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História Intoxicate - 16- Drunk Harry part Two



Notas do Autor


Segunda parte do capítulo. Ainda conta a história do Harry no passado. O próximo capitulo já vai voltar contando sobre a história no presente com o Louis e tal.

Beijinhos e boa leitura.

Capítulo 16 - 16- Drunk Harry part Two


Fanfic / Fanfiction Intoxicate - 16- Drunk Harry part Two

 

Três meses depois...

- Harry já chega – O barman insistiu novamente se negando a entregar mais um copo a Harry. Jessy conhecia Harry há dez meses e ele nunca tinha visto o garoto em um estado tão ruim. Nem no primeiro dia que ele apareceu ali com os olhos vermelhos e vazios Jessy se negou a o embebedar – Você está péssimo, isso não é saudável. Você precisa parar de beber.

- Cala a boca Jessy, eu nem estou tão bêbado assim – Mas ele estava. Harry estava cada vez pior. Jay não o ligava há alguns meses, nem mesmo Jonathan era visto nos corredores do hospital pelo cacheado. A Tomlinson havia combinado que era mais saudável para Harry que ele mantivesse uma distância das noticias sobre Louis, pelo menos durante o tempo em que ele não decidisse se iria voltar ou não. Isso estava piorando Harry aos poucos. 

- Harry eu não vou lhe entregar mais nenhuma bebida – O homem disse se impondo sobre o cacheado que não conseguia se equilibrar na cadeira – Eu não quero ser responsável pela sua morte.

Harry costumava escutar muito isso ultimamente. Até mesmo seu chefe no hospital que havia o dado a semana de folga para que ele não se sobrecarregasse de trabalho, mal sabia ele que isso só iria piorar o estado de Harry. Agora ele poderia se considerar alcoólatra, ou apenas um viciado em fugir dos próprios pensamentos que o condenavam.

- Eu não preciso de você para ficar bêbado – Harry disse se levantando cambaleante e saindo do bar de encontro à rua fria e pouco movimentada. Ele se agarrou as suas roupas para se esquentar e caminhou a procura de algo para não precisar voltar para casa antes de meia noite. Sempre que ele chegava antes disso em casa o sono ainda estava distante, o que rendia em horas deitado na cama pensando. Nem que ele precisasse caminhar nas ruas até desmaiar, Harry não iria ficar deitado na cama pensando no quanto era um babaca.

- Hey cara – Uma voz masculina chamou a atenção de sua mente bêbada – Está precisando de algum lugar pra poder fugir da realidade? – Harry o olhou admirando o homem encostado na parede ao lado de uma porta que ficava de frente a uma escada. Provavelmente uma boate. Harry caminhou até ele e o cara apenas constatou que sua dedução de que ele estava bêbado estava certa.

Ele disse o preço e logo Harry pagou sendo liberado para subir a longa escada. Já em cima ele se encontrava em uma área preenchida com música abafada, a luz era baixa e avermelhada. O lugar escuro e apertado logo o deixou um pouco tonto pela sua claustrofobia, mas ele estava bêbado demais para surtar. Algumas pessoas estavam sentadas em alguns sofás que ficavam ali e Harry seguiu adiante abrindo a única porta que ele achou. A música e todas as luzes o atingiram em cheio, o lugar era bem grande e estava bem lotado.

Não levou muito tempo para que o Harry, já bêbado, se perdesse lá dentro. Ele só sabia se mexer conforme todos o empurravam a fazer, de acordo com a música. Harry já não sabia o que estava fazendo desde que saiu do bar, agora ele era apenas um corpo vazio.

Porém ele se lembra do ponto da noite quando um garoto menor de idade o ofereceu um comprimido e ele aceitou sem nem ao menos saber o que era. Ele já tinha uma ideia, mas não foi ele quem aceitou. Quando ele parou para perceber o que estava fazendo, ele só enxergava borrões.

Na outra manhã Harry acordou sozinho, o que o aliviou muito. Mesmo longe de Louis, ele não suportaria dormir com outra pessoa. Porém a paz de Harry foi embora quando ele caminhou por seu apartamento e o encontrou totalmente desarrumado, todas as coisas fora do lugar e algumas delas quebradas.

Ele apenas abriu as janelas e deixou que aquele cheiro de perfume feminino sumisse. Fingindo que nunca havia o sentido ali dentro. Depois de tomar um banho e tentar se recuperar de toda aquela sensação horrível, Harry se deitou no sofá. Ele nunca havia usado drogas, mas sabia dos efeitos. Se ele se esforçasse, sem que sua cabeça explodisse, ele conseguia lembrar que fez um trabalho na faculdade sobre isso. Os efeitos colaterais estavam todos ali. Ele tinha sorte que o ecstasy que recebeu não era tão forte. Existem alguns que o efeito dura dias.

Como se sua mente já não estivesse culpada o suficiente, seu celular tocou fazendo sua cabeça pulsar quando ele se levantou. A famosa tontura o acompanhando pelo caminho.

Tudo piorou quando ele pegou o aparelhou e leu "Jay" na tela. Já fazia tanto tempo que ela não o ligava e Harry tinha medo que isso trouxesse más noticias.

