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História Internato San Vielion - Primeiro dia - Parte 1


Escrita por: ClaraMarques04

Notas do Autor


OLÁ PESSOAS LINDAS DO MEU CORAÇÃOOOOOO! Tudo bem? Espero que sim.
Como vocês viram, já estão acabando as vagas femininas, mas ainda assim temos vagas.
Tentei de todo jeito, deixar seus personagens como descreveram e encaixa-los na história. E peço para que não me odeiem se mudei algo.

Alguns personagens ainda não entraram, mas em breve entrarão.

Boa Leitura!

Capítulo 2 - Primeiro dia - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Internato San Vielion - Primeiro dia - Parte 1

POV Diretora Olivia

Andei apressada e ao mesmo tempo tomando café, que é sempre bom, me ajuda quando estou ansiosa ou nervosa. No caso, estou nervosa com a volta ás aulas e meu segundo ano de mandato no San Vielion.

Abro a porta da sala dos professores e encontro todos eles sentados na firme e extensa mesa de madeira, se calaram na minha presença e focaram seus olhos em mim. Achei ótimo e ao mesmo tempo perturbador. Mas tenho que me acostumar, pois outro ano irá se iniciar e mais de duzentos adolescentes vão focar a atenção em mim.

Termino o café expresso e me dirijo á cadeira principal. Limpo a garganta pensando atentamente em quais palavras usar.

- Bom dia – Nada melhor do que iniciar uma reunião com isso. Responderam em coro. – Bem... Acham que sabem o motivo da reunião... Outro ano vai começar, iremos receber mais de 150 alunos... E nem preciso dizer para ficarem preparados, pois já estão, aposto.  – Falei meio nervosa.

- Pois é... Olívia... – Valquíria, professora de História levantou a mão. – Estou ansiosa para outro ano! Alunos! Tudo que San Vielion precisa. – Ela é uma mau amada. Odeia adolescentes. Pelo menos, falta pouco pra se aposentar e não me encher o saco dizendo que não tenho força pra sustentar o internato. O pior... é que preciso dela aqui – Mas, é impossível ignorar todos os acontecimentos do ano anterior.

Eu temia que dissessem isso. Grandes coisas aconteceram ano passado. Por pouco, não ficamos com a má fama.

- Acha seguro mandar Abner ou Pedro voltarem ao cargo? – Perguntou professor Wagner segurando sua muleta com firmeza.

Só então percebo a ausência dos professores Pedro e Abner. Pedro leciona Educação Física e Abner, Literatura.  Quanto trabalho me deram, meu Deus.

- Claro que acho, tanto que é preciso. Não é pelo dinheiro e vocês muito bem pelo o que é. – Falei cerrando os dentes.

- Tolinha... Se a diretora Esther estivesse no comando, tomaria atitude mais sensata. – Disse professor Jorge mostrando a língua, não é de sarcasmo e sim mania.

- Mas Esther não está no comando está, cobra? – Rebato com os olhos fixos e bravos. – Confiou o Vielion a mim! E confiou estas terras em vocês também. Confiou tanto em Pedro quanto em Abner. De jeito nenhum devemos nos afastar. De jeito nenhum, entenderam?

-  Olivia tem razão gente... – Professora Rita disse com calma e serenidade. – Não podemos nos desunir... O que houve no ano passado, foram acidentes!

- Acidentes que botaram tudo em risco! – Protestou Cássio.

- Enfim, Olivia... Não temos total convicção em relação este ano. Achamos loucura você ter aberto as inscrições depois de, ah droga, diga algo que nos conforte. Que garanta que os alunos estarão seguros.

- Estarão, Val. Claro, se você também me ajudar. E também de todos aqui. – Falei me direcionando a todos eles.

Foi silêncio absoluto por alguns minutos até concordarem e acalmarem os ânimos. De acordo fechado, encerramos a reunião falando da festa de começo de ano, uma fraternização na verdade. Assim, os novatos se enturmam ou não. Por um momento, eu esqueci tudo de ruim do ano passado e comecei a pensar nas coisas boas deste ano.

Saíram satisfeitos e eu também.

Na porta da sala. Abner apareceu, com os mesmos longos cabelos castanhos e grandes olheiras. Nos finos lábios, abriu-se um sorriso.

- Obrigado por acreditar em mim, Olivia. – Disse com a voz rouca de cansaço. Imagino o quanto deve ter sofrido.

Sorrio e acaricio seu rosto.

- San Vielion precisa de você. Eu preciso. – Falei.

