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História Invictus - Fronteira


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Oláaaaa!!
Eu sou mesmo muito sem vergonha pra prometer postar em um dia e demorar uma semana né? hahahahaha
Mas eu prometo que tem explicação.
Aproveitem o capítulo que no final eu explico!!

Capítulo 14 - Fronteira


Fanfic / Fanfiction Invictus - Fronteira


 

POV Arizona



 

Olhei pra Dakota e sorri, ela sorriu triste e me abraçou. Eu estava me despedindo dos meus irmãos pra sair em missão, a sensação era pior do que eu pensava que seria.

-Não vai se meter em encrenca enquanto eu tô fora.- Falei arrancando um riso dela que assentiu com a cabeça.

Me virei pra Oliver e me abaixei ficando mais da altura dele, ele me abraçou forte enroscando meu pescoço com os braços. O apertei fechando os olhos e dei um beijo na cabeça dele. Me afastei o segurando pelos ombros e sorri, ele ofegou.

-Volta logo Nana.

-Eu vou tentar.- Respondi secando uma lágrima que escorreu pelo rosto dele. -Se comporta, ta bom Oggy?

-Tá.- Me abraçou de novo e me deu um beijo na bochecha.

Era a vez de abraçar Connor, ele deu um meio sorriso mas eu o puxei para um abraço.

-Se cuida- Sussurrei.

Sorri para Trevor, levantei a mão dedilhando a cicatriz dele.

-Eu sou o mestre do meu destino.- Falei uma frase significativa para nós dois, meus olhos lacrimejaram. Meu irmão deixou uma lágrima escorrer e sorriu.

-Eu sou o capitão da minha alma.- Respondeu me fazendo sorrir. Me sentia indo para o Iraque de novo. Todo aquele clima de despedida, meus irmãos tristes e preocupados.

Abracei Trevor, o olhei de novo e dei as costas indo até Maggie.

-Promete pra mim que vai tomar cuidado por causa do bebê.

-Eu prometo, mas tem que me prometer que também vai se cuidar lá fora.- Sorriu no final da frase. Balancei a cabeça concordando.

Rick apertou minha mão com um olhar de confiança.

-Sei que vão voltar seguros, tomem cuidado lá fora.

-Tomaremos.- Respondi me despedindo.

Encarei os demais rostos de Alexandria, tentei sorrir mas acho que pareceu mais uma cara de dor que um sorriso.

Era o que eu sentia nesse momento. Dor. Senti dor ao olhar para meus irmãos e os deixar quando prometi que nunca ficaríamos separados. E senti mais dor ainda quando vi pelo retrovisor Oliver correndo em direção ao carro chorando, enquanto os portões se fechavam.

-Para o carro.- Pedi fazendo Abraham frear bruscamente. -Não vou demorar.

Pulei do carro e corri até ele me abaixando de novo pra ficar na sua altura.

-Oggy, você precisa se acalmar.- Meu irmãozinho buscava por ar. -Ei, se acalma. Eu vou fazer de tudo pra voltar, mas eu preciso ir.- Segurei seu rosto entre minhas mãos o fazendo me encarar, ele começou a tentar se acalmar, Trevor tinha o alcançado. -Se eu não for, não vai ter mais lar. Não vai ter mais um lugar seguro pra vocês Oliver. Mas eu não vou conseguir sair daqui se não tiver a certeza de que você vai ser forte.

Olhei fundo em seus olhos azuis cheios de lágrima.

-Tudo bem, eu vou ser como você.- Falou assentindo várias vezes.

Sorri aliviada o vendo respirar normalmente. Olhei pra Trevor que assentiu e segurou a mão de Oliver. Me virei e corri de volta pro carro.

-Me desculpem.- Falei olhando pelo retrovisor meus irmãos diminuírem conforme nos afastamos.

-Não tem problema.- Tara respondeu do banco do carona.

