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História Invernal - Nevada.


Escrita por: namjoona

Notas do Autor


Sei que não estamos no inverno, mas esses dias fez um friozinho bom e eu estava com vontade de escrever. O resultado foi esse. Espero que gostem ♥
Boa leitura!

Capítulo 1 - Nevada.


Seokjin bufou pela milésima vez dentro de seu quarto, com o olhar fixo na janela fechada, observando a paisagem do lado de fora e revirando os olhos, completamente insatisfeito.

Seokjin detestava o inverno. Detestava as temperaturas baixas, a neve caindo e interditando passagens e ruas. Detestava ser obrigado a se agasalhar e viver com o aquecedor ligado, para evitar que se resfriasse e acabasse por ficar acamado. O inverno era frio, seco, impiedoso. Assemelhava-se muito a algumas pessoas que conhecia. Inverno era sinônimo de insensibilidade, de gelado. Seokjin não via nada de bom em tal estação, a não ser as preciosas férias de sua faculdade.

Escutou o celular tocar ao seu lado na cama, e pegou o objeto em mãos rapidamente, sorrindo ao ver que era uma mensagem de Namjoon.

Namjoon, ao contrário de si, era um amante do inverno. O garoto esperava o ano inteiro pela estação, apenas para passar dias inteiros brincando na neve ou observando uma nevasca com o olhar atento. Gostava de passar dias inteiros numa estação de esqui ou patinando em algum lago congelado, ou simplesmente em casa, enfiado embaixo de cobertores enquanto assistia alguma animação que gostava.

E Seokjin estava sempre lá, o obrigando a vestir mais um casaco ou lhe dando algo quente para tomar, temendo que o mais novo se resfriasse, e quase perdendo a cabeça ao vê-lo se jogar entre as montanhas de neve e o puxando para ir junto.

Namjoon ficava feliz no inverno. E Seokjin ficava feliz quando estava com Namjoon.

“Está ocupado hyung?” – a mensagem dizia. Rapidamente respondeu:

“Se você achar que ficar deitado na cama pensando em como o inverno é uma merda é sinônimo de estar ocupado então sim, eu estou ocupado”

“Você é um imbecil.” – Namjoon mandara de volta. Seokjin não conteve o riso, já esperando pela próxima mensagem, que não tardou a chegar:

“Está sozinho?”

“Não, meus pais estão em casa. E você?”

“Sorte a sua. Estou sozinho aqui” – Seokjin se levantara num impulso, quase que involuntariamente. Naquele momento teve certeza do que Namjoon queria.

“Interesseiro”

“Como entendeu tão rápido o que eu queria? Por favor, hyung.” – mandara algumas emojis, o que de fato não ajudaria a convencer Seokjin.

“Não”

“Por favor. Está frio e eu estou sozinho. A minha situação é pior que a sua”

Seokjin não respondeu. Já se via indo até a casa do mais novo e passando a noite de sábado todinha com ele, mesmo que odiasse sair naquele frio. Entretanto, não se importava, afinal era Namjoon quem estava lhe pedindo. E quando se tratava de Namjoon, ele não se importava de mimar e atender a cada vontade dele.

❄❄❄

Seokjin amaldiçoou Namjoon seis ou sete vezes durante o caminho até a casa do mesmo, incomodado com o frio cortante que fazia seus lábios tremerem, mas visivelmente contente por estar indo até ele. Agradeceu por Namjoon não morar longe de si, porque, caso contrário, se veria obrigado a pedir a seus pais que o levassem de carro até a casa de Namjoon, o que, certamente, não aconteceria, e seu encontro com o mesmo também não aconteceria. E mesmo detestando o inverno, não negava que era uma estação belíssima.

Enquanto caminhava apressadamente, seu olhar se perdia entre os flocos de neve caindo calmamente, enfeitando os galhos das árvores, os arbustos dos jardins e os telhados das casas, enquanto morros baixos de neve já começavam a se acumular pelas calçadas. Sabia que na primeira oportunidade Namjoon já estaria se jogando entre as montanhas de neve e travando uma guerra com as crianças da vizinhança, porque, não bastando o inverno ser a estação favorita do mais novo, ele ainda se mantinha adoravelmente infantil, mesmo com seus quase vinte anos. E Seokjin adorava isso nele, por mais que não admitisse em voz alta.