Abner sorriu e foi embora, recomendei que deitasse pra descansar. Amanhã iriamos receber os alunos. No fim do corredor, um cara de cabelos sebosos se encostou na parede, esperando alguma coisa. Pedro.

Me aproximei e pelo olhar dos olhos azuis sedutores, já sabia o que ele queria. Fomos seguindo  lado oeste do internato.

- Olivia... Olha... Eu... – Gaguejava.

- Pedro. Nem eu, nem os outros professores ou até mesmo você não querem que aquilo se repita. Por isso, é bom, bom não. É determinante que você fique longe de festas, bebidas, drogas, bebidas e de alunas. – Falei severa.

Abrimos a porta do ginásio, passando pelas escadarias, demos de cara com a piscina.

- Já entendi.

- E como ela está?

- Segundo ela, está bem.

- Então ela não está.

- Como tem certeza? – Indagou retirando os sapatos.

- Mulheres mentem, ainda mais na adolescência. – Falei me livrando dos saltos. – Mas chega. Vamos logo.

- Valeu por me dar uma segunda chance. – Disse Pedro, seu tom era franco.

Assenti sorrindo.

Ficamos na beira da piscina, com roupa. Na contagem regressiva de dez segundos, saltamos na água aquecida da longa piscina. Ele dispersou rapidamente, enquanto eu nadava tranquila. Tragando cada gotinha d’água. As bolhas escapavam da minha boca e de minhas narinas, mas isto não me incomodou.

Meus curtos cabelos se envolviam na água, nadei até fundo, sentando ali. Pedro nadou com facilidade e rapidez, acenando e sorrindo. A pele branca brilhava no cloro. A roupa social escondia todo o resto, como eu também. Ele saltou alto e repousou com impulso fervente. Seus lábios formaram uma frase

Uma palavra aliás. Cante.

Subi até a superfície e o tempo passou rápido, já estava anoitecendo. Com a ajuda de Pedro, me sentei com as vestes encharcadas, respirei o oxigênio.

Marinheiro, navegou pelos sete mares

Tantos tesouros carregou pelo cais

Marinheiro, sempre esteve vazio

O ouro não lhe deixaria satisfeito

Marinheiro não sou o que procura

Apenas a voz é uma doçura

Oh Marinheiro onde tu chegou

No coração da sereia se entregou

***

POV Max:

- Selina, já falei para não ligar pra essas coisas. – Disse Joe, meu namorado. – Caramba! Isto ficou no ano passado, pensei que tivesse esquecido.

- Aí que se engana!  - Falei irritada. Joe e eu namoramos há um ano. Mas por causa de uma vadia que possui o nome de Elizabeth, nosso namoro tá por um fio.

- Max! Chega! – Exclamou ele segurando meus pulsos. – Droga, eu te amo.

- Eu também.  Mas você é só MEU.

Não resistimos, acabamos nos beijando em pleno corredor de San Vielion. Joe apertou minha cintura, enquanto eu envolvia meus braços em seu pescoço. Pausamos pela falta de ar e depois nossos lábios e línguas entraram em sintonia.

Porém, alguém pigarreou atrás de nós. Cabelos curtos e castanhos, roupas formais, maquiada, olhar severo. Tomamos posição diante da diretora Olivia Pascoal.

- Acho que é inapropriado tomar este tipo de atitude num ambiente escolar. – Falou com os braços atrás.

- Sim senhora, nos perdoe.

- Espero que não se repita. Não querem bronca logo no primeiro dia, certo srta Selina Maxinoff?

Eu corei e concordei.

- Sr. Snyder, se prepare para receber os novatos. Bem, estarão no portão B, e no A os veteranos. Os guie e mostre os dormitórios, depois, indique o auditório, darei minha palavra a todos. – Pediu toda formosa. Joe estufou o peito. Ele adora isso, ser reconhecido por ser representante dos alunos, sente orgulho demais. – Tenham um bom primeiro dia.

Ela saiu do corredor, indo para outro local.

- Viu só? Sou importante. Do que seria os novatos sem mim? – Brincou.

- Por que não se exibe assim pra Elizabeth?

- Aff.

***

POV Liz:

Estava de boa lendo Cidade dos Ossos pela quinta vez, quando sou surpreendida por trás por um grande abraço.

- Liz! Que saudade! – Exclamou minha amiga loira Lily. – Sua baixinha! Sai desses livros.

- Err... Não. – Falei fechando o livro e retribuindo o abraço. – E aí como foi as festas?

- Maravilhosas, eu e a Stella passamos  o ano novo juntas na Califórnia. – Contou entusiasmada. – E as suas?

