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História Invictus - Justiça para todos - parte 2


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


OI GENTE LINDA TUDO BOM???
Capítulo novo e fresquinho pra vocês <3
APROVEITEM

Capítulo 33 - Justiça para todos - parte 2


Fanfic / Fanfiction Invictus - Justiça para todos - parte 2

 

POV Dakota

 

Saltei da caminhonete, a partir daquele ponto vamos a pé pra não chamar atenção e por tudo a perder. Carl mal tinha falado comigo, ficou o caminho todo emburrado. Enid e eu tentamos nos distrair observando o caminho. Connor e Trevor estavam na cabine da caminhonete, e toda hora Connor me olhava pra ver como eu estava.

-Ok, todos prestem atenção.- Rick começou. -Vamos andar uns cinco quilômetros agora, e precisamos ficar atentos. Trevor nos contou que eles têm um ponto cego, uma de nossas equipes atacará por lá.

-Sim, a equipe já combinada que eu irei liderar.- Alex, amigo dos meus irmãos, disse.

-Exato, a outra irá comigo.- Rick olhou pra todos nós e respirou fundo.

-Vamos.- Meu irmão mais velho disse seguindo com Rick e Alex na frente de todos.

Comecei a andar com Connor do meu lado. A estrada me lembrava quando eu e meus irmãos passamos meses a deriva, sem ter uma vida digna. Olhei para as árvores que ladeiam a estrada e me veio na mente quando tínhamos que subir em árvores pra passar a noite ou esperar uma horda de mordedores passar.

-Você ta bem?- Connor perguntou me empurrando de leve com o ombro.

-Tô sim.- Pisquei algumas vezes. -Só tô lembrando..

-Eu sei.- Me interrompeu. -Eu também.

Sorri fraco.

-Temos que garantir que Alexandria fique bem Connor, não podemos perder aquele lugar e as pessoas que vivem lá.

-Vamos fazer de tudo pra isso irmãzinha.- Ele sorriu de lado. -Somos King, servir e proteger está no nosso sangue.

Ri de leve.

-Sim, papai diria o mesmo.

Connor desfez o sorriso mas concordou.

-Não quis te fazer ficar triste irmão.

-Ta tudo bem, só queria que ele estivesse aqui.

-Eu também.- Reprimi as lágrimas. -Mas temos uns aos outros ainda.- Olhei pra ele sorrindo.

Meu irmão soltou um riso fraco e me olhou levantando as sobrancelhas.

-É raio de sol, você consegue mesmo levantar nosso humor com esse sorriso.

-É um dom, querido.- Disse dando de ombros.

Connor riu, chamando a atenção de Carl que estava um pouco mais a nossa frente que olhou pra trás encontrando meus olhos e logo olhou pra frente de novo.

Respirei fundo e rolei os olhos. Garoto cabeça dura.

O silêncio voltou a reinar e continuamos nosso caminho.

 

Depois de bastante tempo andando pela estrada, fomos pra parte das árvores e paramos um pouco antes das árvores mostrarem mais um limite com a estrada. Do outro lado dava pra ver o que parecia um antigo quartel de bombeiros.

Alex e meu irmão cochicharam, Trevor apontou uma direção pra ele e falou alguma coisa, o outro então assentiu e falou algo com Rick antes de chamar a equipe que ia com ele.

Eu já estava em modo de alerta desde que saímos de Alexandria, agora mais ainda percebendo que a hora da luta tinha chegado. Olhei pra Connor do meu lado, ele estava bem sério e observava ao nosso redor. Trevor chegou perto de nós e suspirou.

-Vocês dois tomem cuidado, e não façam nada impensado. Uma Arizona já basta pra me fazer ficar maluco de preocupação.

Assentimos.

-Nós vamos atacar de duas direções, assim que o sinal for dado por Alex. Fiquem perto de mim, ouviram?

Ele levantou uma sobrancelha, a que tinha cicatriz, e nós mais uma vez assentimos seguindo com ele.

Dei mais uma olhada pra Carl, e ele franziu de leve a testa me observando. Eu acenei com a cabeça, ficar emburrada agora não ia ajudar. Ele sorriu de lado e sibilou um “fique viva”. Sorri voltando a olhar pra frente.

