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História Intersex - A história de Emma - G!P - Cap 14


Escrita por: KikyoArtemis

Capítulo 14 - Cap 14


Os dias passaram como vultos desde que chegamos a New York. Tivemos que passar uma semana no Maine, precisei passar por um médico e provar minha intersexualidade pra conseguir um laudo que me permitisse entrar com o processo de paternidade. 
Foi de certa forma humilhante. Se eu estivesse com Regina durante a gravidez e durante o parto não precisaria passar por isso. 
Foi necessário também um teste de DNA -que paguei um valor absurdo pra sair rápido- sendo que o rápido foi 5 dias, nas séries os testes saem em horas, mas apenas nas séries.

Com laudo e DNA positivo em mãos, o advogado cuidou de tudo, assim como um termo de responsabilidade que tive que assinar. Afinal eu estava me tornando a responsável pelo tratamento da Regina, levaria apenas seis meses e o doutor Hopper disse que ela voltaria ao normal. Mesmo que eu desconhecesse seu normal.

Saímos do Maine com a nova certidão de nascimento de Sohara, com um termo de responsabilidade e um casal que não parava de se beijar no carro de trás, o que me deu uma certa inveja.

Infelizmente meu trabalho atrasou e virou uma bola de neve, David fazia muita falta. Precisava colocar tudo em dia antes de ficar mais tempo em casa.
Consegui alugar um bom apartamento para Zelena, próximo ao meu loft, e a contratei por tempo integral pelo prazo de seis meses, tempo de recuperação de Regina.
Sohara dormia no meu quarto, não era seguro ainda ela dormir com Regina. 
Certa noite ela teve uma crise com o choro da nossa filha, não sei explicar, ela simplesmente começou a chorar e não parava mais. Não sabia qual das duas eu atendia o choro, Regina ou Sohara.
Graças a Deus Ruby me atendeu e veio me acudir cuidando da minha filha enquanto eu ministrava o remédio a Regina.

Regina estava abatida, passava o dia vestida camisola e com os cabelos presos. Nenhuma maquiagem e nenhum sorriso.

Resolvi chegar em casa um pouco mais cedo, a vontade de ver minha filha estava me matando, e eu estava preocupada também. Quando passei pela porta meu sangue ferveu.

Robin estava no sofá com MINHA FILHA nos braços e Regina ao seu lado sorrindo, SORRINDO! Zelena estava na poltrona os observando em silêncio.

Assim que ele me viu entregou Sohara a Zelena e se despediu de Regina com um abraço demorado demais. Passou por mim de cabeça baixa.

"O que esse cara tava fazendo aqui?"

 

"Ele é meu amigo" Regina cobriu melhor o corpo e apertou o cordão do hobby. Ela fazia muito isso ultimamente, cobrir seu corpo na minha presença.

 

"Um amigo apaixonado por você, você quer dizer?" Passei a mão nos meus cabelos e joguei minha bolsa no sofá. "Ele nem ta mais com sua irmã, por que você ainda é cortês com ele?"

 

"Ele era meu amigo antes de se envolver com minha irmã." Se levantou.

 

"E por que ele não se envolveu com você na época? Aposto que já era apaixonadinho." Minha voz saiu irritada.

 

"Por que eu estava apaixonada por outra pessoa."

 

"Não quero ele aqui e não quero ele pegando na minha filha." falei ríspida.

 

"A filha não é só sua." Debochou

 

"Mas a casa é."
Regina me olhou magoada e eu me arrependi.

 

"Então, irei para uma que seja minha." Deu as costas.

 

"Não, espera." Segurei seu braço. "Me perdoa? O ciúme falou por mim."

 

Ela puxou o braço com força e fechou o punho me empurrando, estranhei sua atitude agressiva "Não temos nada, não há porquê ter ciúmes!" Estava quase gritando.

 

Coloquei minhas mãos no bolso e notei que Zelena levantou e havia se afastado com a criança.

 

"POR QUE VOCÊ FAZ ISSO?" O grito de Regina me assustou. "Por que age como se importasse e depois me rejeita?!" Gritou novamente e tentou me bater com os punhos fechados. A segurei, não por medo da agressão, mas por receio dela se machucar.

 

"Regina, eu só..."

 

"SAI DE PERTO DE MIM!"
Gritou se afastando e cobriu o corpo com as mãos. "Não quero que você se aproxime de mim! EU TE ODEIO!"

 

Saiu rápido, tentei ir atrás, mas uma mão tocou meu ombro
"Não, fica aqui e liga pro psiquiatra, ela está tendo uma crise."

