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História Intoxicated - Gravity


Escrita por: vivik5h

Notas do Autor


Helllo. Demorei? sentiram saudades,eu também. Nunca vou cansar de agradecer por todos os comentarios que a fic tem tido, vocês são uns fofos, e confesso que cada comentario que leio, me deixa extremamente feliz. Pode parecer besteira, mas pra mim não é. Então, obrigada a todos. Continuem acompanhando.
Música para o capitulo: Why’d You Only Call me – Arctic Monkeys
Boa leitura. Link da musica nas notas finais.

Capítulo 11 - Gravity


“Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo.”- Bukowski. 

Cheguei ao meu apartamento, e vejo o Simon sentado na cadeira. Pra ele aparecer aqui só poderia ser sério.  De repente um nó se forma em minha garganta. Caminho até a geladeira e pego uma cerveja, volto e sento na poltrona ao lado. Ele pareceu não notar, ou fingiu não notar, eu o observava de rabo de olho.


          – O que você está fazendo aqui? – Pergunto impaciente.

– Só vim conversar. Não vou demorar.

– Precisava invadir meu apartamento pra isso? – Falei com antipatia.

– A porta tava aberta, e resolvi entrar, e você sabe muito bem o que estou fazendo aqui Jauregui.
           – Certo, diga logo o que quer. Sei que o senhor é muito ocupado, e eu não gosto de conversa afiada.  
        – Só vim dar um aviso. Preciso de provas logo. Estão me cobrando pelo resultado. Você não conseguiu nada ainda, temos que prosseguir.
           – Porque estão cobrando pelo resultado? Não acho que ela esteja envolvida nisso.
           – Pode até ser, mas, como você pode ter certeza disso? Não me questione Jauregui. - disse ríspido.
         – Já deu seu recado? Pode se retirar da minha casa, por gentileza – Falo rudemente e com um pouco de gentileza ao mesmo tempo.
         – Já estava de saída mesmo - disse com frieza – Não se esqueça do que eu te falei. Eu nunca fui seu inimigo, aliás, você deveria ser grata por tudo que eu fiz.


Ele bateu a porta com tanta força que a sala estremeceu. Por um lado ele tinha razão. Eu tinha que terminar logo com aquillo, sabia disso. Contudo, alguma parte de mim não queria ir a fundo, e talvez descobrir coisas desagradáveis, talvez exista outro lado dela que eu não conheça. Tem muita coisa em jogo e eu não posso arriscar. Não sei o que está acontecendo comigo.  Por que eu me importava com isso? Nunca me importei com nada. Algum sentimento havia despertado aqui dentro, carinho? Simpatia por aquela menina?No meu trabalho ausência de sentimentos era essencial, eu não podia ser sentimentalista. “O pior inimigo, todavia, que poderás encontrar, és tu mesmo” Nietzsche tem razão, eu sou minha própria inimiga, porém não tem fugir do que faz parte de nós. Não poderia me deixar levar por sentimentalismo barato. Eu não me permitiria isso. Não me permito.

Fui andando até varanda, porém antes peguei outra cerveja na geladeira, precisava relaxar um pouco, tirei uma carteira de cigarros de dentro do criado mudo, e acendi. Dei uma tragada forte, sentindo minha garganta queimar de um jeito prazeroso. Uma frase ecoava em minha cabeça “o amor te faz mudar, porém desespero faz você mudar mais rápido ainda”.  Tentava esquecer o meu passado, porém ele fazia questão em bater no meu ombro, e me obrigar a olhar pra trás. Olha só onde eu cheguei? Estou em um sábado em casa, largada, olhando para os carros lá em baixo. Sozinha, completamente sozinha. Sempre foi assim. Se eu pudesse usar uma metáfora, diria que eu tomei ácido e que ele saiu corroendo todos os meus órgãos. Porém eu morri e continuei viva, contradições? Sempre fizeram parte da minha vida. Se eu pudesse usar uma metáfora diria que eu sou uma cela suja e escura. Nunca foi macio pra eu existir. Sempre pisei firme no chão e havia pregos e cacos de vidros lá, e eu não podia fraquejar simplesmente por não ter ninguém para me levantar, sendo assim... eu seguir com os pés em carne viva sagrando novamente até acontecer minha segunda morte. Agora na minha terceira vida não havia metáforas porque seria drama, seria dor, seria amor, seria poesia, seria a tentativa de sentir algo e eu não sinto absolutamente nada, apenas o vazio que se instala aqui no meu peito. Pela primeira vez na minha vida, eu questionei o rumo que minha vida tinha tomado até aquele momento, eu nunca tive escolhas. Depois de anos me permitir chorar, me permitir sentir um pouco daquela dor que eu havia isolado no meu peito, porém por pouco tempo. Sem perceber eu peguei o telefone e liguei para a Vero, não podia ficar no apartamento pensando naquelas coisas. Enxuguei as lágrimas rapidamente, entrei no banheiro, tomei um banho demorado. E marquei de sair pra algum bar, ou boate. Vero estaciona o carro na frente do meu prédio. Ela me pergunta o que houve, respondi que queria me divertir e que não queria mofar no apartamento em pleno sábado à noite, ela me olhou desconfiada, contudo aceitou minha resposta sem fazer mais nenhuma pergunta no trajeto para a boate.