Depois de um tempo que parece ter passado em câmera lenta, ouvimos um estrondo e seguimos ao sinal de Rick e Trevor. Paramos na fronteira entre as árvores e a estrada, e usamos as árvores como proteção. Salvadores começaram a sair de dentro do prédio e nós começamos a atirar. Caiam um por um, mas alguns ainda conseguiam atirar de volta.

Era uma sensação estranha, tirar vidas para que vidas fossem protegidas. Cada um daqueles que caiam no chão desfalecido merecia seu destino, mas mesmo assim meu coração se apertava um pouco sabendo que tudo podia ser diferente se a humanidade não fosse tão egoísta e cruel.

Avançamos um pouco mais, um grupo invadiu o local e eu fiquei com Connor e Trevor mais algumas pessoas do lado de fora. Carl e Enid estavam conosco, e eu alternava em olhar pra frente e olhar pra ver se eles estavam bem. Numa dessas olhadas reparei uma luz de laser mirando em Carl e segui vendo um dos homens de Negan do topo do posto avançado mirando nele.

-Carl cuidado.- Gritei enquanto atirava no desgraçado que tombou de lá de cima depois que o acertei bem na cabeça.

Olhei pra Carl e ele colocou a mão no braço fazendo uma careta de dor mas logo voltando a atirar.

-Muito bom Dakota, mas agora tome cuidado porque você também é um alvo.- Meu irmão mais velho disse.

Continuei atirando nos que saiam. Agora saiam muitos, era um posto realmente grande e não parecia que íamos acabar rápido.

Mais uma parte de nós entrou, e dessa vez parecia estar acabando. Eu quase podia respirar aliviada, mas estava tensa demais.

Daryl, namorado da minha irmã, tinha ido com o grupo de Alex. Assim como Paul. E eu estava preocupada com eles também, Arizona devia estar uma pilha de nervos.

 

POV Paul

 

Depois de entrarmos pelo ponto cego, tudo ficou um caos como era de se esperar. Nosso sinal para os outros era um explosivo pequeno, só para assustar os salvadores e avisar os nossos. Como Trevor disse, eles pareciam esperar qualquer ataque mas não era nada que não pudéssemos dar conta.

Eu atirava e tentava me proteger. Daryl estava perto de mim, Alex mais a frente.

Tudo estava confuso. Barulho de tiro, gritos, comandos que Alex falava pra nós.

Do outro lado agora devia estar do mesmo jeito. Só podíamos torcer pra dar tudo certo.

 

POV Trevor

 

Toda a luta estava chegando ao fim. Já não saía mais ninguém de lá de dentro além dos nossos que voltavam com vida.

Meus irmãos estavam como eu em alerta e com as armas em punho. Não tínhamos só os salvadores pra nos preocupar, walkers poderiam aparecer e não podemos bobear.

Carl aparentemente tinha levado um tiro de raspão, e Rick cuidou do jeito que pode pra segurar as pontas até voltarmos.

Os tiros foram diminuindo, e de repente o grupo que tinha ido avançar pelo ponto cego apareceu saindo pelo portão com Alex gritando cessar fogo.

Respirei aliviado e me virei pros meus irmãos.

-Estão bem?

-Sim.- Connor respondeu.

Dakota só assentiu, parecia meio assustada e um pouco cansada.

-Algum prisioneiro?- Perguntei pra Alex.

-Não, todos abatidos.

-E entre os nossos?- Rick perguntou.

-Nenhuma baixa, e por aqui?

-Nada, apenas alguns feridos.- Respondi.

-Sim, alguns comigo também se feriram mas não foi nada muito grave. Temos que voltar, mas antes seria bom limpar o lugar e achar um modo de trancar.

-Ok, vamos tirar os corpos de lá de dentro e trancar o lugar.- Rick disse.

Assentimos.

Olhei pro muro com os dizeres “servir e proteger” e um sentimento de nostalgia me invade. O exército era tudo pra mim, depois da minha família. Ter algo que me ligasse a essa parte do meu passado me fazia quase querer sorrir.

-Acabou?- Dakota me perguntou enquanto entrávamos para ajudar a remover os corpos.

Um grupo ficaria do lado de fora pra vigiar o perímetro.

-Não.- Falei sério. -Hoje sim, mas a guerra ainda não.

-Ainda temos quantos postos avançados pra atacar?

-Pelo o que nos disseram, três. Mas acho que dentro desse lugar deve ter mais informações Connor.- Falei abrindo uma das portas encontrando dois corpos. -Tenham certeza de que estão mortos, e que a cabeça foi atingida. Caso não, sabem o que devem fazer.

