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História Itaewon Freedom - Sex On The Beach


Escrita por: kayonim

Notas do Autor


Oiii, voltei! Como de costume, peço desculpas por algum erro e espero de verdade que gostem!

Capítulo 3 - Sex On The Beach


Fanfic / Fanfiction Itaewon Freedom - Sex On The Beach

As palavras dele ressoaram como um tipo de sinfonia hipnotizadora que fez com que o tempo parasse, eu estava surpreso, nunca tinha imaginado que aconteceria, por dois motivos maiores. Em toda a minha e não tão longe vida sexual, nunca tinha comido ninguém, sempre gostei mais de me entregar, mas sempre estando no controle, ou fazia do meu jeito, ou não fazia.

O segundo foi que Yoon nunca tinha me passado a impressão de querer ser passivo numa relação, por isso minha surpresa, desde quando ele me pegou na piscina anos atrás, minha imaginação sempre se limitou a criar a imagem dele metendo em mim, não ao contrário. E ela sempre me proporcionou pelo menos o sentimento de que seria muito bom. Baekho me disse que tinha feito ativo poucas vezes nesse tempo em que vem fazendo programas e eu por sorte, ou nem tanta, já que meu medo de decepcionar era muito grande, teria de fazer no meu primeiro, ele vai rir quando eu contar.

Até mesmo na época do colégio quando fiquei sabendo que ele teria sido expulso por transar com um garoto, os burburinhos e cochichos eram de que ele deveria ser um grande comedor para ter que fazer aquilo ali mesmo. E talvez a sua fama tenha lhe conquistado muitas coisas e não abalado todo o seu poder de conquista, mesmo sendo muito bonito e com lábios inesquecíveis, ele deveria ter alguma defeito e eu ainda não tinha notado nenhum. Sua fisionomia se assemelhava mais com a de um homem Chinês do que um Coreano, eu não tinha preconceito com raças e cores, para mim eram todos homens, e curtindo tanto tempo em Itaewon eu comecei a notar muito mais os estrangeiros.

Seu defeito, que não era um defeito, foi quando abaixei sua cueca, seu pau duro não era tudo o que tive imaginando nos meus sonhos, pra ser sincero, não era muito grande, mas nunca liguei para tamanhos, gostava de pau, fosse como fosse. Sem contar que ostentando um rosto como o dele, talvez ninguém se importasse com esse detalhe, ele era muito bonito.

Era estranho pensar no porque um cara como ele iria atrás de garotos de programa, ser bonito e rico era o sonho de muitos por aí, e ele já tinha os dois concretizados, talvez a emoção de ter alguém diferente todas as noites junto dele fosse um dos motivos. Estava claro que ele gostava de meninos aparentemente inocentes, meu rosto dizia isso, apenas meu rosto, mesmo negando durante muito tempo o que sentia pelos garotos, minhas masturbações e os sites que acessava antes dos quinze anos não negavam, eu gostava de homem.

A rede compartilhada de casa não me dava liberdade para acessar o que quisesse sem ser vigiado, todo o histórico do meu computador era enviado para o que ficava no escritório, justo o que meu pai costumava usar quando precisava mandar e-mails ou finalizar compras com compradores importantes. Esse foi o método que ele encontrou para que eu e minhas irmãs focássemos nossas navegações na internet apenas para estudos e não diversão, o celular sempre quebrava um galho nessa hora.

Mas como eu nunca estava satisfeito apenas com a tela pequena na palma da minha mão, eu tinha as minhas escapadas para a confortável cadeira de couro do escritório, se meu pai soubesse quantas vezes gozei naquela cadeira talvez tivesse cortado meu pescoço. Confesso que o método de contensão do meu pai não era muito bom, me distraía facilmente durante as aulas pensando em sexo, mas nunca remunerado.

