História Isto não é racional, mas que se DANE a psicologia!-Vhope - "Não sei se te amo ou te odeio"

*POV Hoseok*

O meu apartamento atual pertence aos meus pais, se eu for me mudar eles vão querer saber o porquê. Isso vai ser complicado de dizer.

Acho que vou marcar de ir lá, explicar a situação para o Tae e enfim sair daquele apartamento sem problemas.

*Algumas horas depois*

Eu expliquei tudo, do início ao fim, ele compreendeu e disse que eu poderia marcar para quando eu quisesse.

Vou ligar para minha mãe e marcar depois, agora vou apenas ficar aqui, sentado no sofá, curtindo meu TaeTae.

*1 semana depois*

Eu aluguei um carro por um dia para poder ir na casa da minha mãe que é um pouco longe.

E sim, eu sei dirigir.

Eu já avisei que quero sair do apartamento e ela disse que conversariamos sobre quando eu estivesse lá.

Fui indo rumo casa dela, Tae está do meu lado, nervoso em conhecer minha mãe.

—E se ela não gostar de mim?-pergunta

—Ela vai te amar.-respondo

—Mas e se ela não amar?

—Quem tem que te amar sou eu, eu que te namoro.

—Mas aprovação da sogra é importante.

—No nosso caso não.

—Se você diz…

Demorou um pouco para chegarmos até lá.

*POV Taehyung*

Chegamos, Seokie bateu na porta e quase que automaticamente foi aberta.

—Oi, Hoseok, trouxe um amigo!

“Amigo”? Amigo… A-M-I-G-O…

Eu me recuso a acreditar no que ouvi.

—Na verdade ele é…-diz Seokie

—Qual seu nome?-perguntou a senhora Jung

—Taehyung, Kim Taehyung.

—Mãe, ele é meu…

—Seja bem vindo, Taehyung, vamos entrem!

—Mas mãe…

—Vamos, tem alguém que quero te apresentar, Hoseok.

Seokie tentou falar novamente, mas simplesmente sua mãe não o deixava falar.

—Esta é Lee Miyoung, é amiga de trabalho da sua irmã e está à procura de relacionamento.-diz e dá uma piscadinha.

Okay, conclusão: ele nem chegou a comentar que tinha alguém para apresentar, muito menos uma notícia chocante para dizer.

Vai ser bem mais difícil do que eu esperava.

—Mãe, eu já disse para parar de trazer pessoas para me conhecer.

—Não seja grosseiro! Ela é uma bela garota e daria uma ótima esposa.

Realmente; a senhora Jung não tem a mínima noção que o filho dela ama um homem.

—Eu vou preparar algo para vocês comerem, já volto.

—Oi, Hoseok…-diz a tal da Miyoung, sorrindo

—Oi.

—Soube que você é psicólogo, eu adoro psicologia.

—Uau, muito interessante mesmo.-diz Seokie tentando parecer simpático, mas eu o conheço o suficiente para saber; ele só queria sair daqui o mais rápido possível.

—Não seja grosso, sei que é chato ser apresentado a alguém de repente, mas podemos ser amigos.

Me mata, eu vou ficar olhando o casalzinho.

E por incrível que pareça começaram a conversar e rir.

Eu vim aqui pra que? Fazer papel de trouxa? Provavelmente, eu tô quase levantando e indo embora andando mesmo para não ter que ver essa palhaçada.

Logo essa Miyoung encostou a cabeça no ombro de Seokie.

QUEM TE DEU AUTORIZAÇÃO PARA SE APOIAR NO OMBRO DELE COMO EU FAÇO? SAI DAÍ! AAAAAAAAH

Respira, inspira, não pira. Calma, não surta, vamos fingir que nada tá acontecendo.

—Eu vou, no banheiro, pode me dizer onde fica, Hoseok?-digo

*POV Hoseok*

Puta que pariu, fiz merda.

Ele me chamou de “Hoseok” e não “Seokie”. Vou morrer.

—Primeira porta à esquerda.-digo

—Quem é aquele?-pergunta Miyoung

—Taehyung, Kim Taehyung.

—Ele surgiu de onde?

—É um…-digo

—Amigo…-completo baixo

—Ah, entendi.

*POV Taehyung*

Pode ser exagero meu, mas eu quero muito chorar. De verdade, eu vim aqui no banheiro pra nada, eu só não tava mais afim de ver aquilo, doeu ver, doeu muito.

Ele te ama, Taehyung… Bom, eu acho.

Me olhei no espelho, soltei um suspiro, abri a torneira e lavei meu rosto.

Sequei, fiquei mais alguns segundos enrolando e saí.

Encontrando os dois conversando. Acho que vou voltar pro banheiro.

Fiquei lá isolado, até a mãe do Hoseok voltar, trazendo um pouco de comida.

