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História Insônia - Olhos Verdes


Escrita por: Babydoll06

Notas do Autor


Hello pessoal!

Mais um capítulo pra vocês da nossa longfic MariChat.

Devo dizer, primeiramente, que eu não sou muito boa criando cenas de ação, mas eu preciso de vilões akumatizados para ter interação LadyNoir certo? E sem vilões, não seria Miraculous kkk Mas por favor, relevem essas cenas, principalmente os Lucky Charms da Ladybug, gente, nem no desenho eu entendo como ela faz esse troço funcionar, imagina eu sendo tão criativa quanto o tio Thomas haha.
Mas é isso aí galera, foca no romance e ninguém se machuca.
Boa leitura <3

Capítulo 3 - Olhos Verdes


“Deixa insônia,

Só por um dia minha mente descansar,

Pelo menos na hora de dormir,

Porque amanhã preciso de mim.”

Lucas Vitório

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“Querido diário,

Chat Blanc tentou me matar essa noite. Eu realmente senti medo ao vê-lo me empurrar para o fim.

Tinha tanta raiva naqueles olhos azuis.

Mas a maior surpresa, foi ao acordar, ser recebida por olhos verdes aqui no meu quarto. Sim, Chat Noir estava no meu quarto hoje.

Eu nunca pensei que isso poderia acontecer. Mas a companhia dele me fez muito bem. Dormir foi tão fácil….”

Largou a caneta e apertou as têmporas. O que ela estava escrevendo? Era só o Chat Noir afinal… nada demais.

“Então, por que foi tão bom quando ele estava aqui?”

Pensou e quis se bater pelo pensamento. Ela mesmo estava se contrariando. Isso era um absurdo.

“A privação de sono vai me deixar maluca!”

Respirou fundo para se recompor. Desistiu de escrever no diário sobre aquele dia, mas voltou na lista antes de fechá-lo.

1- Adrien não pode descobrir que eu sou a Ladybug;

2- Hawk Moth não pode descobrir nossas identidades;

3- Chat Noir nunca pode descobrir que sou a Marinette;

4- Não posso me apaixonar por Chat Noir.

Fechou seu diário e o guardou em sua caixinha. Olhou para a janela, por onde viu um lindo sol nascer. 

Tentou tirar forças daquilo, do novo dia. Afinal, não dormira nada naquela noite, mas tinha que se virar de alguma forma. 

Lembrou dos seus amigos já preocupados com ela no dia anterior, não queria vê-los assim de novo. Por isso, passou uma maquiagem embaixo dos olhos, pôs um sorriso no rosto e rezou internamente para aquilo ser suficiente.

****************************

— Amiga! Vejo que está bem melhor! - Alya disse quando se sentaram na cafeteria. 

Marinette dava graças a Deus pelo café. Mal estava se aguentando em pé. Mas ao ver a reação da amiga, viu que o esforço estava valendo a pena. 

Sentou junto com ela na mesa em que estavam Nino e Adrien. 

— Sim Alya, sua dica do chá foi ótima. Eu dormi muito bem! - Ela disse sorrindo, aproveitando todos ali para já tirar qualquer preocupação deles.

Mas Adrien, claro, foi o único que conseguiu ver a mentira através do sorriso dela.

A forma como ela acordou gritando, o choro, o desespero em seus olhos, se perguntou com que frequência aquilo acontecia.

Também queria entender o porquê… Porque ela mentia para eles? Se não quisesse se abrir com ele, como Adrien ou como Chat Noir, tudo bem, afinal, não eram tão próximos.

Mas a Alya estava ali, a melhor amiga dela. E mesmo assim, Marinette não estava sendo sincera.

Não queria admitir, mas aquilo o estava incomodando muito, principalmente por estar lá com ela na hora.

“Ela chamou pelo Chat Noir quando acordou, eu tenho certeza”.

Talvez só estava se importando tanto pois o problema parecia ser diretamente com ele… Ele como Chat Noir.

Perdeu algumas horas da noite anterior, quando chegou em casa, tentando pensar no que poderia ter feito para magoar tanto sua amiga.

“Mas se fosse mágoa do Chat Noir, como a noite anterior foi tão boa?

Boa no sentido do clima entre eles enquanto tomavam o chá. A conversa leve, até as brincadeiras. Tinha sido bom, não tinha? Ele saberia se ela estivesse incomodada com a presença dele, certo?"

— Ei, cara… o intervalo já terminou! - Adrien ouviu Nino o chamar. As garotas já estavam de pé, só esperando-o.

