História Internato (Breve estará em Revisão) - Unwanted

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— Não tem nada ali Lorena. — Justin franziu a testa e eu continuei olhando o final do corredor. 

— Como que não Justin? Eu vi, eu não estou louca. — Apontei para à porta e ele voltou a me olhar. 

— Vai ver alguém passou sim por ali mas não pra ficar nos vigiando. Isso é coisa da sua cabeça. — Voltou a insisti porém eu ainda estava cabulada. Não era impressão minha, era algo muito além disso, e eu sentia que não era coisa da minha cabeça. 

— Não sei não. 

— Vamos descer, afinal, devem estar nos procurando. — Ele me deu um selinho e saiu me puxando pela mão. De relance voltei a olhar pra trás e só o que tinha no final do corredor era um nada. Suspirei e voltei a prestar atenção em meu percurso. 

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— E então como foi? — Lilly se jogou em minha cama e enquanto isso eu abotoava a blusa da farda. 

— Foi maravilhoso, foi uma noite e tanto. — Eu respondi e ela sorriu maliciosa. 

— Pela sua expressão realmente diz isso, mas sua cara não. O que houve? — Ela perguntou e então parei o que estava fazendo.

— Eu estava saindo do quarto com o Justin, só que quando nós paramos no meio do corredor, um vulto apareceu atrás de nós. De início eu achei normal, mais ficou tudo estranho. 

— Como assim? — Ela se sentou e pela sua expressão eu pude ver que ela estava intrigada assim como eu. 

— Como se a pessoa que passou estivesse nos observando. Justin achou que foi coisa da minha cabeça, mais não foi Lilly. Eu senti um arrepio, uma onda de frio subiu no meu corpo como se aquilo fosse um aviso. 

— Que tipo de aviso? 

— Não sei, mais algo aconteceu naquela noite e naquela hora, eu só queria saber o que era. 

— Isso está parecendo história de terror, vai ver o Justin está certo. Vocês beberam tanto e sua cabeça pode ter criado isso. 

— Não Lilly, não foi. Eu sinto que realmente tinha alguém nos olhando, mas agora quem eu não sei. 

— Talvez a Hayley? — Ela perguntou e por mais que eu soubesse que a Hayley queria vingança eu ainda sentia que não era ela. 

— Talvez, mas acho que não. Ela não seria burra o suficiente pra deixar uma sombra passar. 

— Estamos falando da Hayley, mas tudo bem. Esquece isso e só se lembre da parte boa. — Ela sorriu e eu voltei a sorri. 

— Ai Lilly, eu estou tão feliz, que fico até com medo dessa felicidade durar pouco. 

— Parou? Garota você merece ser feliz, para de ser pessimista.  

— Não é questão de ser pessimista Lilly. Aconteceu tanta coisa pro Justin e eu não ficarmos juntos que até da medo. Nós ficamos 3 anos separados, criando algum sentimento de ódio e tudo por culpa de quem? Minha que não ouvi. 

— Você não pode se culpar, se tem alguém culpada aqui é a Hayley. Lorena você e o Justin se conhece à sete anos. Vocês namoraram à 3 anos isso é tempo pra caralho. Vocês praticamente nasceram juntos, não deixa essa coisa que você tem aí dentro estragar. Aproveita o quanto pode, só o tempo nos dar respostas e se ele por algum dia separar vocês dois, foi por algum motivo. Agora o que não dá, é você procurar coisa onde não tem. 

— Eu sei Lilly, mesmo assim eu fico um pouco insegura, mas você tem razão, eu vou aproveitar o quanto pode, afinal, eu amo o Justin. 

— Isso mesmo garota, pensamento positivo, agora vamos para aula, porque ainda temos a excursão. Ou você esqueceu? 

— Como esquecer o melhor passeio do colégio? — Sorri maliciosa e ela retribuiu me puxando para sair do quarto. 

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— Então garotos, todos irão receber instruções sobre o local, onde pode ou não pode ir, a mata é enorme, e qualquer deslize você pode se perder, mas como eu sei que todos aqui são responsáveis, não precisa da mamãe pra ajudar a colocar a roupa, sei que não vão me decepcionar. Como eu disse 1 mês atrás, não terá colchões, nem vasilhas térmicas. Vocês precisam sobreviver com o que tem na mata e quem não aguentar, vai ao ponto de encontro e a equipe irá perder a metade da nota. Espero que todos se saíam bem e vou deixar vocês se reunirem pra acertar como será as coisas. — Ela liberou para que todos formassem os seus grupos e assim que vi a Hayley se aproximar, revirei os olhos. 

