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História Intoxicate - 4- Actually a doctor now.



Capítulo 4 - 4- Actually a doctor now.


Fanfic / Fanfiction Intoxicate - 4- Actually a doctor now.

-Senhor Tomlinson - a enfermeira chamou minha atenção arrastando a cortina para o lado. Eu estava na sala das emergências. As macas eram separadas por cortinas grossas de vinil azul- o senhor será liberado em breve.

Antes que ela fosse embora eu a chamei, usando todas as minhas forças e eu juro que não estava fazendo drama. Meu corpo inteiro doía muito e eu ainda me recuperava do que acho ser a pior dor que já senti na vida.

- como estão meus amigos? - eu perguntei sentindo minha garganta fechar. Minha voz estava falhando. Desde de que cheguei eu não recebi nenhuma notícia e isso estava me matando. Se algo tiver acontecido com eles eu nunca vou me perdoar. A mulher olhou um papel perto da minha maca e suspirou.

- tem um rapaz na recepção e a menina... Ela foi liberada agora a pouco da sala de cirurgia - ela disse e logo saiu do quarto, eu não tive tempo para dizer nada contra. Holly tinha ido parar na sala de cirurgia? Se ela já havia saído de lá então ela estava bem? Eu preciso levantar logo daqui.

Eu ainda estava suando. Quando cheguei eu ainda estava um tanto desacordado, mas assim que ouvi o médico dizer que eu tinha deslocado o ombro eu me desesperei. Ele disse para os enfermeiros que era uma luxação, ou seja, traduzindo para o que sabia sobre medicina... Isso iria doer muito!

Eu estava acordado quando eles colocaram alguma coisa de borracha na minha boca, quando amarraram uma faixa no meu ombro. Foi ai que eles puxaram. Eu ainda lembrava como meu braço foi para baixo e para o lado, mas além de toda dor que me fez chorar, o alívio veio de imediato quando meu braço já estava de volta no lugar certo.

Foi muito doloroso, mas felizmente agora eu quase não sentia nada. A tala no meu ombro estava ajudando muito.

- o senhor já está liberado, aqui está sua receita para comprar os remédios para dor. Vai precisar amanhã pela manhã, mas agora pode se tranquilizar porque já injetamos uma dose no seu soro - O médico parecia cansado enquanto me entregava os papeis - qualquer dor excessiva você deve voltar.

- tudo bem - respondi com a voz ainda rouca - eu posso ir ver minha amiga Holly? Ela chegou comigo e eu acho que estava em cirurgia.

- Oh ela não está na minha ala - suspirei triste. A preocupação me sufocava - você pode perguntar na recepção, mas se ela estava na sala de cirurgia provavelmente não poderá receber visitas.

- obrigado.





 

Assim que cheguei na recepção meu coração saltou. Nick estava com os olhos vermelhos e seu cabelo estava desgrenhado, ele parecia desesperado. Me aproximei e assim que ele me viu eu agradeci pela tala no meu ombro, se não fosse por ela ele teria me abraçado com força e ai eu voltaria para a emergência.

- Oh céus - Nick tremia enquanto eu me inclinava sobre o peito dele - eu estava tão preocupado.

- eu já estou bem - suspirei passando o rosto pela blusa dele. Não posso explicar como o seu cheiro me deixava calmo, o mesmo era com a Holly, algo neles me fazia sentir em casa - você sabe alguma coisa da Holly?

Ele balançou a cabeça em negação. Eu olhei em volta admirando a sala comprimida, algumas cadeiras ficavam perto da parede enquanto do outro lado da sala ficava um balcão com algumas enfermeiras.

- você ao menos perguntou? - eu perguntei um pouco alterado. Como ele pode simplesmente ficar aqui sentado sem fazer nada enquanto não sabemos nada sobre ela?

- ei Louis, não desconta em mim - ele disse se encolhendo no meu braço bom que rodeava sua cintura e eu me desculpei. Eu estava apenas nervoso demais - eles disseram que apenas familiares podem vê-la.

- mas os familiares mais próximos dela moram em New York - eu questionei - vai demorar umas cinco horas para eles chegarem e isso porque eles ainda nem sabem.

- eu liguei para os pais dela e eles disseram que viriam o mais rápido possível... Não sei quando seria isso Lou - Nick suspirou triste e eu praticamente surtei. Ninguém iria me impedir de ver minha irmãzinha! - Louis onde você vai?

Nick desistiu de me chamar e acabou me seguindo até o balcão. As enfermeiras que estavam rindo de alguma coisa idiota param assim que eu parei na frente delas. Minha melhor cara de indiferença.

- quero saber o quarto de Holly Edwards - disse ríspido e uma das enfermeiras ergueu a sobrancelha enquanto olhava os papéis em sua frente.
 

- você é da família? - perguntou debochada e eu respirei bem fundo, não podia me descontrolar tão fácil assim.

- não, eu sou um amigo - respondi o mais controlado que pude para não gritar. Se tem uma coisa em que não sou bom é em engolir pessoas debochadas, mesmo que eu seja debochado... Mas eu só sou debochado com quem merece e não com uma pessoa preocupada com um amigo que está sozinho na sala de um hospital.

- sinto muito - ela apoiou o cotovelo na mesa fazendo um bico enquanto erguia a sobrancelha em modo desafiador - apenas família.

- a família dela não mora aqui - cuspi as palavras porque já estava na cara que não iria deixar que ela fosse debochada assim comigo - se você não me deixar entrar ela não vai ter ninguém. SERÁ QUE DÁ PARA VOCÊ PARAR DE CU DOCE E ME DIZER QUAL É A PORRA DO QUARTO?

