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História Into You. - Fire Meet Gasoline.


Escrita por: romansholiday

Capítulo 13 - Fire Meet Gasoline.


Fanfic / Fanfiction Into You. - Fire Meet Gasoline.

Camila Cabello.

 

Estava pouco me fodendo para o toque de recolher, eu precisava achar Lauren. Eu precisava olhar dentro daqueles olhos e mostrar o lugar que ela deveria estar.

Estava tudo muito escuro e nem as luzes de fora dos chalés serviam para iluminar meu caminho. A chuva estava grossa e pesada, em segundos eu já vi meu rosto pingar com água gelada, o céu trovejava em raios brancos pelo céu enquanto eu andava na grama lamenta.

Droga. Eu estava mesmo fazendo isso por uma vadia estupida? Não poderia esperar até amanhã? Eu provavelmente só estou me molhando a toa, e quando chegar não terei água quente para tirar isso de meu corpo.

Estava fazendo o caminho de volta, sem nem ideia do quão longe tinha ido quando ouço um barulho de vidro se quebrando. Parei meus passos, procurando ao meu redor qualquer movimento.

- Mas que... – eu murmurei para mim mesma quando identifiquei o que era.

Andei mais alguns passos, confirmando o que pensei. Era Lauren. Deitada a alguns metros de mim, com uma garrafa vazia de whisky ao lado.

Ela estava completa e totalmente molhada, com os olhos fechados e as gotas escorrendo por seu rosto sereno. Ela estava pálida e suja.

- Lauren? – eu questionei, sem saber se a morena no chão responderia.

Ela deu um sorrisinho abafado, como fazia sempre. Sim ela estava bem.

- Camilinha, Camilinha, Camilinha, eu sabia que viria. – sua voz rouca e falhada disse, um pouco baixa pela chuva que caia ao nosso redor. – Cedo ou tarde.

- Resolveu me esperar jogada na lama?

- Na verdade nem sei onde estou. – ela sorriu. Bêbada.

Porra, eu pensei.

- Você sabe o que eu fiz então. – disse.

- É, eu sei. – ela disse, serenamente. – Sabia que sempre quis tomar chuva nesse lugar? É um dos mais altos do acampamento, dá pra ver de tudo.

- Não vim pra ouvir suas bobagens. – murmurei, fazendo meu caminho de volta para o chalé.

- Se sabe o que fez, também deveria saber que essa é provavelmente sua ultima chance de falar o que quer. – ela disse.

- Bom, já estou molhada mesmo. – disse. – Se levante e seja mulher o suficiente para olhar na minha cara enquanto eu falo.

Lauren agiu de imediato, rolando umas duas vezes e caindo quase sempre tentando levantar. Quando a morena finalmente estava de pé, encharcada e suja, não pude reparar que a filha da puta continuava linda. Arhg.

- Fale, docinho. – ela disse.

- Sabe o que você é Lauren? Um ser humano nojento. Eu achava que tudo isso que ouvi falar de você, ou o jeito que tratava as pessoas, era somente um chilique de uma adolescente mal amada como nos filmes. Mas adivinha? É bem mais fundo que isso. Você não tem nem 18 e já é uma vadia bêbada que vive pela infelicidade dos outros, e que não tem um relacionamento porque sabe que ninguém suportaria passar uma misera semana ao seu lado.  E sabe Lauren? Você é fantástica por fora, mas por dentro... Você é tão suja quanto está agora, e mais feia do que imagina.

A morena continuou me olhando, com os grandes e redondos olhos verdes que me tiravam a atenção de todo o resto. Minha boca estava entreaberta, eu nem me lembrava de respirar.

O barulho da chuva nem estava mais tão alto, era como se eu estivesse sendo sugada para o mundo que Lauren guardava na cabeça. E não era como olhar para ela normalmente. Dessa vez ela estava suja, vulnerável, sem nada a perder.

Estava transparente.

E foi nesse segundo conturbado, que Lauren fez a ultima coisa que eu pensei que ela faria. Ela me beijou.