Fui expulso de casa e resolvi não abaixar a cabeça, aceitei tudo o que me foi proposto e comecei a tomar as minhas primeiras decisões difíceis, não como em qual posto de gasolina parar para abastecer, ou ficar sem ar condicionado no meu quarto, minha vida tomou um rumo muito diferente.

Yoon tinha sempre um ar de mistério junto dele, desde a primeira vez que o vi nunca consegui decifrar, isso tirava minha paz, não sabia qual seria seu próximo movimento, nem o que esperar de tudo aquilo. Foi difícil me concentrar, apesar de todas as coisas que se passavam pela minha cabeça, agora minha mente trabalhava realizando alguns dos meus sonhos e os guardando como lembranças mais do que reais.

E sem sombra de dúvidas, Yoon fazia sua parte para que nada fosse esquecido enquanto chupava e lambia cada centímetro do meu corpo, como era gostoso, eu gemia como uma mulherzinha, definitivamente ele tinha um dos melhores boquetes que já recebi, minha glande latejava como se fosse explodir a qualquer instante. Não querendo me ver livre daquela sensação, eu colocava cada vez mais fundo em sua boca enquanto ele apertava meu mamilo.

Ele focava seus olhos no meu rosto ainda com meu pau na boca constantemente para verificar quais eram as expressões que esboçava e a cada chupada que ele aumentava a intensidade me fazendo delirar, Yoon queria ter certeza de estar me satisfazendo, senti que ele quem era a putinha da vez.

- Você é muito guloso – Disse com as duas mãos no seu cabelo, ele sorriu com meu pau dentro da boca.

Sua habilidade no sexo e provavelmente a vasta experiência queriam me fazer gozar a qualquer momento, e mal tínhamos começado, fui obrigado a dar algum tipo de aviso, meu autocontrole não era tão grande quanto o dele.

- Yoon... Mais devagar – Disse entre suspiros e uma respiração mais ofegante enquanto suas mãos me arranhavam.

- Se não você vai gozar na minha boca? Não tem problema, só estamos começando – Ele respondeu entre lambidas enquanto engolia toda a saliva envolta com o meu sabor.

Mesmo com tamanha excitação, eu sabia que se chegasse ao orgasmo naquele momento, meu tesão levaria um bom tempo até voltar ao normal, acho que duas de uma vez só com ele, é muito para mim, ele atendeu os meus pedidos e diminuiu a intensidade subindo para meu pescoço.

- Não apresse as coisas, eu sou seu aqui – Disse olhando seu rosto e ouvindo sua respiração ofegante enquanto ele roçava seu corpo no meu.

- Não, eu sou seu – Ele respondeu com um beijo até me tirar o fôlego.

- Meu?

- Sou seu desde o momento em que deixei você enfiar seu pau em mim.

Sentia todo o meu corpo estar molhado com o calor do vapor que subia da água da piscina e inundava todo o ambiente em um ar úmido, as janelas que iam do teto ao chão estavam embaçadas quase bloqueando a visão para a noite lá fora que deveria estar fria.

Yoon ainda ostentava a camisinha em uma das mãos, eu queria que aquela fosse a única da noite, mas não a última das nossas vidas, se todos os programas que fizer forem assim, vou demorar a querer sair desse ramo. Talvez essa fosse a estratégia de Jun em deixar que nós escolhêssemos nossos próprios clientes, era uma maneira inteligente de nos fazer ficar presos a esse tipo de trabalho.

Enquanto ele estava em cima de mim, minha perna tremia de aflição em não querer cometer algum erro, e com um espasmo incontrolável eu chutei uma das minhas peças de roupa para dentro da piscina, “já era, tá toda molhada”.

Ele se ajoelhou entre minhas pernas enquanto eu ainda estava deitado e segurou a ponta da camisinha, é agora, ele colocou delicadamente deslizando-a para baixo até caber completamente.

- Sua vez – Ele disse sorrindo me puxando pelos braços e me abraçando, deslizando lentamente sua grande mão pelas minhas costas até apertar a minha bunda com força e quase me penetrar com um dos seus dedos.