Meus irmãos mais novos assentiram e começaram a verificar um dos homens no chão.

Antes de mover o corpo olhei em volta, o lugar tinha duas beliches e dois armários. Também tinha um frigobar e alguns livros em uma prateleira.

Em cima de um criado mudo tinha uma foto em um porta retrato, e nela uma mulher grávida sorria pra câmera, na beira da praia, vestindo um vestido azul. Ela parecia muito feliz, e uma de suas mãos pousava sobre a barriga. Minha mente resolveu me levar à lembranças que doiam, massacravam minha alma. Peguei o porta retrato nas mãos e encarei aquela foto.

Senti um nó na garganta, meus olhos arderam. Ellie e eu tínhamos ido ao litoral dois meses antes do mundo entrar em caos. E ela usava um vestido parecido ao da moça na foto. Uma lágrima solitária caiu no vidro do porta retrato e nela eu vi todo o meu sofrimento contido. Esse era um assunto que eu evitava, desde o dia que aconteceu. Nem Arizona tinha tentado arrancar alguma coisa de mim, e eu preferia assim.

Lembro que dois dias após o ocorrido quando encontramos uma pequena casinha na floresta e resolvemos ficar por lá, eu resolvi ir caçar e no meio da caçada caí de joelhos perto de um riacho e chorei feito um garotinho assustado. Tinha perdido minha Ellie, nosso filho, meus pais e minha irmãzinha. Minha vida tinha sido arrancada de mim com tanta brutalidade que não dava nem tempo pra perguntar “por que?”.

-Trevor.- Connor disse colocando a mão no meu ombro.

Me virei pro meu irmão, ele me olhava meio triste.

-Tiramos os dois corpos, vamos para o próximo cômodo.

Assenti, coloquei o porta retrato no lugar e assumi minha habitual postura indo com meus irmãos terminar o serviço.

 

POV Dakota

 

Depois de tirar todos os corpos e juntá-los em um canto do grande terreno do posto avançado, encontramos as chaves do lugar e algumas correntes trancando para que um dia resolvessem o que fazer ali.

Estava andando de volta pros carros, já era quase umas quatro da tarde e eu estava faminta. Trevor estava calado desde que ficou encarando um porta retrato no primeiro cômodo que limpamos. Connor e eu também não falávamos nada, acho que o clima de morte tinha afetado a todos. Enid andava do meu lado agora, e antes de cair no silêncio insistiu para que eu fosse conversar com Carl. Mas agora não era hora, eu não estava em clima de conversa de reconciliação mesmo que quisesse saber como estava o braço dele. Eu só queria ficar em silêncio agora. Nem mesmo eu tinha humor depois de participar de uma luta.

 

Andamos mais um pouco e logo chegamos aos carros. Subi na mesma caminhonete, e Carl subiu logo atrás de mim sentando do meu lado.

-Como ta o seu braço?- Perguntei sem olhar pra ele.

-Dói um pouco, mas eu vou ficar bem. Já passei por coisa pior.- Falou e apontou pro olho.

Ri fraco ainda não olhando nos olhos dele.

-Eu estava errado em querer te impedir.- Disse e então eu o encarei. -Você foi muito bem hoje, salvou a minha vida. Me desculpa por ser um idiota.

Sorri.

-Aceito suas desculpas. Mas eu gosto de você exatamente pelo idiota que é.- Falei e dei um beijo na bochecha dele.

Carl sorriu.

-Só não queira mais me tratar como uma donzela em perigo daqui pra frente.

-Vou tentar.

Sorri mordendo o lábio inferior. Ele sorriu de lado e me deu um selinho tímido.

Connor me olhou levantando uma sobrancelha, o mala tinha resolvido ir na caçamba da caminhonete também. Enid riu sem som nos olhando.

Carl entrelaçou nossos dedos com a mão do braço bom, e eu sorri sentindo um calor gostoso irradiar dali.

Parece que tudo vai ficar bem.

 

POV Arizona

 

Sete da noite. Nada deles voltarem.

Eu tinha voltado ao posto de vigia, depois de deixar Oliver com Maggie ao anoitecer. Abraham tinha perguntado se eu queria companhia, mas preferi ficar sozinha aguardando. Era bom pra colocar meus pensamentos em ordem.

