História Insuportável - Capítulo seis

Os passos estão apressados, a voz rouca do seu marido soa por cada mísero centímetro de seus ouvidos, a sua vontade é de correr até ele.

A sua vontade é de o abraçar e o beijar como sempre beija, mas não sabe onde ele está, porém precisa dele para seguir em frente.

Precisa dele agora mesmo!

O frio está lhe coagindo, o vazio em seu peito está lhe engolindo por inteiro, está com medo, com tanto medo, está morrendo de medo.

Principalmente por não está vendo o seu marido, muito menos sem o tocar, é como se ele estivesse ido embora, isso dói muito!

Sacudiu a cabeça tentando afastar tal sensação, mas não está conseguindo o fazer, ela é fria, vazia, densa, poluída demais.

Sente que irá acabar pirando com tal sentimento dentro de si, mesmo com tantas coisas, apenas uma reina, ou seja, o silêncio profundo.

Tão denso!

Mesmo havendo gritos, há silêncio, mesmo havendo dores e feridas, há silêncio, mesmo havendo mágoa, irritação, desespero, tristeza, solidão.

Mesmo havendo todas essas coisas, mesmo havendo tudo isso, com certeza há silêncio, isso está lhe deixando louco!

Porque esse silêncio lhe perturba tanto quanto? 

Porque esse silêncio lhe deixa tão vago assim? 

Porque esse silêncio insiste em se fazer presente? 

Porque entre tantas coisas é essa que fica? 

- Deku!?... - a voz do mesmo está longe, a voz está bem fraca, é como se houvesse várias pessoas lhe puxando, como houvesse pessoas querendo lhe tirar ele e, não quer isso!

Curvou o corpo devagar, está frio, Deus, tudo aqui está frio demais, quer poder se esquentar nos braços do seu marido, pois ele sempre fora muito quente.

Quer poder ser envolvido por seus braços, assim irá ficar quente outra vez, onde ele está agora? 

Porque não consegue o ver? 

Porque não consegue o sentir?

As vozes estão ficando mais altas, a voz do seu marido está ficando mais baixa, mas a questão é que não consegue o ver.

Não consegue notar a direção que ele está, só sabe que ele está lhe chamando, só sabe que ele está preocupado consigo.

Porque isso?

Um arrepio correu sua espinha, os seus olhos pesaram, sua mente deu curto, não sabe de absolutamente nada do que está acontecendo aqui.

Só sabe que precisa do seu loiro, precisa saber onde ele está e porquê lhe chama tanto, precisa entender tudo isso o mais rápido possível.

Abriu os olhos lentamente os acostumando com a claridade do seu quarto, o seu corpo está bem pesado, não sabe o que está acontecendo.

Porém quer muito saber, quer saber porquê está tendo tantos pesadelos assim, porquê está ficando tão apagado, precisa de uma resposta agora mesmo.

- outro pesadelo, meu pequeno? - olhou rapidamente em direção a voz se deparando com um loiro, os carmesins estão bem fixos em si, eles são lindos pela manhã também.

- como notou dessa vez? Eu estava me contorcendo? - ele simplesmente assentiu com a expressão séria, sentou-se na cama devagar, para logo após engatiar até o mesmo, só quer um pouco de carinho.

- o que foi dessa vez!?... porque está chorando? - levou a mão direita até o rosto, sim, realmente há lágrimas deslizando por suas bochechas, porque isso? Não sabe!

- eu não!?... não notei... eu só!?... - sua visão embaçou na mesma hora, o seu marido sumiu diante de seus olhos, pois há lágrimas grossas e quentes em seu rosto, o que está havendo consigo?

- oe!? Oe!? Oe!? Calma! Eu tô aqui! - ele lhe envolveu em seus braços, o fez de uma forma gostosa, calma, mas acima de tudo, o fez de uma forma cheia de amor, ele é perfeito demais!

- eu tô tão vazio... tão sem você... - um beijo demorado fora dado em sua cabeleira verde, rodeou os braços em volta a cintura do maior, o puxou para si com toda necessidade do mundo, pois está muito necessitado.

