Clarke
Lexa demorou alguns minutos para vir até mim, ela se sentou ao meu lado com o corpo totalmente voltado a mim, suas pernas, uma de cada lado do muro.
Ela acariciou meu braço, subindo a mão até meus cabelos, os tirando da frente e deu um beijo no meu ombro, onde seus lábios entraram em contato direto com a minha pele.
- O que foi aquilo Lexa? - Fiz uma pausa. - Você deixou que Costia falasse tudo aquilo e não fez nada!
- Eu sinto muito...
- Não sente não! - Suspirei, meus olhos estavam no grande oceano. - Pensei que tinha superado.
- Eu nunca disse isso.. - Eu não me lembrava se ela realmente já tinha falado, mas isso não interessava, Lexa deixou bem claro que ainda sentia algo.
- Mas também nunca disse o contrário. Porra Lexa! A Costia foi uma tremenda idiota com você, vai dizer que ainda sente algo por ela?!
- Clarke...
- E como ficamos Lexa? E nós?
- Não existe nós!
- O engraçado é que até ontem a noite existia. O que você quer de mim? Me fala, porque, de verdade, estou ficando cansada disso...
- Eu gosto de estar com você Clarke...
- Mas ama estar com ela... - Finalmente a olhei.
Seus olhos verdes passearam pelo meu rosto e depois encontraram meus olhos.
- Você me confunde... - Ela falou. - Em todos esses anos, nunca senti algo assim.
- Você me ama? - Perguntei mesmo sabendo a resposta.
Lexa abaixou a cabeça e a balançou negativamente, enquanto meus olhos a seguiam.
- Não fica brava Clarke, eu gosto muito de você, mas amar é uma palavra muito forte.
- Amor é o que você sente pela Costia.
- Talvez..., bem...não sei.
- Você não sabe de muita coisa Lexa.
- Só preciso colocar a cabeça em ordem...
- E quanto tempo isso vai demorar? - Respirei fundo. - Tudo bem estar confusa, mas eu não vou te esperar para sempre, em poucos meses estarei fora da universidade e talvez não te veja nunca mais. - Esperei alguns minutos para ver se diria algo, mas ela não se manifestou. - Não vai falar nada?
- Não tenho o que dizer...
- Então sai daqui...anda Lexa, me deixa sozinha... - Eu não fui grossa com ela, fui seca.
- Ta, conversamos mais tarde. - Ela se levantou e tomou seu rumo.
Naquela tarde andei pela praia com Bellamy e, dessa vez, lhe contei TUDO, desde as "brincadeiras" no quarto, até a noite passada. Ele não me julgou de cara, preferiu o silêncio nos primeiros instantes.
- Nossa... - Ele finalmente falou. - Nossa... - Ele repetiu.
- Pode dizer algo diferente? Preciso da sua opinião...
- Isso porque pedi para tomar cuidado.
- Desculpa.
- Não tem porque se desculpar, você seguiu o que sentia e isso é o certo, o que mais importa aqui é como você está com isso. - Ele fez uma pausa pensativa. - Ela disse que não te ama...
- Sim.
- Nossa Clarke, que cuzona! - Ta! Bellamy não economizava nas palavras.
- Ah Bell...não posso obrigá-la a me amar.
- Mas pode fazer com que se apaixone por você.
- Como assim? - Perguntei com medo do que diria.
- Qual é Clarke! Você é muito gata! Aposto que a Lexa é louca por você! Ela só deve ter medo de admitir. Olha! - Ele parou a minha frente. - Eu não conheço Alexandra Woods a ponto de saber o que sente, mas você sabe mais do que eu. Pensa Clarke!
- Ainda não entendi.
- Caralho! Eu te adoro, mas você é muito lenta! - Bellamy segurou meus braços levemente. - Faça dela a sua submissa!
- A ta! - Falei irônica. - Ela nunca vai aceitar isso.
- Ela não precisa saber...
Bellamy estava certo, se eu conseguisse fazer com que Lexa comesse na minha mão, tudo seria perfeito e, talvez, ela até se apaixonasse por mim.
[.....]
Quando entrei no quarto, a imagem que vi logo de cara me fez parar.
Lexa saindo do banheiro, seu corpo meio suado por causa do vapor quente, somente o top e o shorts cobriam certas partes do seu corpo. Ela soltou o coque que prendia seu cabelo e os fios caíram lentamente, alguns grudaram ao seu corpo ainda úmido.
Fechei a porta e me sentei na cama sem dizer nada, peguei o celular e comecei a mexer em qualquer coisa que me distraisse daquela visão dos deuses.
Puta que pariu! Essa cena tinha que acontecer logo agora?
- Ainda esta brava? - Ela perguntou se sentando bem a minha frente.
- Não. - Falei sem tirar os olhos do celular.
- Então podemos conversar? - Eu assenti sem dizer nada e sem tirar os olhos do celular. - Larga isso! - Lexa puxou o celular da minha mão, se levantou e deu dois passos para frente.
- Me devolve! Não tem graça! - Falei indo em sua direção e tentando pegar o celular da mão dela, o que era impossível pois ela desviava antes que eu alcançasse sua mão.
- Então presta atenção em mim! - Ela virou para mim de uma só vez e nossos corpos se chocaram um contra o outro. - É, assim está bom.
- Se está bom acho que já pode me devolver o celular.
- Vem pegar... - Ela falou colocando o celular dentro do seu top.
- Nem vem! - Falei me afastando um pouco. - Não vou entrar no seu joguinho, está tarde! - Virei de costas para ela e comecei a puxar as cobertas da cama para me deitar.
- Eu não te dei opções.. - Novamente senti o corpo dela junto ao meu, senti também o suor do seu corpo atravessar aos poucos o pano da minha blusa. - Se quiser seu celular, já sabe o que fazer... - Ela cochichou em meu ouvido e eu continuei parada.
- Não... - Falei mordendo meu lábio inferior. - Para com isso Lexa! - Me sentei na cama e ela se colocou de pé bem na minha frente.
Lexa apoiou suas mãos sobre as minhas na cama.
- Para de ser chata... - Ela cochichou em meu ouvido e me deu um beijo doce, mordendo meu lábio inferior antes de voltar a sua postura.
Ela guiou minhas mãos dos seus seios até a cintura, passando lentamente pela barriga.
- Ainda quer seu celular? - Lexa perguntou o tirando de dentro do top e colocando em minhas mãos.
Como ela previa, coloquei o celular no criado ao lado da cama, e me deitei ali, a puxando para que se deitasse sobre mim.
CARALHO! Como aquela morena beijava bem!
Ela passava a mão em meu corpo por baixo da blusa e entrelaçava seus dedos nos meus enquanto sua língua explorava cada centímetro da minha boca, as vezes ela beijava e chupava meu pescoço, enquanto isso, seu membro encostava, indiretamente, em minha intimidade e eu passava a mão em seu corpo cada vez mais suado, sentindo sua pele encostar na minha.
Lexa disse que não estava apaixonada por mim, mas a cada segundo algo me fazia acreditar que ela sentia algo por mim, apesar de não querer.
Espera! E a idéia de que eu a faria submissa? Ah, acho que só mais uma noite não faria mal a ninguém, não é mesmo?
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