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História It Was Just a Dream - One down, three to go.



Notas do Autor


Meu amooores, me desculpem pela enorme demora. Dessa vez a coisa foi feia mesmo, então sorry mesmo :/
Não vou me alongar tanto e vou postar o capítulo de uma vez rsrsrs
Espero que gostem! ^^

- WinchestersGirl

Capítulo 14 - One down, three to go.


Fanfic / Fanfiction It Was Just a Dream - One down, three to go.

P.O.V. Percy

 

Eu já estava ficando cansado de tudo aquilo. Quero dizer... eu tinha voltado ao normal, como eu estava esperando há alguns dias mas... eu não estava esperando tudo aquilo. O que acontecia dentro de mim naquele momento era difícil de explicar. Eu nunca havia sentido tantas emoções diferentes em uma só vez em todos os dezoito anos de minha vida.

Era como se meu cérebro processasse o que havia ocorrido com Annabeth mas meu corpo não recebesse os comandos. Eu sabia que eu deveria estar muito pior do que estava naquele momento. Não é como se não estivesse doendo. Porque estava. Mas não como eu achei que doeria. Era como se apenas metade de meu corpo estivesse sentido, e a outra metade, estivesse em um sono profundo e alheia de tudo ao meu redor. Além da dor, havia a raiva, e essa sim, tomava conta de todo meu corpo e talvez até fosse a razão por não doer tanto.

Eu sentia meu sangue ferver por dentro de minhas veias. Eu sabia que não deveria ser assim, que eu deveria levantar a cabeça e não deixar aquilo me por fora de controle, mas eu não conseguia. Tentei esconder o melhor que pude na sala dos tronos, mas vê-la de novo me deixado daquele jeito... Eu a amava, eu a amava com tudo o que eu tinha. E o fato de ela não apenas ter me trocado por Luke, mas também ter mentido em minha cara como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, havia acabado com parte de mim. Será que alguma coisa durante esses dois anos tinha sido verdade? Ou ela era apenas uma ótima atriz? Eu não sabia mais o que pensar, o que sentir, não sabia mais de nada. Nós havíamos passado por tantas coisas, sendo estas felizes ou tristes, não importa, apenas haviam acontecido. Eu tinha me jogado no Tártaro por ela! Pelo amor dos deuses!

Mas havia um lado bom naquilo tudo. Agora eu estava realmente disposto a ganhar aquele prêmio, me tornar um deus e remediar a burrice que eu havia feito ao recusar da primeira vez, por ela. Bom, se eu fosse falar bem a verdade, eu não me importava se algum dos Grace's ganhassem, eu ficaria feliz por eles, não importando qual dos dois fosse. Mas uma coisa era certa, eu não podia deixar Annabeth ganhar, não ela. Eu não conseguiria ficar em um acampamento onde ela seria a Diretora e pudesse mandar em todo mundo. O Acampamento era minha segunda casa, e eu estava disposto a lutar por ele.

Porém, acima de tudo aquilo havia algo que eu sabia que era responsável por mais ou menos 70% da bagunça que eu sentia. Thalia. O que era aquilo que estava acontecendo afinal? Por que eu havia ficado tão furioso ao ver Luke a insultando? Por que eu havia eu ficado tão feliz quando ela havia lembrado de tudo e soube que ela estaria ao meu lado? Por que eu havia ficado tão furioso quando Zeus nos separou quando nós estávamos... quando estávamos quase nos beijando!? Não, espera. Por que estávamos quase nos beijando, em primeiro lugar? Por que eu me sentira tão aliviado ao ver seu sorriso alguns momentos atrás? O que eu estava sentido?! Aquilo era loucura. Era demais para minha cabeça.

 

 

Alguns segundos e algumas reflexões depois, minha visão começou finalmente a clarear, eu estava já cansado desse negócio de clarão branco na minha cara. Superfícies lisas e cinzentas começaram a se formar em minha frente, o lugar estava escuro mas meus olhos estavam começando a se acostumar com isso. Nessas superfícies haviam o que pareciam cordas verdes penduradas e nessas cordas haviam algumas ramificações... Aquilo era folhas? Pisquei os olhos fortemente. As coisas se tornaram mais nítidas. Aquilo não eram cordas verdes, eram cipós e as superfícies cinzentas, eram paredes.

