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História Inverso. - Cores Reais - Parte II


Escrita por: TataWFan

Notas do Autor


É porque eu estou apaixonada por eles; e quando eu estou apaixonada, tudo sai com muito amor, carinho e naturalidade. ❤ (conteúdo para +18)
E a capa foi feita pela minha amiga linda e maravilhosa, Thaina Caldas. Obrigada, meu amor!!!

Capítulo 7 - Cores Reais - Parte II


Fanfic / Fanfiction Inverso. - Cores Reais - Parte II

P.O.V TALITA

 

 

Acho engraçado, porém, super aceitável, essa relação com Felipe. Engraçado pelo fato de ter mudado, de ontem para hoje, com um contato mais íntimo. Como me sinto? Mulher! Vê-lo se avermelhar, se excitar comigo, olhar-me como se eu fosse uma deusa, foi uma das coisas mais recompensadoras. Eu idealizei minha primeira vez; acreditava que eu estaria bêbada, ou drogada, e que seria após alguma balada aleatória, — porque não gosto de baladas — em um dia qualquer.

Não preocupava-me com quem seria. Para falar a verdade, não me importava com isso; nem onde, como, ou com quem. A rotina diária tirou os pensamentos ‘impróprios’ que insistiam em me rondar. Se eu disser que nunca assisti um pornô, estarei mentindo. Em algumas madrugadas, perdia-me visitando os sites adultos, mas nunca tive a coragem de me satisfazer, de descobrir-me.

Detalhes...

— Eu já vou indo, ta? — Sinto-o me abraçar por trás, antes de beijar o topo da minha cabeça. Levei um susto, tendo em vista que os pensamentos não eram os melhores. — Por que assustou?

— Por nada... — Tombo a cabeça para o lado esquerdo, ao sentir ele beijar meu ombro direito e subir para o pescoço, onde assoprou quente e deu uma chupadinha molhada um pouco abaixo da orelha. — Paraaa... — Falo arrastado. — Você vai comigo, então?

— Uhum... — Murmura contra minha pele. — Eu vou embora, te pego daqui a pouco e vamos juntos... — Fala entre um beijo e outro, que deposita em meu pescoço.

— Então, vai... — Tombo a cabeça para o outro lado e sorrio, quando ele transfere os beijos para meu ombro esquerdo. Sinto ele sorrir, alinho o corpo, escorando-me na pia, já que eu havia saído da sala para pegar um copo d’água. Viro-me e envolvo meus braços por sua cintura, pressionando-me contra seu peitoral. Ele alisa minhas costas, desde a nuca até a base, e pousa as mãos em minhas nádegas, puxando-me mais para si. Beija meus lábios com urgência, de uma forma que não havia me beijado, até então.

— Linda... Só você me fascina. — Gargalho contra sua boca, e ele abre os olhos para me olhar. — O que foi? — Me dá um selinho molhadinho.

— Nada, só achei fofo... — Me oferece um sorriso, e eu fito seus lábios. Subo o olhar para os seus, esverdeados, olhos, e acompanho seus movimentos, perdendo-me em sua maresia, em suas esmeraldas. Como eu o amo... — Spot...

— Hum... — Sem desviar, ele balbucia em resposta.

— Me faça sua!

— Quantas vezes você quiser... — Me pega nos braços e eu entrelaço as pernas em sua cintura, ficando, quase, em sua altura. Nos guia até a sala e deita-me no sofá; lanço-lhe um olhar reprovador. — Aqui, não?

— Depende... Quer que D. Claudia veja-o assim?

— Ela se apaixonaria facilmente... — Me pega no colo e eu gargalho com sua espontaneidade.

— Louco! — Mordo o lóbulo de sua orelha, e ele se encolhe, antes de me soltar em cima da cama. — Aonde vai?

— Trancar a porta...

— Ué... Por quê? — Arqueio uma sobrancelha. — Não quer que mamãe se ‘apaixone facilmente’? — Gesticulo.

— Deixa para outro dia... Agora, vem aqui! — Senta-se e me puxa para o seu colo, onde deixo minhas pernas, uma de cada lado de seu quadril, abraçando-o. — Eu quero beijar-te inteira... — Beija o meu pescoço, intercalando com algumas chupadinhas.

— Hum... Ok!

— Eu posso fazer isso? — Diz contra a minha pele. — Hum?

— Pode... — Fecho os olhos para sentir seus beijos. — Pode fazer o que quiser, meu amor...

— O que eu quiser? — Olha-me nos olhos, esbanjando luxúria. Meneio a cabeça e sinto-me preenchida com o amor que ele emana em seus toques pelo meu corpo, mais precisamente em minhas costas, deslizando a ponta dos dedos e arrepiando cada centímetro de pele existente. — Tão minha... — Beija o meu ombro com ternura.

