História Instrumentos Mortais - Descobri minha verdadeira identidade - O tempo passa

Passado dois anos eu Clarissa estava presa em cativeiro. Me alimentando de água e comidas horríveis.
Sebastian tinha conseguido me curar, eu estva com cabelos longos e parecia um palito. Estava magra e desnutrida. Jamais esqueci Jace e meu filho. As vezes sonho com eles. Bem na verdade são todas as noites. 
Escuto um bater na minha janela.
Vou olhar. Eu não acredito no que eu estou vendo. Simon. Ele grita abafado : 
- Clary ! Gente ela esta aqui ! 
Vejo Jace na janela também. Ele pega um machado e quebra o vidro.
- Jace ! Meu amor ! Que saudades.
As grades ainda interrompiam nosso abraço. Mais eu conseguia toca-lo. 
- Clary. Você não sabe o quanto procurei por você...
Ele arrancou as grades e pulou a janela. Não resisti e pulei em seus braços. Seu abraço foi tão intenso. Nunca mais queria larga-lo. Meu Jace. Ele estava aqui para me salvar quando disse : 
- Vamos dar o fora daqui ! Eu consegui matar Sebastian. Clary você está linda como sempre.
- Vamos. 
Eu pulei a pequena janela. La estavam Alec, Izzy, Magnus, Simon, minha mãe, Luke e o Eduardo.
Ele veio correndo : 
- Mamãe ! 
Eu o peguei e abracei como nunca havia abraçado alguém. Meu filho nos meus braços denovo. 
- Filho. Você lembra da mamãe.
Todos vieram me abraçar. Comecei a chorar de tanta felicidade. Eu estava com a minha família denovo. Jace. Meu filho. 
Minha mãe falou : 
- Vamos embora daqui.
Eu assenti e ainda com Eduardo no colo fui caminhando.
No caminho de volta o Eduardo disse : 
- Mamãe, você sabia que todo dia o papai fala de você ? 
- Verdade ? E você ? Gostou da mamãe ?
- Eu ti amo mamãe.
Eu comecei a chorar. Abracei ele.
Logo ele adormeceu no meu colo e eu disse para Jace : 
- Você conseguiu. Cuidou dele, cuidou com amor, você fez ele se lembrar de mim todos os dias da vida dele Jace. Você não sabe como sou orgulhosa por isso !
Ele beijou minha testa.
Chegamos ao Instituto. Vi Maryse e Max deitado no sofá dormindo.
Ela se aproximou e me abraçou sem dizer nenhuma palavra sequer.
Eu fui até nosso quarto, e tomei um banho. Coloquei roupas limpas. Quando voltei a sala o Eduardo estava brincando com o Max. 
Max me viu e veio correndo : 
- CLARY ! 
Eu o abracei forte.
- Que saudade Max !
- Eu também estava.
O Eduardo me chamou para brincar, eu brinquei de um monte de coisa com ele. Estava com saudades. Eu não vi o meu filho crescer. Ele já estava com dois anos e 2 meses. Estava andando. Falando. Brincando.
Jace me chamou depois que o Eduardo foi dormir.
- Quero que me conte tudo.
Nós sentamos todos juntos. Contei tudo detalhadamente o que aconteceu, como foi. O que Sebastian me obrigava a fazer. Como me torturava. Ele me torturava mostrando os momentos que eles estavam passando felizes. Fotos minha e de Jace. Todos chorando por mim.
Me obrigava todo dia limpar aquela casa nojenta.
Ele cortava meu cabelo até que um dia me trancou num cubículo com uma pequena janela onde só passava uma pessoa magra e não muito grande. Fiquei la exatamente 1 ano. 
Um ano passando necessidades, emagrecendo, e meu cabelo ficou enorme até que um dia eu pedi um tesoura para ele. Ele me entregou.
Com aquela tesoura eu fazia fogo para me esquentar. Arrumava minhas roupas. Foi o meu pior pesadelo. 
