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História Is it love? Desire - Restart


Escrita por: Valsantos27

Capítulo 73 - Restart


Ashley

Passei alguns dias no hospital até que fiquei forte o suficiente para que me dessem alta, e tive que praticamente implorar para que o Thomas arrastasse o Ryan daqui. Ele passou o tempo todo querendo se certificar de que tudo estivesse perfeito e me tratando como se eu fosse sumir a qualquer instante. Sei que o meu sequestro o abalou de diversas formas, mas não estou acostumada a ter esse tipo de cuidado excessivo, e como vou passar bastante tempo sob o mesmo teto que ele, preciso de cada segundo de liberdade que ainda tenho, não que seja muito, já que nem posso levantar da cama.

Conversei com todos os meus amigos e levei algumas broncas por ser tão desatenta com a minha própria segurança, sem falar que a Lisa quase me mata por todos saberem sobre a minha gravidez menos ela, precisei explicar que minha cabeça estava uma bagunça, e me valer do meu estado debilitado para que toda essa história não fosse longe demais. No fim a Lisa me perdoou com a condição de ser a madrinha do meu pequeno invasor, o que aceitei com entusiasmo.

Fiquei muito aliviada ao saber que o Daryl está vivo e se curando, isso ajudou a acalmar meu coração e diminuir a carga de culpa que sempre está há um passo de me consumir, assim com uma preocupação a menos eu finalmente foquei apenas em mim e no meu bebê.

O alívio em saber que ele está bem foi tão grande que eu farei qualquer coisa para que continue assim. Inclusive não me forçar a levantar para chutar a bunda do Ryan quando mais uma vez ele tenta me convencer de que preciso passar os próximos meses deitada sendo alimentada por algum empregado, nem mesmo o meu argumento de que com certeza irei virar uma baleia o demoveu dessa ideia ridícula. Algo me diz que minha convivência com ele será tudo menos pacífica, mas no momento ele é a minha melhor opção, não posso ficar com o Thomas, mesmo que ele tenha oferecido, então tem que funcionar com o Ryan.

- Pronta para ir? - o Ryan pergunta de joelhos na minha frente.

- Sim, mas gostaria de não precisar ir nessa cadeira de rodas. Afinal de contas eu tenho 4 membros e só 1 deles está machucado, e tenho certeza que consigo me virar muito bem com os outros 3. - falo exasperada.

- Já falamos sobre isso, é política do hospital, então seja boazinha. - ele diz brincando.

- Eu não sou criança! - reclamo.

- Então pare de agir como uma. - Com essa frase ele vai para trás da minha cadeira e começa a me empurrar para a saída.

Vamos até o carro com a maldita cadeira, e com a ajuda do Ryan e do Jake eu consigo entrar no carro. é a primeira vez em dias que deixo as 4 paredes do quarto do hospital e me sinto um pouco nervosa pelo que vem a frente.

- Ei, está tudo bem? - o Ryan pergunta em voz baixa sentando ao meu lado - Você parece tensa.

- Sim, eu só... - balanço a cabeça e não continuo a frase - Não importa, estou aliviada por finalmente ir embora.

- É, eu também. - responde sorrindo.

Gostaria de dizer que finalmente sou imune ao Carter, mas não acho que isso vá acontecer nessa vida, ele é lindo demais para minha sanidade, e tem um cheiro maravilhoso que me dá vontade de grudar o nariz nele e nunca mais me afastar. Estou lutando contra a vontade de fazer exatamente isso quando ele se inclina sobre mim.

- O que você pensa que está fazendo? - pergunto tensa há centímetros do rosto dele.

- Me certificando de que você está segura. - responde com a boca próxima a minha orelha. Seus dedos roçam na lateral do meu pescoço quando desliza lentamente o cinto de segurança para a posição correta ao lado do meu quadril. O toque do Ryan foi lento e sensual demais para ser por acidente, e cada pelo do meu corpo se eriçou com sua carícia.