Ficou tão perdido em seus questionamentos que devia estar parecendo um mané no mundo da lua.

— Ah, desculpa galera! Eu não dormi muito na noite passada, estou meio avoado. - Ele disse enquanto se levantava. Coçando a nuca sem graça.

— Eu vou começar a comercializar chá de camomila nessa escola. - Alya disse tão espontaneamente, que foi impossível não rir, juntamente com Nino.

Mas então olhou para Marinette, e dessa vez, quem estava no mundo da lua era ela.

“Será que ela está pensando em nós na noite passada?” - Adrien pensou.

“Em NÓS?? Desde quando somos um nós?” Ele se auto repreendeu no mesmo instante.

Estava perdendo a cabeça.

Entraram na sala, e Marinette, estava, de fato, pensando em Chat Noir. Se perguntava se o havia assustado na noite passada. Mas não conseguia pensar em um jeito de explicar sua situação sem ser… estranho.

“Afinal, por que eu Marinette Dupain-Cheng teria pesadelos com Chat Noir? A não ser que eu fosse a Ladybug, e que um dia viajou para um futuro onde Chat Noir foi akumatizado e lutei contra ele, que era o Chat Blanc, e isso me deixou completamente traumatizada a ponto de tirar o meu sono por semanas! Simples não é?”

Bateu a cabeça na mesa pelo pensamento. Mas esqueceu que estava no meio da aula e a professora chamou sua atenção por estar fazendo…. o que quer que fosse.

— Nada me surpreende mais vindo dessa esquisita. - Chloé disse, fazendo-a lembrar de sua maravilhosa presença. 

Ficou com muita vergonha, a sala inteira estava prestando atenção nela. 

— Me desculpe professora. - Disse e se endireitou no banco. Tinha que focar no que estava fazendo…nem sabia em que aula estava. 

A vida de um exausto é complicada.

Na saída da escola, estava junto da Alya e as outras garotas, planejando um dia para ficarem juntas no barco da mãe da Juleka.

— Temos uma nova música para o Kitty Section e queríamos todas lá para ouvir! - Rose falava animada

— Vai ser ótimo meninas! - Alya respondia animada, e Marinette só concordava com um sorriso.

Na verdade, sua mente vagava longe “Quero dormir, quero dormir…”

Não conseguia se concentrar na conversa direito, até ouvir seu nome na roda.

— O-oi? -Perguntou, piscando e balançando a cabeça de leve para despertar.

— Alô, terra chamando Marinette! - Alix dizia divertida, sendo acompanhada de risos das outras garotas.

 — Adrien está por aqui? Só assim para você estar tão distraída. - Alya nunca perdia oportunidade de a alfinetar pelo crush (não tão) secreto. Riu sem jeito.

— Me perdoem meninas, o que estavam falando?

— Juleka disse que o Luka pediu especificamente para você ir no dia. - Foi a vez de Mylene dizer. - Ai, ele é tão fofo! - Ela juntou as duas mãos em um sinal romântico.

E como sempre, Marinette corou. O que já era bem normal.  Luka a estava chamando, ESPECIFICAMENTE por ela. Por Deus, o que isso significava? 

— Ah, que atencioso! - Ela disse, soltando um riso nervoso. - Diga a ele que eu vou sim, Juleka. 

Viu a amiga de cabelos roxos assentir. Com os planos já acertados, se despediram. Mas antes que qualquer uma saísse do lugar, um estrondo foi ouvido, seguido de uma pequena tremulação no solo.

— Ah! O que é isso? - Rose choramingou enquanto se abaixava.

“Akuma”, pensou Marinette. 

Viu pessoas correndo na rua em frente a escola, indo para a esquerda.

— Meninas! Vamos sair daqui. - Marinette as orientou, indicando para correr na direção dos outros cidadãos.

— Ai, Ladybug já deve estar a caminho! - Alya disse empolgada, pegando seu celular na bolsa enquanto corria com elas. - Não posso perder nada!

Mari sorriu com a animação da amiga. E lembrou das vezes em que a advertiu, como Ladybug,  por estar muito perto do perigo. Alya agora tomava mais cuidado, na medida do possível que conseguia, mas sempre atualizava seu Lady Blog.

— É melhor sairmos da rua. Vejo vocês amanhã meninas! - Marinette disse, se despedindo e já correndo em direção a sua casa. 

Se sentia mal por deixá-las sozinhas. Mas Ladybug poderia protegê-las em melhor do que Marinette.