Seria a primeira vez que seria ativo em uma relação, impossível dizer que não estava nervoso, mas se ele queria, não iria negar, virei seu corpo de costas para o meu abruptamente e o abracei mordendo seu ombro enquanto ele se masturbava. Coloquei minhas duas mãos no seu tórax e apertei suas contas contra meu dorso, subindo e descendo meu pau na sua bunda, o atrito da camisinha estava fazendo com que a lubrificação fosse acabando, acho que vai doer um pouco, tanto em mim quanto nele.

Seu corpo era completamente liso de depilação, percebi enquanto explorava com as minhas mãos e apertava sua carne e pele contra meus dedos, os pelos pubianos eram bem aparados, dava para perceber que ele tinha cuidado com o próprio corpo. Yoon não tinha um abdômen super definido, nem músculos muito proeminentes, era magro com a quantidade certa de massa distribuída pelo corpo, sua bunda falava por si, tinha carne de sobra, eu ainda queria dar pra ele.

Segurei seu pescoço e senti seu pomo de Adão subir e descer enquanto ele engolia seco, um dos meus dedos indicadores foi de encontro com o seu cuzinho apertado e comecei penetrando devagarzinho sua próstata.

- Mais – Ele exclamou quando comecei a colocar mais fundo.

- Repete – Respondi, fazendo-o implorar.

- Me fode, caralho! – Ele disse com meu dedo já inteiro dentro dele.

Tirei minha mão do seu pescoço e forcei-o a encostar a bochecha no chão úmido de perto da beira da piscina, deixando sua bunda bem empinada, e com aquilo tudo só para mim, eu abri o seu cu lisinho e lambi tudo ao redor. Cuspi algumas vezes tentando fazer com que a lubrificação aumentasse e tanto ele quanto eu, apenas sentíssemos prazer.

Apertei seu pau e comecei a estimulá-lo enquanto o lambia com a bunda para cima, ele gemia em uma voz grossa e satisfatória, com o rosto no chão, ele parecia um escravo fazendo expressões de prazer com os olhos fechados.

- Mete – Ele pediu.

- O que é que você quer? Eu não escutei – Respondei aproximando meu ouvido da sua boca que estava bem perto do chão.

- Eu quero você metendo no meu cu apertadinho!

- E quando que você quer? – Perguntei apertando suas bochechas com minha mão apoiada no seu queixo.

- Agora, eu quero agora! – Ele respondeu se livrando da minha mão e chupando meu dedo.

Então voltei a deixá-lo com o rosto colado ao piso para começar a ter a minha, parcialmente, primeira vez. Afastei suas nádegas e ajoelhado comecei a penetrá-lo bem devagar, não queria esquecer-me de um único momento daquela transa, minha meta era atingir as minhas expectativas e as dele.

- Você é muito apertadinho – Disse quando percebi que a camisinha não estava deslizando com facilidade para dentro.

- Eu mandei você meter!

Segurei sua cintura com as minhas duas mãos forçando sua bunda contra meu pau até que entrasse completamente, foi quando ele gemeu alto e o ritmo da sua respiração aumentou.

- Ah... Vai... Mete nesse cu! – Ele pedia.

Com meu pau dentro dele, apoiei meu corpo em suas costas e envolvi seu dorso nos meus braços, assim que senti todos seus nervos relaxarem e contraírem comigo dentro a camisinha parecia até não existir de tanto prazer e excitação, ou era de uma marca muito boa.

Fui aumentando a velocidade com que o penetrava e ele gemia a cada vez que colocava mais fundo, conseguia vê-lo mostrando os dentes e sugando o ar entre eles, até que decidimos mudar de posição, ele deitou com as costas no chão e apoiou as pernas nos meus ombros.

