História Irresistível Atração - Gojo e Utahime (revisando) - Capítulo 15 - Reviravolta

Foram mais de 10 horas de uma viagem maçante e exaustiva, até Gojo que sempre é muito hiperativo, estava quieto e cansado. Próximo ao crepúsculo, o táxi parou em frente de um hotel luxuoso e elegante, no centro da cidade, onde seria a sede do evento.

Com os fusos horários confusos, o grupo já se encontrava respectivamente em seus quartos.

— Ah, Satoru essa vista é tão linda. — Diz Utahime apreciando a vista da enorme sacada, o sol estava se pondo dando uma cor alaranjada com tons cinzentos ao rio e prédios da metrópole.

— Que bom que gostou. — ele a abraçava por trás, enquanto ela jogava a cabeça, deixando repousar em seu ombro. — Só gastei a metade do que eu ganho por ano.  — brinca ele.

— Ah Satoru, mas não precisava… Poderíamos ter alugado um mais barato… — ela desvira, colocando as mãos na cintura do homem de quase dois metros e encarando-o olhos destampados.

— Ah, tudo bem. Você vai ver Iori, esse fim de semana vai ser perfeito… — diz ele empolgado ao imaginar como seria a reação dela em ver o que ele planejou.

— Claro que vai, Takeda Ken será nosso convidado de honra. 

Iori, sem perceber, acabara de jogar um balde de água fria no homem de cabelos brancos, dando um selinho rápido neste, e caminhava de volta ao quarto, deixando Satoru confuso na sacada. Mas que diabos é Takeda Ken? Pensou Gojo. 

Para Utahime foi difícil pegar no sono, por causa dos fusos, e esta ficou bolando a noite toda na cama, enquanto Gojo dormiu assim que repousou a cabeça no travesseiro.

***

Na manhã seguinte, Gojo acordou e a morena não se encontra mais no quarto, viu o bilhete da moça em cima da mesinha. “Feliz aniversário, meu bem” o albino permitiu sorrir “Seu presente está no guarda roupa”. Gojo foi buscá-lo, fazendo uma pequena bagunça antes de achá-lo. Era uma caixa média com lacinho no topo.

Satoru pegou empolgado, rasgando com rapidez os embrulhos bem dobrados pela morena. Quando retirou a tampa da caixa, viu que eram frases formadas por doces, uma carta de bombons.

“Olá, resolvi usar todo meu TALENTO, para te fazer uma SURPRESA, porque você é como OURO BRANCO…”

Satoru sorria e comia os doces na medida que a mensagem iam passando, se surpreendeu com última recadinho.

“… porque adoro sua BANANA”.

— Danada… — disse ele para as paredes.

Finalizando a carta, encontrou mais uma caixa, mas desta vez era menor, que continha um relógio que logo ele colocou no pulso e também uma série de “passes” para serem usados com ela. Na medida que foi lendo, foi rindo dos passes cômicos. “1° passe: Pode me beijar onde quiser”, “2° passe: Pode ter um pedido na cama…” Esse ele guardaria com carinho. E assim foi seguindo a lista, até finalizar.

Ele olhou no seu novo relógio e viu que ja era quase meio dia, fez rapidamente as higienes rotineira e desceu para salão a fim de encontrar sua amada.

- 𝑮𝒐𝒋𝒐 -

Zanzando pelos corredores por um tempo, até finalmente encontrar rostos conhecido.

— Bom dia — disse a Nanami e Mei Mei.

— Oi, onde esteve?

— Dormindo…

— Ah, e a gente trabalhando!

— Os ocidentais são muitos mal educados, é como se estivessemos rodeados de Gojo.  — diz Nanami.

— É. — conformou Mei Mei.

— Ei! Eu tô aqui. — ambos trocam sorrisos de cumplicidade. — Viram a Iori?

— Ela estava com Takeda e Yaga.

— Takeda, que tipo de nome é esse?

— Você não sabe quem é? — dei nos ombros — Nossa, é só o cara mais gato que eu já vi… Além de lindo, ele é muito inteligente, e é o diretor da escola jujutsu de Las Vegas,  tem três faculdade e doutorados… — diz Mei Mei puxando saco.

— A é? — digo entediado.

— Sim, discordo na parte do "gato". Mas o cara é brilhante, além disso está lançando seu segundo livro. — diz Nanami.

— Hmm. Até você, Kento?

— Ah, qual é Satoru, não está com ciúmes, está?

— O quê? É claro que não.

