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História It was once (Camren) - Décimo quinto


Escrita por: 5HCamrenZ

Notas do Autor


Boa leitura lindezas <3

Capítulo 16 - Décimo quinto


 

P.O.V Lauren

Estamos sentada uma de frente pra outra, minha mãe esta em silêncio e eu até o momento estou respeitando esse silêncio dela por mais que eu estou curiosa eu não quero pressionar, esse assunto é muito delicado então me resta ter paciência e aguardar ela falar. 

Antes mesmo de ouvir o que ela tinha para me falar minha cabeça estava um turbilhão de confusão, eu tenho um pai, eu ouvi a voz do meu pai, eu sei que ele existe e ele quer me ver , a minha ficha ainda não caiu. Não estou interessada no que ele tem a me oferecer em questão material e sim no sentimento, por mais que eu tivesse Tony e Chirs em casa fazendo o papel de homem eu me sentia com falta de alto. Admiro muito minha mãe pois ela fez o papel de pai, mais eu queria realmente ter conhecido ele anteriormente, ter aquela conversa de pai, aquele ciúme bobo que todo pai tem com sua menina, o colo, as brincadeiras. Fui privada disso todos esses anos e sem nenhuma explicação sobre, mesmo não o conhecendo eu já tinha criado um sentimento de desgosto referente a atitude dele me "abandonar", mais ai que a verdade aparece e vejo que estava errada por me deixar sentir esse desgosto pela pessoa dele. Michael deve ter tido seus motivos para me deixar, motivos esse que eu quero saber pois tenho direito. 

- Eu acabei me apegando a Michael, vendo ele cuidar da sua esposa e Taylor que tinha apenas 4 anos. Eu sentia falta do pai dos meninos, sentia carência de ter alguém. Eu nunca fui de me envolver com alguém casado só que com Michael eu não sei o que aconteceu, ele foi se aproximando de mim, o casamento dele já não estava bem e mesmo assim ele tratava a Julie como uma rainha. Certo dia houve uma briga horrível e Julie quis espairecer e foi para chácara que eles tinham no interior, ela levou a pequena Taytay com ela. - Clara foi relatando o passado e eu pude perceber os olhos dela brilharem quando ela se referiu a Taylor.

- Taylor seria minha irmã? - questionei e ela assentiu.

- Sim, ela é a filha de Mike. Eu fui muito apegada a Taylor, eu era praticamente a babá dela e com o tempo ela se apegou a mim também. - sorriu nostálgica passando a mão no rosto limpando as lágrimas que caiam. - Continuando, quando teve a briga, briga muito feia entre eles ela pediu um tempo e saiu com Taylor, Mike que fazia de tudo pelo seu casamento desabou. Eu como uma mera empregada não sabia o que fazer, Julie pediu para eu separar todas suas coisas que ela voltaria pra buscar e referente a da pequena pega-se só algumas, eu apenas concordei me despedi das duas que estavam bem tristes e fui fazer o que foi pedido. - eu queria logo que ela chega-se na parte que me envolvia, mais deixei ela falar pois parecia que ela tinha que por tudo aquilo pra fora. - Depois de um tempinho eu desci e avisei o motorista que estava tudo pronto, ele disse que iria pegar e levar para casa de campo deles como pediu Julie. Eu fiquei muito preocupada com Mike e fui atrás dele, tinha medo de ele fazer alguma besteira ou coisa do tipo. Procurei pela casa toda e não achei, fui até o escritório dele e foi ali que achei-o. Ali tudo estava quebrado eu fiquei pasma por ver tudo destruído, ele estava jogado no sofá e chorava. - a voz dela fraquejou - Eu me aproximei e comecei a conversa com ele, ele desabafou comigo falando referente ao seu casamento, ele disse que estava de saco cheio do seu casamento mais ainda amava sua esposa. Conversamos por um bom tempo, até que aconteceu. - ficou em silêncio por um momento. 

- Mãe, se a senhora não quiser falar tudo bem. - Não está tudo bem, mais vê-la assim me deixou mal. 

- Não minha filha, tudo bem. - respirou fundo e se ajeitou - Não vou entrar em detalhe, até porque é estranho conversa disso com você - Ri da careta dela e ela sorriu pra mim. - Mais então, ali no escritório que aconteceu o ato, nós dois estávamos sozinhos e acabou... como vocês jovens falam, acabou "rolando" - Clara estava se soltando melhor e eu agradeci pois queria logo saber de tudo. - Juntou o que eu sentia por ele e a carência dele e resultou em você. - falou simples. - Há um tempo ele não tinha relações com a mulher dele, e ele sentia falta disso, eu me arrependo pois eu gostava muito da Julie ela me ajudou pra caramba, mais a carne é fraca e acabamos pecando. 