Lá se vai o fingimento de que meu corpo não o deseja.

Volto a respirar normalmente quando ele se afasta com um olhar de divertimento, e mais uma vez preciso me controlar para não deixar meu pequeno invasor órfão antes mesmo de nascer. Mas eu conheço esse jogo, nós sempre fomos muito bons nele, só preciso jogar também, e sei que é exatamente isso que ele está esperando, e por esse motivo eu não faço nada.

Ok, para ser sincera eu não estou me sentindo particularmente bonita, na verdade devo parecer algum figurante de The walking dead, e vamos combinar que zumbis não são nada sexys, ainda mais um que nem consegue andar sozinha.

O Ryan ainda me olha esperando alguma reação, eu apenas reclino a cabeça sobre o encosto e fecho os meus olhos.

- Vou descansar por alguns minutos, me acorde quando a gente chegar. - peço sem abrir os olhos.

O Ryan não responde nada mas eu sei que analisa cada respiração minha, ele me conhece bem demais, sabe que estou fingindo que preciso descansar apenas para não conversar com ele. E não é como se eu não quisesse, o problema é que ainda não parece natural como já foi um dia, e aqui nesse espaço tão pequeno fica ainda mais difícil. Então mantenho meu fingimento por mais alguns minutos até que o carro para.

- Chegamos. - o Ryan avisa e desce do carro.

Abro meus olhos e tiro o cinto enquanto espero até que alguém traga as muletas que eu exigi, mas quando a minha porta é aberta, o que vejo é o Ryan se inclinando para me ajudar a sair e uma cadeira de rodas diferente atrás dele.

- Onde estão as muletas? Eu não vou sentar nessa cadeira! - digo cruzando os braços sobre meu peito.

- Os médicos acharam melhor que você não fizesse esforço por algum tempo, por favor não seja difícil, são só alguns metros até o elevador.

- Que eu poderia ir muito bem andando. - falo irritada - Detesto essa mania que ele tem de decidir o que é melhor para mim sem me consultar antes.

- Você tem duas opções no momento, ou senta na cadeira ou fica aí no carro por horas e horas. - ele diz.

- Idiota controlador. - resmungo, mas aceito sua ajuda para me acomodar na monstruosidade sobre rodas.

Subimos até a cobertura em um silêncio carregado de tensão, e conforme o elevador se aproxima de nosso destino o meu coração começa a bater cada vez mais freneticamente.

- Respira, nada vai te acontecer. - o Ryan diz e põe a mão gentilmente sobre o meu ombro - Estamos chegando em casa, no nosso lar.

Antes essas palavras serviriam para me acalmar, mas não agora, o apartamento dele não é mais o meu santuário, ao menos não desde que nós saímos da vida um do outro.

- Não é a minha casa, é sua. - retruco com a voz tão baixa que quase não é audível.

- Tudo o que tenho te pertence também, assim como a minha alma e o meu coração. - ele diz se abaixando para me olhar nos olhos - Não quero te pressionar, como prometi, você terá todo o tempo que precisar, mas não pense que você é uma simples hóspede, esse lugar é seu, nunca pareceu um lar antes de você chegar, e deixou de ser um quando você foi embora.

- Ryan...

- Você vai ficar bem, menina, nunca mais algo vai te machucar de novo, e eu estou incluído nessa lista, se eu sair da linha um passo que seja, você tem a minha permissão de usar sua admirável pontaria em mim.

- Já pensei nisso - brinco. - Mas não quero deixar meu P.I sem uma figura masculina.

- É a segunda vez que você fala essa sigla, o que quer dizer?

- Pequeno invasor, é assim que eu chamo o meu... nosso bebê. - digo.

O Ryan perde totalmente a pose e solta uma risada tão alta que sou pega completamente de surpresa.

- Você é uma figura, Ashley. - diz ainda rindo.