Ouviu um outro estrondo e um cheiro forte de fumaça. Se escondeu em um beco próximo.

— Não podemos perder mais tempo. Tikki, transformar! 

No exato momento em que se transformou, pode sentir toda a exaustão sair de seu corpo. Ser Ladybug era incrível! Muito mais que apenas uma roupa, máscara e habilidades, tudo nela mudava.

Lembrou de tantas vezes em que era acordava com algum akuma causando estrago pela madrugada, e mesmo caindo de sono, ao se transformar, já ficava completamente desperta.

Deu uma respirada funda, aproveitando a enorme carga de energia que agora se apoderava de seu corpo.

— Vamos nessa! - Disse empolgada, jogando seu ioiô e aterrissando em um telhado próximo.

Pelos estrondos que ouviu, o akumatizado não deveria estar longe. “Te achei” - sorriu consigo mesma ao ver uma figura vermelha flamejante em uma rua, queimando alguns carros e os arremessando para longe.

— EI, ESQUENTADINHO! -Chamou quando se aproximou da figura. - Não é legal estragar o carro dos outros! - Ao se aproximar, viu que seus trajes, agora em chamas, pareciam de um bombeiro. Também usava capacete e máscara de um.

— O meu nome é Firefighter! - Disse o bombeiro akumatizado. - Se não posso queimar carros, então que tal queimar VOCÊ! - Ele disse, já atirando enormes bolas de fogo em sua direção.

Pulou para trás, desviando de cada uma delas, buscando ver de onde saíam.

— Péssimo dia para precisar usar o serviço público! - Ouviu a voz galanteadora de Chat ao seu lado. Ele havia acabado de chegar e ao olhar para ele, Ladybug sentiu o rosto esquentar. 

Quase nunca corava com o parceiro, mesmo com seus flertes e piadinhas. Mas ao olhar em seus olhos verdes, lembrou-se na noite passada… “Ele me colocou na cama” Sentiu o rosto esquentar mais. Bom, podia colocar a culpa no fogo.

— Já sabe aonde está o akuma M’lady? 

“M’lady, eu achei que tinha te perdido” - Sentiu o coração falhar uma batida ao ouvir a voz de Chat Noir em sua cabeça… não, Chat Blanc. 

Fechou os olhos com força, como se isso pudesse afastar aqueles pensamentos.

— Cuidado Ladybug!! - Ao abrir os olhos, só pode ver um borrão preto de Chat Noir pulando por cima dela e rolando pelo chão. Ele os havia desviado de outra bola de fogo. - Você está bem?

Ela logo se recompôs. Não podia deixar nada a afetar enquanto estava de Ladybug.

— Claro! Valeu gatinho. - Disse já levantando e girando o ioiô. Sabia que essa resposta vaga não ia satisfazer seu parceiro, então antes que ele dissesse qualquer coisa, continuou a falar. - Vai pela esquerda e eu pela direita. Se minha intuição estiver certa, o akuma deve estar em algum objeto nas mãos dele. Mas não consigo enxergar através do fogo.

— Pode deixar comigo, Bugaboo. 

“Bem melhor”, ela pensou enquanto corria para realizar seu plano.

O atacava com o ioiô, até finalmente ele levantar uma das mãos para se defender e ela pode ver que ele segurava um machado.

— Chat! É o machado! - Disse se afastando do calor das chamas. Mas como tirá-lo de suas mãos que eram puro fogo? Precisava de sorte. - Lucky Charm! - Atirou seu ioiô para cima, recebendo…- Um a picareta? 

— Deixa comigo M’lady! - Chat de afastou, encontrando um hidrante ali perto. “Purrrfeito” pensou, rindo consigo mesmo do trocadilho em sua cabeça. Nunca se cansava disso. - Cataclismo! - Destruiu a parte da frente do hidrante, fazendo a água jorrar bem na direção do bombeiro. Posicionado estrategicamente por Ladybug.

Ele nunca se cansava de surpreender com ela. Com a destreza, a rapidez com que o compreendia, sem nem mesmo ter dito nada, ela já estava lá, pronta para o que quer que ele fizesse.

Ladybug sorria também, feliz consigo mesma. Sem o cansaço para impedi-la de raciocinar rapidamente.

Viu as chamas se apagarem, e aproveitando a fumaça que subia, pulou para perto dele, retirando o machado de suas mãos… mas então não conseguiu. O machado parecia grudado. Todo seu corpo, agora sem fogo, parecia uma rocha. Melhor, lava endurecida...