 

Olhei Zelena, ela estava séria segurando minha filha nos braços.
"Ela estava tão bem há alguns dias atrás Zelena."

 

"E você se afastou Emma." Me repreendeu. "Você disse que cuidaria dela, que teria paciência, no entanto, tudo que vejo é você saindo de manhã pra trabalhar e voltando só de noite."

 

Olhei o tapete no chão

 

"Essas crises irão passar e ela voltará a ser uma mulher comum como todas as outras. Ela precisa de você Emma, ela precisa de ajuda pra passar por isso. Mas quando você chega em casa, cuida da sua filha e vai dormir. Você nem a olha como mulher."

 

"Ainda não posso Zelena. Quero ela de volta, porém... Ainda estou magoada."

 

"Você sabia onde estava se metendo ao trazer ela pra cá." Me apontou um dedo"E aceitou mesmo assim. Aquela mulher desesperada não é ela, mas ela precisa de ajuda pra passar por esse momento, e se você achar que é um fardo alto demais, vamos embora e tudo que precisaremos é de uma pensão pra Sohara."

 

"Não deixarei isso acontecer." Peguei o celular e liguei para o psiquiatra, meia hora depois ele estava no quarto com Regina, ficou um bom tempo lá.

Fiquei do lado de fora tentando ouvir qualquer coisa, na surdina como uma bisbilhoteira de cortiço.

Ouvi pouco, mas o pouco que ouvi me feriu mais que um punhal enferrujado.

Regina se sentia sozinha, rejeitada e eu estava contribuindo para isso.

O médico saiu pela porta e me deu passagem. Agradeci e entrei.

Regina me olhou surpresa, pela pupila pequena deduzi que estava dopada. Se encolheu, como uma criança assustada.

 

"Regina" respirei fundo e sentei na cama ao seu lado. "Você deve estar se sentindo muito só aqui, eu vou entender se você quiser ir embora. Posso pagar um bom lugar pra você ficar e uma acompanhante além da sua irmã."

 

"Quero ficar aqui." Sua voz era um fio frágil.

 

"Eu também quero que você fique aqui." Tentei sorrir, minha garganta ardia. "Mas não quero agravar sua situação."

 

"Sua ausência que está." Encolheu mais na cama.

 

"Regina, vou ser sincera com você, eu ainda te amo, e muito. Mas não teremos nada por enquanto, ainda estou magoada com você."

 

"Eu sei, te entendo. Você não quer descontar nada em mim." Acariciou a própria perna, ela estava carente. "Não tem problema Emma Swan, eu vou te reconquistar, e dessa vez sem mentiras ou perseguição." Tentou sorrir, sua voz ainda fraca.

 

"Você realmente me perseguia?"

 

"Posso até tirar carteirinha de stalker." Ri com sua falsa cara séria. "Acho que me apaixonei por você no momento que vi sua foto."

 

"Mas você não ficou receosa com... Você sabe, minha condição?"

 

"Não vou mentir, fiquei..." Encostou a cabeça no travesseiro e eu me aproximei um pouco. "Mas não por você ser intersexual, mas por saber que eu iria fazer sexo. Não sou muito experiente nessa parte."

 

"Você só teve um antes de mim, não é?" Ela levantou uma sobrancelha e me olhou, talvez surpresa pela pergunta possessiva.

 

"E nenhum depois de você." Notei que eu estava sorrindo e por impulso me aproximei mais e peguei sua mão. Ela observou o toque e sorriu "Você foi muito gentil comigo, obrigada Emma."

 

"Ele não foi?" Franzi a testa

 

"Foi sim, fica calma." Deitou a cabeça no meu ombro, sua voz estava ficando estável, a dopagem estava passando. "Só que com ele foi apenas uma vez. Ele estava doente."

 

"Por isso você entrou em crise? Por que não conseguiu salvá-lo?"

Regina ficou calada e respeitei seu silêncio, após alguns segundos fungou e levou uma mão só rosto.

 

"Se não quiser falar a respeito eu vou entender." Falei afagando seus cabelos.

 

"Eu quero falar, só é um pouco difícil... Eu o amava e ele... Ele..."

 

"Ta tudo bem, um dia você me conta então." Ficamos um bom tempo assim. E aproveitei para deitar melhor na cama, minha mão em seus cabelos, sua mão fazendo círculos carinhosos em meu abdômen.

 

"Quantas horas você malha por dia?" Me perguntou de repente e eu sorri

 

"Na verdade só faço boxe e natação."