Comecei a girar em meus calcanhares. Eu estava cercado por elas, longos corredores se estendiam em minha frente e uma ideia começou a se formar em minha mente. Então o cheiro me atingiu. Mofo, folhas podres e morte. Era verdade, então. Eu havia ouvido rumores que ele estava de volta, mas nunca pensei que precisaria entrar ali novamente. Lembranças inundaram minha mente. Esqueletos jogados por todos os lados, uma grande bandeira com um tridente estampado, Anteu, Pã, O Rancho G... Eu estava ali novamente. Eu estava no Labirinto.

 

 

 

 

Comecei a correr, tentando desesperadamente encontrar o maldito delta azul e brilhante para sair daquele lugar o mais rápido possível. Eu tinha ouvido falar que o Labirinto não estava mais tão cruel como costumava ser, mas a ideia de que naquele mesmo momento eu já poderia estar do outro lado do mundo, não me agradava nem um pouco. Eu não queria nem parar para imaginar para onde as portas desse lugar poderiam me levar. Ainda mais sabendo que algumas delas, levavam diretamente para o Tártaro, e aquilo, eu não poderia suportar.

Eu não sabia quantos minutos já haviam passado, ou quantos milhares de quilômetros eu provavelmente eu havia me deslocado e muito menos quantas armadilhas eu havia me desviado, quando cheguei naquela sala. Aparentemente, o layout do labirinto continuava o mesmo em alguns pontos. As mesas pareciam as mesmas de 4 anos atrás, assim como as grandes janelas que hoje tinham a vista voltada para uma espécie de selva. Ótimo, eu já não fazia ideia em que lugar do mundo eu estava.

Nas paredes, diversos tipos de ferramentas, alguns que eu não sabia nem como funcionavam, estavam espalhados. No canto direito superior um par de asas douradas pendiam solitárias onde antigamente haviam cinco. As pequenas tiras douradas faltando indicavam que aquele era um trabalho que nunca havia sido terminado.

─ Eu devia ter imaginado que você encontraria esse lugar também. ─ uma voz vinda de um canto me tirou de meus devaneios. ─ Parece que o coração do Labirinto continua o mesmo, no final das contas. Mesmo depois de Dédalo ter morrido.

Me virei em sua direção. Seus olhos cinzentos me encaravam calmamente, e seu cabelo loiro estava grudado com o suor em sua testa. Meu coração doeu um pouco com aquela visão. Vê-la daquele jeito se tornara algo tão normal o corriqueiro com o passar dos anos, depois dos treinos, das caçadas à Bandeira, das missões... São tantos momentos que eu sentia que não havia espaço suficiente em minha mente para guardar todos eles.

─ Pois é, pelo menos algum coração continua o mesmo. ─ eu disse. Ela permaneceu e silêncio por alguns segundos e então soltou uma risada anasalada.

─ Ah, por favor Percy, sem dramas. ─ ela disse, rolando os olhos. ─ Você não estava realmente acreditando que aquilo duraria a vida inteira, estava?

─ Do jeito que você fala é como se um semideus tivesse uma vida longa.

─ Não importa. Não duraria nem até os 20, você pode ter certeza disso. Se dependesse de mim, pelo menos. ─ ela disse. E novamente, em menos de 24 horas, suas palavras me fizeram sentir como se adagas estivessem sendo cravadas em mim lentamente.

─ E por quê? ─ perguntei, minha voz saiu mais firme do que eu me sentia de verdade.

─ Por quê, o quê? ─ ela perguntou, uma ruga se formando em sua testa, em sinal de confusão. Estranho, ela nunca ficava confusa.

─ Por quê não duraria até os 20, se dependesse de você? ─ ela se desencorou da parede em que estava e começou a andar pela oficina.

