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História It all began at dawn - Relations pleasure in flying toilet


Escrita por: tecearia

Notas do Autor


MEU DEUS, EU FINALMENTE VOLTEI PARA VOCÊS, QUE SAUDADE, QUE IMENSA SAUDADE DE VOCÊS <33 Como estão? Como passaram esses dias? EU TO CHOROSA
Cara eu tava com muita saudades de você, absurdas saudades, nem cabe direito no peito. Me desculpem por ficar tanto tempo longe, mas minha vida tem andado uma verdadeira bosta desde a semana passada e eu acabei não conseguindo escrever.
Bem, esse capítulo ficou um pouco mais longo que os outros, mas nem tanto, espero que gostem e matem a saudade. (Se estiverem é claro). Boa leitura minhas batatinhas queimadas <33

Capítulo 40 - Relations pleasure in flying toilet


 (Relações de prazer no banheiro voador) 

Cassie

Contando a partir dos próximos nove minutos irão faltar exatas sete horas para o pouso, isso se não tiver algum desvio de rota ou algo parecido, com a sorte que temos. Apesar de estar com Margo esse esse vôo está no topo da lista dos mais insuportáveis. Tudo que um ser humano possa imaginar já fizemos, ou tentamos fazer, nessas nove exaustivas horas. Não que exista muitas opções, considerando que a a maioria das cadeiras estão preenchidas por idosos que, segundo as aeromoças, precisam encontrar harmonia no sono. Sendo assim, se você subir um timbre da voz como num piscar de olhos uma asiática aparece do seu lado, gritando com você. Sem considerar que é contraditório a ideia de silêncio. 

Mesmo sem que Margo verbalize os pensamentos sei exatamente o que se passa pela sua cabeça, a despedida no aeroporto. De todos os momentos que presenciei com Mags esse sem duvida foi o mais abstrato. A coisa não envolveu diretamente a mim, mas pintinhos são pintinhos, e quem nasce na mesma ovada tem uma ligação. Se me dessem todas as linhas do mundo para descrever a conexão que foi estabelecida entre Margo e Harry no saguão daquele aeroporto em pedaços eu deixaria o papel em branco, porque foi além de palavras. A maneira como os dois se olhavam, o jeito como as mãos se entrelaçavam, o beijo de confiança e segurança... Todo o conjunto do ato me fez entrar em um avançado estado de bipolaridade. Eu estava imensamente feliz pelos dois estarem juntos, por compartilharem o amor que por anos só Margo tinha, mas ao mesmo tempo desolada pelo fato de ser a causa da separação dos dois. 

Bem, a minha despedida não poderia ter sido melhor. Apesar de não ter meu príncipe encantado me dando beijos e sussurrando palavras fofas, eu tinha o meu pai. O pai perdido a anos, que foi encontrado apenas um dia antes da partida. Quer dizer, eu poderia ter tido Zayn lá, pela nossa atual amizade, mas não seria uma boa escolha a fazer. Primeiro eu teria que contar da viagem, o segredo que me esganei pra manter. E segundo porque não teria nada haver ele lá parado dando tchau enquanto o avião decolava. A única idealização de pessoa que consigo visualizar realizando a ação é meu pai, com seu grande chapéu de palha na cabeça, imitando aqueles vendedores da praia. 

E contando com a concentração sempre, é assim que eu tento fazer meu trabalho de ciências a metade do avião as escuras. Para não ter que repetir o ano na mudança tive que continuar os estudos ao longe, por apostilas em pdf. É um processo bem mais fácil, porém igualmente irritante. Você precisa recorrer a uma seção da escola no país e fazer uma única prova, equivalente a três normais. Larguei o tablet no compartimento da cadeira a frente, me virando para olhar Margo que antes tagarelava alegremente. 

Ela está encolhida contra a janela, com os olhos fechados. Se não a conhecesse com a palma da minha mão acharia que estava dormindo, mas seus olhos tremiam por instantes, desmascarando seu choro. Destravei o cinto, ocupando um pequeno espaço ao seu lado e afagando seus cabelos. 