— Ele tá sim. — disse Nanami cutucando Mei Mei com ombro, o qual trocavam sorrisos.

— Ah, não enche... Eu confio no meu taco.

Os dois amigos zoaram pelas costas, mas o albino já não dava mais ouvidos, procurando a amada pela multidão do salão, viu esta se aproximando, acompanhada, infelizmente, por Yaga e o Takeda, o qual ele deduziu.

— Oi. — ela abre um sorriso, segurando minha mão com delicadeza. — Feliz aniversário, encontrou o presente?

— Ah, Obrigado. Você é bem safada, vou adorar usar o passe número cinco hoje a noite — sorrio maliciosamente para ela que vira o rosto envergonhada.

— Depois. — diz ela baixinho.

— Claro.

— E aí, vamos almoçar?

— Desculpa Satoru, tenho uma reunião com Takeda. — Um homem de cabelos curtos, barba feita e muito bem vestido se aproximava.

— Vamos, Utahime?

— Claro. Mas antes, queria te apresentar, Satoru Gojo. — ela diz se virando para mim.

— Ah, Olá. Prazer em conhecê-lo. — diz ele estendendo a mão para mim.

— Opa, e aí.  — digo dando um tapa de cumprimento em sua mão e Utahime desvia o rosto, envergonhada.

— Ah, um aperto de mão seria mais adequado.  — diz o pomposo.

— E eu acho que um “toca aí” é mais divertido. 

— Ah, claro. — diz ele parecendo enojado.

— Vamos, Utahime? — diz ele oferecendo o braço, o que ele acha que tá pensando? Que está em um filme de Hollywood dos anos 20?

— Ah sim, vamos. — ela deixa ser conduzida pelo pomposo — Te vejo a noite, Gojo. — diz antes de seguir em frente.

Aceno, enquanto minha gatinha sai de braços dados com aquele metidinho de merda. O restante da tarde, saio pelas ruas de Las Vegas a fim de me divertir um pouco…

A diversão acaba nos três dias seguintes, então é isso que Las Vegas tem a oferecer? Apostas e álcool? Não aposto e bebo muito pouco, maior parte do tempo passava no quarto de hotel assistindo filme e dormindo.

Nesses três dias que passaram foram os mais entendiantes da minha vida, talvez eu esteja sendo injusto com a cidade, ela é maravilhosa, mas qual é a graça de ir no cassino e me divertir sozinho? Só via Utahime a noite, e que geralmente chegava cansada de ter ficado o dia todo nas reuniões, então ia direto para cama, dormir. E por isso não usei nenhum dos meus passes, essa viagem não está sendo nada do que planejei.

Mais dias se passaram, a cidade estava lindo e já começava nevar, as luzes e enfeites de Natal chamavam a atenção da cidade, mas hoje não é um dia que irei ficar entendiado, hoje Utahime tem a noite de folga e finalmente passaremos um tempo, desde do início da viagem, juntos. E finalmente eu irei dizer as três palavrinhas…

Me arrumo, penteao cabelo depois muito tempo sem, coloco meu melhor terno e ligo mais uma vez para a senhora cujo eu reservei o terraço. Acho que está tudo pronto, desço, me sentindo ansioso e empolgado.

Já me encontrava entusiasmado no meio do salão, aguardando ansioso pela chegada de Utahime, mas os segundos e minutos vão passando até chegar em horas. Jogado no sofá na recepção, ainda esperava, sonolento pelo tédio, quando meus olhos piscam e finalmente eu a vejo, usando um vestido longo vermelho. Será miragem? A visão do paraíso? Nossa, como ela está linda. Corro até ela, antes mesmo que ela me alcance.

— Oi, onde esteve? Nós não íamos jantar juntos?

— Oi, você não viu seu celular?

— Não. — digo pegando, verificando a mensagem.

"Desculpa Satoru, tenho um compromisso a resolver com Ken Takeda." - há 2 horas atrás.

Assim que leio "Ken Takeda" sinto a raiva e os ciúmes surgir em meu peito, desencadeando calor por todo meu corpo. O tal Takeda aparece segundos depois atrás de Utahime, qual foi, desde quando Iori conseguiu um bichinho de estimação?

— Ah, oi Senhor Gojo. — diz ele com nariz empinado.

— E aí. — digo de má vontade.

— Vai nós acompanhar esta noite? — diz ele com uma certo deboche.

— E o que tem essa noite? — encaro.

— Ah, vai ser a pré-venda do meu livro. — ele abre um sorrisinho falso, forçando uma falsa cortesia.

