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História Interligados - Work accident


Escrita por: bxy e xSummer

Notas do Autor


Olá :)
Aqui está mais um capítulo,
Espero que gostem :)

Queria aproveitar e deixar o link da minha outra fic que estou escrevendo,
o nome é Castaway, o link está nas notas finais.
Sintam-se a vontade para lê-la !

beijos
-Mukeway

Capítulo 10 - Work accident


Michael estava sentado numa carteira ao fundo da sala de aula. Rabiscava uma folha qualquer, totalmente aleatório ao que o professor falava. Seus pensamentos corriam no dia anterior, e em como estava feliz quando foi ao consultório de Ashton e lhe contou como havia conseguido sentar longe da porta naquela semana. Luke, de certa forma era responsável por mais essa mudança, uma vez que Clifford trocava mensagens com o namorado durante as aulas, e quanto menos ficasse exposto aos olhares dos professores, menores eram as chances de lhe chamarem atenção. 
               Michael continuava a rabiscar a folha, traçando linhas e riscos que não faziam sentido nenhum. Era um emaranhado de traços que formavam uma grande bagunça. E talvez fosse assim que estivesse se sentindo por dentro. 
           A noite poderia ter sido perfeita. Ele e Luke, provavelmente ficariam abraçados até o amanhecer, depois de comerem em uma pizzaria da cidade. Mas por alguma razão ao qual Mike condenava de todas as formas, Alec estava por lá. E Luke parecia ter ido embora, e dado lugar a um estupido ciumento e agressivo. 
               O loiro dirigiu depressa até o condomínio. Os dedos apertavam o volante com força, e seu maxilar estava trincado de tal forma, que parecia que quebraria a qualquer momento. 
               Bateu fortemente a porta do apartamento, cuspindo uma série de perguntas que ele mesmo respondia aos gritos. Michael apenas esperava no sofá, com os cotovelos apoiados sobre as pernas, enquanto escondia o rosto nas mãos. Ele só queria que Luke parasse, que se acalmasse, e principalmente, que voltasse a ser o Luke que conheceu. 
               O movimento dos alunos se dispersando acordou Michael de seus pensamentos. Ele arrumou seu material e saiu da sala com os outros, correndo para o estacionamento, onde apenas queria entrar em seu carro e chegar em casa, deitar e deixar alguma música mais alta que as coisas horríveis que passavam em sua mente. 
             — Mike ! 
             — Oi Alec. — disse sem muito entusiasmo. — Eu estou com um pouco de pressa, me desculpe. 
        — Espera. — deu passos largos, alcançando o de cabelos verdes. — Eu só quero me desculpar, eu não quis causar nenhum problema ontem. 
            — Tudo bem. Está tudo certo. — Clifford forçou um sorriso. 
            — Eu acho melhor você ir agora. — Alec disse olhando para algum ponto atrás de Michael. 
          O garoto virou-se, encontrando Luke encostado em seu carro. O loiro tinha os braços cruzados, e um arrepio percorreu seu corpo. Não era como os outros que lhe causavam uma sensação agradável e gostosa, mas um arrepio que lhe causava medo. Um arrepio que ele sentiu quando estava em cativeiro. 
          — Gostou da surpresa Mike ? — ele sorriu de modo doce e por um momento Clifford se sentiu aliviado. — Ou atrapalhei alguma coisa ? — seu semblante ficou serio, e era como se os olhos tivessem ficado mais escuros que o normal. 
             — Por favor Luke, eu não quero brigar de novo. 
             — Entra no carro, vou te levar para casa. — disse de modo seco, passando para o outro lado e assim, dirigiu até o condomínio. 
          Luke estacionou e seguiram em silencio até o elevador. Exatamente como na noite anterior. E quando chegaram ao apartamento, Hemmings bateu a porta e começou a despejar palavras, ora se colocando como vitima e ora como se soasse ameaçador. 
            — Para ! Luke, para por favor ! — Clifford correu para seu quarto, jogando-se na cama, onde se encolheu abraçando as pernas. 
           — Você acha que estou errado Michael ? Esse cara fica te perseguindo agora, e eu tenho que aceitar, é isso ? Você é meu Mike ! Meu ! 
           — Para ! — Clifford gritou mais alto, sentindo sua garganta arder, e as lagrimas escorrerem por seu rosto. — Você está estragando tudo Luke, você está me destruindo de novo. Eu já nem sei quem é você, então sai da minha casa ! 
           Hemmings ficou em silencio, encarando Michael em sua cama. Os braços ainda cheio de cicatrizes abraçando as próprias pernas. Os cabelos verdes bagunçados, e o rosto avermelhado pelo choro. 
            — Eu não quero ir embora Mike. — a voz de Luke estava doce novamente. — Eu não quero deixar você aqui sozinho. — ele sentou-se ao lado do namorado, puxando-o para seu peito. — Me desculpe, amor. — Luke deixou alguns beijos sobre a cabeça do outro, e apertou com mais força. Michael continuava chorando, mas de certo modo estava aliviado por Luke estar mais calmo, e lhe tratando bem. 