Pelos primeiros dois segundos eu fiquei em choque, os lábios frios e rápidos de Lauren me atacaram antes mesmo de minha mente formular qualquer ação.

Quando meus sentidos voltaram já era tarde demais. As mãos de Lauren estava firmes em meu rosto molhado, seus lábios eram fortes e famintos nos meus que não tinham escolha a não ser continuar o movimento.

Os lábios de Lauren era algo que nunca tinha sentido: eram frios, prazerosos, massageavam os meus com o equilíbrio perfeito entre doçura e ferocidade. Lauren tentava aprofundar os beijos com velocidade, e cada vez mais minha sanidade ia retornando á minha mente bagunçada.

Empurrei Lauren com os braços, fazendo a morena cambalear dois passos para trás, ainda a expressão confusa.

- O que...?

- Fique longe de mim! – eu menti.

Minhas mãos pulsavam e antes mesmo de eu conseguir controlá-las, ouvi um estalo e o rosto molhado de Lauren voar para o lado. Minha mão ardia e Lauren e eu compartilhávamos uma expressão chocada.

Lauren veio ao meu caminho, me agarrando pelos braços e tropeçando. A grama estava escorregadia, de modo que nós duas rolamos juntas pela pequena colina.

Eu sentia o cheiro forte da grama cortada e da lama em meu rosto, Lauren deu um gemido de dor e eu podia ver que ela tinha amortecido toda minha queda.

- Lauren?! – eu chamei.

- Feliz agora? – ela disse. – Acho que machuquei a perna.

Me sentei um pouco dolorida e olhei para a perna de Lauren que estava repleta de cortes e completamente suja.

- Lauren está toda cortada. – eu murmurei. A morena deu de ombros, colocando o cabelo sujo para trás.

- Ótimo. – ela disse, mal-humorada. – Pelo menos estou bêbada o suficiente para não ligar.

Tirei a jaqueta que estava, sentindo o vendo frio bater em minhas costas nuas. A peça não estava muito linda pela queda, mas estava como seda perto da perna de Lauren que estava ensanguentada e com terra.

- O que pensa que está fazendo?! – ela questionou.

- Não deixando infeccionar idiota. – retruquei, limpando a perna de uma Lauren emburrada.

Depois disso levantei-me, tirando as folhas e lama que eu podia de meu corpo e mesmo assim eu ainda estava imunda. Lauren estava no chão, encarando o nada e parecendo um pouco tonta.

- Venha. – eu estendi minha mão. – Precisamos lavar isso ai.

- Não. – ela bufou. – Posso levantar sozinha.

Lauren jogou a jaqueta de lado e se levantou com dificuldade, logo caindo de novo e soltando alguns palavrões que não consegui identificar.

- Vai acabar piorando. – eu suspirei. – Porque não admite que precisa de ajuda?!

- O que pensam que estão fazendo aqui?! – uma voz masculina soou, uma luz rapidamente me cegou.

Coloquei uma das mãos na frente do rosto, conseguindo identificar um dos vigias com uma lanterna na mão, no meio da chuva.

- Nós... – eu tentei pensar em algo. Nada.

- Não me importa! Pegue sua namorada e vamos imediatamente para a sala do diretor! – ele rosnou.

- Mas...

- Mas nada menina! O toque de recolher aconteceu há horas, não conhece as regras? – ele disse. – Vamos.

Abaixei no chão e coloquei o braço de Lauren ao meu redor, ignorando-a reclamando de mim.

- Camila! – ela murmurou.

- Cale a boca e não piore ainda mais a situação.

Seguimos pela chuva com o vigia até a diretoria.

...

- Desculpe acordá-lo senhor, não fazia ideia do que fazer com essa situação. – pude ouvir o homem murmurar dentro da diretoria.

Então ela dormia nesse lugar? Bom, pelo menos não tinha aquele cheiro nojento de madeira e ratos no telhado.

- Só quero ver quem são as duas garotas que... – o velho dizia abrindo a porta.