— Tão sua... — Meus quadris ganham vida. Insinuo-me de forma sensual, sentindo-o se enrijecer sob mim. — Acho que alguém acordou... — Digo, enquanto beijo sua têmpora. Rimos abafado e ele me pressiona contra si, fazendo com que eu sinta sua ereção. Suspiro, suas mãos me deitam na cama e logo o seu corpo cobre o meu. — Nanão... — Contesto, e ele me olha surpreso. — Hoje é a minha vez! — Impulsiono-me, invertendo as posições. Sorrio maliciosa ao vê-lo morder o lábio inferior e segurar minha cintura, mantendo nossos quadris juntos.

 

 

P.O.V FELIPE

 

 

Seu beijo é doce, úmido e excitante. Nossas línguas sempre tão harmonizadas e íntimas, dançam a mesma melodia. Sua respiração começa a se descontrolar, quando eu mordisco seu lábio e o chupo lentamente. Empurro-a delicadamente, voltando a ficar por cima.

Ela desafivela meu cinto, empurra minha bermuda e eu mesmo termino de tirá-la. Ouço-a arfar entre o beijo. Com os movimentos sutis que fazemos, o lençol acaba descendo um pouco, expondo seu seio esquerdo, o qual toca em meu peito. Deixo seus lábios e me afogo neles. Mordisco em volta de seu mamilo, chupo e lambo. Ela aperta minhas costas e geme rouca. Roço os dentes em seu mamilo e puxo-o. Volto a beijar e lamber seu seio, ela arqueia as costas, roçando a coxa em meu membro completamente excitado sob a cueca.

Seus dedos moldam minha ereção, ultrapassando a cueca. Ela morde o próprio lábio inferior, ao sentir meu pênis pulsar entre seus dedos. Continuo dando atenção ao seu seio, logo abaixando mais o lençol e liberando o outro. Intercalo entre um e outro; enquanto chupo um, massageio o outro. Ela começa a me masturbar lentamente, e eu intensifico as chupadas em seus peitos, juntando-os com as mãos e me afundando neles. Ouço-a gemer um pouco mais alto e sorrio contra sua pele.

— Estou ficando com ciúmes... — Busco seu olhar em busca de uma continuação. — Você parece amá-los mais do que a mim... — Faz uma cara de safada e eu passo a língua em seus lábios. — Para de me lamber...

— Que boquinha suja... — Repito o movimento de lamber seus lábios, e ela captura minha língua, sugando-a com toda a sua força, me fazendo gemer em sua boca. — Vamos lavar essa boquinha...

— Para, porra!

— Porra? Ah, daqui a pouco! — Sorrio malicioso e quando ela abre a boca para rir, eu invado-a intensamente. Seus dedos estão firmes em minha ereção, e meu corpo dança um vai e vem automaticamente. — Se você não parar com isso, eu vou gozar já já...

— Essa é a intenção... — Me empurra e se põe sobre mim, deixando o lençol escorregar, deixando todo o seu tronco exposto, até abaixo do umbigo. — Não! — Segura os meus pulsos quando tento afastar o pano, na intenção de ver sua intimidade de encontro ao meu membro.

— Por quê? — Fecho o cenho. — Deixa eu ver...

— Não... — Apoia as mãos em meu peito. — Você só vai imaginar...

— Tatá... — Sinto meu pênis se enrijecer ainda mais, se é que isso fosse possível.

— Se reclamar, eu paro! — Seu tom é firme. Ela beija e lambe todo o meu peitoral, mordiscando próximo ao meu pescoço. — Gosta disso? — Ela desliza a vagina por toda a extensão do meu membro. — Porque eu gosto!

— E-eu também... E muito! — Levo as mãos até seu bumbum e pressiono-a contra mim. — Vai me torturar, mas você mesma não aguenta! — Dito seu ritmo e vejo-a levar as mãos até os seios e massageá-los.

— Cala a boca! — Esbraveja e se levanta, caminha até o criado, abre a primeira gaveta e pega o que precisava e volta para a cama, agora sem o lençol envolvendo-a. — Acho melhor nós usarmos isso...

— Cadê sua vontade de me provocar? — Pergunto meio irônico e ela me mostra o dedo do meio. — Quer que eu ajeite?

— Não! — Rasga a embalagem do preservativo com a boca, da forma mais sexy que consegue, e me veste com maestria. — Faltaria tempo! — Senta sobre mim novamente e começa a rebolar.

— E você não quer ajuda? — Ela nega com a cabeça, masturba meu membro e ela mesma o penetra, descendo devagar e encaixando completamente em mim. — Você não me quer, então? Só ele?

— Não, você precisa estar... — Se inclina e me beija. — Quem eu vou beijar? — Gargalho e ela não aguenta e ri também, fazendo com que eu beije seus dentes. — Posso ser tão safada, você nem sabe... — Distribui beijos por todo o meu rosto e começa a se movimentar lentamente.

— Eu me casaria com você... — Ajeito uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. — Sou apaixonado por você! — Vejo-a sorrir serenamente, mesmo estando com as pupilas dilatadas. — E pode ser safada, o que você quiser...