Tinha plena consciência da competência dos nossos, e confiava cegamente em Trevor na missão de proteger nosso irmãos mais novos mesmo que eles não quisessem. Mas eu não podia conter esse sentimento de medo de que tudo tivesse dado errado. Acho que era bom manter esse alerta ligado. Isso nos faz ser cautelosos.

Em Alexandria nada demais havia acontecido. A não ser por uma pequena horda que resolveu perturbar na zona de construção. Os walkers estavam vindo em nossa direção pelo o que parecia. Mas deles eu não tenho receio.

Esbarrei em Spencer pela rua do lago. O cara fugiu de mim como se eu fosse o próprio demônio querendo a alma dele. E era bom que agisse assim, significa que aprendeu sua lição, pelo menos eu esperava que sim.

Padre Gabriel ficou de vigia de Negan o dia quase todo, e foi substituído ao anoitecer por outra pessoa. Ele passou por mim quando eu vinha pra cá, e disse que estava confiante de que todos iram voltar em segurança.

Bufei ao olhar pela milésima vez ao longo da estrada e não ver nada. Cocei a cabeça e encarei minha tatuagem no pulso esquerdo. Trevor tinha a mesma, só que nas costas. Era um pequeno pacto nosso de quando eu entrei no exército. Era um jeito de combinar que sempre voltaríamos pra casa.

Passados mais quinze minutos vi faróis iluminando o final da estrada. Empunhei a arma e respirei fundo mirando. Os faróis piscaram três vezes seguidas e depois de uma pausa piscaram de novo. Eram eles, finalmente.

Suspirei aliviada abaixando a arma e descendo pra abrir o portão.

Assim que abri e todos os veículos passaram, dois walkers apareceram da floresta. Como estava com minhas machadinhas as peguei e segui até eles. As coisas podres grunhiam por minha carne, e rapidamente acertei a cabeça do primeiro logo o empurrando pro chão. O segundo teve o mesmo destino, e então eu voltei pra fechar o portão.

Portão fechado, todos seguros, segui até a caminhonete que meus irmãos desembarcavam. Abracei Dakota e Connor assim que cheguei perto deles e soltei o ar em alívio.

-Estão todos bem?- Perguntei os soltando.

-Alguns feridos, mas nada demais.- Connor respondeu.

-E como foi, Dakota?

-Fui bem.- Minha irmã respondeu. -Só tô meio cansada agora. Carl levou um tiro, que graças a mim foi só de raspão, mas ele ta bem e foi pra enfermaria.

Sorri orgulhosa. Trevor chegou perto e acenou com a cabeça.

-Você ta bem?- Perguntei recebendo outro acenar de cabeça como resposta.

Meu irmão virou as costas e seguiu pela rua do lago.

Olhei pros mais novos esperando explicação.

-Tinha uma foto no posto avançado.- Connor começou. -Uma foto de uma mulher grávida na praia.

Ah Trevor, a dor nunca ia ser completamente curada.

-Ele ficou bem mal.- Dakota falou.

-Vou falar com ele depois.

-Nana, deixa ele ficar quieto. Dá o espaço dele, sabe como Trevor é.- Connor disse.

Olhei pro meu irmão e sorri.

-Quando foi que vocês cresceram tanto?- Falei encostando minha testa na deles. -Vão pra casa, tomem banho, comam e descansem.

Os dois concordaram e seguiram em direção a nossa casa.

Olhei em volta e meus olhos encontraram os de Paul.

-Você voltou Rovia.- Falei o abraçando. -Acho bom mesmo me obedecer.

-Já te disseram que você é bem abusada? E sim, estou de volta para a alegria da nação.

O soltei e ri.

-Eu sei que você não ia suportar ficar sem mim, sua vida perderia totalmente a graça.

-Totalmente.- Ri. -Tô feliz que voltou bem, passei o dia todo preocupada.

-Imaginei.

-Cadê Daryl?- Perguntei ansiosa por vê-lo.

-Atrás de você.- Paul disse apontando e sorrindo de lado. -Até depois.- Me deu um beijo na bochecha e eu virei vendo Daryl parado me encarando com um sorriso de lado.

Fui até ele e o abracei forte, sem me importar com suor ou qualquer outra coisa. Ele estava bem, ele voltou pra mim.

-Desculpa a demora.- Sussurrou me abraçando meio sem jeito. Mesmo que juntos, demonstrações em público não eram muito o forte dele.