Daryl pegou minha mão e entrelaçou com a dele, sorri olhando nossas mãos unidas e olhei pra ele em seguida.

-Vai ser uma viagem legal.- Paul disse me fazendo rir junto de Abraham e Tara.

 

Tinha passado um pouco do meio dia, estávamos comendo e checando quantos quilômetros faltavam. Abraham no volante com um charuto na boca dizia que talvez chegássemos pela manhã do outro dia, indo com cautela pra evitar os perigos desse mundo abandonado.

-Eu acho que seria bom não irmos a noite pra lá, podemos parar em alguma cidade antes e procurar um lugar pra dormir.- Paul disse dando uma mordida no pão.

-Concordo, sabemos que de noite as coisas não são muito boas.- Falei enquanto terminava o meu pão.

-Conhece alguma cidade não muito grande por perto de Maryland Arizona?

-Na verdade conheço sim Tara, podemos verificar ela.

-Acham que chegamos lá antes de anoitecer?- Daryl perguntou, dei de ombros olhando pra ele e sorri.

-Podemos tentar, mas se não der então paramos em algum lugar e verificamos a segurança pra passar essa noite.- Abraham falou.

Todos concordaram e voltaram a terminar de comer. Peguei um saquinhos embrulhados e sorri, Dakota tinha feito cookies para trazermos. Entreguei um pra cada e seguimos a viagem em silêncio.

Duas horas a mais e eu estava ficando sonolenta, não tenho dormido muito e as consequências das minhas noites de insônia preocupada com meu Connor resolveram aparecer.

-Quer deitar no meu ombro um pouco?- Daryl perguntou passando um braço por sobre os meus ombros. Aceitei e me inclinei um pouco pra tentar cochilar.

-Só vou descansar meus olhos.- Sussurrei sentindo ele fazer um carinho no meu braço.

-Dorme.

-Não, não posso.- Retruquei ouvindo uma risada abafada de Paul.

-Claro que pode, eu te acordo antes do entardecer.

Suspirei cedendo e relaxei caindo no sono pouco depois.

 

Sonho  on

 

Eu estava em um galpão, amarrada no meio dele sentada em uma cadeira. Tentei me soltar das cordas, mas era inútil. Analisei o lugar a minha volta.

Ouvi um assobio que me tremeu a espinha. Apertei meus olhos em direção o som e vi a silhueta de um homem vindo no corredor, ele carregava um taco.

Negan.

Voltei a tentar me desamarrar, mas as cordas pareciam apertar ainda mais.

-Parece que você não é tão forte assim.- Ele disse sorrindo sádico chegando perto.

Levantou meu rosto o apoiando pelo queixo e eu afastei bruscamente.

-Não não, não faz assim. Ou vai acabar como os seus irmãos.- Apontou pra um lado do galpão que antes estava vazio.

A visão que tive fez meu estômago gelar, meu coração parou e todo meu ar fugiu dos pulmões.

Meus irmãos, walkers.

Gritei sentindo as lágrimas rolarem e meu peito arder.

Trevor grunhiu para tentar me alcançar e arrancar um pedaço da minha carne.

Dakota ao lado dele tinha as calças manchadas de sangue, como se tivesse sido violentada, e a garganta cortada de um lado a outro.

Oliver tinha marcas de estrangulamento no pescoço.

Mas a visão de Connor era a mais medonha, a que mais me fez estremecer e chorar. Ele tinha a camisa rasgada, seu peito aberto de cima a baixo com as vísceras saltando. Seu rosto era de um cinza mais escuro que dos outros, sangue podre escorria da boca dele e seus olhos estavam escuros. Mas ele não grunhiu ou tentou me alcançar como os outros, ele tinha um sorriso frio no rosto e me sobressaltei quando da sua boca saiu em uma voz que me fez gelar:

“Você não conseguiu nos proteger.”

Negan ria ao meu lado. Meu corpo todo contraiu e eu soltei um grito agonizante.