A mulher transformou sua feição em medo quando eu bati minha mão no balcão de mármore. Minha mão estava latejando, mas eu não estava ligando.

- senhor se controle ou eu vou chamar a segurança - ela ameaçou pegando o telefone. Ah eu não vou sair daqui antes de ver minha Holly. Ela precisa de mim. Senti a mão de Nick no meu braço, ele já sabia que eu iria surtar.

- NÃO VOU ME CONTROLAR ATÉ QUE VOCÊ ME DEIXE VÊ-LA - gritei de novo e a mulher já discava os números. Algumas pessoas estavam prestando atenção e outras estavam ali apenas para interferir se alguma briga acontecesse, mas eu não faria nada disso se essa puta simplesmente me dissesse o número do quarto.

- senhor eu sugiro que... - ela começou a dizer, mas alguém a interrompeu.

Meu coração parou por um segundo. A voz rouca soou por todo lugar, todos ficaram quietos. Um segundo depois meu coração voltou a bater e agora ele dava bombadas fortes contra meu peito e eu me abracei com medo de me quebrar. Não era possível que essa voz fosse dele, mas eu jamais deixaria de reconhecer essa voz. Ela foi meu alento.

- o que está acontecendo aqui?- ele apareceu no meu campo de vista. Seu cabelo estava longo, muito longo, batendo nos ombros. Seu jaleco batia até os joelhos e ele parecia tão cansado quanto o outro médico que me atendeu, mas mesmo assim ele ainda continuava tão lindo quanto um deus que vem à terra apenas para tentar meros mortais como nós.

- Louis você está bem? - ouvi Nick me perguntar e então toda atenção da sala voltou pra mim enquanto eu desmaiava nos braços dele.


 

---

 

- ei - Nick me olhava com os olhos arregalando. Eu ainda estava no mesmo lugar, mas agora tinham mais braços me segurando. Ele me segurava.

Então não foi tudo um sonho? Ele estava mesmo ali? Ele estava de volta? O que... O que fazer?

- a pressão dele caiu - sua voz soou de novo e era como se ela ecoasse dentro da minha cabeça várias e várias vezes como uma pulsação constante. Eu iria morrer assim.

- me... Me solte - eu tomei forças para me apoiar nos meus próprios pés e ignorei minha visão escurecendo de novo. Eu consegui fazer a sala parar de girar aos poucos e então eu olhei em volta. Eu estava com tanto medo de olhar pra ele, mas mesmo assim eu juntei forças e olhei bem dentro dos seus olhos verdes.

Ele estava mesmo ali e era o motivo dos meus joelhos tremerem quase a ponto de me derrubarem. Todos me olhavam apreensivos, mas eu só tinha uma pessoa na minha mente.

- Harry? - eu tomei coragem e o nome saiu da minha garganta como se estivesse rasgando de dentro parar fora. Havia prometido para mim mesmo que nunca mais diria esse nome para o meu próprio bem. Era como se cada vez que eu escutasse uma pequena rachadura aparecesse no meu coração que agora é, ou pelo menos era, blindado.

Ele me olhava inexpressível. Nenhuma palavra deixando sua boca mesmo que ele a abrisse e fechasse varias vezes. Eu queria correr dali e ao mesmo tempo ficar e dizer tudo que queria. O resultado foi meus pés não se mexendo, mas minha boca não pronunciando nada.

- vocês... Se conhecem? - Nick perguntou curioso com minha reação e visivelmente preocupado.

Eu estava prestes a responder, não na verdade eu nem sabia o que responder, mas Harry mudou de assunto autorizando minha passagem ao quarto da Holly e eu nunca fiquei tão feliz em ouvir "quarto 13". Eu saí de lá o mais rápido que pude, talvez ele só quisesse fugir disso tanto quanto eu.

Há dois anos atrás ele conseguiu se livrar de mim e agora eu apareci de novo, mesmo que ele quem tenha voltado eu não vou atormentar a vida dele como ele acha. Aposto que nesse momento ele está se remoendo de culpa por ter voltado. Eu vou apenas fingir que ele não existe e poupar nós dois de um drama chamado "Não consigo me livrar do meu ex".

Mesmo que eu não queira me livrar dele, mas eu vou mentir para mim mesmo até que eu acredite porque eu não posso aceitar que alguém me abale tanto. É idiota seu coração quase sair pela boca quando você vê aquela pessoa que já seguiu em frente há muito tempo. Eu espero que um dia eu possa parar de tremer toda vez que eu escuto a sua voz... Ahhh.

Chutei a parede no canto da porta. O corredor estava vazio e eu estava com a cabeça encostada na porta de madeira do quarto em que Holly estava. Como esse tipo de coisa acaba acontecendo comigo? Ele não tinha ido embora? por que caralhos ele voltou? Para me destruir mais?

O pior de tudo é que ele nem deveria ter a intenção de mexer comigo, ele nem deve lembrar de mim direito, mas eu estava aqui sofrendo pelo simples fato de ter ouvido sua voz... Foram tantos anos.

É isso que o amor faz com a vida das pessoas: Ele te enche e te deixa nas nuvens, mas aí do nada ele tira tudo de você e você se encontra em uma queda livre direto ao chão. É como uma droga que você sempre vai ser viciado. Você vai ficar sem a droga e tudo que vai sobrar vai ser o desejo insaciável por ela.

Infelizmente eu acabei de perceber que nunca superei esse... Amor. Que coisa mais idiota! Será ignorada por mim até que eu esqueça que um dia senti isso. Se isso for possível.

Eu tenho mais de mil motivos para odiar o amor, mas o principal deles é Harry Styles.

 



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