Sr. Hernandez vestia um roupão vermelho escuro, era estranho ver o homem tão informal e não com seus típicos ternos e gravatas.

- Jauregui. Cabello. – ele pareceu surpreso. – Céus!

Eu e Lauren estávamos sentadas na sala de espera, a morena ainda pingava e eu tinha lama por todo o meu corpo.

- Nem sei por onde começar. – o mais velho disse.

- Sr. Hernandez eu...

- Porque primeiramente, não me explicam o porquê de estarem perambulando por ai depois do toque de recolher? Achei que já estavam cientes das regras. – ele me interrompeu.

- As duas estavam se agarrando no chão senhor. – o vigia disse.

- Perdão?! – o diretor se virou pra ele, confuso e espantado.

- É mentira! – eu exclamei. – Nós apenas escorregamos! Lauren machucou a perna.

- Srta. Cabello. Pode me responder?

- Claro. – eu suspirei. – Eu sai de meu chalé... Estava indo falar com Lauren, mas não é o que está pensando!

- Então quer dizer que foi a senhorita que...

- Fui eu. – a voz rouca e alta de Lauren surgiu. – Eu chamei Camila em seu chalé mais cedo e decidi fazer uma brincadeira com ela. Camila me achou e nós escorregamos, eu me machuquei e ela estava me ajudando.

Fiquei de boca aberta por alguns segundos. Qual era o problema dela?

- Bom... Foi mais fácil do que pensei. – ele disse. – Senhorita Cabello, confirma á historia?

- Não é culpa dela. Eu poderia muito bem ter voltado para meu chalé quando pude, na verdade, não deveria ter saído. – eu disse.

Lauren me fuzilou com o olhar.

- Nunca achei que veria vocês duas agindo juntas. – ele disse. – Bom, está tarde, vamos resolver isso logo.

- Quero a mesma detenção ou o que for que Lauren. – eu avisei. – Não é justo.

- Eu ainda nem disse Senhorita Cabello. – ele disse. – Já que vocês duas parecem estar se dando bem, depois de tanta discussão, porque não melhoramos isso?

- Com o que?!

- Convívio, filha. – ele disse. – Amanhã mesmo eu converso com as senhoritas Kordei e Issartel.

- O que?! – nós duas dissemos juntas.

- Ou senhorita Cabello, você prefere voltar com o assunto de hoje mais cedo? Lauren seria expulsa. – ele disse.

Pisquei desesperada. Droga. Nem ao menos lembrava disso.

- Não. – neguei. – Companheiras de chalé está ótimo. Não é Lauren?

- Não é como se eu tivesse opção. – ela disse.

- Então se puderem retornar aos seus respectivos chalés, eu agradeceria por continuar minha noite de sono. – ele se levantou. – Boa noite senhoritas.

...

Lauren não discutiu em voltar para o meu chalé. Sua perna estava piorando e nós duas sabíamos que a ultima coisa que ela queria era dar satisfações para Normani sobre o ocorrido.

Lauren não deu uma palavra o caminho todo, até mesmo quando eu a enfiei no banheiro e limpei seu machucado, tudo o que a morena disse foram gemidos doloridos pela agua fria contra os cortes.

Quando sai de meu banho pude ver Keana dormindo serenamente e uma Lauren limpa usando minhas roupas encolhida de frio em minha cama. Coloquei um lençol e joguei algumas roupas no chão ao lado de Lauren, ouvindo a respiração pesada da morena ao meu lado.

Minha mente girava, passei a mão em meus lábios frios lembrando do gosto de Lauren por ele todo. Eu não sabia que queria isso, até acontecer. Droga.

Mas não era nada, não é? Lauren não tinha controle, não sabia o que estava fazendo. Era a bebida, não é?

Amanhã, ela não se lembraria? E se lembrasse... O que eu iria fazer?

 


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Referencia á minha música favorite "Fire Meet Gasoline" da Sia, que eu ainda vou usar MUITO na fic. Enfim, o que acharam? Será que Lauren vai lembrar? Será que ela tava bêbada mesmo?


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