Cada vez que eu forçava para dentro, ele me empurrava para fora, me fazendo apoiar meu peso contra suas pernas, agora ele quem estava no controle. Eu o masturbava enquanto metia no seu cu amaciado pelo tempo de relação, ele era tão safado que dava de pau duro, talvez mais duro que o meu.

Estava sentindo tanto prazer que comecei a suar como um atleta e meu corpo junto do dele pareciam estar banhados com a água da piscina, o ar quente do ambiente deixou nossos rostos vermelhos. Já deveria ter gozado um bom tempo atrás, mas tinha que me conter para satisfazê-lo primeiro, estava segurando o orgasmo por mais de uma hora, não sabia quanto tempo iria aguentar a pressão.

Bastaram mais alguns minutos até que eu senti que seria a hora, metia com força, era muito para mim, comecei a gemer incontrolavelmente quando senti que estava perto, e ele também.

- Vem, na minha boca.

Fiquei em pé, ele se ajoelhou e deixei que finalizasse o trabalho, foi com sede ao pote, tirou minha camisinha e em uma chupada longa eu sujei toda a sua boca e seu rosto, sentindo um turbilhão que me deixou com as pernas bambas.

Ele sorriu olhando para mim com meu gozo na boca e engoliu tudo e uma vez.

- Eu tava morrendo de sede – Ele disse depois de lamber os lábios.

Abaixei e lhe dei um beijo longo esperando a minha vez de tê-lo mais uma vez na minha boca, pulei na piscina aquecida e pedi para que ele sentasse na beirada, me aproximei e comecei a chupá-lo. Ele puxou o meu cabelo com tanta força que parecia querer arrancá-los da minha cabeça, talvez isso me dê enxaqueca mais tarde. E ele insistia em forçar minha boca contra seu pau até que ele chegasse ao começo da minha garganta, me obrigando a respirar pelo nariz.

Sentia o sangue nas veias do seu pau pulsar e esquentarem minha boca com o que estava por vir, ele gemeu alto uma última vez.

- Hmm... Oh... Vou gozar – Ele tentou falar envolto a uma voz estava fraca. Não precisava avisar, eu estava preparado, um verdadeiro cavalheiro.

Ele deveria estar um bom tempo sem gozar, pela quantidade de esperma que encheu a minha boca, diria que pelo menos uma semana, parecia que estava esperando pelo dia e pelo cara certo para se livrar de tudo aquilo, engoli tudo e o sabor se espalhou.

- Também tava com sede? – Ele perguntou levantando meu rosto pelo queixo até ir de encontro aos seus olhos. Concordei com a cabeça mordendo meu lábio inferior.

Ele pulou na piscina junto a mim e apertou a minha bunda agora sem uma sunga para atrapalhar, me beijou como no colégio trazendo todas as lembranças em minha mente, agora eu poderia substituir todos os dias em que pensei nele como um fato, não um sonho.

- Sentiu falta disso? – Yoon perguntou enquanto cheirava meu pescoço e dava beijos de leve, ele cruzou os dedos em volta de mim, me fazendo apoiar em seus ombros.

- Você nem sabe quanto...

Todas aquelas atitudes de cavalheirismo depois de uma das melhores fodas que já tive, ele não pode estar fazendo isso comigo de propósito, vou demorar a tirá-lo da minha cabeça mais uma vez, talvez nunca tire, era uma das regras, não me envolver amorosamente.

Depois do maravilhoso banho de piscina entre algumas braçadas e mais uma punheta dentro d’água que bati para ele, não vi o tempo passar, mas foi um programa longo, me senti cansado e pronto para ir pra casa.

- Te deixo em casa? – Ele perguntou.

Lembrei-me das palavras de Baekho, nunca na porta de casa. Morávamos em Hongdae, na linha 2 do metrô, situada na estação da Universidade de Hongik, bastava uma leve caminhada da estação para chegar ao apartamento. É um bairro com espírito jovem e cheio de energia, de quinta-feira a sábado as ruas lotavam de artistas e músicos, grupos de dança e muitos ambulantes com coisas para vender, de utensílios domésticos até roupas de grife, falsificadas, é claro.