- Margo? - sussurrei, por parte temendo que a falsa loira viesse reclamar e outra por ser uma reação natural em situações sentimentais. Ela nem se mexeu, como se não tivesse ouvido. - eu sei que você está acordada, suas mãos não te deixam invisível. 

Então ela as afastou e um pequeno rosto foi erguido, com os olhos quase saltando de tão inchados. Seu lábio inferior tremia um pouco e seu rosto é puro sofrimento. A abracei desajeitadamente. 

- Mags da minha vida, não chora, a Cassiezinha está aqui com você. - cantarolei, ouvindo fungadas contra meu pescoço.  

Nos afastamos, ficando cara a cara. Uma das poucas cenas que presenciei foi ver esse pequeno ser chorando. Quase em todas as ocasiões havia um imenso sorriso em seu rosto, incentivando as pessoas em volta fazerem o mesmo. Porque ela sempre foi assim, faz tudo para deixar os outros felizes, mesmo que por dentro esteja um caco. 

- Eu estou bem. - respondeu passando as mãos sobre os olhos, secando as lágrimas. 

A encarei como uma pedra por algum tempo, até ela parar sua ação e me encarar de volta. 

- Meu amor, vai usar essa sua desculpa pra essas oxigenadas que querem tomar meu lugar de melhor amiga, mas eu sei que você não está bem. - falei séria, observando enquanto ela lutava mais uma vez contra as lágrimas. - você não está bem a três dias Margo, desde quando decidiu vir comigo. 

- Até parece que você nunca pintou o cabelo, a suja falando da mal lavada. - disse sorrindo falsamente. 

Revirei os olhos e ajeitei a posição, ficando de pernas de xadrez e completamente virada em sua direção. Ela me encarava com seus grandes olhos castanhos e o rosto marcado em lágrimas. Será que eu posso a colocar em um potinho e não deixar que nenhum mal a atinja? 

- Eu odeio quando você faz isso, muda de assunto. Pare de tentar fugir do problema porque ele não vai se resolver sozinho. Vamos, desabafe comigo. - abri os braços, indicando que era para que ela deitasse a cabeça no meu colo, como uma criança pequena.

Apesar de ter vacilado um pouco ela acabou aceitando o convite. Depois da procura da posição confortável ela se deitou encolhida, com eu mexendo em seus cabelos castanhos. Pude ouvir alguns soluços antes que ela finalmente começasse a falar. 

- Eu não sei exatamente como começar... - tentou, caindo em silêncio por milésimos de segundos. Esperei pacientemente, procurando não chorar junto com ela. - é isso Cassie, eu não sei como explicar, porque eu estou completamente confusa. - se remexeu, tentando se sentar. 

A puxei de volta, com certa resistência. Abaixei o olhar. 

- Vou ser obrigada a cantar ou você prefere falar por bem? - indaguei, levantando as sobrancelhas. 

- Cass, eu quero te contar mas eu não sei com...

- ENCOSTA TUA CABECINHA NO MEU OMBRO E CHORA, E CHORAAA! E CONTA LOGO A TUA MÁGOA TODA PARA MIM, ENCOSTA TUA CABECINHA NO MEU OMBRO E CHORAAA! - gritei em pleno avião, já ouvindo os saltos baterem contra o piso. 

A mesma mulher de antes apareceu, como o rosto transtornado de raiva. Tenho absoluta certeza que se não desse cadeia ela me atiraria em pleno ar e diria que só estava testando a gravidade. Ela começou a gritar algo para mim, acordando mais passageiros. A ignorei por completo, encarando Margo que ria.

-E então? 

- O que? - perguntou inocentemente. 

- ENCOS...