— O que?...Ah! - Recebeu um soco com a outra mão do bombeiro que estava livre.

“Droga”, pensou quando atingiu uma parede.

— M’lady! Se machucou? - Chat aterrissou ao seu lado.

— Estou bem. - Ela o tranquilizou, levantando. - Só preciso saber como… -Ela olhou para sua própria mão. A picareta. Olhou para o Firefighter e sua mão. - É isso! Chat, me dê cobertura!

— Sempre M’lady! 

Correram em direção ao bombeiro, que tentava de todo jeito fazer suas chamas voltarem.

Chat conseguiu imobilizá-lo, enquanto Ladybug atingia sua mão com a picareta. Por fim, o machado se soltou e ela pode quebrá-lo, vendo a familiar borboleta negra sair.

— Chega de maldade akuma. - Prendeu o inseto no seu ioiô e então o libertou. - Tchau borboletinha. Miraculous Ladybug!

Viu os prédios e carros queimados voltarem ao normal.E o bombeiro estava ajoelhado, no meio da rua. Confuso como eles sempre ficavam após o serem libertos.

— O que houve? - Ele perguntou.

— Você foi akumatizado, senhor. - Ela o ajudou a se levantar.

— Se puder nos contar o que houve. - Chat Noir se juntou aos dois.

— Eu… eu me lembro de sair de uma reunião com o chefe dos bombeiros. Nossos salários vão ser diminuídos porque ...bem… - Ele não conseguiu terminar, olhando com vergonha para os dois heróis à sua frente. Mas isso já foi o suficiente para Ladybug entender tudo.

— Porque estamos roubando o trabalho de vocês. - Ela disse com pesar. - Pode deixar que vamos resolver isso! Vocês bombeiros são tão importantes para essa cidade quanto nós!

Viu o homem dar um sorriso, parecendo se sentir bem melhor. Então ele se levantou e despediu dos heróis.

Chat Noir e Ladybug saíram da rua e foram ao telhado mais próximo.

— Foi muito legal o que você disse a ele, Bugaboo. - Chat disse, jogando todo seu charme. - Você é incrível.

Ela deu uma risada nervosa. Ainda se lembrava dele na noite passada em seu quarto. 

— Obrigada gatinho, só estou cumprindo meu dever como cidadã. - Se arrependeu no momento em que as palavras saíram de sua boca. Mas por sorte, ele pareceu não perceber.

— Ei, você nem reclamou que eu te chamei de Bugaboo! - Ele disse, parecendo muito feliz. - Ótimo que você já aceitou meu apelido carinhoso Bu-ga-boo!  - Ele riu e ela respirou aliviada por Chat às vezes ser meio avoado da cabeça. Como tinha dado um mole desses? Deveria tomar mais cuidado quando estivesse com ele.

Antes de contrariá-lo sobre seu apelido, ouviu o anel dele apitar.

— Chat, é melhor você ir agora.

— Sempre quando podemos conversar tranquilos ...- Ele deu um sorriso triste. - Até mais, Bugaboo. 

Odiava vê-lo triste. Mas não tinham escolha. Ouviu os próprios brincos apitarem e também se retirou. Desceu em um beco próximo a sua casa. Talvez seu maior erro tenha sido não ir para casa direto, pois no exato momento que Tikki saiu de seus brincos e a transformação acabou, todo o seu corpo parecia feito de chumbo.

— Marinette! - A kwami a chamou quando a viu desabar no chão sobre seus próprios joelhos. 

— Estou bem, Tikki. - Ela disse, mas mal conseguia sustentar seu tronco. Queria deitar ali mesmo no chão sujo. 

Não percebeu o quão cansada estava até sentir na própria pele a diferença de energia entre ela e Ladybug. A cabeça pesava e doía pelo sono acumulado. Precisava ir para casa. Mas não conseguia.

— Precisa de ajuda? - Tikki queria poder carregá-la nesse momento. Marinette podia sentir o carinho em sua voz. Tirou alguns macarons da bolsa e entregou à kwami.

— Vamos só esperar um pouco. - Marinette respirou fundo, como se falar qualquer coisa já fosse muito esforço. - E você precisa comer. - Só restou a kwami assentir em silêncio, enquanto comia o doce e via sua portadora caída no chão.


Notas Finais


É isso pessoas lindas! Espero que aproveitem! Como sempre, qualquer erros que encontrarem, só me chamar.

Quinta trago o capítulo 4 pra vocês.

Beijos doces! <3


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