Chegando a casa do mais novo, sorriu ao vê-lo o esperando, sentado no degrau da escada da entrada, devidamente agasalhado, o que o tranquilizou muito, por pensar que o garoto já o esperava há um tempo. Namjoon tirou as mãos cobertas com uma luva de lã dos bolsos do sobretudo, e se levantou rapidamente, indo em direção ao portão para abri-lo e dar passagem a Seokjin, que, discretamente, o observava com atenção.

— Obrigado por ter vindo. – Namjoon dissera já subindo as escadas, atrás do mais velho, que queria entrar em casa o mais depressa possível.

— Não precisa agradecer. – dissera com um sorriso ladino, já retirando o sobretudo pesado e as botas. Após fechar a porta, Namjoon se ocupara em retirar todas as roupas que faziam seu corpo pesar, ficando apenas com a calça de moletom, uma blusa grossa de lã e as meias pretas.

Namjoon às vezes se sentia culpado por fazer o mais velho atender a suas vontades, mas só às vezes, porque no geral ele adorava essa atenção. Gostava de saber que Seokjin estava disposto a fazer até o que não gostava – como sair numa noite em que a temperatura estava beirando os cinco graus negativos – para agradá-lo, de certa forma. E quando essa culpa lhe pesava, sentia-se na obrigação de ao menos, agradecer o mais velho com palavras, que, em sua opinião, jamais seriam suficientes para descrever o quanto era grato por ter alguém como Seokjin em sua vida.

Deixou seu olhar cair sobre Seokjin, que agora já se encontrava sem as botas e se preparava para se atirar no sofá. Sorriu. Sabia que Seokjin estava de alguma forma, feliz de estar ali.

Sem dizer nada, correu para seu quarto, no andar de cima, a fim de trazer um grosso cobertor para o mais velho. Voltara rapidamente, e, sob o olhar curioso de Seokjin, cobrira o mais velho, que já estava deitado confortavelmente no sofá e mudava de canal com o auxílio do controle remoto.

Seokjin sentiu o rosto esquentar, assim como em todas as vezes que o mais novo o surpreendia com alguma ação como aquela, que sempre lhe soava carinhosa demais. Mais do que tratar Namjoon com um cuidado quase excessivo, Seokjin gostava quando o garoto fazia o mesmo consigo, lhe presenteando com alguma atitude tão meiga quanto ele próprio.

Agradeceu num sussurro, inebriado pelo cheiro de Namjoon que aquele cobertor emanava, e viu o mais novo sorrir antes de se deitar consigo, na outra extremidade do sofá, se enfiando embaixo do cobertor.

— O que estava fazendo antes de eu chegar?

— Tentando terminar a merda de um projeto, mas meus dedos ficam duros no frio e aí não consigo desenhar direito. – e Seokjin riu da forma irritadiça que o mais novo falara, e riu ainda mais por aquela frase soar manhosa e infantil. Soar como Namjoon. – e você?

— Assistindo TV com a minha mãe enquanto ouvia meu pai dizer que eu tinha que arrumar uma namorada logo pra não ficar trancafiado em casa em pleno sábado à noite. – rolou os olhos. Namjoon riu.

— Com o frio que está fazendo, com namorada ou sem namorada você iria ficar trancado em casa.

— Exatamente. Meus pais parecem não entender que o inverno me é completamente desmotivador e que eu odeio essa estação.

— Não seja injusto com o inverno. Ele não fez nada pra você.

— Não fale de uma simples estação como se ela fosse uma pessoa.

— Não entendo como você consegue não gostar do inverno. – Namjoon se sentara, observando Seokjin de cima.

— E eu não entendo como você pode gostar do inverno. – Seokjin repetira o gesto do mais novo, e cruzou os braços na altura do peito.