 

"Só?" Debochou, e eu amei aquele clima entre nós, talvez essa fosse a real Regina.

 

"E você que não quer fazer nada." Zombei e tentei olhar acusadoramente, sei que ela ainda não podia fazer exercícios pesados.

Ela riu e me olhou, notei que suas pupilas estavam ficando normais, não estava mais dopada. Sim, aquela era a real Regina.

 

"Olha aqui Swan." Me apontou um dedo "Eu acabei de ter uma filha sua. Enquanto você estava exibindo seu corpo em uma academia eu estava carregando uma barriga enorme por sua culpa, ta?"

 

Não aguentei e gargalhei, eu poderia me acostumar fácil com aquela Regina.

 

"Não fiz sozinha, pelo que me lembro bem, você gostou."

 

"Gostei, mas depois queria te matar, principalmente quando começaram as dores nas costas e nos pés."

 

"Queria ter estado lá." Falei sincera e ela colocou a cabeça no meu ombro, retornando aos círculos carinhosos.

 

"Emma, eu queria a todo momento que você me impedisse de sair, aquele dia que você foi a minha casa e eu disse que ia abortar. Queria que você segurasse meus braços e falasse "Não vou deixar você tirar essa criança, ela é minha também."

Engoli em seco minha covardia

 

"Esperei até o último momento, sabe? Queria saber que você se importava, que a não aceitação do aborto fosse mais que apenas não aceitar tal ato." parou os círculos. 
"Até no momento em que a enfermeira colocou a sonda em mim eu te esperei. Mas a porta não abria, ninguém passava por ela." Respirou fundo. "Quando a enfermeira colocou a bolsa com o líquido, Zelena entrou e mandou eu parar, disse que me apoiaria, que faria o possível pra ficar do meu lado, e ela ficou. Ela foi a única."

 

"Por isso você foi embora?" Perguntei com voz vacilante, vontade de chorar.

 

"Robin não aceitou, disse que era perigoso demais pra mim, afinal eu estava em crise. Disse que uma criança não desejada era perigoso demais naquele estado, ainda mais que eu não teria seu apoio."

 

"Por que você não veio até mim? Por que não me pediu apoio?"

 

"Você não foi atrás de mim Emma. Toda criança quando foge de casa quer ser encontrada, quer que alguém se importe e a procure. Toda mulher machucada também. Eu sei que errei demais com você, mas mesmo assim esperei por você, queria que você me buscasse e levasse pra casa."

Remexi na cama e encarei o teto.
"Me sinto um lixo" confidenciei

 

"Agora ou pelo que não fez antes?" Perguntou deitando de lado e apoiando a cabeça sobre uma mão me olhando.

 

"Agora por pensar no que não fiz antes ou... Sei lá. Sofri tanto por ter deixado você abortar. Isso não deveria ser apenas uma decisão só da mãe sabia?" A encarei e ela sorriu

 

"Você fica linda irritada." Selou nossos lábios, antes que eu pudesse aprofundar ela se afastou. "Seu pai veio aqui hoje."

 

Engasguei com o ar e sentei rápido na cama"O que ele veio fazer aqui?!"

 

"Conhecer a neta. Veio porque sabia que você não estava."

 

"E porque Neal não estava também. Acredita que ele não ligou nenhuma vez pro filho? Se minha mãe não vier buscar o Neal aqui ou eu pedir pra alguém levar ele lá, eles não se veriam." Bufei de raiva e dei um tapa na minha coxa. "Ele pegou na nossa filha?"

 

"Não. Foi Zelena que atendeu a porta, e ele disse que não ia entrar na sua casa assim como não quer você na dele. Então, levei Sohara até ele.Colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha"Ele a olhou, sorriu, falou que era tão linda como eu, agradeceu e foi embora."

 

Respirei fundo e olhei o teto mais uma vez, agora o ciumes queimava minha veias, fazendo duelo com a raiva. "Robin veio aqui pra conhecer nossa filha também, não é?"

 

"E me visitar. Ele queria saber como eu estava."

 

"E falou que ela é tão linda como você?" perguntei irônica e ela sorriu

 

"Regina, não me importo que ele venha aqui, desde que eu esteja aqui todas as vezes."

 

"Você nunca fica aqui." Seu tom era amargo e acusador

 

"Vamos mudar isso." Olhei o quarto melhor, até que não era pequeno, estava dentro dos parâmetros novaiorquinos "Farei desse quarto nosso estúdio. Trabalharei aqui e você poderá usa-lo para seus ensaios quando voltar a trabalhar. Isso até eu arrumar uma casa maior.