- TUDO BEM! EU ESTOU COM SAUDADES DO HARRY E NÃO ME IMAGINO FICANDO LONGE DELE, PELO MÍNIMO DE TEMPO QUE SEU SURTO EMOCIONAL DURE. - despejou as palavras, claramente a cada momento se aliviando. Assenti e fiz sinal para que continuasse. - E sei que escolhi vir com você, nunca iria deixar você sozinha. Mas não é como se tivesse tudo mil maravilhas, você sabe não sabe? Minha vida está em Londres. Quer dizer, eu não estou arrependida de vir com você, apesar de achar isso completa criancice e viadagem. Tipo, porque você não podia só empurra-lo contra a parede, dar uma pegada violenta e depois decidirem o problema arrumando a cama? O relação complicada. - fez uma pausa, dando uma pequena fungada. - Isso está deprimente demais Cassie, eu quero o Harry aqui pra me confortar. Quero chocolate e os gritos da minha mãe no fundo pra abaixar Moments. Quero eu e você em Londres novamente, conversando com aquele velinho dos pombos. E acima de tudo quero que essa mulher pare de me encarar, está me dando medo. - apontou para a aeromoça timidamente. 

Mesmo que a voz de Margo não fosse mais um fino chiado a criatura continuava lá, nos encarando como se fossemos uma abominação de Deus. Inclinei o pescoço para trás, a olhando de ponta a cabeça. 

- A senhora podia fazer o favor de se retirar? Não estamos elevando o tom de voz. 

- Mas minutos antes estavam. 

- Como a senhora pode perceber sua frase está no passado, sendo assim a ação não está ocorrendo agora, de maneira que não é necessária a sua presença aqui. - ela entreabriu a boca, como se fosse discutir, mas desistiu e voltou para onde quer que tenha saído. Me voltei para Margo, indiferente as pessoas que me encaravam bravos por terem sido acordados. - um desejo realizado pelo menos. 

Eu tinha a intenção de amenizar o clima mas piorou tudo. Margo chorou de toda a alma dela. Lágrimas e mais lágrimas escorriam pela bochecha e fiquei apenas parada, a abraçando enquanto seu corpo tremulava. Podem me achar a pior amiga do mundo por não tentar consola-la com palavras doces e esperançosas, mas eu contribuo mais mantendo silêncio e apenas a abraçando do que jogando falsas palavras em sua cabeça. Nada vai ficar bem da maneira como ela quer agora. Ela não vai ver Harry, a asiática não vai trazer uma barra de chocolate especialmente pra ela, Evie não irá aparecer como em um passe de mágica e começar seu escândalo diário e não iremos voltar para Londres nesse instante. E Margo sabe disso apesar do cúmulo de desolação, por isso que está se desidratando. 

Ficamos alguns minutos em silêncio, sendo apenas audível as respirações e fungadas regulares dela, que depois de algum tempo diminuíram consideravelmente, quase se extinguindo por completo. Eu sabia que ela sentiria melhor no momento em que o acesso terminasse, chorar alivia. Ela se afastou de mim calmamente e encarei uma versão totalmente diferente de todas que havia visto em Mags. 

- Você está parecendo um espantalho, nossa senhora. - comentei, ajeitando seu cabelo para o lado esquerdo. 

Ela riu, como imaginei que faria. Em seguida fechou os olhos e passou as mãos por eles, depois pelas bochechas. Segurei seu cabelo por algum tempo dos dois lados, mas assim que soltei ele voltou a se armar. Soltei um suspiro. Margo deitou a cabeça pesadamente na cadeira. 

- Eu me sinto melhor, obrigado. 

- Certo, você sabe que eu não fiz nada, não é? - juntei as sobrancelhas, a encarando.  

- Você me abraçou.

- E você chorou. 

- Você cantou pra mim. 

- Eu te pressionei. 

- Tudo bem, chega. - levou a mão ao ar, dando um pequeno sorriso. - então, como você se sente? 

Pensei por um minuto e nada me veio a cabeça como resposta. Supomos então que eu não estou sentindo nada? Isso é quase tão estranho quanto a ideia do meu pai e a mãe de Margo estarem agora dando uns beijinhos. Sacudi a cabeça, tentando me livrar da cena. Me levantei e a puxei junto, ouvindo um protesto. 

- Vamos lavar o rosto, você não está muito apresentável... 