— É a estação mais bonita, e o frio me é reconfortante. Além disso, as melhores coisas me aconteceram no inverno.

— Porque temos que ser tão diferentes? – a pergunta, que soara mais como uma afirmação, sairá em voz baixa, e quase que involuntária. Seokjin não via problemas em ser quase que o completo oposto de Namjoon, não apenas no que se restringia a questões climáticas. Os dois eram como os dois pólos de uma pilha, ou como a água que não se mistura com o óleo. Enquanto Seokjin se limitava a explicações, teorias, métodos, Namjoon se preocupava em sentir na pele, em ver, em experimentar. Enquanto Seokjin ponderava, se limitava, se negava, Namjoon agia, arriscava, se permitia. Entretanto, nenhuma diferença entre eles foi uma barreira para impedir os corações de desenvolverem aquele sentimento arrebatador que os preenchia, sem o conhecimento alheio.

— Isso é um problema pra você? – Namjoon perguntou. Pela primeira vez o medo de sua forma espontânea de agir ser um problema o atingiu em cheio, como um soco no estômago. E tão rápido quanto surgiu, o medo se dissipara ao ver Seokjin negar com a cabeça, e dizer em tom audível:

— De forma alguma. – Namjoon sorriu. – se fosse um problema eu teria te dispensado na primeira vez que nos vimos.

- Uau, quanta consideração. – o mais velho riu. – se fosse mesmo um problema, o que você com certeza não descobriria imediatamente após me conhecer, você não teria passado exatos oito invernos ao meu lado. Teria me dispensado antes, e você teve oportunidades para isso.

— Oito invernos? Não era mais fácil dizer oito anos? – foi a vez de Namjoon revirar os olhos. – mas de fato, eu tive oportunidades para me livrar de você. Mas não é como se eu pudesse ou quisesse. – deu de ombros, não vendo o sorriso crescer nos lábios do menor, que amaldiçoava Seokjin por ele dizer algo assim tão facilmente. Seokjin desconhecia o efeito que palavras como aquelas causavam em Namjoon. Fazia-o sentir algo como borboletas se agitando em seu estômago, e o coração bater desenfreado no peito. Claramente, sintomas de uma tal doença, que de doença, não tinha nada.

— É bom saber disso. Agora me explique como você pode odiar o inverno se foi num inverno que nos conhecemos? Eu não significo nada pra você, palhaço? – jogara uma almofada no mais velho, que desviou com precisão, enquanto ria da fala do mais novo.

— Somente coisas ruins me aconteceram no inverno, conhecer você foi uma delas. – Namjoon levou a mão ao peito, no lugar que correspondia à localização do coração, agindo como se estivesse profundamente magoado com aquela afirmação.

— Você mente muito mal.

— E você atua muito mal. Já te disse coisas piores que isso.

— Pior que já. – involuntariamente, Namjoon se lembrara de todas as vezes que discutiu com o mais velho, discussões em que os dois perdiam o controle e diziam coisas que se arrependiam amargamente depois. Podia afirmar que eram coisas passadas; há meses não discutia com ele, somente se alfinetavam, como estavam fazendo naquele momento. E tudo não passava de brincadeiras bobas.

— Me diga algo de ruim que lhe aconteceu no inverno, hyung.

— Não se lembra? Fiquei internado uma semana e meia por conta de hipotermia quando eu era pequeno. Fora isso, exatas três namoradas terminaram comigo no inverno. E mais, nunca pude aproveitar um inverno completamente porque sempre ficava doente. Para uma criança é terrível ficar acamado em casa enquanto os amigos brincam no quintal de casa e tomam chocolate quente.

— Os meus melhores momentos aconteceram no inverno. E você estava lá em quase todos eles. – Seokjin engoliu em seco.

— O que quer dizer com isso?

— Quero dizer que, pelo visto, o que é importante pra mim não é importante pra você. – Namjoon se levantara, caminhando até a grande janela da sala e observando os flocos de neve caírem com certa rapidez, produzindo um efeito belo, que lhe fizera sorrir quase que instantaneamente.

