História Is There Still Love? - Camren - Meu coração só quer você

        POV CAMILA

- Ai está você. – Ouço a voz de Lauren atrás de mim e logo sinto seus braços envolverem minha cintura.

Hoje é domingo e o almoço em família é no meu apartamento e de Ally.

As meninas estão terminando o almoço e como eu já havia terminado a minha parte, resolvi vir para a varanda, pensar um pouco.

- Você está bem? – Ela pergunta apoiando seu queixo em meu ombro.

Afirmo com um som nasal, e Lauren me faz ficar de frente para ela.

- Então, por que está se escondendo?

- Eu não estou me escondendo. Eu só... – Dou uma pausa. – estou tomando um ar.

Forço um sorriso e levo a taça que está em minhas mãos até minha boca, sorvendo do líquido vermelho.

- Você está bem mesmo? – Questiona me analisando.

Respiro fundo e antes de poder responder, Dinah nos interrompe.

- Lauren, Mani está te chamando.

Ela olha para Dinah e depois volta seu olhar para mim.

Desde que Hailee jogou a bomba em cima de mim, acabei me afastando um pouco de Lauren, mas não foi intencional. Eu só queria ficar sozinha, queria pensar em tudo que está acontecendo na minha vida.

Lauren não é boba, ela sabe que tem algo de errado. Sei lá, eu fiquei insegura, com medo de ela surtar, ou coisa do tipo, e por isso não contei para ela ainda.

- Pode ir. Está tudo bem. – Forço um sorriso para tranquiliza-la.

- Ok.

- Você ainda não falou para ela? – Dinah pergunta, assim que Lauren volta para dentro do apartamento.

- Não.

- Você pretende contar, não é?

- Sim. Mas... – Solto um suspiro. – E se ela surtar? Quero dizer, ela tem essa mania de tirar conclusões precipitadas.

- Mila, você não fez nada de errado. Não tem motivo para ela ficar com raiva de você.

- Eu sei. – Digo cabisbaixa, passando a ponta do indicador na borda da taça.

- Acho que vai ser pior se ela souber por outra pessoa.

- Que outra pessoa? – Volto a encarar a minha amiga. – Além de você, só Mani e Ally que sabem sobre isso.

- Sei lá. Só estou dizendo que é melhor você contar para ela logo. Ela merece saber que tem concorrência.

- Concorrência, Dinah? Não fale besteiras.

- Você por acaso disse não para Hailee? – Questiona, e eu nada digo. – Pois é, e isso pode ter dado esperanças para ela. Ela vai querer conquistar você, então para mim, isso é concorrência.

- Não tem concorrência.

- Você sente algo pela Hailee?

- Não! Ela é minha amiga, caramba! O que tínhamos era... Era só atração carnal. Não tinha nenhum sentimento.

- Do seu lado, né?!

Solto uma bufada, passando minha mão livre em meu pescoço.

- Como eu não percebi isso acontecendo? Eu sou uma idiota mesmo.

- Não é culpa sua, Mila.

Dinah me abraça de lado, e eu encosto minha cabeça em seu ombro.

Ficamos mais alguns minutos ali conversando e depois nos juntamos com as meninas para almoçarmos.

          XXXX

Já havia escurecido e beirava ás 20h00min. Mani e Dinah foram embora tem alguns minutos, e Ally está tomando banho.

- Obrigada por ter me chamado para almoçar aqui com vocês. – Lauren diz parando em frente à porta do meu apartamento.

Encosto-me no batente da porta, cruzando os braços e afirmo com um aceno.

- Queria poder ficar mais tempo com você, mas amanhã tenho uma reunião e tenho que ir mais cedo para empresa. – Diz se aproximando e passa uma de suas mãos em meu braço.

- Tudo bem. – Abro um pequeno sorriso.

Ela desce sua mão para minha cintura, me puxando levemente. Me desencosto do batente, e envolvo meus braços em volta do seu pescoço.

- Você está estranha.

Abaixo a cabeça, respirando fundo e depois volto a encara-la.

Será que eu falo sobre a Hailee agora? Acho melhor não. Ally está em casa e é melhor conversarmos sobre isso quando estivermos sozinhas, sem ninguém para interromper.

- Só estou cansada. – Forço um sorriso.

Ela me olha desconfiada, mas se dá por vencida.

- É melhor eu ir.

Lentamente, ela retira suas mãos da minha cintura, e quando iria se afastar, eu a puxo pelo pescoço, selando nossos lábios em um beijo.

- Boa noite, Lolo. – Digo com nossas testas coladas.