Ela não diz nada, apenas me beija. Um beijo lento e calmo, assim como seus movimentos em meu sexo. Acaricio suas costas nuas e subo para a nuca, onde entrelaço seus cabelos, mantendo-a bem próxima de mim.

Movimento-me de encontro ao seu corpo e nos viramos na cama, sem deixar de nos beijarmos. Fico entre suas pernas e agarro uma de suas coxas, trazendo-a para junto do meu corpo e aproveitando para apertar. Sinto seus gemidos em minha boca e penetro-a fundo, porém lentamente. Ela morde o meu lábio inferior e arranha minhas costas.

Deixo sua perna e apoio minhas mãos uma de cada lado de seu corpo, indo bem mais fundo e rápido do que antes. Desfaço nosso beijo e observo suas expressões; morde seus lábios e aperta os olhos, inteiramente entregue. Seus seios sobem e descem com o atrito dos nossos corpos e eu diminuo o ritmo para abocanhar um deles. Ela puxa os fios de cabelo na minha nuca, incentivando-me a continuar.

— Céus... — Fala abafado e ofegante. Sinto seus músculos apertarem meu membro: seu orgasmo estava próximo. Intensifico as chupadas em seus seios e as investidas que dou em seu sexo. Ela geme e aperta os lençóis. Arqueia as costas e eu entro e saio lentamente, após sentir seu líquido ser eliminado. Paro de me movimentar, beijo-a na boca e permaneço imóvel dentro dela, sentindo sua vagina pulsar em volta do meu pênis. Volto a estocar, agora bem mais rápido do que antes, e ela morde meu ombro para não gritar. Eu sei que queria gritar...

Nossos corpos estão suados e o cheiro de sexo toma conta do quarto. Me levanto, ficando parcialmente sentado, e ela me acompanha, abraçando-me pelo pescoço e tendo o apoio suficiente para subir e descer em mim. Suas pernas ficam trêmulas e, após mais algumas poucas investidas, gozamos juntos, gemendo uníssono. Ela apoia a testa na minha e logo toma meus lábios para si. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que me levanto com ela no colo e vou até o banheiro, entrando no box e abrindo o chuveiro, deixando que a água caia e banhe nossos corpos. Tatá, definitivamente, é a mulher da minha vida.

 

 

P.O.V NARRADORA

 

 

Sabe quantos minutos está atrasada, Talita? — Ângela pergunta, ao ver a morena passar pelo batente da porta principal. Seus cabelos estão molhados, o rosto rosado e, bom, a expressão é de quem aprontou. — Que cara é essa?

— O quê? — Apressa-se em caminhar até o banheiro. — Dormi demais, tia, me desculpa... — Tira uma nécessaire da bolsa e começa a passar base pelo rosto. — Mamãe chegou?

— Estão todos aí, já, querida... Olha, sua avó estava perguntando por você...

— Merda!

— O que foi?

— Esqueci o presente dela, meu Deus... — Fala, enquanto passa o blush nas maças do rosto. Ângela cerra os olhos, já entendendo tudo, mas decide não falar e nem perguntar nada.

— Tudo bem, Tatá... Depois você traz. — Ameaça se afastar, mas volta para a porta do banheiro. — Termine logo isso e venha para cá. Seus primos estão aí... Bruna quer lhe ver. Ela apenas faz um sinal de jóia com a mão e fecha a porta, após ver a tia se afastar. Ajeita uma maquiagem, porcamente, e sorri, ao lembrar-se do motivo de seu atraso. O motivo de seu atraso, faz com que ela se lembre de outra coisa, mas não pensaria nisso agora.

— Oi, tia Lu! — Cumprimenta uma das tias, após sair do banheiro e guardar a bolsa em um dos armários da copa. — Cadê o Ricardinho? — Dá dois beijinhos na moça.

— Antes você perguntava por mim, depois pelas meninas e, às vezes, nem perguntava por seu tio. O que houve? — Brinca, pondo-se de frente para a sobrinha.

— Ele investiu na empresa, então... — Gesticula e dá de ombros. — Bruna e Camila?

— Estão no jardim... — Aponta. — Está bonita... — Comenta, fazendo Werneck corar-se dos pés a cabeça.

— Calêndula... — Gargalha, arrancando uma risada da tia. — Eu vou falar com as meninas e, nem vem, que a senhora também está gostosa. — Dá um tapinha na bunda da mais velha e sai. Luciana era casada com o irmão do pai de Tatá, mas duas tinham uma relação ativa, como se fossem da mesma família, mesmo. De certa forma, eram. — Oi, linda!

— Oi, baixinha... — Bruna, a prima mais velha da morena, abraça-a. — Você está sumida...

— Muito trabalho, reta final da faculdade e... — Olha para os lados. — Um lance novo. — Cerra os olhos, recebendo um sorriso da prima.

— Com quem? — Pergunta um pouco mais baixo. Tatá dá um sorrisinho malicioso. — Gutni...? — Praticamente grita.

— Fala mais alto, Bubs! Mas, sim, com o Gutnick...

— Quanto tempo?