- Pode ser na Hongik?

Ele saiu da piscina e me mandou esperar, foi em direção a uma porta diferente a que entramos e tirou dois robes de cor cinza com o emblema do hotel, me chamou com os dedos e me cobriu com um deles.

- Vai se trocar.

Coloquei minhas roupas e guardei a faixa na mochila, percebi que a camiseta regata que usava era a peça de roupa que tinha chutado para dentro da piscina, estava toda molhada e lá fora estava frio, não tinha como secar, quando Yoon me viu cobrindo os ombros com as mãos, perguntou.

- Cadê sua camiseta?

- Deixei cair na piscina.

Ele destrancou a porta por onde entramos me fazendo sinal para ir à frente, sem nenhuma peça de roupa na parte de cima.

- Mas... A minha camiseta – Resmunguei.

- Deixa lá, anda logo... Eu tenho uma no carro.

Acreditando em suas palavras segui em direção à porta me despedindo de um dos melhores lugares em que estive em muito tempo, olhei para trás uma última vez querendo guardar em minha mente todos os detalhes, inclusive minha regata boiando na piscina, respirei fundo e segui, tchau.

Yoon mais uma vez iluminou o caminho com a lanterna do celular me guiando até seu carro. Destravou as portas apertando o botão no chaveiro e do banco de traz tirou uma jaqueta de couro branca e preta de uma marca extremamente cara, ele se aproximou com ela nas mãos, abriu os braços para que eu vestisse e subiu o zíper frontal. Senti o tecido se encaixar perfeitamente no meu corpo, principalmente nos ombros, fazia um tempo que não usava um tecido bom, só algodão barato e poliéster.

Ele sentou no banco do motorista e por dentro abriu a porta do carona para que eu entrasse, coloquei a mochila mais uma vez entre as pernas e fechei a porta, ele travou o carro.

- Sem chutar, por favor – Ele disse mordendo a bochecha.

- Prometo – E cruzei os dedos a sua vista.

Ele sorriu e finalmente pegou no volante, era hora de ir para casa, a porta da garagem se abriu depois que ele apertou o botão no controle.

Durante toda a viagem um silêncio tomou o espaço, eu não sabia o que dizer, ele parecia muito concentrado na estrada, não queria atrapalhar, tirei meu celular da mochila e li as duas mensagens que tinha, ambas de Baekho, enviadas há mais de uma hora, dizia já estar em casa, e que o cara gozou em dois minutos. Yoon olhava no retrovisor traseiro constantemente levantando um pouco o queixo, o que fazia com que seu rosto de perfil ficasse cada vez mais bonito, e sem produtos no cabelo, foi obrigado a usar a franja que de quando o conheci.

Uma das suas mãos soltou o volante e pousou na minha coxa no segundo sinal em que paramos, ele me olhou nos olhos e não esboçou um sorriso como esperei, pelo contrário, calado ele voltou sua atenção à estrada  assim que a cor verde ascendeu.

- Você fode gostoso, mas ainda não entendi, ta fazendo isso por quê? – Ele perguntou enquanto dirigia.

- Necessidade...

- De qual tipo?

- Financeira.

- Você estudava num dos melhores colégios da cidade, que história é essa? – Ele indagou com desconfiança.

- O importante é que você gostou e sabe guardar segredos.

Chegamos à rua atrás da universidade, ele estacionou em baixo de uma árvore iluminada pelas luminárias alinhadas da rua, saiu do carro e deu a volta pela frente para abrir minha porta, saí com a mochila nas costas e parei em sua frente enquanto ele encostava o corpo no carro.

O vento estava forte e tinha desfeito sua franja, ele tirou um par de óculos escuros, também de grife, do bolso direito da jaqueta e pousou no meu rosto com as duas mãos, ajeitando meu cabelo, enquanto via seu rosto escurecido pelas lentes.

