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História Insônia (Imagine Iceburg) - A Cura Para a Insônia


Escrita por: WRI0THESLEY

Notas do Autor


Eu escrevi essa fanfic faz um bom tempo, mas decidi vir postar só agora, porque sim. Espero que gostem :)

Capítulo 1 - A Cura Para a Insônia


Já fazia horas desde o momento em que a lua chegou ao céu, a escuridão tomou conta das ruas e as estrelas mostravam todo o seu esplendor. A grande maioria dos habitantes de Water Seven dormiam em suas casas, ou em abrigos construídos para aqueles que tinham perdido tudo durante o último ataque da Aqua Laguna alguns dias atrás. Só havia uma única pessoa martelando e construindo durante aquele horário tão tarde, você.

Após a traição de Kaku, Lucci, Kalifa e Blueno, você não conseguiu dormir mais. Pesadelos lhe impediam de pegar no sono, você temia que os quatro voltassem à cidade apenas para terminar o serviço que falharam em completar, matar o prefeito da cidade. Sim, você sabia que isso não iria acontecer pois o bando do Chapéu de Palha já havia dado uma surra em todos da CP9, mas essa possibilidade continuava assombrando seus sonhos. Além do mais, era muito difícil para você se acostumar com a vida sem seus antigos amigos por perto.

De vez em quando, você conseguia ver o Paulie reclamando das roupas da Kalifa, do Lucci pedindo para o loiro parar de gritar, do Kaku sorrindo para as confusões que os outros construtores faziam e do Blueno te preparando uma bebida depois de um dia cheio. Eles faziam muita falta para todos na cidade, embora a maioria tentasse disfarçar. Era difícil lidar com aquela situação, era difícil acreditar que eles realmente nunca te viram como um amigo, era difícil se preocupar com o bem-estar deles mesmo depois de tudo que fizeram ao seu maior ídolo, Iceburg. Você se odiava por ser tão emocional. Sua dor não se comparava a nada com a do prefeito da cidade, mas lá estava você, virando a madrugada por conta de seus antigos colegas de trabalho.

Iceburg não apenas tinha o dever de gerenciar a cidade inteira, como ainda precisava se recuperar dos ferimentos do atentado contra sua vida. Ele provavelmente não tinha tempo para pensar na traição do Lucci e demais, mas você tinha certeza de que ele o fazia diversas vezes ao dia, apenas não admitia. Esse era o problema com o dono da Companhia Galley-La, ele sempre aceitava carregar o peso do mundo nas costas em silêncio. Você não gostava dessa pequena parte da personalidade dele, mesmo que ele o fizesse para proteger os inocentes.

Você conhecia Iceburg desde a época em que ele e Franky eram aprendizes do renomado construtor Tom. Na época, vocês eram jovens, mas você assistia os três diariamente trabalharem para construir o trem marítimo, tudo escondido para que não te descobrissem. Foi ali que sua admiração pelo Iceburg despertou, ele era muito habilidoso e esforçado, algo nele emanava bom senso e você gostava disso. Aos poucos, seu desejo em se tornar um grande construtor naval foi crescendo e você seguiu cada passo do Iceburg. Quando ele fundou a companhia Galley-La, você foi um dos primeiros a se oferecer para o trabalho, junto de Paulie. Desde então, você esteve dando tudo de si para se tornar alguém que Iceburg pudesse se orgulhar, alguém que estaria ali para o prefeito em todas ocasiões.

Você não sabia dizer quando que esse sentimento se transformou em amor, mas era grato por tê-lo em sua vida. Seus dias nunca mais foram monótonos desde que aquele frio na barriga começou a se fazer presente em todas as vezes que Iceburg aparecia em seu campo de visão. Era uma sensação tão gostosa. Se pudesse, você passava o dia inteiro ao lado do prefeito, só porque a companhia dele te fazia muito bem.

E falando nisso, aparentemente você não era o único acordado naquela madrugada gelada. Quando você terminou de consertar uma das casas destruídas pela Aqua Laguna, sua atenção foi atraída por uma luz não muito longe. Ela vinha da sua casa. Não restava dúvidas, Iceburg ainda não tinha ido dormir. Após o incêndio no escritório do prefeito, o azulado esteve usando sua casa para dormir e descansar quando necessário. Não era um problema para você, na verdade você até ficava feliz de saber que ele estava dormindo debaixo do mesmo teto que você, mas isso também facilitou para que você soubesse quando Iceburg não dormia.