— É... — Olha para o relógio do celular. — 21h fará um dia... — Acaba rindo. — Ele é um príncipe, precisa ver!

— Beija bem?

— Não só beija... — Morde o lábio inferior.

— Safad...

— Talitinhaaaaaa... — Camila, irmã de Bruna, pula em cima de Tatá. — Que saudadeeeeeeeees de você... — Sai arrastando-a pelo jardim.

— Depois eu te conto. — Olha Bruna por cima do ombro, enquanto vai sendo levada para longe. A mais velha pisca um olho e entra na casa da vó. — Que alegria é essa, Mila?

— Quero que veja o presente que fiz para vovó... — A menina era a prima do meio, no auge dos seus nove anos. — Papai disse que ela vai gostar, mas, eu não sei... — Leva a morena para um canto no jardim.

— Hum... Que lindo... Foi você quem fez?

— Sim... Mas, eu não sei se levo jeito, fiz só para ela guardar e lembrar de mim... — Faz um beicinho e olhou para sua prima.

— Vovó é a vovó. Ela sempre gosta das coisas que damos... E, olha, eu amei muito esse quadro. — A menina havia pintado, em aquarela, um quadro que representava a pedra do corcovado, com pôr do sol, enaltecendo uma das setes maravilhas do mundo. — E o Cristo ficou incrível, eu amei.

— Obrigada, Tatazinha... E você, o que vai dar para a vovó?

— Eu pintei um quadro, também, só que com rosas azuis... — Sentaram-se em uma das mesas que estavam espalhadas pelo jardim.

— Pintou um quadro? — Os olhos se arregalaram, brilhando como nunca. — Você sabe o que isso significa?

— Não...

— Deixa eu sentar... — Forçou as pernas da publicitária, para que se afastasse da mesa, e sentou em seu colo. — Isso é algum sinal. Nós duas pintamos um quadro, prima, e não combinamos isso. Será que devemos falar para tia Consuelo?

— Não, não, não... Deixe Consuelo fora disso, amor. — Tocou o narizinho com o indicador. — Mas, já que isso pode ser um sinal, como podemos interpretá-lo?

— Amor de neta? — Brincava com uma mecha de cabelo da morena, que sorriu com sua inocência. — Amor verdadeiro de neta, né?

— Hum... Sim! — Beijou-lhe o rosto.

— Tatá?

— Oi!

— Eu quero ser médica... — Disse, aleatoriamente. — Quero cuidar das pessoas, igual ao vovô.

— Mas você não conheceu o vovô...

— O papai fala dele, ainda. Diz que ele era uma pessoa muito boa, que ajudava as pessoas que nem conhecia.

— É... Isso é verdade. — Sorriu, lembrando-se do avô, que havia falecido há alguns anos. — Ele era um bom homem...

— Então, eu quero ser como ele. Mamãe quer que eu seja dentista, mas eu não poderei ajudar tantas pessoas, a não ser a dentadura do papai, né? — Riu, e Tatá também.

— Eu acho que você seria uma ótima médica, Dra. Camila Arguelhes. — Brincou com as sobrancelhas da garotinha, que sorriu serenamente, antes de dar um beijo em sua prima e sair correndo.

— Filha? — Assustou-a, ao aproximar. — Você demorou... Está tudo bem?

— Está sim... Eu acabei dormindo demais... — Mentiu. — Cadê a vovó, pai?

— Não desceu, ainda. Sua tia está lá com ela... — Deu um beijo na cabeça dela e se afastou. — Há algo de errado com Talita. Descubra! — Segredou no ouvido de sua esposa, que voltou o olhar para Tatá, que estava um pouco mais afastada.

— Ei...

— Oi... — Disse Werneck, ao passar pela porta do quarto de sua avó. — Vocês não vão descer?

— Vamos... Só estamos esperando um pouquinho, não é, mãe? — Fez uma expressão, dando a entender que a senhora ainda não estava, completamente, pronta para encarar tantas pessoas. — Tatá ficará com a senhora, ta?

— Tatá chegou? — Perguntou um pouco mais baixo, ainda virada de costas para a porta.

— Cheguei, Denguinho... Estou aqui! — Aproximou-se de sua avó, apoiando um braço em seu ombro. Ângela deu um sorriso e saiu, deixando-as a sós.

Tatá sempre teve uma ligação muito forte com sua avó, muito além de visitas, de ligações e músicas de piano. Elas eram ligadas fortemente, como algo de vidas passadas; um amor infinito, imenso, puro e mágico. Eram avó e neta, na melhor forma que há.

— Meu amor, veja... — Abriu uma fresta entre as cortinas. — Estão fazendo uma festa ali embaixo.

— Para a senhora... Hoje é seu aniversário, vó. — Beijou-lhe o rosto. — Estão todos os seus filhos, aí...

— Ah, que bom, porque faz muito tempo que não os vejo, filha... Inclusive, Ricardo chorou a noite toda, mas eu não encontrei a mamadeira dele. — Tatá engoliu em seco, ao ouvir aquilo. — Poderia me ajudar a procurar, mais tarde?

