História Intocada - Secrets

Sasuke Uchiha

Era o meu quinto cigarro batizado.

A brisa de inverno já começava a surgir sobre a manhã, meu corpo se aquecia com a luz fraca do sol e com todas aquelas composições no baseado. Era o meu legitimo café da manhã.

— Ah eu não acredito! Uma hora dessas Sasuke? 

Virei meu rosto para trás, estreitando os olhos pela incomoda claridade. Lá se vinha Temari, uma das minhas melhores amigas, trajava uma de minhas blusas e meias até a canela.

— Não enche,Temari.

Resmunguei, apagando o resto do cigarro sobre o gramado esverdeado, ela se sentou ao meu lado passando as mãos sobre os braços numa tentativa inútil de se esquentar.

— Sua mãe mandou te chamar para tomarmos café.

Falou calmamente, fitando o céu acima.

— Não estou com fome! — respondi de súbito.

— Ah qual é Sasuke, essa porcaria não vai te sustentar pro resto da vida! Olha só pra você, tá magro que faz dó. — me virei a encarando, eu queria voar em seu pescoço, mas eu sabia, ela só estava tentando me ajudar.

— Quando eu tiver fome eu como, pode ser? —

— Pode! Mais não demora, sua mãe disse que quer tudo impecável pra quando o noivo chegar. — ri nasalo.

— Tinha de ser um pastor. — debochei.

— Ele tem uma filha Uchiha. Você terá uma nova irmã. — Temari deu tapinhas nas minhas costas me fazendo rir.

— Uma irmã puritana. Sou má influencia pras pessoas Temari, bem capaz dela nunca mais querer botar os pés aqui em casa!

— Mas isso não vai impedir sua mãe de casar com ele. 

A verdade era que eu estava incomodado, minha mãe esqueceu tão rápido do meu pai que eu cheguei a questionar se o amor era verdadeiro. A porcaria do amor!

— Bom, vou indo que minha mãe já deve estar preocupada. — Temari me deu um beijo na bochecha e saiu logo em seguida.

Hoje não era um dos meus melhores dias, e justo hoje eu teria de pagar de bom moço na frente do pastor, ótimo, era tudo que eu realmente desejava nesse instante.

...¬

Minha mãe arrumou pela milésima vez a minha gravata, aquele terno me apertava às juntas e a minha cara não era uma das melhores.

— Porra mãe já chega! — falei alto, a assustando.

— Mais respeito, moleque. — continuou a ajeitar enquanto eu bufava. —Sasuke? —

— O que? — disse com raiva.

— Hoje é um dia muito importante pra mim, estou tentando ser feliz novamente então será que, por favor, você poderia se comportar, falar formalmente sem esse tanto de gíria, nem dizer palavrões sobre a mesa e muito menos fumar.

— Isso é impossível! Esse não sou eu mãe.

— Por mim Sasuke. — bateu os pés impaciente sobre o carpete da sala. Passei as mãos violentamente sobre os cabelos.

— Eu posso tentar... — sua boca grudou em minha bochecha e logo depois ela calçou os saltos.

Ela estava linda, e o sorriso mais ainda. Nunca vi minha mãe desse jeito, ela parecia aflita, nervosa e com medo. Parecia a Temari quando dava surtos por causa dos garotos que ela pegava.

— Onde estão Ethan e Saori? — perguntei notando que toda a casa estava silenciosa.

— Na casa da sua avó.

Dei de ombros me sentando no sofá, faltavam pouco tempo para o pastor e sua filha chegarem e nesse tempo dava tempo de fumar um cigarro para aguentar o pastor falando de Deus e o quanto ele é perfeito.

Retirei o cigarro do bolso e o isqueiro em seguida, coloquei o cigarro sobre os lábios e acendi, soltando a primeira traga de muitas que ainda virão.