 

Sonho off

 

Acordei sobressaltada com quatro pares de olhos me encarando assustados. Era época de frio mas eu suava horrores. Paul me estendeu uma garrafinha de água, a qual eu bebi como se estivesse dias sem uma gota.

-O que aconteceu?- Perguntei quando vi que tínhamos parado.

-Bom, você..er..- Tara tentou começar mas parecia não saber como.

-Você começou a gritar.- Paul disse procurando em meus olhos qualquer coisa. -Um grito horrível Angel.

Meu peito parecia que ia explodir. Respirei fundo e busquei a mão de Daryl, que apertou de leve a minha quando entrelacei nossos dedos.

-Eu tive um pesadelo muito real, e foi um dos piores que já tive.- Soltei com a voz baixa.

Vi Paul dar um sinal com a cabeça pra Abraham continuar, e logo estávamos em movimento de novo.

-Quer conversar sobre?- Paul me perguntou analisando meu rosto. Neguei me enroscando em Daryl, que me envolveu dando um beijo no topo da minha cabeça.

Olhei pra Paul e ele entendeu minha mensagem com o olhar, eu queria dizer que não queria tocar no assunto por hora. Meu melhor amigo sorriu de canto e se ajeitou no banco.

Não consegui mais fechar o olho, a imagem de meus irmãos mortos e transformados ainda era muito nítida na minha mente. Respirei fundo começando a cantar Somewhere Over the Rainbow baixinho, eu precisava me acalmar.

 

Por volta de quase seis da noite, resolvemos parar em uma cidade pequena bem perto da fronteira. A cidade era duas antes de Washington DC, e a base ficava nos arredores de Washington o que nos adiantava bastante.

-Já esteve aqui Arizona?- Abraham perguntou parando o carro perto da floresta. Sorri trocando olhares com Paul, que soltou uma risada baixa.

-Muitas vezes, tomei vários porres aqui.

-Eu estive presente em muitos deles.- Paul falou saltando do carro e olhando ao redor. Ri empurrando ele com o ombro.

Saímos todos do carro, pegamos as mochilas e mais algumas armas no porta malas e em seguida cobrimos o carro com alguns galhos que estavam na beira da floresta. A entrada da cidade era bem típica de qualquer cidade do interior americano. Uma rua principal, ladeada de lojas e prédios pequenos, ruas menores que atravessavam a principal.

Andamos devagar por uma das calçadas, eu já havia estado nesse lugar várias vezes quando vinha pra Washington. Um dos caras da tropa era daqui e nos apresentou um dos melhores bares do mundo, o bar do John.

Avistei o bar e sorri de lado, meio triste. Fiz um sinal pra me seguirem e atravessei a rua até a entrada do bar, o sol já ia se pôr e precisávamos de um lugar pra passar a noite. Bati na porta de leve e esperei por algum barulho ou movimentação lá dentro.

-Parece que não tem nada, eu vou entrar.- Falei mas meu braço foi segurado por Abraham que negou e passou na minha frente entrando no bar. Entrei atrás dele pronta pra reclamar, mas um walker saiu de trás de uma pilastra e me agarrou tentando morder meu rosto. Da onde ele tinha saído eu não sei, achei que o bar estava limpo mas pelo visto não. Tentei alcançar minha machadinha no suporte mas não consegui, olhei na direção de Abraham e ele matava uns dois walkers que tinham saído dos fundos aparentemente. Segurei o rosto podre daquele walker e uma faca entrou na têmpora dele, era Tara.

-Obrigada.- Falei recuperando meu arco que tinha caído no chão.

-Ta tranquilo.- Ela estendeu o pulso e eu ri dando um toquinho.

-Parece um lugar pra passarmos essa noite.- Abraham disse analisando o local. Daryl entrou seguido de Paul que fechou a porta atrás dele.

