História Internato (Breve estará em Revisão) - 04

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Lorena Collins

— Então né, acho que vou contar quantas vacas estão voando. — Lilly disse me deixando sozinha com aquela pessoa.  

— Não temos nada para conversar. — Falei com tédio o olhando.  

— Lilly não te contou nada? — Ele perguntou encostando no armário e cruzando os braços, deixando seus bíceps à amostra devido a camisa colada.  

— Ela me contou, mas isso não muda em nada, ainda sim te acho um idiota. — Disse encostando no meu armário e fazendo a mesma pose que ele.  

— Hum.... — Ele me analisou de cima a baixo. — Então você não vai me pedir desculpa pelo chute? — Perguntou, voltando a me encarar. 

 — Não, sabe por quê? — Me aproximei dele e colei minha boca em seu ouvido. — Porque mesmo você conversando com ela, agindo normalmente com todo mundo, para mim você ainda é um idiota. — Respondi, e logo me distanciei do loiro. Observei um sorriso surgir no canto da sua boca e então ele virou para me fitar. 

 — Não tem problema, não esperava uma desculpa sua. Só te digo uma coisa minha querida Lore. Que os jogos comecem. — Ele sorriu divertido.

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— E aí o que ele queria? — Lilly me perguntou pela quinquagésima vez naquele dia.  

— Grande amiga você. Precisava me deixar sozinha com ele? — Perguntei virando para trás. 

— Amiga, qual é, vocês bem que poderiam se entender né? — Ela perguntou.

— Sabe quando eu vou me entender com ele? — Sorri falsa e a mesma nem percebeu, pois retribuiu o sorriso batendo palminhas. — Nunca Lilly. — Desfiz o sorriso e fiquei séria, neste mesmo momento ela desmanchou o sorriso e só o que fez foi encostar na cadeira.  

— Desisto de você, não precisa nem me contar o que ele te falou. — Ela pegou a caneta e copiou a tarefa que o professor passava no quadro.  

— Só o que ele queria era me infernizar e vim com o papo "Que os jogos comecem" — Disse tentando o imitar.  

— Espero que comece mesmo, mas na cama onde vocês irão estar gemendo loucamente um pelo outro. — Arregalei os olhos e fiz cara de nojo.  

— Eca Lilly que nojo, nossa não acredito que você pensou nisso. 

— Nem eu acredito que pensei nisso, mas é o obvio. — Ela disse me olhando.

— O obvio, é ele não se meter comigo e me ignorar, assim ficaremos bem. — Disse, enquanto virava para frente, até sentir sua presença atrás. 

— Espero que o que esteja falando seja verdade, porque pelo que o vejo nele, ele não costuma perder os jogos, minha querida amiga. — Ela sussurrou e revirei os olhos prestando atenção naquela maldita aula. Eu também não costumava perder os jogos e nada do que ele fizesse, seria capaz de me derrubar.

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Como previ, a aula demorou séculos e finalmente estávamos indo até o refeitório. Depois iríamos para nossa última aula, Educação Física. 

— Ops, desculpa. — Hayley e suas projetos de putas derrubaram a bandeja da Lilly, o que fez a morena querer arrancar todos os pelinhos loiros que existiam naquela garota.  

— Tá louca sua retardada? — Lilly gritava e nessa hora todos olhavam para nós.  

— Calma amiga, deixa essa vaca aí. — Sussurrei, a puxando.  

— Essa o quê? Repete na minha cara Lorena. — Perguntou.

— Com todo prazer: Calma amiga, deixa essa VACA aí. — Falei cuspindo as palavras na cara dela, — Ah, toma isso. — Peguei o chiclete que mascava e enfiei em sua cara, ouvindo risadas dos outros e um grito histérico da loira.  

— Isso não vai ficar assim, você vai ver Lorena Collins. — Ela bufou saindo seguidas por suas cadelinhas de estimação.  

— Obrigada, e muito boa pelo chiclete, vaquinha. — Agradeceu.

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Justin Bieber   

— Relaxa cara! — Disse tranquilizando o Chaz por ter transado com uma menina na sala dos zeladores.  

— É fácil tu falar porque não foi você. — Bufei revirando os olhos.  

— Por que foi para lá então? — Ryan fez a pergunta que eu iria fazer.  

— Foi o único lugar que encontramos. — Ele disse um pouco tenso.  