— C-claro... Eu ajudo, sim! — Sorriu. — Vamos descer?

— Eu não estou arrumada para uma festa, meu amor. Acho que devo tomar um banho, colocar um vestido mais formoso.

— A senhora já tomou o banho, já está linda com este conjunto... — Passou a mão pela extensão da roupa de sua avó.

Um conjunto de saia e blusa, salmão, com algumas flores brancas. O cabelo penteado, jogado para o lado direito, as expressões evidentes em seu rosto rosado, com as unhas pintadas em vermelho, do jeito que sempre gostou. Dona Nina era um poço de formosura, com um misto de elegância. Seus olhos claros, vezes castanhos mel, vezes verde. Um batom rosa, clarinho, e sandálias no tom bege. Uma, graciosa, vó. O amor da vida de Tatá e de todos.

 

 

❤❤❤

 

Os olhos escondem amor, paz, carinho e tudo de bom que há para oferecer. Denguinho seria a luz dos dias escuros; a flor na ponta do cabo com espinhos. Seria o mel em meio ao gosto amargo. Teu charme seria capaz de inebriar a torcida do Flamengo inteira, ou até mais.

Bobo é quem pensa que a verá triste, chorando. Sua luz acende um país, o sorriso transmite o que não é possível explicar. A jóia rara de todos os tesouros; a pureza da mais linda flor. O cheiro, o encanto, o carisma e o amor... Que seja eterna, que seja inspiração.

Parabéns, Denguinho!

 

❤❤❤

 

 

Todos esperavam no pé da escada, a mais aguardada do dia. Ela desceu radiante, esbanjando sorrisos e sua, inconfundível, simpatia. Os olhos percorreram cada centímetro de sua sala, que fora tomada por tantas pessoas. Um sorriso foi dado, ao reconhecer Ângela... Alberto... Roberto...

— Parabéns, mamãe. Tudo de bom para a senhora. — Ricardo, o filho mais novo, aproximou-se. — Mãe? — O olhar analisava cada detalhe do rosto do homem.

— Augusto, como você cresceu... — Levou uma mão no rosto de seu filho, sorrindo logo em seguida. — Você sumiu, não deveria ficar tanto tempo sem aparecer, querido. — Um silêncio tomou conta da sala. Todos prestavam atenção nas palavras que eram proferidas.

— Vamos ali, mãe... — Ângela interferiu, antes que tudo saísse do controle. Fazer uma festa com a mãe daquela forma? A família Werneck Arguelhes sempre acreditou nessa união. A união da família, o amor que sentiam um pelo outro, para eles, seria capaz de ajudar Nina. E, de certa forma, ajudaria. — Olha, fizemos os beijinhos que a senhora tanto gosta... — Mostrou-lhe.

— São bolinhas muito grandes... — Riu, ao ver os doces distribuídos pela mesa. — Poderiam ser menores...

— Oi, linda! — Tatá, que estava em pé ao lado do piano, assustou-se, ao ouvir alguém sussurrar em seu ouvido, e logo encosta-se em seu corpo, que correspondeu ao contato; ela sabia quem era. — Por que está aqui, parada e quieta?

— Por que demorou? — Virou-se para encarar as íris mais esverdeadas que já vira. — Estou observando vovó...

— Hum... Tomei banho, comi e descansei um pouco, já que você... — Olhou para os lados, antes de aproximar-se mais do ouvido de sua amiga. — Já que você acabou comigo... — Ela mordeu o lábio inferior e endireitou o corpo, logo puxando-o para perto de sua avó.

— Denguinho... Olha quem veio?

— Ah, o bonitão! — Abraçou Felipe, que sorriu para a senhora. — Está muito cheiroso, filho.

— Obrigado. E a senhora me parece ótima... Está bonita... Gostei! — Brincou, analisando-a dos pés a cabeça. Nina sorriu tímida, antes de lançar um sorriso para Tatá. — Meus parabéns, viu? — Beijou-lhe a mão.

— Por que estão me desejando parabéns? — Olhou para a neta. — Meu aniversário já passou, mas, tudo bem... Obrigada, bonitão.

— Vou arrumar um lugar para sentarmos... A senhora poderia tocar para nós. Felipe gosta de ouvir...

— Ah, é? — Arqueou uma sobrancelha. — Desculpe-me, mas não me sinto bem para tocar... Marcamos em outra hora, está bem?

— Claro, Dona Nina... A senhora fala com Tatá e ela me fala. — Deu outro beijo na mão dela e se afastou com Tatá.

— Quer beber alguma coisa?

— Não, obrigado. — Deu um sorrisinho. Tatá corou sob seu olhar, logo desviando, após terem se sentado no sofá. — Cadê os seus pais?

— Estão ali fora... Vamos lá?

