PARTE II: EPIFANÍA NÃO EXISTE.
Ele não sabe quando que foi. Talvez depois dos feriados, era Janeiro, ele chega em casa, morrendo de frio, e Nico estava ali, sentado em seu sofá com um presente no colo.
Percy tinha viajado para Nova York, tinha que ver sua mãe e o padrasto, também a filhinha deles, Suzy, que chamava Percy de Irmãozinho mesmo sendo muito menor que ele.
O natal foi bom, um dos melhores que teve fazia muito tempo, e estava morrendo por dentro toda vez que pensava em voltar para Denver, para o apartamento pequeno e o radiador barulhento.
Então, Nico estava ali.
Ele dormia, a boca aberta e o pescoço jogado num ângulo estranho no sofá, a mesma jaqueta de aviador, o mesmo cabelo grande de mais e desgrenhado.
Percy não percebe que estava sorrindo quando faz uma xícara chá e o acorda.
Também não percebe que estava sorrindo quando Nico lhe dá o presente (Um purificador de ar para o cheiro de peixe), e o puxa para um beijo.
Ele não percebe que está sorrindo quando vai dormir, dividindo a cama com Nico, acariciando sua bochecha.
Ele não percebe, de verdade, até que fosse uma semana depois e o apartamento estivesse vazio, que tinha se apaixonado.
Droga.
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