Nos dias do aniversário do Eduardo ele me mostrava as festas, mostrava como o meu filho estava feliz. Ele sabia tudo de que eu mais gostava. Do que eu fazia diariamente.
Ele me mostrava os outros passando dor. Me fazia passar dor, não só por fora mais como por dentro... 
Eu achei tudo aquilo horrível ! Jamais desejaria isso para qualquer pessoa. Agora ele estava morto. Jamais iria poder fazer isso denovo com alguém.
Depois de contar tudo, todos ficaram de boca aberta. 
- Gente, eu preciso descansar se vocês não se importarem...
Jace disse : 
- Eu te acompanho.
Eu assenti e fui caminhando até nosso quarto onde cai na cama e adormeci por várias horas.
Quando acordei, já era o dia seguinte. Lembrei que eu estava no Instituto e não naquele lugar horrível. Olhei no relógio era 7:00 da manhã e o Eduardo do estava acordando : 
- Mamãe ?
Ele estava começando a chorar.
Fui caminhando até sua cama e disse : 
- A mamãe está aqui filho. Eu estou aqui e nunca irei te abandonar.
Peguei ele no meu colo e ele deitou em meu ombro.
Fui caminhando até a sala do Instituto. Estava Jace e Alec converssando la.
Jace se levantou e disse : 
- Quer que eu pegue ele ? 
- Não precisa. Quero voltar a ser mãe denovo. Estava com saudades de carregar ele.
O Eduardo havia adormecido no meu ombro.
- Achou ele diferente ? 
- Claro, mais ele está lindo igual a voce... Olhos dourados, cabelo meio ruivo e pele branquinha...
- Mais eu não tenho cabelos ruivos.
- Eu sei, ele puxou um pouco a mim também...
Ele riu. Eduardo suspirou e se remexeu no meu colo.
- Amor, e a nossa casa ?
- Eu não abro ela desde quando a gente se mudou pra ca... Eu estava esperando o momento certo.
- Você estava me esperando ?
- Clary, depois daquela batalha eu pensei que você tinha morrido. Mais quem me acordou foi Izabelle. Ela disse que quando a espada do anjo toca em algum caçador de sombras, não o fere internamente. Eu já tinha pensado em coisas péssimas, de como eu teria de cuidar do Eduardo, como eu iria cuidar da casa. Mais você em algum lugar estva viva. Eu sabia disso. Fui procurar os irmãos do silêncio para eles fazerem uma busca, eles conseguiram após um ano e meio, e minha esperança nunca havia acabado. Eu criei o Eduardo do jeito que a gente havia planejado. E até que um dia eles tiveram certeza de onde você estava. E foi ai que eu tomei a minha decisão e fomos todos te buscar. E finalmente a gente conseguiu e agora nunca mais vou te abandonar.
Eu comecei a acariciar seu rosto e disse : 
- Jace, eu sabia que onde quer que você estava você estava pensando em mim. Que jamais iria em esquecer. Você criou o Eduardo como se todos os momentos felizes da vida dele, eu estivesse lá com vocês. E é por isso que eu amo muito vocês. Nosso amor incondicional nunca irá acabar.
O Eduardo mi chamou : 
- Eu to com fome...
- E o que o meu príncipe quer comer ?
- Meu toddynho.
- Vamos lá na cozinha com a mamãe e com o papai ?
- Siim !
Fomos caminhando até a cozinha e eu me abaixei perto dele e perguntei :
- Você só quer o toddynho ?
- Mamãe, faz mingau pra mim ? O papai nunca tem tempo.
- Faço sim filho, mais não culpe seu pai por isso, ele sempre protegeu você.
Peguei uma panela e os ingredientes para fazer o mingau dele. 
Coloquei na mamadeira dele e levei pra sala.
Ele tomou tudo e depois disse : 
- Brigada mamãe.
- De nada meu filho.
Izzy apareceu.
- Clary ! Ja esta grudada com o Eduardo ?
- Sempre estive Izzy.
O Eduardo me chamou para brincar e fomos eu, ele e Jace para o parque.