— Claro! — Levantaram-se. Talita o levou para falar com Alberto e Claudia, que foram simpáticos como sempre. Os dois eram apaixonados por Felipe e pela amizade que tinha com sua filha. Nunca esconderam o fato de os quererem juntos, como um casal. Por isso, assim que estivessem certos do que queriam, os dois contariam aos pais de Werneck. — E o pessoal resolve investir bastante, nessa época do ano, sabe? Pegamos a campanha de empresa de chinelos, leite e refrigerantes.

— Ah, claro... A veterinária é pequena, ainda, mas nós vamos investir em um Marketing de qualidade. Procurei Talita semana passada e ela me explicou tudo. — Ricardo conversava com Felipe, um pouco mais afastado dos outros, mais para perto da churrasqueira do quintal. — E Caio deu um super apoio...

— Eu ia pegar o projeto, mas Tatá quis e eu deixei. — Deu de ombros, arrancando uma gargalhada do homem. — Ela é muito boa no que faz, muito responsável...

— Acredito que seja, mesmo... — Acompanhou o olhar do loiro, que ia direto em sua sobrinha. — Pela idade, não é?

— Uhum... — Meneou a cabeça, enquanto continuava olhando para a amiga, que conversava e ria com suas primas. — Ela é...

— Então você passa lá, pode ser segunda?

— Pod... O quê? — Olhou para Ricardo, que ria de sua expressão surpresa. — Desculpa... O que disse?

— Eu não disse nada. Quer dizer, você estava viajando na minha sobrinha, por isso não ouviu nada... Mas, de fato, eu não disse nada. — Deu dois tapinhas no ombro dele. — Vocês são o quê?

— Amigos?

— Mais que isso, não? — Fez uma cara como quem desconfiasse. — Você a olha de uma forma tão... Sincera. Gosta dela, né?

— Provavelmente!

— E ela gosta de você, também. — Concluiu. — Só não pense que será fácil entrar em nossa família, garanhão... — Deu outros dois tapas no ombro de Spot, agora um pouco mais forte. — Nossas meninas são nossas maiores riquezas...

— C-como? N-não, e-eu... P-pode ficar tranquilo, Sr. Ricardo... Quer dizer, Tatá e eu somos amigos e... — Enrolou-se na própria explicação.

— É melhor não explicar, Felipão! — Saiu, deixando-o completamente desconcentrado. — Aproveite a estadia... — O loiro fez um sinal de joia com o polegar, antes de vê-lo sumir por entre as outras pessoas. Encostou-se na parede e colocou uma mão dentro do bolso, escorando um pé no outro, deixando a perna dobrada sobre a outra, enquanto a outra mão segurava um copo de cerveja.

— Vem pra cá, Spot... — Disse Tatá, ao se aproximar dele. — Estou conversando com as minhas primas, elas querem conhecer o projeto de teatro que patrocinamos...

— Sério? — Ela assentiu. — Você que sabe sobre isso, Tatá... — Coçou a nuca.

— Sim, mas eu quero que esteja aqui, para acrescentar sua visão, genial, do assunto. Por favor? É só sentar à mesa conosco, seu chato...

— Ta bom, mas... — Olhou para os lados. Ricardo fez um gesto para ele, querendo dizer que ‘estava de olho’ nele. — Seu tio está me secando...

— Por quê? — Olhou para tio e voltou para Felipe. — Está com medo do tio Ricardo, Spot? — Buscou sua mão, entrelaçando seus dedos.

— Está ficando louca? — Soltou a mão dela. — Já viu o tamanho do seu tio Roberto, Tatá?

— Barriga de chopp não bate em ninguém, meu amor. — Riu, e voltou a pegar na mão dele. Spot sorriu e arregalou os olhos, ao vê-la se aproximar e depositar um beijo em seu queixo. — Só porque não alcanço sua boca... — Disse, com os lábios na pele do loiro, que acabou sorrindo e abaixando um pouco o rosto, selando os lábios com o dela, que manteve o contato por alguns segundos.

— Gostosa! — Segredou, após abraçá-la. — Se eles forem atrás de mim...

— Não tem essa, não, Spot! — Desvencilhou-se dele. — E, bom, se alguém tiver que fazer algo, esse alguém é meu pai. Nós sabemos o quanto ele te ama, então... — Sorriu, e o puxou para a mesa onde estava sentada com suas primas.

A tarde foi muito agradável; conversando, comeram, se divertiram jogando alguns jogos de tabuleiro na varanda. As meninas sugeriram de brincarem de karaokê, mas Denguinho já estava começando a ficar agitada com tanta gente em sua casa, então, Ângela decidiu encerrar a comemoração o quanto antes.

Todos se reuniram na sala, prontos para desejar as melhores vibrações para a vó Nina; que sua vida fosse incrível, e que vivesse para sempre. Seus sorrisos eram maiores do que o rosto. A luz da vela sobre o bolo, iluminava os olhos da senhora, que tinha toda sua atenção voltada para as chamas. Não sabiam se era isso, ou se ela estava realmente muito linda. Talvez a vela refletisse em seus olhos e em seu sorriso; talvez fossem os olhos de quem a via.

Parabéns... — Roberto puxou, trazendo todos, que cantaram toda a canção. — Pra Denguinho nada...

