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História InsosSoo - A mosquito, my libido!


Escrita por: subversivo

Notas do Autor


Olá olá olá. É, ok.




Eles existem, visse.

Capítulo 1 - A mosquito, my libido!


Fanfic / Fanfiction InsosSoo - A mosquito, my libido!

Eu não quero beijar. Eu, por mais que já tenha passado da fase da puberdade, não vejo magia nenhuma em beijos, a não ser com a pessoa que você ama. Transas são insossas para mim, o desejo pulsante no coração dos jovens é banal aos meus olhos. É frágil, sintético, cobrado socialmente.

Como explicar que não quer se relacionar porque não sente vontade? Porque eu devo essa satisfação para as pessoas? Elas não enxergam que posso, simplesmente, não querer ficar com nenhuma delas? Quiçá, fico sem querer, apenas por comodidade, sem sentir um pingo de prazer com isso? 

Como explicar para as minhas tias que eu não tenho libido? Que não procuro um par perfeito, que não me imagino praticando sexo. Quando me apaixono, não tenho sonhos eróticos, não tenho aquele fogo, não quero estar tocando todo o tempo... E isso frustra.

Sou frígido. Olho a multidão, mas ela me vê com olhos diferentes. É muito mais o cheiro da comida do que o gosto dela. É muito mais observar-lhe os metacarpos, ir assistir um filme sem o compromisso de ter que deitar-se.  Ser obrigado a beijar, ser obrigado a copular, ser obrigado a tudo.

Quando tento achar desculpas e mais desculpas para evitar tal imposição social sobre meu corpo, acabo por sofrer homofobia. Pois, se não quer comer uma garota, é porque é gay, não é? No entanto, nem homem me desperta no ósculo. O meu membro ereto está ali, mas meu coração, está aonde? Você sabe em que parte está o meu coração? O seu toque não traz reação à minha mente, porque ela chora toda vez que tento me encaixar no meio dos adolescentes que soam como animais no cio todo o tempo. Minto para mim mesmo todos os dias, tentando achar formas de dizer que sim, sou assexual. Sou demissexual. Sou uma parte pequenina do mundo que se sente pressionada a dizer que quer, quando não. Aquela parte que não aguenta mais explicar o porquê de não querer esfregar-se.

Aquela parte que sofre por esse mesmo motivo. Pois eu queria me esfregar. Eu queria sentir o prazer. Ah, eu queria! Queria saber de onde vem a magia do toque, de onde saem os espasmos, de onde vem a paixão ardente que reside nos homens, de onde? Eu preciso achar uma forma de não rejeitar as belas garotas e garotos que me chamam. Como sair para festas? Como viver com meus amigos? Como lidar com quem gosta de mim? Preciso achar a solução para essa área cinza que me encobre. Ela é mais uma das prisões que me afligem. 

Meu sorriso esconde, as minhas mentiras e brincadeiras sexuais podem mascarar todas as coisas, mas no meu espírito eu sei: Quando chegar em casa e deitar na minha cama, não vou querer estar com mais ninguém a não ser eu mesmo, enquanto o cardume se move para outro lugar. 

 

 



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