Não me importei se talvez eu incendiasse a casa com o cheiro forte da fumaça de nicotina e maconha, era prazeroso pra mim, e pros outros, bom, pros outros, foda-se.

Dei a ultima tragada apagando o cigarro sobre um pratinho que continha restos de cinza de velas, ninguém nem iria perceber. Até que a campainha tocou, minha mãe saiu correndo da sala gesticulando coisas rápidas, mas entendi que ela queria que eu levantasse.

Antes de abrir ela ajeitou o vestido e olhou no espelho da copa, juntou os lábios suavizando o batom e abriu a porta com o maior sorriso.

— Kizashi! — o homem que estava trajado de um terno cinza segurava rosas vermelhas sobre a mão, e uma bíblia na outra. — Entre! — o homem entrou e até então não havia notado a minha presença. — Onde está Sakura? —

— Está no carro querida. Ela foi pegar um presente para você. — minha mãe sorriu de orelha a orelha, demonstrando felicidade.

— Kizashi, este é meu filho Sasuke, Sasuke esse é o Kizashi. — seu olhar me denunciava “trate-o com educação se não eu te mato” e assim fiz, apertei a mão do homem com um sorriso falso sobre os lábios.

— Mikoto me falou muito sobre você, rapaz.  —

— É, ela também vivia falando de você. — falei com desdém, ela me fitou em desaprovação pelo meu tom grotesco e pegou os pulsos de Kisashi o puxando para a cozinha.

— Querida, não é por nada mas está um cheiro estranho de queimado por aqui. — foi impossível não conter uma risadinha, que relativamente chamou a atenção dos dois, tossi para dar uma disfarçada. Porem minha mãe sabia que eu havia fumado dentro de casa.

— É que eu acendi... Acendi umas velas e esqueci-as acesas. — ele murmurou um “hum” enquanto se sentava nas cadeiras envolta da mesa.

Sentei-me também, peguei meu celular sobre o bolso desbloqueando a tela e vendo que havia diversas mensagens de Temari zombando da minha cara sobre o fato de eu, pecador, está sentado jantando com um pastor.

— Meu jovem, sabia que é pecado usufruir de um aparelho eletrônico enquanto se come sobre a mesa?

Desviei a atenção do celular fitando Kizashi, ele parecia um bom samaritano e mesmo que eu estivesse com muita pouca paciência e quisesse mandar ele para o inferno, eu me controlei, sabia que isso era importante para a minha mãe.

— É pecado também lanhar a mãe dos outros antes do casamento... — sussurrei, com a mão na boca.

—Sasuke! — olhei para minha mãe e ela semicerrou os olhos, ela havia escutado, que maravilha.

Escutamos alguns barulhos, barulhos de papel sendo remexidos e passos curtos se estendendo até a sala de jantar, virei-me fitando dois pés que trajavam sapatilhas pretas, as pernas desnudas e mais adiante uma saia jeans abaixo do joelho, a blusa social branca e logo cheguei em seu rosto.

Esta era a filha do pastor!

A garota carregava com dificuldade o que parecia ser uma mesa de centro, tampando o rosto.

— Oi gente... Desculpa a demora, é que isso está um pouco pesado. — a voz dela era doce e soou tão devagar.

— Oh minha querida, não precisava! Sasuke ajuda a Sakuraa colocar isso na sala. — me levantei da cadeira caminhando ate a garota.

Segurei a caixa com as minhas duas mãos e instantaneamente ela se livrou do peso parecendo aliviada. Foi então que vi seu rosto, os olhos verdes eram completamente viciantes.

Por Deus, ela era linda!

De imediato meus pensamentos pecaminosos começou a invadir minha cabeça, ela sem aquela saia larga, mostrando suas coxas fartas, sem aquela blusa de mangas grande, revelando o sutiã de cor vermelha, encima de mim, me ensinando como é bom sentir o doce pecado do prazer. 

" Quando morder deste doce, tenha consciência de que terá de comer o resto."

...