— Tsk. — resmungo, virando o rosto e menosprezando ele e seu livro, Utahime me encara irritada pelo meu comportamento.

— Ah tudo bem, são poucas pessoas que dão as graças de publicar um livro… ou até mesmo ler. — espinha ele.

— O que está insinuando? — digo virando meu rosto, encarando-o — Está me chamando de burro? — ele abriu um sorrisinho cínico.

— Ah, de maneira alguma. Seria tolice minha ofender o xamã mais poderoso, mas geralmente, força bruta e inteligência não caminha juntos…

O que?! Que filho da put...prestes a dá uma resposta digna, enquanto avançava em sua direção, Utahime interrompe meus passos, parando me com as mãos, e responde apressadamente.

— Bom, acho que já deu essa conversa. Conversamos depois, agora eu tenho que ir. Tchau Gojo — diz Utahime.

Diz ela sem mostrar qualquer emoção, apenas caminhou na frente rumo a praça de alimentação, sendo seguida pelo pomposo, que ainda tinha o sorriso cínico no rosto.

Vendo suas costas cada segundo se afastar, faz minha ira tomar forma, se eu fosse um não-xamã, com certeza com a raiva que estou, geraria uma maldição do nível especial. Me sinto como Sasuke, sendo rejeitado diversas vezes pelo Itachi, esse sentimento é mesmo um porre.

Eu não quero ser um machista, bancar o possessivo como um daqueles caras que quase mijam nas parceiras para marcar território, quero ser seguro, não quero dizer a ela com quem deve sair, mas porra… Como isso tá me tirando a sanidade, e não ajuda com esse cara sendo um babaca. Depois de refletir um pouco, deixo se possuído pelos meus impulsos, e os segui-os.

- 𝐔𝐭𝐚𝐡𝐢𝐦𝐞 -

Caminho na frente irritada com os dois. Takeda é tudo aquilo que um dia acreditei como “Meu homem ideal, meu tipo" ele é sério, inteligente e simplesmente admirável, mas não é Satoru.

Sinto pena de Gojo, talvez ele se sinta de alguma forma excluído, de que uma parte da minha vida ele não faça parte, por mais que isso talvez fosse verdade, que tem um lado meu pouco explorado por ele, o lado de querer conversar sobre histórias, educação, livros e etc. Isso não faz com que eu goste menos dele, temos interesse diferentes, mas também temos em comum, espero esclarecer isso a ele quando voltar desse jantar. Pois no momento estou irritada, ele pode está com ciúmes, mas não há motivos para desconfiar de mim.

— Espera, Utahime.  — diz Takeda.

— Ah, desculpa. — digo desacelerando.

— Você parece chateada. — ele diz o óbvio — Desculpa, meu comportamento te ofendeu?

— De maneira alguma — minto. — Mas não gostei como falou com Satoru.

— E por que isso te chateada tanto, meu desentendimento com aquele ignorante?

— Gojo não é ignorante! — brando de repente e ele se assusta.

— Ah, que seja…

— Ele é meu namorado.

— Namorado? — ele arquea a sobrancelha se aproximando.

— Isso mesmo. Por que a surpresa?

— Mas você é tão inteligente e bonita. — diz ele cada vez mais perto — Por que está com aquele idiota? Você merece coisa melhor…

Antes que ele terminasse a frase, ele coloca a boca imunda na minha, empurro com força para longe, em outro universo alternativo, sem Gojo existindo, eu ia adorar o beijo. Mas não nesse, me preparo para confronto-lo, xinga-lo e dizer um monte para ele, quando uma voz grave masculina nos interrompe.

— Que porra é essa? — diz Gojo avançando para Takeda.

— Satoru… Não é o que você está pensando! — me jogo na frente de Satoru, impedindo dele atacar Takeda.

— É o que eu vi! Então é assim? Um cara charmoso e inteligente te dá atenção e você se joga para cima dele?

— Como tem coragem de dizer isso e me ofender assim? Acha mesmo que eu te traria? — digo irritada, encarando.

— Eu não sei, desde momento que chegamos você só tem ficado com ele! — acusou ele, irritado.

— Você é um babaca por pensar assim! E você tá comentando um erro…

— Aaah, então eu estou comentando um erro? Então esse será o último, eu término tudo! — diz ele virando as costas.

— A é? Ótimo, por mim tudo bem. — também não dou o braço a torcer e corro na direção oposta.