-Minha intenção é passarmos a noite no segundo andar, costumava ser a casa do John. Ele não vai se importar de invadirmos né.- Ri sem humor, John provavelmente estava morto.

-Quem era John?- Tara perguntou sentando no balcão.

-O dono desse bar, ele era uma das pessoas mais incríveis que conheci.- Paul disse indo em direção a uma parede de fotos. Parei do lado dele observando todas aquelas pessoas felizes, bêbadas. Eu estava em várias fotos, mas uma delas me prender a atenção. Me aproximei e toquei a foto com a ponta dos dedos.

-Será que ele teria sobrevivido isso tudo com a gente?- Soltei baixo sentindo meus olhos marejarem. Mark sorria abertamente na foto, eu sentada no colo dele dando língua pra câmera com uma garrafa de cerveja na mão e Paul do outro lado fazia careta.

-Claro que sim. Era o Mark.- Paul respondeu, olhei pra ele buscando seus olhos. Ele sorria de lado.

Senti alguém do meu lado, olhei percebendo que era Daryl. Ele olhou pra foto, depois pra mim e pegou minha mão apertando de leve. Era a maneira dele de dizer que se importava e estava tudo bem.

-Tem muitas fotos de vocês por aqui.- Abraham disse, percebi que todos encaravam a parede.

-É, passávamos muito tempo aqui.- Paul respondeu cruzando os braços. -John já nos tinha como filhos até.

-Todo final de missão, meu esquadrão e os demais costumavam vir pra cá. John foi Delta quando mais novo, e quando se aposentou resolveu abrir um bar.- Me virei andando em direção a porta que levava ao segundo andar. -Mas vamos subir, temos que descansar pra amanhã.

Mudei o assunto bruscamente, precisava me concentrar na missão e não ter pensamentos nostálgicos.

Abri a porta com cuidado e nada saiu de lá. Iluminei o corredor da escada com uma lanterna e comecei a subir devagar, atenta a qualquer barulho. Cheguei em frente a porta do segundo andar e respirei fundo, Abraham estava logo atrás de mim. Abri a porta e entrei com o arco em punho, observei a sala e não tinha nada. Abraham e Daryl entraram começando a revistar os outros pequenos cômodos.

-Tudo limpo.- Falei saindo da cozinha americana pequena.

-Aqui também.- Abraham avisou saindo do banheiro. Daryl saiu do quarto e murmurou um “limpo” indo em direção às janelas.

-Bom, eu fechei a porta da frente do bar de um jeito que nenhum walker entre mas que seja fácil para nós de abrir.- Paul disse entrando e se jogando no sofá. -E Tara fechou a dos fundos.- Apontou pra ela que entrava.

-Podem dormir, eu cubro o primeiro turno.- Falei tirando a mochila dos ombros.

-Nada disso, pode dormir você.- Daryl disse colocando a crossbow apoiada na parede.

Bufei revirando os olhos.

-Eu não quero dormir.- Reclamei cruzando os braços, não queria ter pesadelo de novo.

-Então os dois ficam acordados.- Abraham falou dando um fim ao impasse. -Dois vigias são melhor que só um.

-Por mim.- Dei de ombros olhando a cara emburrada de Dixon pra mim, sorri debochada.

Depois de comermos, Abraham junto com Paul e Tara se ajeitaram pra dormir na sala. Eu me sentei em uma poltrona próxima a janela, Daryl se sentou apoiando as costas na parede perto de mim.

A noite estava bem tranquila, nada passava pela rua e nada fazia nenhum barulho nos arredores. Suspirei apoiando a cabeça no encosto da poltrona, só quero entrar na base e encontrar o que precisamos pra acabar com aquele maldito. Alguma coisa muito ruim ele fez pro meu irmão, e eu vou descobrir o que é.

-Ta pensando em que?- Perguntei vendo Daryl olhando pra um ponto fixo no chão. Ele olhou pra mim, soltou um suspiro e deu de ombros.

