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História Ironia do Destino - Cachoeira.


Escrita por: SweetPurple

Capítulo 14 - Cachoeira.


Fanfic / Fanfiction Ironia do Destino - Cachoeira.

O dia seguinte amanheceu, e mesmo que tivesse aquela "curtininha'' ali não adiantou de nada. O sol bateu exatamente no meu rosto poupando Justin, que estava na sombra. Eu passei a mão nos meus cabelos e olhei pra ele lembrando de ontem, mais uma vez um sorriso invadiu meu rosto mas eu logo espantei qualquer pensamento e esperança que eu podia criar, seria perca de tempo.

Saí da cabana e olhei o mar, o sol hoje estava mais forte e fazia a água produzir mais brilho. Minha vontade era me tacar no mar, parecia que a água estava deliciosa pra isso, mas estava farta de água salgada. O que me restava agora era explorar aquela ilha.

Entrei no meio do mato descalça e com cuidado pra não machucar meus pés, ao lado do meu corpo estava a faca de Justin que eu só levei caso precisasse cortar os matos na minha frente. No começo foi preciso várias vezes a utilização dela, mas depois o mato foi diminuindo como se fosse cuidado por alguém.

As plantas lá dentro estavam mais verdes, as flores mais bonitas, as árvores mais altas e mais produtivas. Continuei andando e olhando pra cada passo que eu dava. No chão havia nada mais nada menos que grama verde e seca, e nas árvores haviam vários animais. Pássaros, macacos, bicho preguiça... Simplesmente um zoológico. Só parei de andar quando de longe escutei uma corrente de água passando por algum canto dali, era um ruído gostoso de fluxo de água que me chamou a atenção.

Andei com o máximo de cuidado possível evitando fazer barulho no mato pra não perder a concentração. Quanto mais eu ia me aproximando, mais o barulho de água aumentava.Tive de descer um morrinho de pedras e terra úmida, tive de desviar de algumas árvores que apareciam no meio do caminho e quando cheguei lá em baixo eu estava em cima de uma pedra grande e abaixo de mim havia uma cachoeira linda. Eu fiquei de boca aberta, como poderia ser tão bonito aquele lugar...

Um pouco a minha esquerda estava a queda de água que não vinha diretamente do pico da montanha, mas eram várias pedras juntas formando um lindo desenho quando a água caia. A corrente de água nem era tão forte assim e dava pra saber que mais lá pra cima havia mais cachoeira.

Parecia muito fundo a água, a pedra que eu estava em cima era grande e a água cobria até quase a ponta. Me agaixei e coloquei a mão na água pra sentir, e estava levemente gelada. Meu contato com a água doce foi quase um encontro emocionante, subiu em mim uma terrível vontade de mergulhar.

Olhei ao redor pra ver se não tinha perigo de mergulhar, mas novamente eu me vi surpresa com aquela beleza. Mais pra minha direita - o lado oposto de onde caía a corrente de água - haviam pedras fechando o caminho da água para qualquer outro lugar, acho que era por isso que estava tão cheia a cachoeira.

Logo olhei o tom de água, era um marrom leve misturado com o verde - uma típica água de cachoeiras limpas. Eu dei um sorriso e vi que as águas se tornavam mais escuras quando as sombras das árvores refletiam ali.

Quando notei isso a minha vontade de mergulhar aumentou mais ainda. Eu tirei minha camisola e fiquei nua ali, mas na verdade quem se importava se eu estava sozinha naquela ilha mesmo e Justin estava longe o suficiente?

Mergulhei naquelas águas e senti minha força se renovando, água doce... Como era bom sentir aquela água tocando meu corpo. Nadei por debaixo da água durante um bom tempo, boiei, nadei até a corrente de água que caía e deixei que aquela água caísse com força sobre minha cabeça. Eu estava sentindo uma leve onda de liberdade me rodiando.

A cachoeira estava tão cheia que a água batia em meu pescoço e mesmo assim eu não tocava no chão. Eu não me importava de verdade, eu estava me sentindo ótima agora. Perdi a noção do tempo e só me encontrei quando senti meu estômago roncar, olhei pro céu me perguntando que horas já deveriam ser. Eu estava nadando em direção a pedra de onde eu desci quando vi um movimento entre as pedras.

Eu me senti indefesa, afinal minha faca estava junto com a camisola na pedra onde eu vi o movimento próximo. Senti um arrepio percorrer meu corpo, mas o medo acabou assim que vi Justin correr pra se tacar na cachoeira comigo. Dei um suspiro de alívio e sorri.

– Ai, seu imbecil! - Eu disse jogando água nele enquanto ele nadava feliz na água doce.

– Cara, que saudade da água doce.

– Eu também. - Eu sorri encantada e foi aí que me liguei que eu estava nua.

– OH MEU DEUS! - Eu gritei, Justin me olhou assustado e eu mordi meu lábio - Justin, será que você pode me dar uma licencinha?

– Como assim? - Ele me olhou sem entender.

– Eu tô... Bom, eu estou sem roupa. - Eu disse por fim, e senti meu rosto queimar de vergonha.

– Ah - Ele disse um pouco sem jeito - Eu não vou me aproximar de você - Eu vi que seu olhar desejou poder me ver debaixo da água, mas isso nao foi possível.

– Vira pra lá então, deixa eu só vestir minha roupa.

– Tá - Ele disse virando-se de costas, eu sabia que ele iria olhar quando eu saísse da água e isso me deu um pingo de raiva, por isso subi de costas.

Vesti minha camisola e ajeitei meu cabelo, ele fingia estar distraído mas eu sabia que já tinha visto alguma coisa.

– Já pode virar. - Eu me sentei na pedra e ele se virou, o olhar de Justin estava brilhante. Mas ele não parou pra me olhar, continuou nadando pra lá e pra cá.

Fiquei o olhando nadar e automaticamente lembrei do nosso beijo novamente. Toquei meus pés na água mais uma vez e fiquei olhando meu reflexo por um longo tempo com o pensamento longe em tudo o que aconteceu no dia anterior. Só voltei ao mundo real quando senti as mãos de Justin segurarem em minhas canelas.

– Estava pensando em que? - Ele perguntou dentro da água segurando meus pés.

– Não acha que era em nosso beijo de ontem, não é? - Eu brinquei e ele abriu mais um sorriso. Cada dia estava sendo mais fácil ver um sorriso de Justin, o que me deixava muito feliz.

– Achei que era... - Ele me puxou pelo pé pra água, eu me debati gritando e chutando ele, mas Justin era mais forte e conseguiu me pôr na água. Eu ri e empurrei ele com força.

– Minha camisola estava sequinha, seu idiota! - Eu revirei os olhos e Justin apenas sorriu de lado, abraçou minha cintura e me beijou.

O beijo de Justin hoje tinha o mesmo gostinho gostoso do de ontem, ele me beijava lentamente, sua língua parecia de veludo, sua boca era macia o suficiente para que eu não quisesse soltá-la.

Seus braços me prendiam a ele de forma muito enlouquecedora, eu sentia meus seios endurecerem de excitação quando imaginava todos aqueles músculos se contraindo só pra pegar no meu corpo frágil.

Parei o beijo com um selinho e encarei os olhos castanhos de Justin. Ele estava sério assim como eu, mas eu já tinha aprendido que esse era o Justin, tipo de menino que não sorri a toa e o sério dele não era porque ele estava chateado, mas sim pensativo ou algo assim.



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