Volto para nossa suíte, cansada pelos acontecimentos. Eu não consigo chorar ou sentir pena pelo término, estou tão irritada se Gojo aparecesse na minha frente, bem provável que de alguma forma eu derrotaria o xamã mais poderoso, arrancando sua cabeça e testículos. 

Ligo para Mei Mei que atende com segundo toque e desabafo minha raiva, conto tudo para ela e digo que a segunda vez que Satoru termina tudo, tá, a primeira vez não foi um “término” mas agora não importa, estou com tanta raiva que qualquer lembrança dele, estou distorcendo. Se ele acha mesmo que eu vou correr atrás dele, vai sonhando.

— Eu nunca mais quero ver o Satoru! — quase grito no telefone — Mei Mei, ele é o cara mais infantil, cabeça dura e teimoso que já conheci… — a fechadura da porta de mexe e em seguida abre, era ele parado a porta — Satoru? O que faz aqui? — pergunto irritada.

— É meu quarto também, se esqueceu? — ele entra, fechando a porta.

— Tenho que desligar, beijos Mei Mei. — finalizo a ligação enquanto Gojo se encostava na parede oposta. — Então veio pegar suas coisas?

— O quê? Eu que paguei pelo quarto.

— Ah, claro. Então eu saio, tinha que ser…

— O que você quer dizer com isso?

— Nada Gojo!

— Lá vem você, sempre escondendo as coisas… Se a gente terminou foi tudo culpa sua! — agora ele se encontrava parado na minha frente, encarando.

— Minha culpa? — dou uma risada insana — Foi você que terminou comigo! — grito irritada, ficando em pé a sua frente.

— Por que você ficava se oferecendo para aquele idiota

— Está tão cego de ciúmes assim? Você é um babaca mesmo! — seus peitos se bateram no encontro, mas nenhum recuou.

— Babaca? E você é egoísta…

Ambos começaram a gritar um com outro, até chegar um momento que não se entendia mais o que cada estava falando, a distâncias dos corpos estavam cada vez menor, até finalmente se chocarem, Gojo agarrou firme Utahime pelo pescoço, puxando em um beijo desesperado e sedento. 

Suas línguas batalharam em uma guerra época, sem vencedores. Os pelos de ambos se encontravam eretos e seus corpos quentes, quando o ar se fez necessário, ele se afastaram num movimento rápido.

— Que merda foi essa? — diz ele com a voz normal, pois antes estava gritando.

— Foi você que me beijou! E se você acha que esse beijo vai adiantar algo coisa, é porque você anda vendo muito filme romântico! E acontece que eu senti nojo daquele homem por mais que ele seja considerado “bonitão”. Eu só tenho olhos para você, é só você que eu quero e não deixaria ser tocada por outro homem, e se você não fosse tão ciumento, saberia disso. — cuspo as palavras de uma vez, enquanto Gojo ouvia atentamente como se fosse flechas em seu coração.

— Aaah, eu sou um idiota mesmo. — murmuro um “é” e ele se senta na cama — Olha Utahime, eu sou assim, se eu sinto alguma coisa eu demostro! Não consigo guardar essas merdas para mim, eu senti ciúmes tá legal!

— Não tem desculpa…

— Ah nem vem, quando a garçonete me paquerou daquela vez, você mesmo disse que queria socá-la e ainda nem estávamos juntos…

— Tá, eu admito, é um sensação horrível!

— E é isso que eu tenho sentido desde do começo da viagem, tem sido insuportável! Eu tinha planejado tudo, era para ser perfeito, eu ia dizer que te amava no jantar, você tinha que ver…

Espera, me ama? Aquilo me tira do meu mundo.

— Eu te amo também. — digo comovida.

— Eu já tinha contrato um violinista, reservado o terraço sob o luar… — diz ele prosseguindo seu monólogo.

— Satoru, você me ouviu?

— Ah, sim você disse que me ama… E também teria… Pera, você me ama? — diz ele incrédulo.

— Sim. - sorrio timidamente.

— E eu te amo? — ele parecia está processando.

— Acho que sim…

— Então a gente se ama? 

— É…

— A gente se ama! — diz ele gritando, ao se levantar da cama apressado para me abraçar. — A gente se ama, a gente tem que parar de brigar, não quero passar por isso de novo! Eu te amo demais, a gente tá em Las Vegas e vamos nos casar!

— O que? Casar?

Isso me pega de surpresa, não sei o que dizer ou pensar. É tão de repente!

— Olha eu fiz muitas coisas erradas nessa vida, mas isso é o certo… Casa comigo?

— Ah

Continua...