-Em amanhã, em Alexandria.- Assenti mordendo o lábio. Pensei em meus irmãos, como eles estariam sem mim por lá. Eu que coloco ordem naquela casa, que nem a mamãe fazia. Trevor devia estava tentando dar uma de mandão, ele sempre tentava mas sempre era inútil toda aquela pose já que geralmente eles me obedeciam mais. Bom, já que eu não tô por perto acho que eles devem estava sim seguindo as ordens dele,

-Eu…- Daryl começou chamando minha atenção. -Se eu te perguntar uma coisa, você me responde?

-Se eu souber a resposta.- Sorri de lado.

-Sabe sim.- Respondeu meio sério. -É sobre o Mark.- Continuou. Desfiz meu sorriso e encarei minhas mãos.

-Ah ta.

-Se não quiser contar, tudo bem. Porque imagino que não deve ser muito legal falar sobre, mas eu queria ouvir sobre ele.- Ele falou meio rápido me fazendo rir baixo.

-Tudo bem.- Falei baixinho me ajeitando melhor na poltrona, Daryl me encarava sem piscar esperando eu começar a falar.

-Eu e Mark nos conhecemos no primeiro dia de treinamento no exército. Eu tinha me qualificado pra ser uma Delta nas provas teóricas, e ele tinha sido realocado para ser um Delta também. Acabou que teve que fazer o treinamento especial, por isso acabamos no mesmo esquadrão.- Me lembrei dele chegando no campo de treinamento. -Mark tinha uma pose de que sabia de tudo e estava pronto pra tudo, o que não era mentira mas não era totalmente verdade. Não posso dizer que foi amor a primeira vista, mas me encantei com ele sim assim que o vi. Ele me lembrava muito um personagem de filme de ação sabe, misturado com um daqueles mocinhos dos filmes dos anos setenta.

-Quando se apaixonou por ele?

-Quando ele me beijou pela primeira vez, em um bar e ficou totalmente sem graça pedindo desculpa.- Sorri. -Quando ele sorriu e ficou vermelho eu vi que não tinha volta.

-Você ainda o ama?- Senti que Daryl tinha medo, não que eu amasse mais meu ex noivo morto, mas que eu o amasse tanto ainda que não tivesse espaço pra ele no meu coração.

-Amo, mas não do jeito que achei que o amava.- Ele fez uma expressão confusa. -Eu amei o Mark, e ainda o amo, mas hoje sei que ele foi um tipo de aprendizado. Eu amadureci muito com ele, e aprendi muito.

Daryl me analisava, tombei a cabeça de lado devolvendo o olhar.

-E como você o perdeu?- Perguntou simples.

-Numa missão.- Limpei a garganta. -Ele levou um tiro, estávamos no Oriente daquela vez, e a situação não era muito boa pra sair com ele do lugar onde ficamos esperando o reforço. Eu lembro que fiquei sentada no chão, com a cabeça dele no colo só esperando. Esperamos tanto, mas a ajuda demorou muito e Mark morreu nos meus braços.- Senti uma lágrima descer, meu coração apertar. -Foi horrível. Nunca imaginei que fosse passar por aquilo com meu próprio noivo.- Ri sem humor. -Um amigo, claro. Mas meu noivo? Não, aquilo nunca passou pela minha cabeça. Mesmo eu sabendo que nós dois corríamos perigo toda vez que íamos trabalhar.

Encarei Daryl, ele estava calado e imóvel me observando.

-Que foi?- Perguntei sem graça com o olhar dele.

Ele ficou de joelhos e se esticou um pouco me dando um beijo suave. O olhei meio confusa, mas agradecida. Sabia que era um jeito dele de me confortar.

-Eu sei que eu não sou esse Mark, mas eu vou me esforçar pra ser bom o bastante pra você.- Falou fazendo carinho na minha mão. Sorri sem desviar o olhar.

-Você já é bom o bastante pra mim Dixon. Não se diminua.