- eu tô aqui! - tal sussurro em seu ouvido lhe arrepiou drasticamente, mas ainda assim está mal, muito mal! Precisa entender o motivo disso! - eu te amo pra caralho, sabe disso, certo!? - assentiu prontamente sentindo seu coração bater mais rápido, porém ainda há lágrimas deslizando por seu rosto, está tão pequeno agora.

Está de forma minúscula!

- eu te amo... eu te amo tanto, Kacchan... a sensação de está sem você me deixa mal... eu não sei o que está acontecendo comigo, não sei o que pensar, eu ouço sua voz, eu vejo você, eu toco, eu beijo, eu sinto o seu cheiro, eu faço tudo, mas isso não me faz acreditar que te tenho, é como se o meu coração estivesse parando... como se você estivesse sumindo... - o apertou mais forte contra si, ele continua quente, ele continua sendo muito incrível, ele continua sendo como sempre foi, mas ainda falta algo!

- te ver assim me deixa tão mal, puta que pariu! - ergueu a cabeça e fixou os olhos nos carmesins a sua frente, as orbes dançaram de um lado para o outro lentamente, está com medo, muito medo!

- não quero te perder... eu não sei o que faço sem você - um selinho demorado se fez presente lhe deixando todo perdido, a boca dele também continua a mesma, continua gostosa como sempre fora.

- fique calmo! - seu lábio inferior fora sugado com força, sim, ele sempre fora bruto, ele sempre fora muito autoritário em tudo, mas isso não lhe incomoda nenhum pouco.

- não consigo... eu não consigo ficar bem sem você... eu realmente não consigo... - a mão dele deslizou por suas costas bem devagar, de uma forma bem gostosa também, como ama tudo isso.

- mas estou bem aqui! - outro beijo fora dado em sua cabeleira verde, ele sempre é fofo e dócil quando resolve lhe acalmar, ele é tão bom consigo, tão bom que não consegue recompensar.

- eu sei..., mas eu apenas não sinto essa diferença em mim... me perdoa... - fora apertado mais forte, um aperto quente e gostoso, as vezes pensa no que faria sem esse corpo, o resultado nunca é bom.

- não precisa pedir perdão, tá tudo certo! Você só está frágil, só está com medo de algum pesadelo, mas isso vai passar, ok? - assentiu prontamente sentindo o calor alheio, enquanto esses braços estivessem em torno de si, com certeza ficará bem.

- se você ficar comigo, com certeza passa, passa bem rápido tudo isso - fechou os olhos devagar sentindo melhor o corpo alheio, esse corpo sempre lhe faz pecar, esse corpo lhe deixa sem juízo algum.

- eu sempre estou com você! - o abraçou mais forte, só precisa ficar seguro mais uma vez, só precisa dele e de mais nada, ele com certeza deve notar isso, pois sempre deixa bem claro.

- quero que fique comigo pra sempre - voltou a abrir os olhos de forma lenta, não entende porquê está tão inseguro ultimamente, mas sabe que precisa fazer algo sobre.

- não tenho intenção alguma de fazer diferente! - um sorriso surgiu em seus lábios sem que pudesse dá conta, sim, quando ele fala dessa maneira o seu coração se aquece.

- eu te amo, mais que tudo nesse mundo, amor - as palavras basicamente pularam de sua garganta, bem, isso não importa, quer poder o mostrar que realmente o ama, com todas as suas forças.

- eu também te amo pra caralho, você sabe disso! - mordeu o lábio inferior com força para conter um sorriso, mas não sabe se conseguiu sucesso, porém seus lábios cresceram.

- eu te amo bem mais... - deslizou a mão direita pelas costas dele, essa pele é quente demasiado, essa pele lhe deixa completamente fascinante, como ama!

- não começa com essa porra de competição não, arbusto! - gargalhou espontaneamente com tal comentário repentino, sim, o seu marido é bem irritado com tudo.