(...) 

          Calum estava em ronda pela cidade. Seus olhos não aguentavam mais ler e reler as fichas de Alec, e tudo que já conseguiu descobrir do caso Clifford. Havia voltado ao local do cativeiro, a procura de mais alguma coisa mas não encontrou nada relevante. O rádio da viatura solicitou algumas unidades para um provável roubo que acontecia num banco próximo á ele. Hood ligou a sirene e acelerou, chegando ao local do ocorrido. 
              Os bandidos haviam fechado a rua com um caminhão, e o detetive precisou descer da viatura para acessar o local. Ao chegar, já haviam outros dois policias, negociando a libertação de alguns reféns. 
            Calum juntou-se á eles, e o primeiro se entregou, sendo algemado e levado para a viatura de um dos agentes. Os outros dois resistiram por mais um tempo e enfim se renderam. Hood, algemou um dos bandidos, porém o outro resistiu e tentou fugir. Calum correu atrás dele, atirando e sendo atingido de raspão por um tiro disparado pelo fugitivo. Um outro agente atirou, ferindo o bandido que ficou no chão. 
                — Está tudo bem ? 
                — Eu acho que sim. 
               — Vamos te levar ao hospital com o outro. — o agente deu dois tapinhas nas costas de Calum, seguindo para o carro, onde dirigiu até o hospital. 
          A enfermeira fez um curativo que não demorou muito a ficar pronto, e assim que foi liberado retornou á delegacia onde pode recuperar seu carro. 
                — Hood.— o delegado chamou ao vê-lo. — Na minha sala. 
                O moreno seguiu até o local. O delegado estava encostado em sua mesa, e cumprimentou o detetive, oferecendo um cigarro que o moreno negou e agradeceu. 
                — Há quanto tempo não tira férias Calum ? 
                — Não sei, senhor. Dois anos talvez. 
                — O que acha de descansar um pouco ? 
                — Não acho necessário. Eu estou bem Richard, foi só um tiro de raspão. 
             — Calum, não estou falando disso e você sabe. Eu quero dizer, você está investigando um colega de faculdade de Michael. Você sabe que está se envolvendo demais, não é ? 
                — Você conhece a minha competência, sabe que eu não estaria investigando-o á toa. Eu vou resolver esse caso delegado. 
             — Eu tenho certeza que você é competente Calum, mas um bom soldado sabe a hora de perder a guerra. Ou ao menos dar um tempo para respirar. 
                — Você me considera bom ? 
                — Desde que pisou aqui pela primeira vez. — o delegado sorriu. 
                — Então você sabe que a hora que eu tiver que parar eu vou parar. Mas essa hora ainda não chegou. 
                — Eu admiro você Hood. — o delegado se aproximou, encostando em seu ombro. — Boa sorte. 
(...) 

Hood entrou na viatura, ficando parado por algum tempo enquanto pensava na conversa que tivera minutos atrás. Não queria perder a confiança de sua equipe, precisava de resultados o mais rápido possível, mas não tinha ideia de onde começar. Ele ligou o rádio, mudando de estação até encontrar alguma coisa que prestasse. O bom e velho rock soou e ele deixou que a música preenchesse o ambiente. 
            Os acordes pesados lhe causavam uma sensação agradável, e o ritmo fazia-o lembrar de Ashton. Ele pensou por algum tempo e decidiu que precisava fazer uma coisa. Precisava e não deixaria para depois. Enviou uma mensagem para Irwin, perguntando se ele estaria em casa á noite, e alguns minutos depois recebeu a resposta positiva do psicólogo. Hood enviou outra mensagem informando que passaria em sua casa e guardou o celular no bolso de sua calça. 