Seokjin permanecera no sofá, ainda aturdido pelas palavras de Namjoon. Não sabia como corrigir o equívoco do mais novo sem esbarrar no assunto que há tempos evitava. Sem dúvida, todos os momentos que passara com ele, independente da estação, temperatura, neve ou chuva, eram importantes e valiosos para si. Mas como dizer a ele que sua melhor recordação dos tempos de neve era tê-lo conhecido, sem isso soar estranho?

Disposto a corrigir aquilo, mesmo que não soubesse exatamente como, se levantou também, indo até Namjoon que tinha o olhar fixo na janela a sua frente.

— Gosto do inverno porque, além das boas lembranças, é um período que faz eu me sentir bem.

— É frio Namjoon, como o frio pode te fazer bem?

— Não é exatamente o frio que faz eu me sentir bem. É o que eu faço para amenizar as temperaturas baixas. De fato, entre uma temperatura beirando os trinta graus e uma negativa, eu sem dúvida escolheria a temperatura negativa. Mas o que quero dizer é que o frio deixa as pessoas mais... Intensas. Ninguém quer sentir frio, então procuram formas de amenizar isso. Todos procuram por algo que lhes proporcione calor, algo que acalente. E existe uma infinidade de coisas que podem servir para isso: pode ser desde um chocolate quente até alguma pessoa que você goste.

— Acho que entendo você agora.

— Isso é bom. – sorriu de canto, ainda olhando para a janela. Sabia que se olhasse para Seokjin, se perderia nos orbes castanhos que tanto lhe faziam bem, e que naquele momento o fitavam com intensidade.

— Namjoon, não quero que pense que faço pouco caso de tudo o que passamos. Desculpe se foi isso que pareceu, mas não é assim. Todos os momentos que passei com você são importantes pra mim, de verdade.

— Fico feliz em ouvir isso. – virara-se para Seokjin, lhe direcionando um sorriso que não mostrava seus dentes a ele. Um sorriso que Seokjin amava com todas as suas forças.

— Mas agora estou curioso.

— Sobre o que?

— Sobre o que você procura quando sente frio. Digo, o que é que te aquece então?

Foi a vez de Namjoon engolir em seco.

Pela primeira vez não conseguiu dizer algo diretamente, hesitou, ponderou, pensou, não percebendo os minutos se passando e Seokjin ali, ainda o fitando de forma intensa. Não sabia se deveria dizer aquilo que sua mente lhe dizia, aquilo que seu coração queria que dissesse, aquilo que já estava preso em sua garganta há tanto tempo.

Olhou mais uma vez para a janela, respirando fundo, reunindo uma coragem que mal sabia existir em si, e direcionou seu olhar para Seokjin, que sentira o coração acelerar no peito.

— Sabe qual foi a melhor coisa que me aconteceu no inverno? – Seokjin negou com a cabeça. Não sabia onde Namjoon queria chegar com aquilo, mas estava disposto a descobrir.

Namjoon mordeu o lábio inferior, nervoso, mas não menos determinado. Após pegar a mão direita do mais velho entre a suas, disse-lhe, olhando-o nos olhos:

— Ter conhecido você. E isso serve de resposta para a sua pergunta também. É você quem me aquece, hyung.

Seokjin não soube descrever com exatidão aquele sentimento que lhe dominou o peito, que fizera o coração bater ainda mais acelerado e sua boca secar. Sentia-se num estado de paz imenso, uma felicidade inabalável. Sentia o coração finalmente aquecido, preenchido pelo amor que acabara de descobrir que Namjoon nutria por si.

— Você não sabe como é bom ouvir isso de você. – aproximou-se do mais novo, tocando-lhe o rosto com a mão livre, vendo-o fechar os olhos e sorrir. – Eu amo você Namjoon.

E mesmo que tentasse, Namjoon jamais conseguiria definir a sensação de ouvir tais palavras do mais velho. As borboletas pareciam ainda mais descontroladas em seu estômago, assim como seu coração, que batia desenfreado no peito. Limitou-se apenas em sorrir ainda mais, e levar ambas as mãos para o rosto do mais velho, e finalmente, unir os lábios em um beijo terno.