 

"E onde eu vou dormir?" Me olhou levantando uma sobrancelha, já sabendo a resposta

 

"Comigo, claro. A cama do Neal é muito pequena, você não iria gostar."

 

"A cama dele é um carro de corrida." Fez uma careta

 

"Por isso recomendo a minha."
Seus olhos estavam serrados para mim, me olhava desconfiada. Passei a mão em sua coxa de forma casta, apenas para passar confiança.

 

"Olha Regina, não estou apressando nada, juro. Mas não quero ficar longe de vocês mais. Não vou me aproveitar de você, prometo, não só porque você ainda não pode fazer sexo devido ao parto recente, mas porque temos que digerir tudo que aconteceu pra não ficar atacando uma a outra depois. Mas isso não quer dizer que eu tenha que ficar distante. Esse estúdio é apenas uma forma de eu poder ficar mais aqui, não encostarei em você."

 

Ela olhou para outro canto decepcionada. Entendi o motivo, como Zelena disse, Regina pensa que não a vejo como mulher mais.

Vi ela levantar e pegar seu Hobby, o colocando sobre a camisola verde de seda que vestia. Regina estava com vergonha do próprio corpo, muitas mulheres não se sentem sexys após a gravidez, e eu egoísta não pensei em Regina, que ela poderia fazer parte desta estatística.

Num impulso levantei e a beijei, beijei com vontade, selvagem. Queria mostrar a Regina que ela é extremamente desejável, que a gravidez não mudou em nada seu corpo.

Ela retribuiu o beijo com voracidade, desci minhas mãos espalmadas até sua bunda e levantei seu corpo, o grudando ao meu. Ela enlaçou suas pernas em minha cintura e seus braços em meu pescoço, suas mãos bagunçando meus cabelos enquanto eu sustentava e massageava sua bunda que parecia maior que antes. Ela estava muito gostosa.

Muito mesmo

A encostei na parede, provando o quanto eu estava excitada, o quanto meu membro estava rijo por ela. Apenas por ela.

 

"Isso é por você." Ataquei seu pescoço. "Quero que você veja a tortura que será pra mim ter você em minha cama e não poder amá-la."
Soltou um gemido, seu corpo entregue se esfregando em mim.

 

"Mas poderei te provocar?" Sua voz rouca entrou em meus ouvidos enquanto ela puxava meus cabelos e atacava meu pescoço.

Gemi e ela sorriu, me olhando satisfeita. Como senti falta daquela sorriso diabólico, quase cruel.

 

"Estou contando com isso." Minha voz estava grave e rouca, fiquei surpresa com minha excitação, não sabia que eu já estava naquele ponto.

Desci seu corpo devagar, propositalmente esfregando ao meu, ela apertou meus braços e sorriu.

 

Então virou de costas e a vi soltar o cabelo, se olhando no espelho. 
"Que roupa ridícula é essa que estou usando?" Perguntou.

 

Sorri, finalmente ela se sentia mulher novamente, há tempos aquele espelho estava inútil no quarto.

Comecei a tentar controlar minha respiração e assim poder me acalmar.

Ela tirou a camisola e ficou apenas de calcinha, me olhando pelo espelho. Acho que meu queixo caiu no chão na hora, eu me enganei, ela não era a mesma, seu corpo estava mais curvilíneo e seus seios maiores.
Enquanto ela parecia uma deusa da tentação mordendo o próprio lábio de forma provocante, eu parecia um espantalho com a blusa amarrotada e cabelo despenteado com a boca ainda aberta observando-a.

 

"Acho que preciso de um banho Swan." Me sorriu diabólica, seus olhos intensos através do espelho"E você precisa de um tempo sozinha." Apontou minha calça e eu enrubesci cobrindo com as duas mãos, meu rosto escarlate a olhando sem graça no espelho.

 

Ela gargalhou e eu fiquei mais vermelha. Me deu um selinho "Adoro te ver assim, tímida." 
Segurou minha nuca e me beijou, tirando minhas mãos do lugar onde estavam, colocando-as sobre sua cintura e uniu nossos corpos.

 

Fez um caminho tortuoso de beijos e mordidas até minha orelha, "Quero que pense em mim." 
Se afastou dando uma piscadinha, pegou o hobby saiu do quarto, rumo ao banheiro social.

 

Essa é a real Regina? Estou começando a ficar apavorada, e o pior, estou gostando.



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