(...) 
             Ashton chegou em casa, livrando-se das roupas e seguindo para um banho. Colocou uma roupa confortável, e foi para cozinha onde procurou por alguma coisa decente que pudesse preparar para visita que estava por chegar. Visita essa que lhe animava muito, já que não via Calum á algum tempo, e gostava da presença do detetive. 
               Pegou o telefone pedindo por pizza, e aguardou no sofá, tentando manter o foco na série que passava. 
            Ouviu a campainha tocar, e correu até a porta, recebendo o entregador e pagando pelo pedido. Assim que este foi embora, e ele estava por fechar a porta, viu a viatura estacionar e Hood caminhar em sua direção. 
               — Boa noite Ash. — disse sorrindo. 
               — Boa noite detetive. 
               — Não estou aqui como detetive.— falou entrando na casa. 
               — Mas não deixa de ser um. — o loiro sorriu, fechando a porta e deixando a pizza sobre a mesa. — Sirva-se. 
        Hood sentou-se com o outro enquanto jantavam. Uma conversa agradável seguiu durante a refeição. Vez ou outra Calum se atrapalhava com o queijo, puxando grandes pedaços e fazendo Irwin gargalhar. 
              — Eu te ajudo com os pratos. — Hood propôs, recolhendo a louça e levando até a pia. 
              — Não deixaria você fazer isso Calum. 
              — Por que não ? 
              — Oras, porque visitas não devem se preocupar com esse tipo de coisa. 
             — Devo me preocupar com o que então, senhor anfitrião ? — Calum aproximou-se de Irwin, encostando um braço na pia ao lado do outro, onde apoiou o peso de seu corpo. 
               — Não deve se preocupar com nada. — Ashton manteve-se do mesmo lugar, encarando o outro com um sorriso de canto.
               — Você sabe que estou realmente preocupado com uma coisa ? Na verdade é um novo caso que surgiu. 
               — E do que se trata ?  —  cruzou os braços olhando para o detetive.
               — De mim. — Calum sorriu. — Acho que aconteceu algum acidente e estou apaixonado. 
               — É mesmo ? E qual o mistério detetive ? 
               — Eu ainda não sei se sou correspondido, preciso investigar. 
              — Beijar a pessoa é a melhor maneira de descobrir, costuma dar certo sempre. Se levar um tapa significa que não é, e se o beijo for correspondido, você já pode comemorar. 
               — É uma boa dica Irwin. Você acha que devo tentar ? - falou aproximando o rosto ainda mais. 
               — Imediatamente detetive.
             Hood levou o outro braço para cintura de Ashton, unindo os lábios. O loiro cedeu espaço para que a língua do mais alto entrasse em contato com a sua, e o beijo manteve um ritmo calmo, permitindo-os sentir os detalhes daquele momento.

 — Mais um caso resolvido.  —  o loiro falou entre o beijo.
               As mãos de Calum, afagavam as costas do loiro, que deslizou suas mãos para dentro da camiseta preta que Hood usava. 
               — O que é isso ? — passou a mão sobre o curativo. 
               — Acidente de trabalho. — Hood soltou um suspiro pesado. — Me ofereceram férias hoje. 
               — E você aceitou ? — Ashton continuava com os braços envoltos na cintura do moreno. 
             — Não preciso. Meu psicólogo disse que só tenho que relaxar mais e não pensar em trabalho o tempo todo.— o moreno sorriu e Ashton espelhou. — Sabe que por alguma razão, você consegue fazer minha cabeça pensar em outra coisa que não seja trabalho. E quase que o tempo todo ! — o moreno afagou o canto da boca do menor com seu polegar. 
              — De nada. — disse num tom animado, recebendo um abraço forte de Calum, que deixou um beijo em seu pescoço.— Não faça tanto esforço, você está machucado. 
               — Foi só um tiro de raspão. É como uma queimadura mais grave, você quer ver ? — perguntou tirando uma ponta do curativo. 
               — Não precisa Calum. Eu só quero que se cuide. 
               — Ok. — fixou novamente o esparadrapo. — O que você quer fazer agora ? 
               — Acho que um bom filme, e você no meu sofá seria perfeito. — Calum sorriu, puxando o outro para a sala.


Notas Finais




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