Seokjin não esperava por algo assim, estava desnorteado, perdido, rendido. E pela primeira vez não se importou em procurar motivos ou explicações, apenas se entregou aquele beijo que tanto sonhara, entreabrindo os lábios e deixando Namjoon explorar sua boca com sua língua macia. Aquele momento não precisava ser explicado com palavras, porque as ações e as sensações eram tudo o que precisava saber e se lembrar.

Namjoon levou uma mão para a nuca do mais velho, deslizando-a pelas costas do mesmo até se fixar na cintura dele. Seokjin suspirou entre o beijo, agarrando a blusa de Namjoon entre os dedos e puxando o mais novo para colar o corpo ao seu. Namjoon não se importou de prensar o mais velho contra a janela, apertando firmemente a cintura dele e descendo seus lábios para o seu pescoço, deixando um beijo quente ali, ouvindo o primeiro gemido dele. Sorriu vitorioso, voltando a unir os lábios enquanto fazia menção de retirar a blusa de lã que ele vestia.

— Sabia que existe outra forma de se aquecer, hyung? – dissera com a voz rouca, baixa, rente ao ouvido do mais velho enquanto apertava-lhe as coxas por cima do moletom. Seokjin gemeu, deitando a cabeça para o lado, permitindo que Namjoon lhe marcasse o pescoço com mordidas ardidas, o que ele o fez, não se importando com as prováveis marcas que ficariam ali na manhã seguinte.

Seokjin levara suas mãos para a barra da blusa do mais novo, que se afastara minimamente, erguendo os braços e deixando-o retirar a peça, tão logo colando os corpos novamente.

Fora a vez de Seokjin juntar os lábios num beijo enquanto Namjoon o segurava pelas coxas e o erguia, fazendo-o rodear as pernas em seu quadril.

Namjoon espalmou uma das mãos nas costas do mais velho, o afastando da janela e passou a andar em direção ao sofá, ato que fez Seokjin intensificar o aperto de suas pernas em volta do quadril de Namjoon, o que lhe causou um gemido ao sentir a ereção do mesmo contra a sua própria.

O mais novo se sentara no sofá, e Seokjin se acomodara ali, se sentando no colo dele, de frente para ele, com uma perna de cada lado de seu corpo. Não esperou um pedido para que começasse a se mover ali, rebolando devagar enquanto distribuía beijos molhados pelo pescoço de Namjoon, que passara a suspirar pesado e gemer baixinho vez ou outra.

Levara suas mãos para a blusa de lã que ele vestia, e Seokjin se afastara, retirando as duas blusas que vestia de uma vez e as jogando no chão, sentindo o olhar intenso do mais novo sobre si. Rodeara o pescoço do mesmo com seus braços e uniu os lábios mais uma vez, iniciando um beijo afoito, sentindo Namjoon se mover a fim de mudar de posição, deitando-se no sofá e levando-o consigo, acima de si.

Seokjin aproveitara-se da posição para se sentar sobre o quadril do mais novo e retirar-lhe a blusa de manga cumprida, igualando-o a si. Namjoon deixara um aperto na cintura do mais velho, subindo as mãos pelas costas dele, num carinho que naquele momento beirava o erotismo. Inverteu as posições, deixando-o abaixo de si, sorrindo ao vê-lo entreabrir as pernas e não tardando em se acomodar ali, se inclinando para frente e puxando o lábio inferior de Seokjin com os dentes.

Passara a distribuir beijos molhados pelo peito e abdome do mais velho, ouvindo-o suspirar em deleite. Deixara mordidas fracas nos mamilos, e mordera a clavícula saliente e a cintura, direcionando um olhar malicioso ao mais velho ao senti-lo empurrar sua cabeça para baixo.

Não demorou em abaixar a calça e a cueca de uma vez, jogando as peças para fora do sofá. Pediu, rente ao ouvido dele, que se sentasse, o que Seokjin fez com prontidão.