Porém a ligação não trouxe más noticias. Jay apenas queria saber como Harry estava e se surpreendeu quando ele atendeu a ligação já chorando. Harry contou tudo o que fez na noite passada e seguida do mês horrível que teve. A mulher soube naquele momento que o afastar era pior. De alguma forma, o deixar sempre sabendo sobre Louis era uma forma de dá-lo esperança. Ela teve pena de Harry, ele realmente não sabia viver sem Louis. 

Jay costumava achar que seu filho era quem era dependente de Harry, mesmo sobre tudo, ela apoiou um pouco Harry na decisão de se afastar por um tempo. Ela achava que Louis precisava ser menos dependente e saber viver longe de Harry, mas na verdade, quem era o verdadeiro dependente ali era Harry e isso não iria se curar com algum tempo longe de Louis, ia só piorar.

-Harry você precisa voltar e conversar com o Louis – Jay disse depois de um longo silêncio, apenas escutando Harry chorar – Eu acho que ele já está pronto e você precisa dele.

- Eu não posso Jay – Harry disse repirando fundo – Ele precisa de um tempo longe, viver por conta própria, você sabe. Eu já te contei tudo isso.

- Ele precisa? Ou você precisa Harry? – Jay perguntou e Harry apenas chorou mais.

- Mesmo assim Jay – ele disse com dificuldades. Jay já respirando fundo se impedindo de chorar com o rapaz. Ela precisava ser firme dessa vez – Louis está com outro agora. Eu não posso voltar e estragar um relacionamento que pode ser bom para ele.

- Eles nunca estiveram juntos – Jay disse de uma vez fazendo Harry falhar em uma batida – Louis me disse que o garoto o pediu em namoro, mas ele não aceitou. Ele disse que não consegue fazer isso, não consegue começar um relacionamento se ele sabe que vai terminar de uma forma horrível. Você precisa voltar e dizer a ele que ele está errado, mostrar que o que está faltando para ele é amor, e isso eu sei que nunca vai faltar para vocês dois.

Harry ficou um longo tempo em silêncio absorvendo a informação. As coisas estavam em mudança e ele conseguia sentir isso. Ele também sentia medo dessas mudanças, elas poderiam ser boas ou extremamente péssimas.

Mesmo que já se tenha passado um ano e alguns meses, Harry pediu para Jay que o desse uma semana para pensar. Ele só precisava colocar seus pensamentos em ordem. Harry iria trabalhar, sem que isso fosse obsessivo, não iria beber e nem fugir de seus pensamentos, ao contrário, iria se focar nos pensamentos.

A semana começou e Harry estava cumprindo com sua promessa, porém ele nem precisou de muito tempo. Na terça-feira Harry foi chamado na sala da direção que comandava aquela sede do hospital. Eles estavam fazendo uma reunião com todos os médicos daquele turno e Harry manteve sua pose profissional. Poderia ser apenas uma reunião para informar as mudanças no investimento ou salário, Harry realmente não achou que aquilo fosse algo sério.

Jonathan estava sentado ao fundo da sala e Harry sentiu um arrepio com seu olhar. Ele mandou um sorriso que o mais velho retribuiu e logo a reunião começou.

Harry prestou atenção em cada palavra que seu superior dizia. Ele começou falando que os médicos ali presentes precisavam de uma mente mais aberta e solidária naquele momento, eles estavam prestes a receber uma ótima oportunidade e não seriam os únicos privilegiados se a aceitassem.

Logo depois ele passou alguns slides. Os primeiros eram imagens fortes de acidentes que estavam acontecendo muito em uma cidade afastada, a neve acumulada nas estradas e todas as tempestades eram as causadoras dos acidentes. E então veio a foto do hospital na cidade que era da mesma companhia. Assim que veio a imagem via satélite mostrando como ficaria o tempo lá dali a algumas semanas, Harry congelou. Aquela era a cidade que ele abandonou, onde Louis estava.

- Durante esse tempo, a necessidade de ajuda aumentou. Nós recebemos pedidos de ajuda pela falta de médicos e equipamentos. Daqui a alguns meses uma tempestade forte vai atingir essa área, como todo ano ela é atingida, e eles irão precisar de ajuda. Nós queremos no mínimo vinte voluntários para passar essa temporada lá, o que irá durar no máximo três meses. Os que se voluntariarem irão receber um aumento de vinte por cento no salário durante a estadia nesse lugar, com a viajem paga lugar para ficar.

Assim que o discurso de seu superior terminou, Harry não hesitou em levantar a mão e se voluntariar. Jonathan o olhou com um sorriso largo e concordando com a cabeça em uma aprovação silenciosa.

Pela primeira vez durante todos esses meses, Harry sentiu que finalmente tinha um objetivo. E não era algo que ele precisava ficar repetindo na própria cabeça na tentativa de se fazer acreditar, mas algo que o fazia querer acordar todos os dias disposto a arrumar suas malas e voltar para o amor da sua vida.

Mais do que uma oportunidade no emprego, Harry enxergou isso como o destino o dando mais uma chance.

 



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