As minhas férias foram uma droga. Minha família inteira, tanto por parte de pai quanto de mãe moram longe e são incapazes de dizer: “Feliz ano novo seus imbecis.” E meus pais, era a mesma coisa que nada. Fiquei no quarto comemorando com a governanta que é mais minha amiga que qualquer coisa.

- Legais. – Menti sorrindo. Nunca contei o que aconteceu naquela noite e como é minha relação com meus pais e não pretendo contar cedo.

Saquei um maço de cigarro e o acendi.

- Sério? Elizabeth Dominik Sanches o que conversamos sobre isso? – Lily quis tomar meu cigarro e queimou a palma da mão sem intenção. – Ai! Tá vendo?

Apenas ri tragando o cigarro.

- Migas suas locas! – Gritou outro loiro. Era o Nate, como sempre, comendo chocolate. Lily o recebeu de braços abertos e em seguida veio até mim. – Mal começou o ano e você fumando!

- E você comendo chocolate, bem que vi umas gordurinhas debaixo dessa camisa. – Falei brincando.

- Ah vai se lascar menina! – Ele deu um leve tapa no meu ombro.

Logo perguntou do Natal e do Ano Novo e tive de mentir de novo. Pelo menos o assunto não durou, e vieram com o papo de menino. Isso é legal de ter amigo gay, podemos falar de tudo sem vergonha.

- Nenhum gatinho á vista. – Falou Nate decepcionado, dando uma grande mordida no chocolate.

- Temos que pensar nos estudos. – Falei descartando o cigarro.

- Ai desculpa nerd santinha. – Nate brincou de volta.

O portão A se abriu e aglomeração de adolescentes entrou carregando suas malas e mochilas. Nate nos fez companhia até o pátio, depois seguiu a direção Sul e Lily e eu Norte, para nossos dormitórios.

- Qual o seu quarto? – Perguntou Lily me seguindo.

- 76 e o seu? – Perguntei consultando meu horário.

Lily gritou.

- Meu também.

Só pude rir.

***

POV Amora:

- Boa sorte, Amor. – Meu irmão mais velho depositou um beijo na minha testa. O portão havia aberto e ele tinha que ir.

- Tchau mano, até mais. – Falei o abraçando fortemente.

O portão B finalmente abriu e junto com os novatos eu segui o fluxo. O pátio era deveras gigante e o jardim de fato, bonito. Alguns tagarelavam e outros ficavam quietos. Eu apenas fiquei na minha. Um garoto alá nerd subiu num palanque avisando ser o representante de alunos. Um idiota cuidando de idiotas. Não sou bebê para ter babá.

Ele nos levou á biblioteca, ginásio, refeitório, casa dos jogos,  horta, auditório, piscina e finalmente os dormitórios. Quarto 77. Grande merda. Entrei já atirando as malas numa mala. Tive sorte da minha “colega de quarto” não ter chegado, aproveitei e fiquei pra acender um cigarrinho básico. O quarto até que era bacana, duas janelas grandes, um bom banheiro, duas camas de solteiro, duas escrivaninhas e paredes brancas. Abri a mala e peguei meus Posters das minhas bandas favoritas.

Kiss. Metallica. Iron Maiden. Avenged Sevenfold. The Rolling Stones.Colei tudinho no meu canto.

A porta se abriu e uma japonesa de maria-chiquinha entrou. Eu não daria a ela uns 15 anos de idade, por aí. Ignorei sua presença e continuei curtir meu cigarrinho e minhas bandas.

- Olá. – Ela disse com a voz aguda. Típica garotinha doce, que horror. – Sou Kaguya Mamoto Tsukino, mas pode me chamar Ojo e... – A guria começou a tagarelar, disse que veio do Japão e um monte de coisa que não me interessava.

- Olha aqui ô Cocunha Miojo.

- Kaguya.

- Que seja. Eu sou a Amora e se quiser conviver comigo, tem que ficar de boca caladinha.

- Você é muito ignorante e grossa.

Aquilo me irritou. Quase avancei naquela criança;

- Como é Miojo? – Falei cerrando os pulsos.

- Tão jovem e é surda. – Antes que eu pudesse amassar a dos olhos puxados, o mesmo garoto, representante de sala, informou que deveríamos ir pro auditório.

– Dessa você escapou, Miojo

*** 


Notas Finais


Vish, muitas tretas, encontros e reencontros! Isso foi só o começo e espero ter as vagas fechadas quando escrever de novo.
E sabe a primeira parte do cap? É bem importante! Guardem porque fará a história andar heuheu
Enfim... Gostaram? Odiaram? Comentem e me digam o que acharam!
Um beijo, um queijo e até mais!


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