- Então...  – Disse enquanto tirava os óculos e entregava na sua mão, ele pegou e colocou mais uma vez no meu rosto.

- Fica, com a jaqueta também.

- Vou te ver de novo? – Perguntei.

A rua por incrível que pareça estava vazia, ele sorriu com o canto da boca e aproximou-a do meu pescoço, foi dando pequenos beijos até subir ao meu ouvido.

- Aron, não é?

- É... – Esbocei com a voz fraca.

- Não.

Ele deu um beijo no meu rosto e seguiu de volta para o carro, fiquei estático apenas olhando seu corpo se afastar do meu, minha vida e problemas foram voltando a cada passo dele, então ele seguiu pela rua para a vida que tinha, qual eu não faria mais parte.

Coloquei as duas mãos atrás da cabeça e olhei para cima, infelizmente eu não tinha tempo para lamentar, coloquei as mãos no bolso da calça e andei até o apartamento, o vento soprava forte e uma garoa fina veio de encontro ao meu rosto, vou ter que tomar outro banho.

Finalmente estava na minha nova casa, com alguém que esperava por mim apenas querendo meu bem, destranquei a porta e Baekho me ouviu entrar.

- To no quarto! – O ouvi chamar.

Tirei o calçado e deixei na entrada, descalço fui até o quarto pronto para contar todas as novidades, ele estava dobrando roupas e colocando-as em cabides.

- Arrumando o guarda-roupa essa hora? – Perguntei rindo.

Ele me olhou de cima a baixo, fez uma expressão confusa me vendo encostado na parede e perguntou dando uma gargalhada.

- Você foi fazer compras ou dar a bunda?

Tinha me esquecido de estar com a jaqueta e os óculos que Yoon tinha me presenteado, por algum motivo nobre, do tipo: Sou rico, não quero mais, vou entregar pro garoto de programa. Passei a mão nos bolsos da jaqueta e senti alguma coisa, tirei para verificar e era dinheiro, cinco vezes mais do que tinha me oferecido de gorjeta, nos dois bolsos.

- Da onde veio isso? – Baekho perguntou.

- Eu não sei, acabei de colocar a mão no bolso dessa jaqueta, simplesmente tava aqui. Yoon me dava cada vez mais motivos para nunca tirá-lo da minha cabeça.

- É seu dia de sorte pelo jeito, jaqueta, óculos, no primeiro programa, por que você não me mandou a placa do carro?

- Eu esqueci, estava tão nervoso que só lembrei quando já estava lá dentro.

- Em qual motel vocês foram?

- Motel?! Você tem que ouvir essa!

- Então conta...

- O cara é rico, a família dele é dona de um hotel cinco estrelas, ele dirigiu um tempão até parar o carro, estava morrendo de medo.

- Que bom... Porque o meu me levou no mesmo quarto barato pela segunda vez e nem conseguiu se controlar – Baekho completou com um suspiro.

- Advinha onde a gente fez.

- Eu não faço ideia, foi tão bom assim?

- Numa piscina! – Respondi me virando e sentando na cama ao seu lado.

- Bem que eu disse, deve ser um sonho foder com um cara daquele numa piscina.

- Não acabou... – Disse guardando o dinheiro nos bolsos junto do óculos.

- Ta parecendo conto de fadas, presentinho, cara rico, hotel cinco estrelas, o que mais?

- Eu fiz ativo.

- Hahaha, não acredito! – Baekho respondeu junto de uma gargalhada.

- Ele quem pediu, não tava esperando – Respondi rindo.

- Baekho, como eu faço agora? – Perguntei querendo saber sobre o pagamento, como era o meu primeiro programa, só sabia que receberia depois, mas não sabia como.

- Como assim?

- Pra receber.

- Amanhã você sobe pra falar com o Jun, tenta evitar o Eric, se o cliente reclamar de alguma coisa, ele vai descontar.

- Tudo bem, amanhã eu subo no meio do expediente.

