coçou a nuca, incomodado com a situação em que haviam se envolvido, então, olhando bem nos olhos de sua esposa e disse-lhe:

— Você não precisa fazer isso. Se essa situação a estiver incomodando muito, não permitirei que aquele bastardo ponha os olhos sobre minha mulher. Ainda tenho muitas ressalvas sobre todo o relato do seu pai, mas aceitei encontrar aquele homem porque você quis primeiro.

Ela respirou fundo e, encarando seu amado com suavidade, ela respondeu:

— Entendo todos os seus sentimentos! Mas, ao ver o quão assombrado meu pai parecia estar com tudo o que ouviu e pelo que sentiu, não pude deixar de querer confirmar isso por mim mesma. Você sabe, eu contei sobre a atitude dele naquela situação, pode ser que tudo seja verdade!

— E se não for, Violet?

— A vida continuará, e saberemos que ele não merece uma chance, tampouco nosso perdão. Eu refleti muito durante esse tempo e sei que minha tia também influenciou muito a forma de agir do meu primo, embora isso não seja justificativa. Ela se importava consigo mesma, fazendo as vontades do filho como um meio de demonstrar quão boa mãe era e como fazia seu filho feliz. Eu quero ver isso de transformação com meus próprios olhos.

Vendo a resolução da esposa, ele apenas moveu a cabeça em concordância.

— Muito bem, minha querida, vamos esperar que ele chegue.

 

 

Na carruagem, Taylor e Larissa seguiam rumo ao haras para o encontro com o cavaleiro de Sagitário e sua esposa. O ruivo parecia nervoso, enquanto a jovem segurava as mãos dele em apoio. Era preciso grande coragem para enfrentar aquela situação, principalmente por conta de quem eram as pessoas envolvidas. No entanto, Larissa estava muito orgulhosa por seu amado estar tão disposto a passar sua vida a limpo, pronto, assim, para recomeçar com a cabeça erguida.

A recepção no haras não foi ruim, pois Arthur, o tio que chegara há pouco tempo, recebeu o sobrinho com muito afeto. As notícias eram tão inclinadas a uma desgraça que vê-lo ali, em carne e osso, era algo muito reconfortante. Da mesma forma, Letícia também se alegrou ao encontrar o primo que, ao vê-la, se emocionou ao constatar o quão linda estava.

Heitor, após descer da carruagem, aproximou-se do sobrinho e disse-lhe:

— É isso mesmo o que deseja fazer?

Olhando bem em seus olhos, Taylor respondeu:

— Absolutamente, tio.

— Então, vou levá-lo aonde eles estão. Venha!

Taylor sentiu Larissa tomar seu braço, achegando-se a ele e acompanhando-o ao local. Ele sorriu para ela, que correspondeu ao gesto. Assim, seguiram Heitor.

Numa sala íntima, pouco usada na grande casa de Heitor, Sísifo e Violet aguardavam, então, quando o ruivo entrou, acompanhado por Larissa, uma leve comoção se formou.

A indignação do cavaleiro não era menor do que antes, mas esse sentimento se intensificou ao sentir naquele homem o cosmo que ele não conseguia controlar. Se não bastasse quase ter lhe arruinado a vida, juntamente com Violet, agora ele carregava uma herança nobre em suas mãos sujas.

Violet notou isso e segurou as mãos de Sísifo, porém, em si mesma, a decepção com os atos praticados pelo primo não deixava seu coração. Ela compreendia bem o marido, sentia como ele, mas queria ouvir o que Taylor queria tanto dizer a eles.

— Muito bem, vou deixá-los conversarem em paz.

— Por favor, meu sogro, fique! Eu peço que fique!

Heitor se surpreendeu com o pedido de Sisifo, mas compreendeu bem sua aflição. Resignado, o antigo cavaleiro acenou com a cabeça e foi se sentar numa poltrona ao lado.

Violet tomou a palavra, mesmo nervosa, e disse ao primo:

— Muito bem, estamos aqui! O que quer conosco?

Taylor se levantou, dando dois ou três passos na direção da loira, o que moveu o cavaleiro de Sagitário, que já estava com sua guarda alta. Entretanto, contrariando qualquer pensamento que tivessem a respeito de si, Taylor caiu de joelhos no chão, totalmente rendido em humilhação, mesmo que sua aura de cosmo continuasse fluindo pacificamente.

— Eu peço perdão, prima, senhor Sisifo... Eu peço perdão com todo o meu ser...

Sísifo se levantou, tomado de surpresa pela atitude inesperada, mas Taylor continuou:

— Sísifo, peço perdão por contribuir para que atentassem contra sua vida, por lhe causar um sofrimento não merecido, por permitir que minha falta de caráter pudesse prejudicá-lo.

Sísifo estava atônito, ouvindo com atenção as palavras daquele homem.

— A surra que me deu abateu tanto meu orgulho que fiquei cego de raiva por tamanha humilhação. Eu carregava uma alma imunda, vestida com todo tipo de ilicitudes que fossem convenientes à minha vontade. Era um fraco, covarde e totalmente desprezível. Perdoe-me pelo que fiz.

Violet procurava controlar sua respiração, pois a fala do primo agora passava a citá-la, então, não pôde deixar de sentir a ansiedade aumentar...

— Prima, o que eu poderia dizer a você? Que palavras eu poderia usar para mostrar o quanto me sinto culpado e indigno de estar em sua presença? Eu me aproveitei de sua boa vontade e gentileza por anos e só fiz prejudicá-la de tantas formas. Mais uma vez usarei essa palavra, pois sou de fato um ser desprezível e repugnante. Não sou merecedor do seu perdão, mas preciso dele para seguir em frente, por favor.