— De novo?... — Você suspirou alto e pulou do telhado da casa onde estava. Desde a morte do famoso construtor Tom, Iceburg tinha o costume de virar a noite trabalhando, assim como você. Não era realmente tão frequente, mas ainda assim lhe preocupava. Significava que algo estava o incomodando, e você gostaria de libertá-lo de toda aquela dor. Felizmente, entre todos os construtores da Companhia Galley-La, você era o mais veloz e conseguia atravessar a cidade inteira em pouco tempo – talvez até mais rápido que Kaku, apesar de você não ter o costume de pular de telhado em telhado como ele fazia. Graças a isso, você pôde chegar ao azulado em apenas alguns segundos. — Iceburg, vá dormir!! — você falou assim que abriu a porta de casa.

— Nma… bem-vindo. — O mais velho, que antes fazia carinho no ratinho de estimação, se virou para você com aquele olhar despreocupado e cansado de sempre.

— NÃO VEM COM ESSA! OLHA SÓ A HORA!! — você brigou. — Já são três da manhã, Iceburg!! Por que você está acordado?! Amanhã vai ser um dia puxado!

— E você? — Ele deixou o rato de lado por um tempo, agora te olhando seriamente, embora não houvesse nenhum sinal de reprovação em seu rosto e voz.

— Eu estou bem! O que importa aqui é você, Iceburg!

Iceburg soltou o ar e fechou os olhos por alguns instantes antes de levantar da cadeira e ir até você. — Eu não consigo dormir direito quando você sai de fininho durante a madrugada.

Aquela revelação lhe fez erguer as sobrancelhas em surpresa. Nunca tinha passado por sua cabeça que o azulado precisasse da sua presença para dormir, mas até que fazia sentido. Você já havia visitado o escritório de Iceburg durante a madrugada muitas vezes para fazer companhia até que ele pegasse no sono. Talvez você tivesse o deixado mal acostumado.

— Desculpa. — Você abaixou a cabeça. — Eu não tenho dormido muito bem desde… você sabe.

— Nma… eu sei. Por isso não me importo que vá trabalhar durante a madrugada.

Você sorriu de leve para o mais velho. O fato dele passar as noites em claro e nunca te impedir de sair era um pouco aliviante, mas você não queria que as coisas continuassem daquele jeito. A falta de sono pode prejudicar muito a saúde de uma pessoa. Você conseguia lidar consigo mesmo caso ficasse enfraquecido, mas com o Iceburg era diferente. Ele era importante demais para você e para Water Seven, não queria vê-lo doente.

— Pare com isso. — A voz de Iceburg fez você levantar o rosto para olhá-lo. — Você está pensando demais, [Nome]. Eu sou mais forte do que você pensa.

— Enquanto isso continuar batendo… — Você encostou o dedo indicador no peitoral do prefeito, onde o coração dele batia em um ritmo relativamente calmo. — Eu vou continuar me preocupando com você.

— Nma… você não tem jeito mesmo. — Ele sorriu calorosamente para você. — Eu posso sugerir algo então?

Você levantou uma sobrancelha. — O quê?

— Venha dormir comigo. Na mesma cama. 

— O-O quê?! — Você deu um passo para trás. — E-Espera um pouco, Iceburg! N-Não acha que isso é um pouco demais?!

— Não quer?

— Quero! — você falou sem pensar. — Q-Quer dizer… 

Iceburg riu ao ver a mudança repentina no seu comportamento. — Não se afobe, não estou pedindo para tirar suas roupas para mim. — Seu rosto ficou ainda mais vermelho do que antes quando a imagem do prefeito te assistindo se despir passou pela sua mente. — Pelo menos não ainda.

— Iceburg!!! — Você o repreendeu e ele gargalhou.

— Nma… relaxe. — Ele segurou suas mãos e te guiou para o quarto aos poucos. — Eu estava brincando. Está tarde, vamos apenas dormir.

— Está bem…

Assim, vocês deitaram em sua cama, um perto do outro. Iceburg passou o braço pela sua cintura, deitado de frente para você e fechou os olhos com um sorriso tranquilo no rosto, era quase como se ele estivesse em paz pelo simples fato de você estar ali com ele. Por algum motivo, vê-lo assim lhe trouxe um sentimento de calma e felicidade que você não sentia desde que descobriu a verdadeira identidade de Lucci, Kaku, Kalifa e Blueno. Talvez, no final de tudo, Iceburg fosse o remédio para seu coração partido e a cura para a sua insônia.

— Obrigado por tudo, Iceburg — você murmurou e ele apertou mais o braço em sua cintura.

— Nma… de nada.


Notas Finais


MEUDEUS ESSA FANFIC ME DEIXA TÃO BOIOLA AKDJAKSKKAKS espero que tenham gostado <3


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