- Boa noite, Camz. – Diz com um sorriso nos lábios.

Ela me dá um selinho rápido e depois nos afastamos.

- Nos vemos amanhã?

- Trabalhamos no mesmo prédio, Lauren. – Digo e ela solta uma pequena risada.

- Eu sei. Mas o prédio é grande e tem dias que não nos vemos.

- Nos vemos amanhã, Srta. Jauregui. – Abro um sorriso e ela afirma com um aceno.

- Até amanhã, Srta. Cabello. – Sorrir e entra no elevador logo em seguida.

           POV LAUREN

As primeiras horas do dia foram muito exaustivas e estressantes. Estou praticamente espumando pela boca.

Um dos acionistas estava querendo crescer para cima de mim na reunião, mas eu logo mostrei qual é o seu lugar. Odeio quando os “homens” começam com a ladainha deles de que o lugar de mulheres é atrás do fogão e não dirigindo uma empresa.

Decido ir à sala de Camila e chama-la para irmos almoçar. Nada melhor que sua companhia para melhorar o meu dia.

Pergunto para sua secretária se Camila estava ocupada e ela diz que Camila está em uma reunião, mas que já está terminando e que eu poderia esperar em sua sala.

Assim que entro na sala, vejo um buquê de rosas em cima da mesa.

Sei que é errado, mas uma curiosidade enorme se apossou de mim, e não consegui me controlar. Fui até a mesa e peguei o cartão que está no meio das rosas.

“Pensando em você. – H”.

Que merda é essa? Camila ainda está saindo com essa mulher? Eu não acredito nisso!

Eu sei que não sou a namorada dela, mas porra, eu não esperava por isso.

Fico por não sei quanto tempo ali olhando para aquele cartão, até que alguém o retira de minhas mãos, bruscamente.

Levanto meu olhar e Camila está parada ao meu lado.

- Lauren, o que faz aqui? Não esperava te encontrar por agora. – Diz nervosa, dando a volta em sua mesa.

- Lindo buquê. – Abro um sorriso sarcástico. – “Pensando em você”. Que fofo.

Ela apoia as mãos na mesa, abaixando a cabeça e respirando fundo.

- É a mulher que eu vi vocês juntas? – Questiono, cruzando os braços na cultura dos seios.

Ela levanta a cabeça e volta a me encarar.

- Eu posso explicar.

Mordo os lábios e levanto as sobrancelhas.

- Você está saindo com nós duas, é isso?

- Não! Não é nada disso.

- É o que então, Camila?

- Vamos conversar sobre isso, mas não aqui. Estamos no nosso local de trabalho. Agora não é hora e nem lugar para falarmos sobre isso.

Balanço a cabeça negativamente enquanto passo uma de minhas mãos em meu cabelo.

- É melhor você coloca-las em um vaso, se não elas irão murchar. – Digo com um sorriso sarcástico no rosto antes de me retirar de sua sala.

Vou em direção ao elevador, completamente enfurecida. Eu queria poder controlar o meu ciúme, mas não dá.

As portas se abrem, e eu dou de cara com a mulher que mandou as flores para Camila.

E eu pensando que meu dia não poderia ficar pior.

- O que você está fazendo aqui? – Questiono, interrompendo sua passagem.

Ela levanta as sobrancelhas e então, abre um sorriso, que me deu vontade de socar a cara dela e afundar os seus dentes.

- Por acaso eu lhe devo alguma satisfação? – Questiona com ironia.

- Você está dentro da minha empresa. – Respondo no mesmo tom.

- Já que você quer tanto saber. – Da uma pausa, e da um passo em minha direção, diminuindo ainda mais o espaço entre nós. – Eu vim me encontrar com a Camila.

- Ela está no horário de trabalho. Acho melhor você encontrar com ela em outro momento. – Cruzo os braços na altura do peito e forço um sorriso.

- Ela me chamou. Então, acho melhor não deixá-la esperando.

Ela da uma piscadela e sai em direção à sala de Camila.

- Meu Deus, que vontade de estrangular essa mulher! – Penso comigo mesma, soltando uma bufada. E entro no elevador, antes de cometer uma loucura.

          XXXX

Como eu não estava com cabeça para mais nada depois que saí da sala de Camila, resolvi sair mais cedo da empresa hoje.

Assim que cheguei em casa, fui direto para o minibar que tenho em minha sala, e comecei a beber. Ao menos assim, eu relaxo um pouco.

Já havia perdido as contas de quantos copos eu havia bebido. Mas por incrível que pareça, eu não estou bêbada. Estou alterada, sim. Mas não bêbada. Eu acho.