— Vamos ter problemas com uma certa Barbie falsificada. — Harry soltou sua piadinha e todos riram. 

— Eu sei muito bem que essa piada sem graça foi para mim, ta projeto de gay? — Ela respondeu e assim que eu ia da uma resposta, o Jay tapou minha boca. 

— Se tem algum projeto de alguma coisa aqui é você Hayley, agora cala a boca e presta atenção no trabalho. — Justin respondeu com sua voz mais grossa que o normal. 

— Bom, a equipe são com 9 pessoas certo? — Rick disse e todos assentiram. — Para não ficar pesado e ficar tudo organizado, separamos em 2 grupos pra poder pegar as coisas. Ryan, Harry, Justin e Hayley procuram água e gravetos para poder fazer a fogueira, enquanto Chaz, eu, Lorena, Jeremy e Lindsay procuramos galhos para fazer uma espécie de cama e frutas para nos alimentarmos. — Assim que o Alaric dividiu os grupos, Ryan pareceu irritado pelo Jeremy estar na mesma equipe que a namorada. Percebi que o Jeremy sorria malicioso para o Ryan e a Hayley continha o mesmo sorriso. 

— Essa divisão está perfeita. — Hayley disse e o Jeremy concordou. Bufei impaciente e pedi pra que o Alaric continuasse, afinal, nada me agradava o Justin está na mesma equipe da Hayley. 

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— Tira esse bico. — Justin falava enquanto me seguia no corredor. 

— Eu não estou com bico nenhum. — Rebati e logo ele me puxou com força colando minha coluna nos armários. 

— Então você não está com ciúmes? — Sorriu malicioso e eu continuei o encarando sem expressão. 

— Não. — Falei com certa dificuldade já que estávamos colados um no outro. 

— Então acho que não tem problema eu ir lá falar com ela certo? — Ele se afastou e fez menção de andar, porém fui mais rápida o puxando e deixando as posições inversas do que estava antes. 

— Você nem pense em falar com aquela vadia. Não acha que ela já estragou demais nossa vida? — Perguntei e ele sorriu de lado.  

— Acha mesmo que eu quero ser do mesmo grupo que ela? É só um trabalho, eu quero que ela se foda Lorena. Você não tem com o que se preocupar. — Falou e logo posicionou seus braços em minha cintura. 

— Eu espero, afinal, não quero ter que estragar minhas unhas no rosto de porcelana dela. — Respondi e então ele mordeu minha bochecha de leve, sorri com o ato e enfim separei aquela distância que existia entre nós.  

Nossos lábios se tocaram e eu logo permiti que ele aprofundasse o beijo, brincando calma e intensamente com a minha língua. Deslizei minha mão pelo ombro dele na direção da nuca, quase prensada entre o encosto do armário e seu rosto, e embrenhei meus dedos naqueles cabelos macios. Justin apertou com mais força a minha mão, me fazendo sorrir. Logo ele partiu o beijo, deixando seu rosto próximo do meu e me encarando de um jeito bonitinho. 

— Adoro estar aqui, mas eu tenho treino e você também. — Ele disse e eu sorri me afastando. 

— Não queria treinar hoje, estou acabada. — Sorri sarcástica e ele logo entendeu do que eu falava. 

— Sabe, hoje à noite...— Ele ia falar mas logo o cortei dando um leve tapa em seu ombro. 

— Nem pense nisso seu atrevido, hoje não. Mas amanhã quem sabe. — Sorri maliciosa e ele gargalhou segurando minha mão em seguida. 

— Hoje eu vou te liberar, porque sei o quanto sou foda. — Ele se gabava enquanto caminhávamos até o ginásio. 

— Nem se acha. 

— Não sou eu quem digo isso, todas falam. — Ele disse e eu o olhei indignada, o mesmo gargalhou e roubou um selinho de mim. — Você é a melhor, sabe disso. — Continuou e eu sorri de lado. Assim que viramos o corredor nos deparamos com a pessoa menos indicada para o momento. 

— Você. — Justin respondeu grosso e só então tinha percebido que ele largou minha mão e já estava com seus punhos fechados. 

— Quanto tempo. Estava com saudades. — Ele disse olhando pra mim e eu engoli o seco olhando para o loiro ao meu lado. 

— Matt? O que faz aqui? — Perguntei e ele tinha o seu sorriso frio no rosto.

continua...