- Que história hein mãe, já pode fazer um livro. - comentei sorrindo, queria descontrair por mais que ela estava solta sabia que era um assunto que atormentava ela. 

- Vou pensar na sua sugestão mocinha - piscou pra mim. 

- Mãe? - chamei depois de um tempo que ela ficou encarando o nada em silêncio. - Porque você escondeu meu pai de mim? Me desculpa eu acabei lendo umas cartas que ele te enviou e...- me interrompe.

- Eu pedi para você não mexer filha. - ela me olhava séria e triste. 

- Desculpa, mais eu...eu precisava saber. - cocei a nuca - A senhora estava muito nervosa ultimamente e ficava mal toda vez que lia elas, eu até achei que era coisa besta, mais eu fiquei curiosa e resolvi ver. - ela assentiu cabisbaixa. - Mãe, me responde. Porque tudo isso? Porque me esconder de mim que meu pai estava atrás de mim? - perguntei um pouco magoada. 

- É complicado Laur, muitas coisas envolvidas. - ela suspirou e eu bufei. 

- Descomplica mãe, fala a verdade pra mim. - me alterei levantando.

- Ei eu ainda sou sua mãe, então abaixa o tom de voz comigo. - falou firme e eu assenti me desculpando. - Você não me entende Laur, eu queria ter te contado mais o medo não me deixou. 

- Lógico que eu não te entendo, a senhora me esconde coisas, esconde meu pai de mim! Poxa mãe, eu poderia ter crescido com ele do meu lado. - minha voz fraquejou no final, engoli a bola que se formou na minha garganta. 

- Não Lauren, não podia. - ela falou firme. - Você acha que era da minha vontade deixar você sem seu pai? Durante esses anos eu apenas fiz isso foi pra te proteger! - a encarei confusa. 

- Me proteger do que mãe? Seja mais clara comigo, onde a senhora enfiou o dinheiro que ele mandava? - perguntei tudo de uma vez e ela bufou. 

- O que? Que dinheiro? - me encarou confusa. - Eu não recebi dinheiro nenhum. 

- Tava na carta mãe! - retruquei secando uma lágrima que caiu. 

- Não Lauren, eu não recebi um tustão do Mike - agora eu não entendia mais nada. - Desde que eu fui enxotada da casa dele eu não recebi nada dele. 

- Não entendo, ele está atrás de mim, nas cartas ele demonstra que gosta de mim e agora você me fala que foi enxotada da casa dele. - minha cabeça começou a doer. Eu falava andando de um lado para outro. 

- Calma Laur, por favor. - ela segurou meu braço. 

- Como que eu vou ter calma, cada vez que eu vou descobrindo mais confuso fica. - me soltei de seu aperto - MINHA VIDA É UMA MERDA, MATARAM MEU IRMÃO, EU NÃO RECONHEÇO MAIS CHRIS, ELE SE TORNOU BANDIDO POR MINHA CAUSA  POIS ELE FOI PRESO POR MIM CAUSA, CRESCI COM MEDO DO LUGAR DE ONDE EU MORO, MEDO DE MORRER COM UMA BALA PERDIDA, O PAI DA CAMILA QUER LEVAR ELA PARA EUROPA, PRA LONGE DE MIM. - nessa altura eu já chorava, minha mãe ficou assutada pela minha explosão - E AGORA EU DESCUBRO QUE TENHO UM PAI, E QUE ESTÁ DE VOLTA. NÃO CONTENTE DE ME ESCONDER ELE DURANTE ESSES ANOS A SENHORA AINDA MENTE E NÃO ME CONTA A VERDADE. QUE MERDA MÃE! - me joguei no canto do quarto e deixei-me chorar abraçando minhas próprias pernas. Eu sentia o olhar da minha mãe sobre mim mais não tive força para encara-la. 

Eu estava cansada, eu estava de saco cheio de tudo isso. Quando eu acho que vai dar certo minha vida vem alguma coisa e mostra que eu não nasci pra ser feliz. Eu tento de tudo pra ser uma pessoa melhor, mais parece que nada adianta e eu sempre volto pro mesmo lugar. 

Não sei por quanto tempo eu fiquei ali sob o olhar de Clara, só ouvi a voz dela me chamando quando eu me acalmei. 

