História It was once (Camren) - Primeiro.

P.o.v Lauren

Me chamo Lauren, tenho 18 anos, moro em uma comunidade com a minha mãe no Rio de Janeiro, sempre levrei uma vida humilde, apesar da nossa situação não ser tão boa assim, eu sou feliz. Passei por muitas coisas desde pequena, mais eu sou determinada a conseguir o que eu quero, e jamais desistir. 

Minha mãe é empregada doméstica, certa vez ela teve um caso com seu antigo patrão e acabou engravidando de mim, eu infelizmente não conheço meu pai. Ele não é presente na minha vida, não sei porque minha mãe nunca fala dele. Dele eu só carrego o nome JAUREGUI. Ele nunca mostrou interesse em me conhecer, eu tenho muita vontade de conhecê-lo mais não vou atrás, pois se ele tivesse vontade ele viria atráz de mim. 

- Laur, levanta filha. Está na hora. - ouço a voz da minha mãe.

Levantei lentamente da cama, abri a cortina (que servia de divisão entre meu quarto e a sala), e fui para o banheiro. Não demorei muito no banho e fui tomar café da manhã com a minha mãe. 

- Bom dia mãe - dei um beijo nela, que sorriu. 

- Bom dia filha - ela colocou um pouco de leite com café no copo e me entregou. Tomei rápido e peguei um pão, eu estava com pressa ia comendo no caminho. - Ei senta para comer meu amor.

- Não tem como mãe, tenho que chegar cedo no curso. - respondi martigando o pão - Desculpa mãe - me redimi depois de engolir. 

Minha mãe me encarou, e riu negando com a cebeça. Eu e ela sempre tivemos uma relação ótima, eu nunca escondi nada dela, ela me da conselho, me faz rir quando eu estou triste. Ela é a melhor mãe do mundo, e eu tenho sorte por tê-la.

Apesar de eu ter uma falta de um pai, eu não reclamo muito. Minha mãe fez essa função desde que eu nasci, ela sempre batalhou para nunca faltar nada para eu e meus irmãos. As vezes ela deixava de comer para dar para dar para eu e meus irmãos. 

Adimiro muito ela, tenho como exemplo. Me espelho nela para seguir a vida, por mais que eu seja pobre, moro em favela, tenho minhas roupas surradas e bem humildes, eu não me envergonho disso, pois minha mãe sempre me ensinou que dinheiro e luxo não é tudo. 

Já fui muito humihada, pelas minhas vestimentas, pela minha moradia, digamos que ser pobre e morar na favela é motivo para as pessoas da classe alta te olhar como você fosse o pior bicho ou uma doença que mata. Mais não é assim, tenho orgulho da onde eu nasci. Lógico que eu quero ir embora e dar uma moradia melhor para minha mãe, mais jamais vou esquecer de onde eu vim. 

Peguei minhas coisas, despedi da minha mãe e sai.

De manhã eu vou pro curso, estou estudando para tentar entrar em uma faculdade pública. Eu trabalho na parte da tarde em um quiosque na praia de Ipanema. O dono do quiosque é amigo antigo da minha mãe, e me deu o emprego, apesar das pessoas acharem ruim, eu gosto de trabalhar lá, faço amizades quase todos os dias, recebo cantadas de vários homens e mulheres, mais dos homens eu descarto, pois sou lésbica assumida. Na hora que está mais tranquilo a praia, eu aproveito pra dar um mergulho, eu amo o mar, toda vez que eu mergulho parece que eu saio de lá renovada. 

E a parte mais importante, é que o quisoque fica de frente o enorme edifícil aonde mora uma menina linda chamada Camila. Faz quase oito mêses que eu trabalho aqui, e sempre vejo ela passar, ela é uma morena linda, delicada, sempre vejo ela sorrindo. Vou confessar que tenho um abismo por ela, eu sou muito tímida e não chego nela nem pra fazer amizade. Não sei se ela teria amizade comigo, que trabalho no quiosque e moro no morro. De tanto que eu já fui humilhada eu evito ter amizades de gente de um poder aquisitivo alto. Podem me achar troxa por isso, mais só sem foi humilhado, taxado de "gentinha suja" sabe o que eu sinto. 

O que me impede também de falar com Camila além da vergonha, é o namorado dela. Austin, ele pensa que eu não sei, mais meu melhor amigo Troy vende drogas para ele, é um drogadinho de merda, se acha por ter dinheiro, é um mauricinho que acha que pode tudo. Conheço bem esse tipo. 

- Achei que não iria mais vim! - berrou Dinah Jane. 

- Nos vimos ontem Dj, já está com saudade? - brinquei com ela, ela riu e me abraçou. Fomos descendo pelos becos abraçadas. 

Dinah é uma das minhas melhores amigas,  conheço dela desde pequena. Ela é uma morena alta, cabelos um pouco loiros, tem um belo corpo, ela é a mais maloqueira desse morro. Ela é bi, pegas meninas e meninos, eu amo o jeito dela de viver sem se importar com nada, simpliesmente ela levava a vida feliz. 

Descemos o morro conversando sobre as paqueras de Dinah, ela fazia curso junto comigo. Apesar dos bailes e festas que ela ia, era uma pessoa muito responsável. Também queria ser alguém na vida, e dar uma condição melhor para sua mãe, e sua irmãzinha Regina.

Dinah perdeu seu pai quando era criança, o tio Gordon, era o melhor tio do mundo, infelizmente ele era traficante e acabou morrendo em confronto com a polícia. Tia Milika, mãe da Dj, estava grávida da Regina quando aconteceu a morte de seu marido, na época ela se juntou a minha mãe (que são grandes amigas),  e nos criaram. 

Além de Diah e Troy, tem minha melhor amiga Veronica, ela é estrovertida, zoeira, pegadora. Ao contrário de mim, DJ e Troy, Vero  era rica, mais acho que em outra vida ela foi da favela, porque ela não saia do morro, ela amava aquele lugar, todos os bailes e festas que tinham no morro ela ia e pegava várias meninas, pois ela também era lésbica assumida. Nossa amizade era bem forte, eu a conheci equando ela estava perdida no morro, ela tinha ido comprar drogas. Eu  ajudei ela  que no momento estava drogada, peguei a mesma sem ao menos conhecer, levei ela pra minha casa, dei banho, comida, e deixei ela descansar. Depois disso nos pegamos uma amizade forte, ela vivia indo na minha casa, minha mãe praticamente adodotou como sobrinha, nós nos damos muito bem. 

- Vero falou que está nos esperando na orla para dar carona - Dinah comentou e eu assenti de lentamente, pois meu pior pesadelo estava parado no meu caminho. 
 

LUIS...
 

ELE ESTAVA DE VOLTA. 

Dinah encarou aonde eu estava olhando e me abraçou mais forte e sussurrou: "Fica calma, estou aqui!".  

Luis o cara que praticamente desgraçou a vida da minha família estava de volta, lá estava ele com aquele sorriso rídiculo, com seus cordões de ouro, anel e arma na cintura. Ele tinha o comando do morro de volta.