— Relaxa então porra, você está me deixando nervoso. — Eu disse por fim e entrando no quarto sendo seguidos por eles.  

— Me fala, e a festa do Brian? Vai levar a Hayley? — Ryan perguntou deitando-se na cama.  

— Se ela for, ela vai sozinha. — Disse trocando de roupa e colocando a da próxima aula: Educação Física.   

— Você não é o namoradinho dela? — Chaz perguntou trocando de roupa também, eca ficar no mesmo quarto que macho não é para mim.   

— No status dela só se for. — Disse terminando de vestir a camisa.  

— Como é mesmo? "Jus meu amor" vadias, não sei como você fica com ela ainda. — Ryan disse jogando a almofada para cima. Apenas ri balançando a cabeça em negação.  

— E a Lindsay em Ryan? — Chaz perguntou e eu o olhei.  

— Ah a Lindsay, ela beija bem cara. — Ele disse ainda jogando a almofada para cima.  

— Beijar? Você só a beijou? Que gay cara. — Chaz continuou   

— Vamos logo? — Cortei aquele assunto e o Ryan me olhou murmurando um "Obrigado" apenas fiz um "Nada" balançando a cabeça negativamente.   

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— Passa a bola Brian! — O treinador gritava e reclamava devido as falhas dele. Pedi ao treinador que parasse o jogo por 5 minutos e ele liberou. Chamei o Brian até vestiário e ele me acompanhou.   

— Que isso mano, o que está acontecendo? Quer tomar uma bronca do treinador? — Perguntei, enquanto bebia água.  

— É um lance aí que está me deixando louco. — Ele respondeu, olhando para o lado e para o outro.  

— Diz ai, o que ta rolando? — Na mesma hora Brian tirou do bolso um papel enrolado com uma caixa de esteroide anabolizante nas mãos.  

— Você ficou louco Brian? Se o treinador te pega com isso você ta expulso do time! — Eu disse olhando para os lados e checando se não tem ninguém.   

— Eu sei Bieber, é por isso que eu estou assim, esse troço está fazendo o efeito muito rápido e eu não consigo controlar. — Ele disse agoniado colocando de volta no bolso.  

— Por quanto tempo você usa isso? — Perguntei.  

— Uns 3 dias. — Ele respondeu.  

— E você não parou? Cara, dá o fim nisso, você joga bem, não precisa disso.  

— Não posso jogar agora, se esse remédio tiver algum efeito colateral? — Ele perguntou nervoso.  

— O treinador vai estranhar, faz o seguinte, inventa qualquer coisa e diz que eu vou levar você a enfermaria. — Peguei a bolsa e fechei o armário.  

— Obrigado Justin, sabia que podia confiar. — Ele disse fazendo um toque.  

— Antes de ir, me dá o remédio que eu vou dar fim nisso, se ele te pega você ta encrencado. — Estendi a mão e o mesmo me devolveu.  

— Fala com ele e diz que eu estou te esperando. Vai até a enfermaria e inventa qualquer coisa lá. — Disse partindo dali e indo jogar aquele lixo no lixo.   

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— Por favor Martha, você não vai negar um favor desse para o seu ídolo vai? —Pedi com carinho para a Martha, que era a zeladora do internato e desde quando comecei a jogar ela torcia por mim e dizia que eu ia longe.  

— Menino Justin, o que você vai aprontar? — Ela perguntou desconfiada.  

— Dessa vez eu prometo que não estou aprontando nada. Por favor Martha, abre a porta senão eu vou levar uma bronca do treinador.   

— Me diz pelo menos o motivo e eu abro. — Ela cruzou os braços.  

— Meu amigo se meteu em uma encrenca e eu disse que ia ajudar. — Falei por fim.  

— Estou confiando em você, em menino, não me decepciona. — Ela disse e abriu a porta do ginásio que dava para fora daquele cubículo de corredor, já que ficava fechado caso os alunos saíssem para furar aula.   

— Obrigada Martha. — Disse, dando um beijo estalado em sua bochecha que logo mudou a cor para rosa. Efeitos que eu causo. 

Andei por aquele corredor, que no momento encontrava-se vazio, alguns estavam na quadra, outros estavam na sala de Biologia. Caminhei apressadamente até o portão do colégio, mas como o destino é muito bom, esbarrei com alguém deixando cair os remédios.  

continua....