Daryl abaixou a cabeça e balançou como se o que eu tivesse dito fosse a maior mentira.

-O Mark era incrível, e eu ainda o amo.- Levantei o rosto dele o fazendo me encarar. -Mas só que ele não era você. Não tenta ser ele, porque eu só tô completamente apaixonada por você porque você é você.

O peguei de surpresa falando isso, ele sorriu fazendo os olhos pequenos brilharem.

-Apaixonada?- Perguntou sussurrando.

-Completamente, infinitamente e ardentemente apaixonada.- Respondi colocando uma mão no rosto dele.

-Eu sou o filho da puta mais sortudo do universo.

-Mesmo no meio desse caos todo?

-Mesmo no meio desse caos todo.- Rimos baixo. -Porque eu tô apaixonado por uma mulher maravilhosa que sente o mesmo por mim, e eu nem sei como isso é possível.

Não aguentei, o puxei pra um beijo nada delicado. Daryl Dixon tinha acabado de provar pra mim que tudo que ele dissesse com aquela voz rouca fodidamente sexy e aquele sorrisinho de lado maldito me fariam arder em desejo. Mesmo que fosse pra ser um momento mais romântico.

Levantei desajeitada e troquei de lugar, o fazendo sentar na poltrona enquanto eu me sentava em seu colo dando continuidade ao beijo.

As mãos dele passavam por toda a extensão das minhas pernas, me fazendo suspirar entre o beijo e me grudar mais ainda nele.

Separei nossos lábios buscando por ar.

-É uma tortura não poder passar disso agora.- Falei sentindo pulsar entre minhas pernas.

-Não?- Me perguntou meio desesperado.

-Temos muita gente a nossa volta Dixon.- Provoquei mordendo o lábio dele.

-Droga.

-Calma.- Sussurrei no ouvido dele, beijando ali vendo que ele se arrepiava. -Assim que voltarmos pra Alexandria, não vamos mais adiar isso.

-Porra, já tô ansioso.- Falou com uma voz torturada me fazendo rir baixo adorando aquilo.

Voltei a beijar ele, tomando cuidado pra manter só no beijo.

Só nós mesmo pra transformar um momento calmo e romântico em um momento de total desespero e tesão. Na verdade só eu mesma, porque quem avançou nele fui eu.

Pelo visto essa noite ia ser muito interessante e torturante. Longe de mim dizer que não ia gostar, porque eu tinha certeza que ia ser maravilhosa.

 

Acabei dormindo meio deitada no colo de Daryl na poltrona, ele também dormia com a cabeça jogada pra trás e os braços ao meu redor. Não podíamos ter dormido, era nosso turno na vigia, mas nós nos beijamos tanto e depois conversamos tanto que por volta das quatro da manhã acabamos cochilando. Digo cochilando porque eram cinco e vinte da manhã. Sorri olhando pra ele dormindo, a cara emburrada era menos mas continuava ali. Os outros ainda dormiam, mas já ia acordá-los.

Olhei pela janela e levantei de um salto, fazendo Daryl levantar assustado e olhar pra onde eu olhava e xingar.

-Puta merda.

Eu não sabia como, mas em menos de duas horas a rua tinha sido infestada de walkers. E agora, não tinha como irmos embora dali.


Notas Finais


Entãaaaao, o que acharam? Qualquer coisa me digam.
Será que vai dar ruim gente? Como será que eles vão sair de lá??? Bom, no próximo capítulo saberemos hahaha
E dessa vez prometo que não vai demorar mais ta bom?
Eu estava em semana de provas amores, e final de período a semana de provas vira um inferno pior do que já é haha
Agora como estou finalmente de féeeeriaaaas os capítulos serão mais frequentes, como no início. Não sei se vou conseguir postar três vezes na semana, mas vou me esforçar!
Obrigada por serem pacientes darlings, e até o próximo!!
Xx


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