-O que importa é que você voltou.- Me afastei um pouco pra olhar nos olhos dele. -E acho que precisa relaxar um pouco agora.

Daryl sorriu de lado e levantou uma sobrancelha.

-Não tô falando de sexo, Dixon.- Falei baixinho rindo. -Um banho à dois, e depois deitar pra descansar.

-Mas eu nem disse nada.- Falou segurando o riso.

-Sua cara disse tudo.- Retruquei cerrando os olhos.

Antes que pudéssemos ir Daryl foi falar com Rick e os outros e eu fui até Michonne e a abracei.

-Foi tudo bem lá?- Perguntei.

-Foi sim, estamos todos bem e menos um posto avançado na lista.

-Qualquer coisa que precisarem é só me chamar.

-Você ainda não pode se esforçar muito.- Disse ela sorrindo um pouco.

-Eu sei, mas não hesite em me chamar Mich. Eu vou acabar enferrujando.

Ela riu.

-Fiquei sabendo que vai amanhã até a nova comunidade conosco.

-Quem te contou?- Perguntei já imaginando a resposta e ela levantou uma sobrancelha como se fosse óbvia a resposta.

-Daryl Dixon, aquele fofoqueiro. Ta aí uma coisa que eu não sabia que ele era.- Coloquei as mãos na cintura fingindo indignação.

-Ele só ta preocupado, por causa do ferimento.- Riu da minha pose.

-Sei que está, mas esses homens exageram com qualquer coisinha.

-Nem me fale.- Ela disse e olhou pra Rick rapidamente.

-Mas sim, eu vou. E não se preocupem com meu ferimento, está bem melhor.

Ela sorriu assentindo.

-Bom, deixa eu puxar Daryl pra casa senão ele vai arrumar alguma coisa pra fazer e vai acabar não descansando nada.- Falei rolando os olhos.

-Gosto muito que vocês estejam juntos.- Mich disse. -Acho que nunca te falei isso.

-Não falou, obrigada.- Sorri agora meio sem jeito.

-Daryl merece ser feliz, ele é uma pessoa maravilhosa.

-É sim.- Falei olhando pro meu homem que agora concordava com alguma coisa que Sasha dizia e me olhava rápido.

-Vai lá Arizona, tenham uma boa noite.

Dei um aceno de cabeça e segui até Daryl, que conversava com Rick, Sasha e Abraham.

-Ah, Arizona.- Rick disse quando me viu.

-Rick, soube que foi um sucesso.- Falei cruzando os braços.

-Sim, tudo correu bem.

-Carl se feriu não foi? Dakota me falou.

-É, mas foi um tiro de raspão. Ele já está na enfermaria, e eu inclusive vou até lá agora. E por aqui, tudo bem?

-Tudo um tédio na verdade.- Falei descruzando os braços. -Só uma horda nos atrapalhando novamente, mas demos conta.

-Sim, Abraham me disse.

-Se me dão licença agora, vou roubar o Daryl um pouco.- Falei olhando rapidamente pra cada um.

-Claro.- Rick disse. -Ele precisa descansar, e nós também.

-A vontade.- Sasha disse. -Vou pegar o turno da vigia agora Arizona.

-Tudo bem, qualquer coisa me chama.- Respondi.

-Vão aproveitar a noite.- Abraham disse sorrindo malicioso.

Corei um pouco e puxei Daryl pela mão o guiando pra casa.

-Você corou.- Ele disse quando estávamos uns dez passos de distância dos outros.

-Bom, ficou difícil não corar com o comentário.

-Acho que fica bem na cara pra todo mundo que dormir é a última coisa que fazemos.

Ri e olhei de lado pra ele.

-Mas hoje temos que descansar de verdade.

-Sei.- Ele disse e sorriu de lado.

-Daryl Dixon, você está se tornando um pervertido. Eu criei um monstro.- Falei.

-Não ligo.- Deu de ombros.

Balancei a cabeça rindo e viramos na rua de casa.

 

Depois de pegar Oliver na Maggie e colocar ele pro banho, vi alguma coisa pra Daryl comer. Então coloquei Oliver na cama, vi se Dakota e Connor estavam bem, perguntei de Trevor e me disseram que ele ainda não tinha entrado em casa. Quando desci de novo pra ficar com Daryl na cozinha, Trevor entrou em casa ainda meio atordoado me falando que só precisava dormir e qualquer coisa que o chamasse. Meu irmão mais velho entrou no quarto e de lá não saiu mais.