─ Porque eu já teria conseguido tudo o que eu queria Perseu, isso não é óbvio? ─ ela estava começando a ficar irritada. Tentei ignorar o fato de ela ter me chamado pelo nome que ela sabia que eu odiava. ─ O negócio é o seguinte, eu vou deixar tudo as claras, antes que você comece a me fazer mais perguntas estúpidas. Você sabe o quanto é difícil ser reconhecida no mundo dos Deuses quando se não é um semideus poderoso? ─ ela perguntou, então deu uma risadinha. ─ Não. É claro, que não sabe. Você é o incrível filho do deus dos Mares, não é mesmo? Acontece Percy, ─ ela disse meu nome de um jeito diferente, parecia até... nojo. ─ que nem todos os semideuses tem poderes magníficos como você, alguns de nós temos apenas a inteligência para nos mantermos vivos. Mas você acha que alguém alguma vez deu importância para inteligência no Olimpo, além de Atena? ─ ela bateu a palma da mão na mesa em sua frente. ─ Ninguém se importa! “Porque deveríamos nos preocupar com a filha mais inteligente da deusa que ganhou a competição de Atenas? Aah não, o filho do estúpido deus dos Mares é muito mais importante, porque ele é poderoso, ele merece ser o melhor herói de todos os tempos, ele merece toda a fama e o prestígio!” ─ eu tentava assimilar as palavras que saiam de sua boca, mas nada daquilo fazia sentido pra mim. Não saindo da boca dela. Ela começou a andar de um lado pro outro. ─ Eu percebi o que eu devia fazer no momento em que você chegou no acampamento. Sabe como é aquele ditado, certo? “Se você não pode derrotar o inimigo, alie-se a ele”. E foi isso que eu fiz... ─ ela disse rapidamente. Inimigo? Era isso que eu era para ela? ─ E continuei fazendo até hoje. Eu sabia que você seria algo grande, e qual o melhor modo de ser reconhecida senão fosse pegando uma carona com você? E não é que funcionou? Olha só onde eu estou hoje! ─ ela levantou as mãos em divertimento.

Respirei fundo quando ela parou de falar. Meus pulmões estavam doendo como se eu não tivesse inspirado ar nenhuma só vez durante todo o seu discurso. Eu sentia que alguma coisa estava errada ali. Meu cérebro simplesmente não conseguia associar a imagem que tinha de Annabeth com aquelas palavras. Ela não podia ter sido uma atriz tão boa em todos esses anos, podia? Ou talvez eu era tão estúpido a ponto de não perceber nada, a ponto de realmente achar que ela me amava e que talvez minha curta vida de semideus acabasse de um jeito feliz.

─ Então, se foi tudo uma encenação sua, porque você não parou quando a Guerra de Gaia acabou? Você não estava satisfeita em ser uma dos sete? ─ perguntei, eu já não conseguia esconder tão bem o nó que havia se formado em minha garganta.

─ Não, eu não estava. ─ ela respondeu simplesmente. ─ Eu queria mais do que apenas ser uma heroína. Eu queria imortalidade. Então, eu continuei minha “encenação”, como você chamou, ─ ela fez aspas no ar com os dedos. ─ porque eu sabia que isso ia me levar a algum lugar algum dia. Não que fosse tão ruim assim namorar com você, porque não era, afinal, você é todo lindo e tudo mais mas, você sabe, você não é ele. ─ ela disse. Senti parte do meu mundo desabar ao meu redor. ─ Acho que no fundo, bem fundo, você sempre soube que eu o amava, não é mesmo? ─ ela perguntou rindo. Ela deve ter visto alguma mudança em minha expressão, por que sua risada aumentou de repente. ─ É, eu sabia que sim. Bom, foi por isso que eu fingi que não te conhecia lá atrás. De algum modo, mesmo se eu não fosse mais uma semideusa, e muito menos uma deusa, eu pelo menos estava com ele, sabe? O que é muito melhor do que ser uma semideusa mais ou menos reconhecida, e estar com você. ─ disse, rindo novamente. Ela começou a andar, encarando as ferramentas penduradas nas paredes. ─ Bom, como eu havia dito antes, eu estava disposta a continuar com teatrinho de garota apaixonada por mais alguns anos, para ver se isso resultaria em algo. E caso não desse, eu te daria um pé na bunda e começaria tentar de outro jeito. Jason, talvez... Única coisa que eu teria que fazer era me livrar daquela índia ridícula... ─ de tudo o que ela havia dito, surpreendentemente, aquilo foi o que mais me chocou. Eu nunca conseguiria imaginar ela falando sobre Piper daquele jeito. Talvez eu não havia percebido como ela era falsa comigo, pelo fato de eu ter sido um idiota apaixonado, mas Piper? A amizade entre as duas não tinha como ser de mentira. Era impossível. ─ Mas nada disso importa agora, pois olha só onde a vida me trouxe... ─ ela levantou as mãos, gesticulando para seu redor. ─ Estou aqui, agora, com a chance de me tornar uma deusa, e a única coisa que eu preciso fazer... ─ ela pegou um arco em cima da mesa à sua esquerda e a apontou para mim. ─ … é matar você.