- Filha, eu peço perdão por esconder tudo isso de você. - se abaixou e fez um carinho em meus cabelos. - Eu tenho motivos sérios para eu ter feito isso, não ia esconder você dele por capricho, a muitas coisas envolvidas. A muita gente envolvida nisso Lauren.  - a encarei - Por favor minha filha tenta me entender. 

- Então por favor me conte a verdade mãe, me fala o que tanto tem de envolvido nessa história. Por favor?! - supliquei segurando o choro. 

- Tudo bem filha. - ela cedeu - A família de Mike sempre foi poderosa e tem muito dinheiro. Quando eu falei pra ele que estava grávida ele ficou radiante e apavorado ao mesmo tempo, ele sempre foi muito submisso aos pais dele. Já estava decidido por mim te ter, ele não me contrariou Mike queria que eu tivesse você e ficou feliz por ser pai novamente. - respirou fundo. - Mais como tudo não é só felicidade a sua família descobriu sobre tudo e ai que começou o inferno...- fomos interrompidas por barulhos de tiros e barulho da nossa porta sendo aberta. 

- LAUR? TIA? - ouvi a voz grossa de Troy. 

- Aqui. - falei do quarto da minha mãe e logo ele apareceu jundo com sua pequena, Ally. - O que está acontecendo? - Perguntei confusa puxando minha mãe para deitar no chão. 

- A polícia está tentando invadir o morro. - ele falou se abaixando e abraçando Ally que estava apavorada. Para nós moradores é normal acontecer esse tipo de coisa, é normal mais ao mesmo tempo agoniante, o medo de tomar um tiro é muito grande sem contar quando você sai de manhã e se depara com um corpo sem vida na sua frente. - Desculpa invadir a casa assim, é que eu estava passando aqui na frente bem na hora que começou os tiros. - ele falou sem jeito.

- Que isso menino, fez bem de entrar aqui. - minha mãe falou. - Está tudo bem com vocês?  - perguntou preocupara. 

- Sim, deu tempo de correr. - ele respondeu e minha mãe assentiu, - Ally está um pouco apavorada, digamos que isso é novo pra ela. 

- Bem vinda a nossa vida pequena, crescemos nisso. - comnetei e ela assentiu sorrindo torto. 

- Isso é uma loucura Laur, eu sei que tem muito disso passa na TV, mais ver acontecendo de perto é um pavor horrível. - A pequena comentou apavorada. 

- Te entendo Ally, mais calma que tudo vai ficar bem. - falei esticando a mão e ela entrelaçou nossos dedos. 

- Onde você vai? - Ali perguntou para Troy que estava se levantando. 

- Minha mãe e minha irmã estão sozinhas, eu tenho que ir ver elas. - falou rápido. Eu entendia essa preocupação dele, sua irmãzinha fica apavorada quando acontece confronto aqui no morro, a única pessoa que consegue acalmar a pequena de seu surto é o Troy. - Eu vou ficar bem. 

- Não, de jeito nenhum. Você pode ser atingido por uma bala. - ali ficou mais apavorada. - Fique aqui por favor! -  a pequena chorava agarrada a blusa do grandão.

- Eu volto amor, fique aqui com elas. - ele abaixou deu um selinho nela. - Eu preciso ir lá, eu vou me cuidar. 

- Calma Ally, ele vai ficar bem. - tentei conforta-la, mais eu mesma estava com medo de algo acontecer. 

- É perigoso você sair assim Troy, fique aqui meu menino - minha mãe falou mais ele teimoso foi mesmo assim. 

- Tia eu tenho que ir, não saiam daqui. - falou calmo. - Eu vou voltar. 

Dito isso ele saiu, Ally começou a chorar baixinho.  Os tiros lá fora eram disparado com frequência, eu pedia pra Deus proteger Troy e o cabeça dura de Chris que está comandando tudo isso. Eu não sabia se eu ficava mais nervosa com o confronto lá fora, com a teimosia de Troy, de preocupação com os moradores inocentes que podem ser atingidos ou com a porra do meu irmão que atrapalhou minha conversa com a minha mãe. Que raiva!  A todo momento eu sussurrava pra Ally que tudo ficaria bem, eu não tinha certeza de nada mais e era o que eu esperava. 

 

CONTINUA...


Notas Finais


Acalmem o core ai, Clara ainda tem muita coisa para revelar.

Hey comentem ai, prometo voltar em breve.

Beeeeeeeijos.

Me chamem lá no twitter: @thaynnamarinho ... eu não mordo não genteen kk. até :)


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