Namjoon se ajoelhou no chão, sob o tapete, entre as pernas do mais velho, que o olhava com desejo, o peito subindo e descendo devido à respiração descompassada. Namjoon lhe sorriu malicioso uma última vez antes de se ocupar de lamber toda a extensão de Seokjin, dedicando-se com maior atenção a glande. O mais velho passou a gemer mais alto, suspirar e respirar com dificuldade, tateando o sofá em busca de algo para descontar o prazer que sentia. Notando isso, Namjoon procurara pelas mãos do mais velho, guiando-as para sua própria cabeça, deixando que Seokjin puxasse-lhe os fios negros e ditasse um ritmo.

O mais novo exercia pressão de seus lábios envolta do membro de Seokjin, vez ou outra imitando movimentos de engolir, enquanto sentia os dedos de Seokjin se perderem entre os fios de seu cabelo, vez ou outra acariciando sua cabeça. Se deliciava com cada gemido manhoso, rouco, que escapava pelos lábios inchados dele, que já não controlava o próprio corpo, tendo as costas se arqueando e a cabeça caída para trás.

Namjoon parara subitamente, ao sentir o membro de Seokjin pulsar entre seus lábios, recebendo como resposta um grunhido insatisfeito, o que o fizera rir. Se levantara, e antes que pudesse pedir ou impedir, sentira as mãos de Seokjin no cós de sua calça, descendo a peça juntamente com sua cueca. Terminara de se livrar das roupas indesejadas naquele momento, voltando a se acomodar no sofá juntamente com Seokjin.

— Está com frio? – perguntou novamente rente a seu ouvido, mordendo-lhe o lóbulo da orelha uma vez antes de deixar um beijo na bochecha do mesmo.

— Nem um pouco. – Seokjin respondera, fazendo Namjoon sorrir vitorioso mais uma vez. Tinha o corpo arrepiado devido àquilo que faziam, a cada sensação prazerosa que Namjoon lhe causava, mas estava longe de sentir frio. Sentia o corpo todo arder, cada célula chamar por Namjoon, que agia com um cuidado quase excessivo naquele momento.

O mais novo fizera menção de sugar dois dos próprios dedos para preparar Seokjin, que ao entender o que ele faria, o olhara com desaprovação. Namjoon revirou os olhos antes de sair apressado dali, indo em direção às escadas e subindo rapidamente, escutando o riso de Seokjin, que aproveitara para recuperar o fôlego e secar o suor que lhe escorria pelas têmporas com a primeira camiseta que encontrou naquela bagunça que estava o sofá.

Tão rápido quanto sumiu, Namjoon apareceu, com um tubo de lubrificante em mãos, já se acomodando novamente entre as pernas do mais velho. Espalhou lubrificante em seus dedos e passou a contornar a entrada de Seokjin, que separou ainda mais suas pernas, dando maior liberdade a Namjoon, que agora o penetrava com um dedo devagar.

Suas costas se arquearam e um gemido sôfrego escapou por entre seus lábios. Namjoon mantinha seus olhos fixados em seu rosto, atento a cada expressão de Seokjin. Ao vê-lo morder o lábio inferior com força, contendo um gemido, penetrou-o com mais um dedo, passando a estocá-lo mais rapidamente, mordendo os lábios em ansiedade.

Fora pego de surpresa ao ver Seokjin tatear o sofá em busca do tubo, despejando um pouco do líquido em sua própria mão e levando em direção a seu membro, iniciando uma masturbação lenta, apertando seu membro vez ou outra com força moderada. Passou a gemer rouco, revirando os olhos em prazer e mantendo o lábio inferior entre os dentes para omitir os gemidos mais altos que queriam lhe escapar.

— Namjoon... – o mais velho chamara com a voz arrastada, mansa, a cabeça caída para o lado e o corpo se contorcendo levemente sobre o sofá. Parara de tocá-lo e Namjoon entendeu aquilo como um sinal para realizar finalmente o que tanto desejava. E assim o fez. Retirou seus dedos do mais velho, se ajeitando melhor entre suas pernas, ficando de joelhos e puxando o corpo dele contra o seu, espalmando uma de suas mãos em suas costas; Seokjin envolvera seu quadril com as pernas e Namjoon apoiara a cabeça na curva de seu pescoço, aspirando seu cheiro adocicado e apoiando a outra mão no estofado do sofá, e então iniciara a penetração devagar, preenchendo-o aos poucos.