 

 

Paralisei. Fiquei encarando aquela flecha que estava a cerca de dois metros de meu peito, e por alguns momentos eu não sabia o que fazer.

Quando minha mente finalmente começou a funcionar, eu tinha a impressão que conseguia ouvir as engrenagens trabalhando dentro de meu crânio. Eu precisava achar uma saída. A ideia apareceu quando ela já estava soltando a corda do arco para que a flecha voasse em minha direção. Eu sabia que tinha alguma coisa que não se encaixava, e aquela era minha última esperança.

─ Sério? ─ eu disse, fazendo com que ela e olhasse com uma cara confusa e diminuísse um pouco a tensão na corda. ─ Você vai me matar aqui? Aqui, onde eu salvei sua vida, quatro anos atrás? ─ a sua expressão confusa aumentava a cada palavra, estava funcionando. ─ Eu devia ter deixado Kelli te matar, talvez eu me salvaria do seu veneno. ─ ela começou a rir.

─ Você nunca conseguiria ter deixado ela me matar, você gostava demais de mim para isso... ─ ela falou.

Sorri vitorioso. Era isso. Era tudo que eu precisava ouvir. O mais rápido que meus reflexos de semideus me permitam, eu puxei a adaga que estava em cima da mesa e a arremessei em sua direção. O som do bronze celestial entrando em seu peito foi horrível. Eu acertara a adaga em seu coração, no mesmo lugar onde suas palavras me acertavam alguns momentos antes. Ela tossiu e sangue espirrou de sua boca, manchando seus dentes. O arco caiu de suas mãos no chão com uma barulho metálico. Por um segundo a imagem dela agonizando me fez querer sair correndo e me encolher em um canto e chorar, mas, me mantive firme. Eu sabia que o que eu havia feito era certo.

─ Eu nunca salvei a vida dela de Kelli. ─ eu disse. O olhos de Annabeth se arregalaram. ─ Ela salvou a minha. Da próxima vez que vocês forem usar uma pessoa como arma, é melhor que façam uma pequena pesquisa sobre a vida dela antes. ─ eu disse, olhando-a nos olhos. Eu sabia que atrás deles, os deuses me observavam.

Com um último gemido, o corpo de Annabeth despencou, se transformando em um amontoado de pinhas e videiras antes de bater no chão. Humpf, Dionísio. Eu deveria ter imaginado.

De repente uma luz azul começou a brilhar à minha esquerda. Segui o olhar até lá, e o símbolo de Dédalo brilhava intensamente em uma das paredes. Eu havia passado no teste. Eu poderia voltar. Por um milésimo de segundo meu cérebro considerou a ideia, mas então olhos azuis surgiram em minha frente.

Thalia.

O que diabos os deuses estariam fazendo com ela? Será que ela conseguiria passar no teste? Quem seria o teste dela? E se...? Não! Eu me recusava a pensar que algo pudesse ter acontecido com ela. Eu precisava pensar em algo para tirar nós dois dali de dentro. E se desse tudo certo, Jason também. Olhei por uma última vez para o delta brilhante, então virei as costas e sai correndo para encontrá-la.


Notas Finais


Entãao, espero que tenham gostado.
Talvez eu comece a escrever o outro hoje mesmo!
Beijos no coree <3


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