Chegamos a uma pequena cabine onde havia uma pia e um vaso sanitário. Empurrei Margo em direção a pia, que batia na altura da sua barriga. Ela a abriu e começou a jogar água no rosto. 

- Estou esperando sua resposta de como se sente em relação ao Zayn, agora que está longe dele. - falou prendendo os cabelos em um coque, ou tentando. 

Adentrei no pequeno banheiro, puxando um pouco comigo a porta sanfonada, é raro que alguém se chame Zayn e se associassem o nome a nossos rostos seria um verdadeiro inferno. 

- Não viajei por culpa de Zayn. - Mentira.

- Fala sério Cassie, está escrito nessa sua testa de tábua de passar roupa! 

- Escreveram o motivo errado então. Só estou voltando por achar que minha vida vai ser melhor aqui. Saudades também conta. - Parte mentira.

- Vou fingir que acredito, mas eu sei a verdade, só pra você saber que não sou tão burra assim... 

- Você é muito burra. - completei sorrindo. A torneira soltou um rangido ao ser fechada. Margo se virou para mim, com o rosto pingando e os cabelos presos, com duas mechas rebeldes soltas de cada lado, espichadas. Indiquei uma com o dedo. - com esse visual vai conquistar todos os gatinhos do avião! 

Ela riu e puxou a toalha, passando repetidas vezes no rosto e mãos. 

- Conquistar os velhinhos você quer dizer? Dispenso. 

- Vai dizer que não acharia atraente as pelancas balançando enquanto a abelha ia sugar o néctar? Eu sei qual é q sua Mags. Banana é banana, aceite com prazer e depois ainda peça outra.  

Mais uma gargalhada, porém dessa vez mais aguda. Dei um pequeno sorriso e puxei a porta, que aparentou resistência. Contornei Margo e sai primeiro, com ela logo atrás falando algo sobre sexo no asilo. Fomos até nossos assentos, três fileiras depois, acompanhadas pelo olhar das pessoas no avião. Isso me irritava profundamente, principalmente quando um olhar de desaprovação também aparecia. A não ser daquele moreno da fileira de trás, miau miau identificado. 

Antes mesmo de fazer qualquer ação o microfone estalou, com uma voz nasalada se tornando audível: 

"Senhoras e senhores, gostaria de comunicar que o banheiro deve ser apenas utilizado no caso de necessidades fisiológicas, não para ter relações de prazer, independente do sexo do casal, afim de um ambiente organizado e tranquilo. Obrigado pela atenção, estaremos passando com o jantar nos próximos minutos."  

Olhei para Margo, que parecia ter convulsões de tanto que ria. Não que eu estivesse em uma situação diferente... 

- Eles. Acham. Que. Fizemos. Coisas. No. Banheiro - sussurrou entre gargalhadas, procurando ar em meio a cada palavra. 

- E não fizemos? - perguntei acariciando seu rosto e usando a voz mais sexy possível. Escondi o rosto na curva do seu pescoço e abafei uma risada. Ela tentou se afastar, com a rosada parando na hora. 

- Eu gosto de outra fruta Cass... 

- Somos um casal, não se lembra? - cheguei perto do seu ouvido, falando baixo. - olhe disfarçadamente para a expressão do carinha as suas costas e me diga se esse momento constrangedor não valeu a pena. 


Notas Finais


Então minhas lindas batatas, eu não estou com raiva ou irritada, só estou confusa com uma coisa. A cada dia que passa a fanfic ganha novos favoritos sendo assim o sentido é novos leitores e novos comentários, mas está acontecendo exatamente o contrario. Mais favoritos, menos comentários. Como vou saber o que vocês querem que melhore ou o que estão gostando ou não? Preciso de opiniões! E sem só um "continua", comentem o que acharam seguido disso... Por favor comentem, eu não mordo, juro. E claro que isso não serve pra todos, porque tenho VÁRIAS leitoras maravilhosas que sempre me incentivam comentando. Bem, saibam que eu fico muito feliz com esses comentário e eles me fazem sorrir o restante do dia, obrigado <33
Até o próximo, juro que vou tentar não demorar muito dessa vez.


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