Mordia o lábio inferior enquanto o penetrava, e ao se encontrar inteiro dentro dele, deixou um gemido mais alto lhe escapar por entre os lábios. Seokjin suspirava, gemendo baixinho rente ao seu ouvido, enquanto as unhas curtas já se ocupavam em arranhar as costas do mais novo. Namjoon começara a se mover aos poucos, devagar, enquanto mordia o ombro do mais velho, que movia o quadril a seu encontro, buscando por mais contato.

Aos poucos, encontravam-se se movendo em sincronia, os quadris indo e vindo, os movimentos cada vez mais rápidos e os gemidos cada vez mais altos. Seokjin se limitava em pedir por mais, por mais de Namjoon, enquanto arranhava-lhe as costas e o puxava para mais perto de si. Namjoon procurava manter um ritmo gostoso para ambos, indo ora lento ora rápido, revirando os olhos no mais puro prazer e tendo a certeza de que guardar cada sensação prazerosa consigo, a fim de eternizar aquele momento em sua mente.

O suor escorria por entre os corpos, sentiam tudo ao redor esfriar enquanto os corpos ficavam cada vez mais quentes. Seokjin, já deitado no sofá, puxara Namjoon para si, as mãos apertavam as costas do mais novo enquanto iniciava mais um beijo afoito, com o intuito de calar os gemidos de ambos.

Perdeu as contas de quantas vezes Namjoon acertara seu ponto sensível, só soube gemer o nome dele ao sentir seu ápice ser alcançado. O mais novo, já não se aguentando mais, estocou-o mais algumas vezes, querendo prolongar o seu orgasmo, e finalmente o preencheu com seu prazer.

Com um sorriso satisfeito nos lábios, deixou o corpo cair sobre o corpo do mais velho, afundando a cabeça na curva de seu pescoço. Permaneceram assim por minutos, retomando o fôlego e desfrutando da sensação pós orgasmo. Namjoon tinha seus cabelos acarinhados pelo mais velho, que por sua vez tinha a cintura abraçada por ele e o pescoço acariciado pela ponta de seu nariz. Estava feliz ali.

Naquele momento, Namjoon percebeu que independente de todo o gelo do inverno, todo o amor que nutriam seria suficiente para mantê-los sempre aquecidos e acalentados. Encontraram tudo o que precisavam para se manterem quentes ali, em seus próprios corações, em seus gestos, em suas palavras, que ficariam para sempre guardadas em um cantinho especial de suas mentes.

— Acho que estou começando a gostar do inverno agora... – Seokjin dissera antes de bocejar, rendendo-se ao sono.

Namjoon se limitou a sorrir, deixando um beijo sob sua testa antes de adormecer em seus braços, tendo a certeza de que aquela noite entraria para sua lista de coisas boas que lhe aconteceram no inverno, e que aquele era mais um de muitos invernos em que passaria com ele, ao seu lado, como tinha que ser.


Notas Finais


Estava com saudade de escrever NamJin, e curiosa pra saber se ainda levo jeito pra escrever lemon...
Eu ainda não sei o que dizer sobre isso, mas eu gostei de alguma forma. Enfim, gostaria de saber o que acharam sobre isso ♥
No mais, obrigada a quem leu até aqui e realmente espero que quem leu tenha gostado. E se quiserem falar qualquer coisa, podem me encontrar quase sempre aqui:
Twitter: @ispokemonster
Ask: @namjooconda

P.S: a capa foi tirada das profundezas da deep web, porque há meses juntando foto Namjin e eu NUNCA tinha visto essa foto antes. Encontrei-a num pinterest, se não me engano. A edição porquinha foi feita por mim mesma, desculpem.

~♥♥


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