- Já pode parar, não é tão engraçado assim. - falo constrangida.

- Senti muito a sua falta, muito mesmo. - o Ryan fala me olhando com carinho. Nesse momento o elevador finalmente chega ao nosso destino e as portas se abrem - Bem-vinda de volta a nossa casa. - fala já empurrando a minha cadeira para dentro.

(...)


Já faz duas semanas que saí do hospital e estou me recuperando bem, minha cabeça já não dói o tempo todo e apesar de precisar ficar de repouso, estou conseguindo segurar a barra e sendo uma boa paciente, o que ajuda a mim e ao Ryan a manter a sanidade.


Tenho ficado a maior parte do tempo no meu quarto e quase não o vejo, não que ele não queira, mas eu preciso desse tempo para mim mesma. Decidi fazer o meu melhor para deixar as coisas ruins no passado, mas não é fácil, uma parte de mim continua danificada e sei que muito provavelmente vai continuar assim pelo resto dos meus dias. Só espero conseguir conviver com essa parte minha para poder finalmente idealizar um futuro menos fodido.


Depois de dois dias sem fazer absolutamente nada, liguei para a Dra. Yang e perguntei se nós poderíamos continuar a terapia aqui, já que não posso sair. Para a minha sorte ela concordou e conseguiu me encaixar em vários dias. Zeus sabe o quanto eu preciso dela, meus pesadelos usuais foram agora substituídos pela imagem da cabeça do Herrera explodindo, e de um bebê com lindos olhos cinza sendo tomado de mim.


Eu não sou uma assassina, pelo menos nunca me vi assim, apesar do que eu fiz no passado, mas uma coisa é derrubar alguém por acidente de uma escada enquanto estava me defendendo, e outra é atirar a sangue frio, o Herrera mereceu o que aconteceu, mas isso não faz com que as consequências para mim sejam menos dolorosas, agora tenho nas minhas mãos o sangue de mais uma pessoa, e me sinto tão suja que a minha vontade é esfregar até minha própria pele se abrir para que eu possa limpar a sujeira que está por dentro.


A Dra. Yang é a única pessoa para quem já contei tudo de mais feio sobre mim, por isso preciso desesperadamente dela para não permitir que eu me afunde nos meus pesadelos. Conversar com ela é a única coisa que mantém a minha sanidade já que quase não tenho falado com outras pessoas.


- Está seguindo o meu conselho?Voltou a falar com o Ryan? - ela pergunta.


- Somente o necessário, ainda não sei como agir perto dele. - respondo.


- Pelo que me contou, o maior problema é que vocês costumavam se comunicar de maneira não verbal, e agora precisam mudar isso. Você se esconde atrás do sarcasmo e ele das insinuações de cunho sexual, mas os dois são iguais quanto a não querer encarar os problemas de frente, e essa tática não funciona. Vocês precisam sentar e conversar, só assim vão conseguir deixar as mágoas no passado. Não permita que o medo e a dor te façam perder alguém que te ama, seja corajosa como eu sei que você é. - a Dra. Yang completa levantando da poltrona que vem usando nos nossos encontros diários - Pense nisso, quem sabe amanhã você não terá alguma novidade para me contar. Até mais, Srta. Beauchamp.


- Até amanhã. - digo apenas.


Reflito sobre o que ela disse, e decido que é hora de parar de fugir do Ryan e de todo essa situação de merda. Seremos pais dentro de alguns meses, e não quero deixar o tempo passar até que chegue um ponto em que não dê mais para voltar atrás. Não posso voltar de onde paramos, mas talvez dê para recomeçar.


Notas Finais


Olá, tenho um recadinho bem rápido, esse capítulo não tá completo e por isso é curtinho e não acontece nada(sorry), mas eu estou sem tempo e com criatividade zero para escrever, então resolvi postar isso pq achei melhor que nada. 😅

Assim que possível eu escrevo q continuação, talvez no domingo role. 😉

XOXO 


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