Daryl e eu tomamos um banho maravilhoso, já no chuveiro começamos a aproveitar a privacidade. O que foi parar na cama, de um jeito tão bom que eu quase deixei escapar um suspiro mais alto. Daryl foi tão incrível, tão delicado e preocupado com me machucar. Eu me senti adorada em cada momento, me senti protegida. Agora estava deitada, depois de ter feito o curativo, de frente pra ele observando cada detalhe do rosto de um Daryl sonolento e gravando na memória cada traço. Daryl fazia um carinho tímido na minha cintura, causando uma sensação tão boa e um arrepio gostoso.

Eu estava muito apaixonada, me sentia tão bem e tão boba ao mesmo tempo. Como podia em um momento eu estar tão focada na guerra, no bem estar da minha família e de Alexandria e no outro estar pensando só em como eu queria esse homem na minha vida até o fim dela. Era surreal viver algo assim.

-Eu te amo.- Sussurrei tão baixinho que se não fosse por Daryl que abriu os olhos, podia jurar que ele não tinha escutado.

Daryl sorriu pra mim, os olhos tinham um brilho que eu tinha aprendido a identificar como amor.

-Eu te amo.- Ele respondeu.

Me aproximei um pouco e juntei nossos lábios num selinho cheio de carinho.

Quando nos soltamos sorri, e com certeza tinha uma cara de idiota. Daryl sorriu de lado e me puxou pra deitar no peito dele.

Adormeci sem pensar em mais nada além de nós, e recebendo um carinho na cabeça. Alexandria era minha casa, mas Daryl Dixon com certeza era meu lar.

 

Acordei me sentindo leve e feliz, quase como se tivesse passado dias em um spa. Era tão bom acordar assim, e em dois dias seguidos.

Dessa vez Daryl acordou antes, mas me esperou acordar. Fizemos amor mais uma vez. Sim amor, eu tinha certeza que nunca ia ser só sexo.

Depois de deixar milhares de recomendações com Dakota e Connor, que se mostraram entediados pelo meu pequeno discurso, dizer pra Oliver se comportar e dizer aos outros que logo voltavamos, entramos no trailer para ir conhecer a líder da tal nova comunidade.

Abraham e Alex ficaram com o comando de Alexandria, junto de Maggie, e tinham o aviso de que se não voltássemos até a manhã seguinte era pra nos procurar.

Nesse momento estou eu sentada na parte de trás do trailer com Paul do meu lado, Mich, Rosita, Trevor, Tara, Aaron, Heath, Gabriel e Rick com Daryl na parte da frente.

Um misto de animação com receio rondava todos nós. Ninguém sabia o que esperar do tal lugar, e nem se elas eram realmente confiáveis.

Trevor parecia um pouco melhor, mas ainda calado.

Deitei minha cabeça no ombro de Paul e suspirei já impaciente com todo o silêncio.

O dia tinha um ar de que podia nos surpreender. Eu só não sabia se ia ser bem ou mal.


Notas Finais


Que acharam??? Me contem!! Qualquer erro também podem falar.
Geeeeeente Aryl é ou não é amor demais?? Eu vou voltar a focar mais neles nos próximos capítulos, até porque são o nosso casal foco.
Não teve Paulex, sorry :( Mas foi preciso, porque capítulo que vem vai teeeeer hahaha
Trevor agora passará por uns momentos bad, mas vai ser preciso pra mais um passo na relação Mavor! Confesso que enquanto escrevia a parte dele lembrando da esposa eu fiquei meio mal, mas faz parte né.
Quero dizer que tenho pensando muito já em como realmente encaminhar Invictus para o final. Sim amores, final. Toda estória chega nessa parte, e eu tenho ideias para outras. Mas não se preocupem, porque não faltam poucos capítulos não tá. CALMA HAHAA Não quis dar susto em ninguém, desculpa hahaha
Ah, não esqueci Negan não tá. Também, impossível esquecer alguém tão desgraçado né non manas? hahaha
E o próximo sai quando Lari?? Esse deve sair só no próximo sábado, porque essa semana é minha semana de provas na faculdade. Mas não se preocupem que sai sábado mesmo, mais tardar na madrugadinha de sábado pra domingo.
Obrigada por acompanharem Invictus!!
Até o próximo darlings,
Xx


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