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Justin Bieber
Perplexos era a palavra que definia o momento. Olhávamos um para o outro sem entender as nossas próprias perguntas. Eu estava em um conflito interno e ela com certeza estaria também. Eu estava tão hipnotizado que não percebia a quanto tempo estávamos daquele jeito, era como se o mundo tivesse congelado e a única coisa que mexíamos era os olhos.
— Eu...— Comecei tentando explicar mais a única coisa que vinha na minha boca era: Um nada.
— Saí daqui Justin. — Ela disse fechando a porta, mas a impedi colocando o pé.
— Eu preciso falar com você. — Disse tentando não a encarar de novo.
— Seja lá o que você queira eu não quero, agora se me der licença. — Falou em uma tentativa falha de fechar a porta, mas fui mais rápido.
— Mesmo que seja sobre a Lilly? — Perguntei agora a encarando e ela afrouxou a abertura da porta.
— O que você tem para falar sobre a Lilly? — Perguntou desconfiada.
— Primeiro, posso entrar? — Apontei para a porta que esmagava meu pé.
— Entra. — Ela disse receosa e então abriu a porta me dando a bela visão da sala de estar. Fechou a porta e se apoiou no corrimão da escada. — Agora fala, o que tem a Lilly?
— Eu falei com o Brian sobre a bebida. — Comecei e a vi prestar atenção pela primeira vez no que eu falava. — E ele falou que não autorizou entrada de nenhuma outra pessoa que não fosse do colégio.
— Tá, mas como ele ia saber quem estava lá se aquilo estava lotado? — Perguntou. Ignorei sua pergunta e fui direto ao ponto para tentar ser o mais claro possível e sair daquela casa o mais depressa.
— O lugar onde estavam servindo as bebidas, tinha câmeras então conseguimos pegar alguns registros daquela noite.
— E acharam alguma coisa estranha? — Ela perguntou e então permaneci calado tentando procurar uma maneira que a não deixasse preocupada com aquela situação. — Fala Justin, eu estou ficando nervosa. — Ela disse irritada e só então pude perceber que desde quando cheguei ela se encontrava pálida e trêmula.
— Vimos um homem alto e todo de preto, não conseguimos reconhecer bem porque a ação foi muito rápida quando ele colocou alguma coisa no copo.
— Perai, deixa eu ver se entendi. Um homem entrou na festa do Brian, e decidiu colocar uma substância na bebida da Lilly. É isso que você quis dizer?
— Não sei se foi só na dela, só sei que na mesma hora que ele fez, ele entregou o copo. — Expliquei e a vi fechar os olhos, provavelmente para tentar absorver as informações.
— Vocês têm o vídeo das câmeras? — Perguntou, ainda sim de olhos fechados.
— Sim. — Disse confuso.
— Ótimo eu quero ver as filmagens. — Ela disse apoiando a outra mão no corrimão e pude perceber o quão mole ela estava.
— Você está bem? — Perguntei tentando me aproximar.
— Estou sim, agora pode ir embora. — Ela disse virando e sem tempo para pensar em alguma coisa eu já a segurava em meus braços. Ela tinha desmaiado e não reagia a cada leve batida que eu dava em sua bochecha.
— Lorena acorda, não brinca assim. — Tentei mais uma vez acordá-la e então a peguei em meus braços correndo depressa até o carro do Ryan.
— Justin quando eu disse para você dá a notícia, eu falei pra ter cuidado imbecil. — Ele retrucava sem perceber que Lorena estava em meus braços, desmaiada e totalmente pálida.
— Ryan seu panaca liga o carro agora. — Disse a colocando com cuidado no banco traseiro do carro.
— O que aconteceu com ela? — Ele perguntou acelerando o carro para o hospital mais próximo.
— Ela estava estranha quando atendeu a porta, depois eu explico agora corre porra. — Falei.
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— Calma cara, o médico daqui a pouco vem aí. — Ele disse colocando a mão em meu ombro.
— Você não entende. — Sussurrei com minhas mãos apoiadas na cabeça.
— O quê? — Perguntou confuso e então o olhei.
— Liga pra Lilly, e avisa para ela. — Levantei e procurei o médico que a levou minutos atrás.
— Doutor, como ela está? — O encontrei saindo do quarto em que ela provavelmente estaria.
— Ela está bem meu caro jovem. Ela teve uma queda de pressão, ela está desidratada e não tem se alimentado da forma correta. Fizemos alguns exames e não constou nada. Ela está no soro agora, mas não a nada com o que se preocupar. — Respondeu.
— Obrigado Doutor, isso me aliviou muito. — Falei soltando o ar que prendia à poucos minutos.
— Quer entrar e ver como a paciente está? — Perguntou e apenas neguei com a cabeça.
— Por favor Doutor, não diga que eu estive aqui. Se perguntar diz que foi um amigo chamado Ryan que a ajudou. — Pedi e ele me encarou confuso. — A amiga dela já está a caminho para a acompanhar. Não a deixe sair sozinha.
— Tudo bem rapaz, mas algum motivo para isso? — Perguntou cruzando os braços.
— Não, mas faz isso ok? — Perguntei e o vi assenti, e então pude sair dali com um último sussurro dele.
— Jovens...
continua...
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