Tirei a jaqueta e coloquei em um cabide vazio no guarda roupa, ficando despido da parte de cima, tinha o perfume dele e como não poderia usar em serviço, teria de deixar guardada até ter uma nova oportunidade.

Baekho se aproximou de mim e passou a mão no meu abdômen, que mesmo sem muitos exercícios, era ligeiramente definido, mais que o dele, talvez porque eu fosse mais magro.

- Como você deixa assim? – Ele perguntou alisando minha barriga.

- Eu fazia academia alguns dias da semana, mas nada muito pesado, só por rotina.

- Vou tomar banho e cair na cama, peguei garoa, to cansado e meu pau deve estar inchado, sem contar essa dor de cabeça, ele puxou meu cabelo com tanta força... Amanhã a gente conversa e vamos pro trabalho juntos, combinado?

Baekho assentiu com a cabeça e voltou a dobrar suas roupas, eu não via a hora de dormir e esperar pelo amanhã.

Assim que começamos a nos arrumar para o expediente, não pude deixar de notar que Baekho usava um tênis muito bonito, talvez o dinheiro dos programas servissem realmente para nos distrair dos problemas com coisas materiais. Sempre trocávamos opiniões sempre nossos cabelos, ele sempre amarrava minha faixa e vice-versa.

- Eu tinha um tênis igual o seu, só que era de outra cor – Disse.

- Ele é bem confortável.

Pegamos o metrô seguindo como destino a Utopia e sempre éramos notados, uma infinidade de caras davam em cima da gente, e Baekho sempre acabava com um número de telefone no bolso da calça, isso não me fazia sentir menos atraente, ele que dava muito mole.

Chegamos ao bairro das luzes brilhantes, ou da luz vermelha, mesmo que não oficialmente. Itaewon era realmente encantadora para mim, tirando a infinidade de adolescentes bêbados, melhor eu não pensar assim, já fui um deles.

O balcão do bar estava praticamente limpo assim que passei um pano molhado com álcool, irônico, limpar com álcool, para servir álcool. A noite começou agitada, aquela festa em especial tinha um tema, era dia do Happy Hour, então a maioria dos clientes teria mais de trinta anos de idade e provavelmente viriam engravatados. Deixaria o meu próximo programa para o dia seguinte, estava muito satisfeito com o dia anterior, e não gostava muito de caras mais velhos. Já Baekho... Ele adorava um cara mais maduro com um rosto ainda particularmente jovem, provavelmente faria mais dinheiro naquela noite.

Um primeiro cliente sentou-se ao bar me oferecendo uma gorjeta gorda, mesmo bonito e bem vestido, recusei, o que fez Baekho franzir as sobrancelhas, lhe perguntei.

- Alguma coisa pra beber?

- Sex on the beach.

- Não temos groselha, tem problema?

- Não...

Por mim ele poderia chamar “sex on the pool” porque foi o que tive ontem, comecei a montar o drinque com suco de laranja, vodka, gelo ralado e alguns toques de licor de pêssego, era gostoso.

Baekho se aproximou de mim para cochichar alguma novidade em meu ouvido, éramos sempre obrigados a conversar quase grudados por causa da música alta. Um grupo de engravatados estava vindo em direção ao bar, espero que peçam cada um de uma vez.

- Ta vendo aquele ali? – Baekho perguntou apontando disfarçadamente.

- Qual?

- O sem blazer com o botão do colarinho aberto, eu já fiz com ele, tenho certeza que ele vai querer de novo, e ele sabe como fazer.

- Baekho? – Minha voz fraca respondeu.

Minhas pernas tremiam e meu coração palpitava, achei que iria vomitar, meu coração começou a bater na minha garganta, não conseguia engolir minha própria saliva.

- Baekho, você não pode! – Exclamei segurando seu braço.

- Por quê?

- Ele é meu pai!


Notas Finais


E então? O que acharam? ^-^


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