Sísifo se interpôs:

— Suas palavras demonstram reconhecimento de sua maldade, mas, como podemos saber se não passam de meras palavras jogadas ao vento?

— Compreendo sua desconfiança, senhor. Eu mesmo não acreditava em mim, mas deixe-me contar algumas coisas, assim me justificarei. Bem, naquele dia, após a mansão desabar, eu fui gravemente ferido, deixado para morrer ali. Porém, um bom homem chegou ao local não muito depois, conseguindo me resgatar. Ele me levou para sua casa, chamou um médico e cuidou de mim, como se eu fosse sua família. Fiquei cego pelo trauma, vivendo numa casa humilde e trabalhando para ajudar. Meu espírito foi abatido de forma sem precedentes, na verdade, foi totalmente destruído, então, tive que me recompor aos poucos.

Heitor observava a situação, mas os ânimos pareciam estar melhores, com sua filha e genro atentos ao que o sobrinho falava.

— A família me tratava bem, mas eu me sentia profundamente humilhado por estar naquela situação, até que as pessoas que estavam comigo começaram a me ensinar a viver. Esta bela jovem é muito mais forte do que eu e me ensinou que devo lutar e persistir. Eu a amo tanto por isso, então, estou aqui para passar meu passado a limpo e recomeçar, um dia por vez, para construir um novo futuro. Não desejo nada de vocês, trabalharei com dedicação, ajudando minha família a conquistar seu sustento com honestidade, como eles me ensinaram.

— Taylor, suas palavras são mesmo sinceras?

Larissa se intrometeu:

— Meu senhor, perdoe-me falar assim, mas é verdade. Inclusive, devo a ele minha vida e a de meu irmão, pois nos salvou das chamas que varreram nossa casa num terrível incêndio, há pouco tempo. Ele já foi humilhado por me defender, mas se manteve calado para não me prejudicar. Ele está sendo sincero, posso testemunhar!

A aflição de Larissa tocou Sísifo, que, com seus olhos perspicazes, sondou as intenções da moça, verificando que não havia falsidade ali.

Violet perguntou:

— O que pretende com essa moça, primo?

E respondeu:

— Ela será minha esposa, pois a amo como à minha vida.

Violet ficou em silêncio, atônita. Larissa era muito bela, mas sua cicatriz era bastante evidente e, bem sabia, o Taylor que conhecia jamais aceitaria se unir a uma mulher que não tivesse feições perfeitas. O fato dele declarar seu amor dessa forma era suficiente para que ela entendesse que uma grande mudança havia ocorrido ali, por mais que fosse difícil crer.

— Primo, entende essa força que tem emanado de você?

Taylor arregalou os olhos, admirado por Violet ter notado. Então disse:

— Eu não entendo o que sinto, mas tenho sentido cada vez mais forte desde que recobrei a visão. Não sei o que é isso?

— Chama-se cosmo. Como você é um descendente do mestre Sage, certamente está manifestando sua energia tardiamente, mas de forma espontânea. Vou reportar isso ao mestre, já que Derek também demonstrou sinais claros da força que possui. Não se preocupe, aprenderá a controlar isso.

— Agradeço por me explicar, mas ainda não me responderam... Desejo o perdão de ambos, o que farão?

— Darei minha resposta após ouvir a desta pessoa...

Então, Íficles entrou na sala, temeroso pela presença de Taylor. O menino foi acolhido por Violet, então, Taylor se reportou a ele, também pedindo perdão pela situação com o cavalo. A criança olhou para Violet, que acenou a cabeça, dizendo que estava tudo bem. Então, ele respondeu que poderia perdoá-lo.

Taylor sorriu aliviado, em parte, ao ver a reação do garoto, o que moveu Sisifo a responder também:

— Receba meu perdão, senhor Taylor. Se é disso que precisa para viver uma nova vida, lhe darei. O testemunho da jovem ao seu lado me ajudou a decidir.

Os olhos do ruivo pairaram aflitos sobre os da prima, que sorriu e acenou positivamente, respondendo:

— Seja livre para viver dignamente, primo. Espero que faça essa linda jovem muito feliz.

O semblante do ruivo se iluminou, então, já ajoelhado, ele se prostrou completamente, em sinal de imensa gratidão, enquanto lágrimas de alívio vertiam de seus olhos. Larissa veio abraçá-lo, enquanto repetia palavras de agradecimento aos envolvidos.

Violet sorriu para o marido, que a abraçou, certo de que era a melhor decisão. Heitor sentiu-se aliviado, animado com aquela nova realidade que presenciava. Então, convidou a todos que fossem tomar chá, para celebrarem um novo momento e pudessem saber mais sobre a nova família de Taylor.

Eles seguiam felizes para a carruagem, mas, ao seguir caminho, viu o grande cavalo negro parado, dentro do cercado que separa as áreas de trato, que o mirava diretamente. Taylor entendeu que havia mais alguém a pedir perdão, então, seguiu até lá.

Conforme se aproximou, Tornado não demonstrou raiva, pelo contrário, parecia calmo ao observá-lo. Chegando perto, Taylor balbuciou:

— Perdão por tudo, meu caro. Eu fui muito injusto com você, na verdade, fui um canalha... Mas eu recebi a bondade dos que estavam na casa, gostaria de que me concedesse a sua, também.

O cavalo balançou a cabeça repetidas vezes, depois manteve seus olhos sobre o ruivo, que sorriu e meneou a cabeça em agradecimento, seguindo para acompanhar Larissa de volta para casa.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 


Notas Finais


Milopita é o nome de uma tradicional torta grega de maçã.

Méchri é a escrita grega para "até".


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