Tudo!

Então, como é que é? — Tatá sorria enorme, por ver sua avó tão cheia de saúde e vida. Era grata por ela, por tudo o que representava em sua vida. Tudo.

— Eu quero falar... — Ela disse, após encerrarem as cantigas. O silêncio se fez presente no ambiente. — Eu gosto de vocês. Eu, realmente, gosto da forma como cuidam de mim e eu não tenho a noção de o por que fazerem isso. Obrigada pelo carinho, mas eu vou precisar ir embora, agora. Tenho um filho pequeno, que precisa se alimentar, e meu marido já já chega para jantar. — Se entreolharam. Alguns sabiam de como a senhora se encontrava, mas outros não tinham noção do que se passara com ela. Alguns tinham os olhos cheios d’água, por tamanho espanto, e outros tinham as lágrimas como algo bom; a interação de Nina com as pessoas, com sua família. Independente, ela continuava ali, e isso os aliviava, por hora.

 

 

O fim da tarde dava seus indícios. Um alaranjado tomou conta do Céu, e uma brisa se instalou no jardim da casa dos Arguelhes. Os casais estavam sentados na varanda, cada um curtindo de um jeito, enquanto Ricardo e Alberto contavam histórias de antigamente. Um clima gostoso, aconchegante. Felipe e Talita estavam sentados na rede; ela tinha seu rosto encostado no ombro do loiro, que acarinhava lentamente suas madeixas, já secas e esvoaçantes.

— Seu cabelo é tão cheiroso... — Segredou, antes de depositar um beijo no topo da cabeça de sua amiga.

— Obrigada! — Agradeceu baixinho, de um jeito manhoso. — Você também é cheiroso... — Passou, sutilmente, o nariz pelo ombro dele, deixando um beijo no local.

— Tatá, lembra dessa? — A morena riu, logo voltando a atenção para seu pai. — Lembra de quando eu fiz uma surpresa para sua mãe, no dia dos namorados?

— Claro... Eu quase enfartei. — Respondeu divertida. — Papai ligou e pediu, desesperado, para que mamãe fosse encontrá-lo no túnel lá no Leblon, falando que havia perdido a chave e precisava da reserva. Mamãe ficou desesperada e foi feito uma doida, mas me levou, levou Diego, Socorro, vó Vera e a cachorra que tinha lá em casa. — Comentou, em meio a gargalhadas dos outros. — Chegamos lá, e ele havia feito uma puta surpresa para ela, com direito a piquenique na areia a luz de velas, e nós estragamos tudo...

— Sério? — Spot a olhou, meio que desconfiando daquilo.

— Sério, ué... — Gargalhou. — Foi engraçado, porque depois eles tiveram que nos trazer para casa e, bom, ficou muito tarde para voltarem.

— Isso não é engraçado... — Disse, ainda sério. — Eu ficaria muito magoado, caso alguém fizesse isso.

— Onnnw, meu Deus... — Apertou as bochechas dele e voltou a olhar para seu pai. — Vocês, pelo menos, aproveitaram a noite?

— Teríamos aproveitado, caso você não tivesse ido dormir conosco...

— Ah, Tatá... Aí, não... — Os primos riam, e alguns até arremessaram algumas almofadas.

— Empatou a noite de amor dos seus pais, meu amor?! — Spot cutucou a cintura dela, que se encolheu. — Não pode... — Ela riu, ainda se encolhendo.

— Estava sério até agora, né?

— Né... — Beijou-lhe a bochecha, demoradamente, dando uma mordiscada antes de se afastar.

— Cuidado com minha sobrinha, Gutnick! — Ricardo o interrompeu. — Estou de olho em você! — Disse em um movimento de lábios, deixando-o corado dos pés a cabeça.

— Vou ao banheiro... Já volto...

— Eu apoio vocês... — Bruna disse, ao sentar-se no lugar em que Talita estava. — Ela me contou de vocês e, bom, não liga para o papai... — Apontou, com a cabeça, para o pai, que gargalhava em uma conversa com Alberto. — O banheiro é na segunda porta, à esquerda. — Afirmou, enquanto fitava um ponto qualquer a sua frente. O loiro deu um sorriso e, após passar alguns minutos, levantou-se com a desculpa de que ia fazer uma ligação.

 

 

P.O.V TALITA

 

 

— Ocupado... — Falo, após ouvir o barulho de alguém batendo na porta.

— Não quer uma companhia? — Estremeço, enquanto lavo minhas mãos. — Abre logo, nanica, sou eu...

— Você é louco? — Pergunto, após abrir a porta e ele adentrar. — Meu pai te mata, se te ver saindo daqui, Spot... — Ele nega com a cabeça e me beija. Arqueio as sobrancelhas, surpresa com sua ação, mas logo me rendo ao gosto de seus lábios. Sorrio, quando ele me agarra pela cintura e me encosta na parede.