De repente, o interfone começa a tocar. Respiro fundo, já imaginando quem poderia ser.

Levanto-me e vou caminhando até o aparelho. Atendo e o porteiro me confirma que era Camila. Libero sua entrada e depois de alguns minutos, a campainha toca. Caminho calmamente até a porta.

- Achei que não iria atender. – Diz assim que abro a porta.

Levo o copo com Whisky até a boca e viro meu corpo, indo até o sofá.

- Passei em seu escritório um pouco antes de acabar o expediente, mas você não estava lá. – Diz, após fechar a porta atrás de si.

- Resolvi sair mais cedo.

Bebo o resto do liquido em meu copo e levanto-me, indo até o bar para enchê-lo novamente.

- Lauren, sobre a Hailee... – Me viro para encara-la, e ela da uma pausa. – Ela se declarou para mim.

Solto uma pequena risada irônica, enquanto mordo meus lábios, balançando a cabeça negativamente.

- Ela se declarou e eu... Eu não soube o que fazer... O que dizer. – Da uma pausa novamente. – Quer parar de me olhar assim? Eu vi esse mesmo olhar quando você me julgou por algo que eu não fiz.

Eu não estou julgando-a. Eu só estou furiosa por ela ter me escondido isso. Sei que não estamos namorando, mas acho que eu merecia saber sobre isso.

Nada digo, apenas dou mais um gole em minha bebida.

- Lauren, diz alguma coisa, caramba!

- O que você quer que eu diga, hein? – Ela levantou sua voz e eu acabei fazendo o mesmo.

- Eu não sei. Mas diz alguma coisa!

Respiro fundo, passando minha mão livre em meus cabelos.

- Você deixou bem claro de que não estamos namorando, Camila. Então eu não posso dizer nada.

- Não fala assim, Lauren. – Diz se aproximando, mas eu me afasto. – É sério isso?

- Tem quanto tempo desde que ela se declarou para você?

- Foi na semana passada.

- E esse tempo todo você não me disse nada? Você não acha que eu merecia saber sobre isso?

- Eu ia te contar.

- É mesmo? Quando?

- Eu... – Da uma pausa respirando fundo. – Olha, eu não te disse nada porque fiquei com medo de você surtar. Como está fazendo agora. Mas eu iria te contar. Só estava esperando a hora certa.

Afirmo com um aceno e bebo mais um gole de minha bebida.

- Por favor, não faz isso. Não me julgue novamente. Não faz isso comigo de novo.

- Eu não estou julgando, Camila. Eu só... Só estou chateada por você não ter me contado.

- Me desculpa.

- Mas, então... Você... Você gosta dela?

- Não. Quero dizer, sim. Mas não desse jeito. Eu gosto dela como minha amiga.

- Mas ela não gosta de você desse jeito.

Passo por ela e vou até o sofá, me sentando.

- E para ela ter te mandado aquelas flores, é porque você deu esperanças, Camila.

- Lauren, eu não dei esperanças! Tá bom, talvez eu tenha dado. Mas não foi intencional. Eu apenas não dei uma resposta para ela. – Se senta ao meu lado. – Mas hoje eu conversei com ela e deixei tudo bem claro.

Levanto meu olhar que estava no copo em minhas mãos e a encaro nos olhos.

- Eu quero ficar com você, Lauren. – Segura em minha mão. – É você quem eu quero. Eu já tentei te esquecer de todas as maneiras possíveis, mas meu coração só quer você. Ele não quer mais ninguém.

Ao ouvi-la falando tudo isso para mim, um sorriso enorme se forma em meus lábios e uma felicidade enorme se apossa de mim.

- Eu amo você, sua idiota. – Ela diz com um sorriso nos lábios.

- Eu também amo você, Camz.

Ela leva uma de suas mãos em minha nuca, me puxando para um beijo, e eu levo uma de minhas mãos em sua cintura, virando meu corpo um pouco para o lado.

Ela para o beijo e pega o copo em minha mão, deixando-o em cima da mesa de centro, e levanta um pouco seu corpo, sentando em meu colo logo em seguida, e volta a me beijar.

Levo minhas mãos em sua bunda, apertando-a e Camila solta um gemido entre o beijo feroz, e morde meu lábio inferior com força.

Sugo sua língua enquanto ela arranha minha nuca, subo minhas mãos por dentro de sua blusa e arranho suas costas.

Paro o beijo e afasto um pouco para retirar sua blusa. Voltamos a nos beijar e seguro em suas coxas com firmeza. Levanto do sofá e vou seguindo em direção ao meu quarto carregando ela no colo.