Digamos que a festa tava animada, mas não foi tão boa assim, eu escuta a batida da música e me deixei levar pelo ritmo, contudo tudo que eu pensava era como seria minha vida se eu tivesse escolhido outro caminho, se eu tivesse a opção de ter outro caminho. Pensava no meu trabalho, pensava em pegar outra caipirinha no bar, pensava em Camila. Resolvi cessar esses pensamentos, e fui flertar com a barman. Ela era bastante bonita, loira com o cabelo levemente ondulado, tinha um sorriso bonito e era bastante carismática. Ando até o balcão e me acomodo na cadeira. E ela vem me atender.

– O que a senhorita vai querer? – Questiona em tom profissional sem ao menos se dá ao trabalho de olhar para mim. Toco em sua mão e ela olha para mim. Agora sim, estamos nos entendendo.

– O que você me sugere? – Falo com um tom malicioso.

Seu olhar se crava no meio e ela sorrir de lado ao perceber que eu estava flertando com ela.

Ela rapidamente me fez um drink e nomeou de vulcano, eu nem estava prestando atenção nisso. Só na boca dela. Tomei um gole enquanto ela me olhava com expectativa.

– Então... gostou ? – Pergunta ansiosa.

– Poderia ficar melhor, de que horas acaba seu expediente? – Digo jogando todo meu charme pra cima dela.

– Hum... – Ela sorrir nervosamente -  Daqui à uma hora.

– Posso te oferecer uma carona pra minha casa ou pra sua? - Falo sugestiva.

– Claro – Ela responde e vira as costas me dando uma ultima olhada e indo atender outro cliente.

Fiquei no bar bebendo alguns drinks, estava levemente embriagada, Vero tinha se acomodado ao meu lado, e viramos várias doses de tequila. A barman que eu ainda não sei o nome se aproxima de mim, e eu explico tudo no ouvido da Vero. Ela nos leva até o meu apartamento, se despede de mim, e me deseja uma ÒTIMA noite.

– Você não é nenhuma assassina nem sequestradora não né? Ela me pergunta com tom brincalhão – Entrando no elevador do meu prédio.

– Talvez – Digo rindo –  Você vai ter que arriscar,disposta? - Ergo a sobrancelha.

– Sim, mas preciso pelo menos saber seu nome, senhorita misteriosa.

–  Desculpa nem me apresentei... Me chamo Lauren, estendi a mão e ela apertou.

– Nicole... Satisfação – Responde com um olhar de mal intencionado, e acaricia minha mão com o polegar.

O dia amanheceu, e estou completamente suada, com uma mulher ao meu lado nua, com um sorriso de satisfação estampado no rosto e adivinha em quem eu estou pensando nesse instante? Se você respondeu Camila, ponto pra você. Estou quase chamando alguém pra fazer um exorcismo em mim.


Notas Finais


Ignorem qualquer erro. Me deixe feliz: comentem... Não achei o capitulo tão bom, mas enfim. Obrigada por serem bonzinhos.
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=6366dxFf-Os


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