Nossos lábios se moldam de uma forma tão certa, tão perfeita, que tenho medo de desfazer o contato; sendo obrigada, apenas, quando o ar se faz necessário. Ele beija o meu pescoço e, de imediato, minha pele se arrepia. Acabo sorrindo, mas ele logo une nossos lábios novamente.

— Vamos embora? — Pergunta-me. — Trabalhamos amanhã e...

— Meus pais vão para casa, meu amor. — Alinho os fios de seu cabelo e contorno seus lábios com o meu polegar, tirando o vestígio de brilho labial que eu havia retocado.

— Eu sei, mas, eu só quero ficar a sós com você, até chegarmos lá... — Fala de uma forma dengosa, e eu me seguro para não mordê-lo. — Já está ficando tarde e... Amanhã eu te pego mais cedo...

— Felipe, não precisa me buscar amanhã, ta?

— Por quê? — Me olha sem entender. — Eu fiz algo de errado? Falei demais?

— Não... Lógico que não... Só não vou direto para a empresa, amanhã. — Desvio o olhar e ele descansa as mãos em minha cintura, mantendo-nos bem próximos. — Preciso ir ao médico.

— Está passando mal? — Analisa-me dos pés a cabeça.

— Não, eu estou bem... Não é medico de médico, sabe? É médico de... mulher. — Falo sem graça e ele ri. — Para, eu tenho vergonha...

— Eu tenho vergonha... — Imita-a. — Tudo bem. Não quer que eu te leve? — Nego com a cabeça. — Eu te deixo lá, depois vou para a empresa, não me importo...

— Não tem problema, eu vou de táxi ou meu pai me deixa lá... — Beijo-lhe o queixo. — Vamos, então?

— Sim... — Beija o pontinha do meu nariz e se afasta para abrir a porta. Saímos do banheiro, após eu ter retocado o brilho labial. Voltamos para a varanda e nos despedimos de todos, tendo que aguentar piadinhas dos meus primos e olhares fuziladores de papai e tio Ricardo. Spot me levou para casa, e durante o caminho, fomos conversando sobre nossa semana de trabalho.

Cantamos, rimos e ficamos contando quantos carros haviam perto de nós, da mesma cor e do mesmo modelo. Era por volta de 21h20, quando estacionamos em frente a minha casa. Virei para ele e acariciei o seu rosto.

— Não vou lhe convidar para entrar, porque... — Olho para o portão da garagem se abrindo, e o carro de papai pronto para adentrar. — Nos vemos amanhã de manhã, então?

— Com toda a certeza... Vá com aquela blusa de botões, porque eu gosto... — Segreda, arrancando uma gargalhada minha. — O que foi?

— É bom descobrir essas coisas... — Beijo sua bochecha. — Porém, amanhã temos que ir de uniforme, esqueceu?

— Como?

— Não recebeu o E-mail de Caio? O prefeito irá visitar a empresa, amanhã...

— O projeto das atrizes será finalizado esta semana? Não aguento mais olhá-las.

— Que tipo de homem é você, Felipe? Está reclamando de ter que ver mulheres de biquíni?

— Não... Não é isso, é que elas são metidas, nariz em pé e, aff, ficam pedindo para que eu amarre as alças e eu detesto fazer isso.

— Se eu pedir para você amarrar as alças do meu biquíni, então, você não irá amarrar?

— A conversa, agora, é outra... — Recosta-se no banco e coça a nuca. — E você não vai usar biquíni...

— Já está querendo me mandar?

— Não, claro que não... Mas, biquíni na empresa, não. — Finge braveza, mas logo se rende e me puxa, capturando meus lábios e beijando-os com sofreguidão. — É melhor você entrar... — Diz, antes de espalmar meu bumbum.

— É... É melhor, mesmo! — Dou-lhe um selinho, antes de abrir a porta do carro. — Boa noite! — Volto e selo nossos lábios, novamente. — Até amanhã...

— Até...

— Me liga quando chegar em casa, ok? Quero saber se chegou bem!

— Pode deixar... — Põe uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. — Vai! — Praticamente me empurra para fora do carro. Sorrio, dou-lhe mais um beijo e saio.

Meus lábios se curvam em um sorriso, quando vejo-o ligar o carro e sair. Estou muito feliz, mesmo tendo um dia que estamos ficando. Bom, espero que seja incrível e que demos certo; e que nada atrapalhe nossa amizade.

Entro em casa sorrindo. Passo pela cozinha, dou boa noite aos meus pais, subo para o quarto, tomo banho e deito na cama, aguardando a ligação que tranquilizaria minha noite, fazendo com que o meu sono viesse calmo.

 

 

“Não vou conseguir te ligar, porque mamãe está aqui. Veio de surpresa, mas enfim... Cheguei bem. Tenha uma boa noite de sono, nanica. Te amo, e até amanhã.”

 

 

Um sorriso, mais um, se forma em meus lábios. Agradeço a Deus, a todas as divindades, respondo-o com um “Boa noite, meu amor... Até amanhã. Te amo, também!”, e durmo, provavelmente, sorrindo.

 

 

 


Notas Finais


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