—Bom, por que quer sair do apartamento que te dei, Hoseok?-perguntou a senhora Jung

—Eu… Er… Eu…

—Eu preciso de mais espaço.

Ah, vai pro inferno, Hoseok.

Eu tô cansado disso, sério.

Eu tô com raiva, mas eu quero chorar ao mesmo tempo.

Respirei fundo, da forma mais discreta que pude.

—Mãe, cadê meu pai?

—Ele teve que viajar.

—Ah, okay.

Eles comeram, mas eu não estou com fome, fiquei apenas olhando.

Por fim, chamei Hoseok para falar algo.

—Vamos embora, por favor.-sussurrei

—Tá, vou dar um jeito.

—Mãe, o Taehyung tá passando mal, vou deixar ele em casa.

—Okay, tchau, meu filho.-diz

—Tchau, Taehyung.-completa

—Tchau, Hoseokiiiie.-diz Miyoung

—Esse é meu número, me liga qualquer dia desses.-completa, dá uma piscadinha e passa um papel.

Alguém me segura, que vou matar ela e o Hoseok. Eu vou surtar.

—Tchau… Tae... Er...

—Taehyung.-digo

—Isso! Taehyung.

Fui direto ao carro, eu estou com muita vontade de evaporar, chorar e matar alguém.

—Tá tudo bem?-pergunta prestando atenção na estrada

—Sim.-digo irritado

—Certeza?

—Sim.

—Absoluta?

—SIM.-gritei

—Você não tá bem, acho melhor a gente conversar na sua casa.

—Tá, Hoseok.

—Por que me chamou de Hoseok ao invés de Seokie?

—Por nada.

—Você tá irritado, né?

—Não, agora presta atenção na pista.

Eu quero bater muito na sua cara, Hoseok.

*Na casa do Taehyung*

—Agora me diz, o que houve, Tae?

—O que houve? Nada, só fui na casa dos meus sogros achando que meu namorado iria finalmente revelar minha existência e que eu estou em um relacionamento com ele, mas eu fui tratado como amigo e tive que ver MEU namorado ficando extremamente desconfortável ao ser apresentado a uma mulher, que ficou se mostrando e se jogando para cima dele, e pra piorar tudo isso, eu não pude fazer nada porque ele é medroso demais para falar com os pais que ele me namora!-digo extremamente irritado e com vontade de matar aquela desgraça que chamo de “Seokie”

—Desculpa, Tae.-diz baixo

—Desculpa? DESCULPA UMA PORRA.

—Calma.

—Hoseok, você tem noção de como doeu? Ver você lá, com aquela desgraça no seu pé, e sorrindo? Eu sei que era um sorriso falso, para agradar seus pais, mas parecia real. E doeu. Você sabe o quanto eu amo você, quanto eu preciso de você, você foi a única coisa boa que aconteceu na minha vida, não estraga isso, por favor… Aish… Deixa quieto, você é um idiota mesmo, e eu sou mais ainda por amar você.

—Você não diz que eu sou idiota quando estamos sozinhos.

—Que?

—Isso mesmo que você entendeu.-sorriu malicioso

—Você nem sequer prestou atenção no que eu disse.

—Prestei sim, mas quis descontrair um pouco.

—E pra falar a verdade, você tá certo, eu sou um idiota, medroso, que não merece alguém tão bom como você, mas estamos aqui e te garanto que os melhores dias para mim foram ao seu lado, eu admito no início me sentia culpado, não só por você ser meu paciente, mas por você ser um homem, mas, como já devo ter dito, eu não sou capaz de controlar meus sentimentos,  eu sei bem como é horrível se sentir traído, desculpa. Eu não queria, mas meu medo foi maior que o desconforto. Quer saber, Tae? Vou acabar com essa palhaçada, cadê meu celular?

Ah Jung Hoseok, eu não se eu te amo ou te odeio!

Ele pegou o celular e ligou para a mãe, colocou no viva voz.

—Alô?

—Oi, mãe, tenho uma coisa importante para te falar.

—O que?

—Eu estou namorando, um garoto, não venha me encher o saco com isso, não me importo com o que sua religião diz, nem o que meu primo de 5° grau que mora do outro lado do planeta vai pensar, nem se a filha da vizinha vai achar um desperdício, nem se você não concorda, muito menos se minha vó vai ficar cheia de desgosto, eu amo um homem, e para de arrumar namoradas para mim, eu não preciso disso, estou bem feliz com meu amor, tchau, um beijo, passar bem, não me ligue.

E desligou.

Eu não sabia como reagir.

Eu definitivamente amo Jung Hoseok.

—Isso é o suficiente para me redimir da idiotice que fiz?

—Não.-digo

—O que eu tenho que fazer?-pergunta

—Eu quero um beijo e um abraço.

Ele veio até mim e deu um beijo demorado, assim que o beijo acabou ele me abraçou forte.

—Eu te amo, desculpa.-diz

—Também te amo, desculpo.