- tudo bem, tudo bem, vamos ficar apenas no empate, tudo bem assim? - ergueu a cabeça e fixou os olhos nos carmesins a sua frente, um beijo fora dado em sua testa, essa boca lhe deixa bobo em todos os sentidos.

- beleza! Tá mais calmo agora? - assentiu prontamente o vendo sorrir de forma ínfima, ele com certeza faz de tudo para lhe ver bem, as vezes pensa que não o merece, pois ele é bom demais.

- eu sempre fico calmo estando com você, meu amor - um selinho demorado se fez presente lhe deixando todo mole, só basta um contato para o seu corpo ficar assim, o seu corpo reage demais ao dele.

- mas ainda vejo algo errado nos seus olhos, tem certeza que está tudo bem? - simplesmente assentiu com um sorriso nos lábios, ele lhe conhece como a palma de sua mão! - não minta pra mim! - inflou as bochechas sardentas fingindo irritação, mas logo voltou atrás, ele sabe perfeitamente que não consegue ficar com raiva dele.

Nunca conseguiu...

- eu não estou mentindo pra você, eu apenas sinto algo estranho dentro de mim, cada dia isso cresce mais e mais, eu não sei o que é, mas dói, dói muito, principalmente quando eu olho pra você, na mesma hora que me alegra, me machuca, eu não sei o que é, só sei que machuca, eu não quero sentir mais isso, eu estou bem preocupado com tudo, por que não sei o que devo fazer - ele lhe jogou na cama de forma bruta, mas isso não lhe incomoda, pois ele sempre fora assim, ele sempre teve um comportamento agressivo.

- você precisa de algo pra ficar calmo, Deku! - ele ficou um pouco em cima de si, fixou os olhos nos carmesins, sim, o seu marido está sendo malicioso, não pode negar que quer isso, precisa disso!

- sim... eu preciso... - um sorriso de canto surgiu nos lábios rosados do mesmo, esse sorriso sempre acaba consigo, esse sorriso é a sua perdição e ele sabe bem disso, porém sempre quer o ver sorrindo de forma larga.

- então apenas fique quieto, não precisa falar, nem fazer esforço, me deixe te acalmar como sempre faço, ok? - assentiu o vendo sorrir, mordeu o lábio inferior com força assim que as mãos do mesmo subiram por seu tórax, ato esse que trouxe sua camisa junto.

- amor!?... tire daí... por favor... - ele ergueu uma sobrancelha confuso e curioso ao mesmo tempo, olhou para o joelho alheio, logo voltando a fixar os olhos nos carmesins, sim, ele entendeu!

- não tinha notado! - seu rosto esquentou de forma drástica, ele tivera acabo de ser malicioso, pois ele sempre usa o deboche nesses momentos, tão malvado!

- c-certo... t-tudo bem... - o viu abaixar a cabeça devagar, logo após a pele de sua barriga fora sugada com força, desse modo irá acabar ficando louco, afinal sempre fica quando ele faz isso.

- eu vou cuidar de você bem direitinho, ok? - todos os pêlos de seu corpo erriçaram completamente, pois ele acabou de sugar o seu mamilo direito sem aviso algum - cuidar bem devagar! - fora a vez do esquerdo ser sugado, como consequência os seus pêlos erriçaram ainda mais, sim, ele está indo com muita calma, muita calma mesmo.

- s-sim... p-por favor... - a boca dele deslizou até seu umbigo, um ato lento e muito gostoso, ele sempre fora de fazer tudo com jeito, sempre decidido, mas essa calma está lhe torturando.

- acho que preciso ir mais devagar! - tudo a sua volta silenciou ao ouvir tal coisa, olhou para o mesmo um tanto quanto desesperado, mas isso não o fez voltar atrás da decisão.

Ele passou a lhe beijar o tórax de forma lenta e molhada, cada vez mais lenta que a outra, cada vez mais gostoso, cada vez mais enlouquecedor.

Cada vez mais necessitado, cada vez mais torturante para si e sua mente, sim, ele está fazendo tudo com muita, muita calma.

Tomara que o dia passe tão lento quanto os cuidados dele!