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História It's a man's world - CR7 - O Jantar


Escrita por: almeidaanajulia

Notas do Autor


Recomendo que dêem uma ouvida da música "Love on The Brain" da Rihanna. Principalmente com legenda e vai entender que nisso craque andou mandando indiretas...hahahahahaha

Sim, não resisti. É que já está tão adiantado, já tenho 8 Capítulos escritos. Então God tocou meu coração...hahahahahaha...Espero que gostem.

Capítulo 4 - O Jantar


Fanfic / Fanfiction It's a man's world - CR7 - O Jantar

 

Todos já haviam ido embora, havia fechado o prédio, estava sentada na pequena escada de três degraus que dava acesso ao casarão antigo que se tornaria o futuro hotel. Vestia uma calça jeans, uma sapatilha discreta de couro e uma camiseta preta com uns babados. Eu sei, eu não sou uma mulher de babados, tive que comprar essa, tanto que não comprei algo caro por que sabia que mal ia usar aquilo de novo. Mas Paula ficou azucrinando a minha cabeça de que eu deveria parecer feminina. Só que não ia abandonar meu lado rebelde, por isso meu casaco de couro estava preso na bolsa. Afinal, estávamos na primavera do Norte de Portugal e o clima podia ser mais imprevisível do que eu na TPM.

Pude ouvir longe o ronco do carro esportivo, sabia que devido as circunstâncias, apenas uma pessoa poderia estar dirigindo aquela ostentação sobre quatro rodas. Fiquei de pé, jogando o celular na bolsa e assim que o carro parou, caminhei até ele, sem esperar que ele saísse, abri a porta e logo entrei. Ele me lançou um sorriso divertido e falou.

- Bem que poderias deixar eu abrir a porta para ti.

- Boa noite para você também, Sr. Aveiro. Espero que a sua semana tenha sido muito boa e produtiva. A minha não foi tanto por que tinha um gajo a me mandar mensagens o tempo todo.

Ele deu uma risada com meu senso de humor, parecia que estava leve, toda a tensão que estava estampada no rosto durante algumas entrevistas que eu vi, não estavam mais ali. Sim, assumo, comecei a me informar mais sobre ele. Queria apenas saber como ajuda-lo. Era tudo por um amigo.

- És uma bruta!

- És um convencido!

Logo o carro começou a ser guiado pelas ruas do Porto, enquanto conversávamos sobre várias coisas bobas, como filmes que gostamos e livros. Sim, ele lia livros, na verdade eu estava impressionada, ele não tinha feito uma universidade, tinha estudado até o Segundo Grau enquanto jogava pelo Sporting. Enquanto todos terminava a escola e iam para a universidade, ele ia para a Inglaterra jogar em um time profissional no grupo principal como uma grande promessa. Mas isso não fez com que ele parasse de querer saber mais, então soube através da conversa que ele tentava aprender através de viagens, documentários, filmes e muita leitura.

Ao chegarmos no restaurante, ele segurou meu braço, olhou em volta, fazendo um falso drama:

- Deixe-me ver se tem algum paparazzi.

- Creio que não tenha.

- Mesmo assim, deixe-me abrir a porta para você e seja um pouco educada, sim? – Ele me lançou um olhar divertido.

- Idiota!

Cristiano deu uma risada sem tamanho, desceu do carro dando a volta correndo, acho que com medo que não cumpra seu pedido. Seguindo sua sugestão, que não admitia discussão, deixei minha bolsa no carro, desci apenas com o casaco em uma mão, enquanto outra mão possessiva pegava a minha, acho que estava com medo de que eu fugisse.

O restaurante era simples, uma típica Cantina Italiana. Mesmo assim ele estava ali, com o terno, calça jeans, blusa preta e um tênis, pois era engraçado está ao lado de alguém mil vezes mais vaidoso do que eu. Enquanto eu levava meia-hora para me arrumar, incluindo o banho, ele deveria levar umas 3 horas. Com toda certeza mataria qualquer noiva de inveja.

Ao entrarmos pela porta do simples restaurante, um dos garçons se aproximou para atender, quando assimilou de quem se tratava, deu para perceber como o rapaz ficou um pouco perdido, meio sem saber o que fazer, querendo fazer tudo mas não conseguia fazer nada ao mesmo tempo. Sei muito bem como ele se sente, eu já me senti assim, ele causa esse efeito.

- Uma mesa para dois e em um lugar discreto, por favor. – O jogador falou de forma educada, com aquele pequeno sorriso acolhedor, tentando acalmar o jovem funcionário.

- P-por aqui Senhor! – O rapaz guiou pelo salão, até uma mesa bem ao canto, de fato um tanto quanto escondida, a meia-luz do local colaborava bastante.

Cristiano fez questão de puxar a cadeira para mim, todo cavalheiro, me sentei e assim que estávamos acomodados, eu olhei em volta com um sorriso.

- Comida Italiana. Uma boa opção. Eu gostei. Só estou curiosa para saber como o Senhor Fitness vai lidar com isso.

- Posso abrir uma exceção as vezes. Apenas me cuido, mas não de uma forma dura demais. Existem pessoas que cuidam da minha alimentação, da minha aparência, mas não posso viver isso como regra. As vezes posso fugir um bocadinho.

- Que bom! Por que aqui não vai encontrar nada que não quebre a dieta.

Um senhor de cabelos brancos, bigodes grandes, usando uma camisa da Ferrari logo surge ao lado da nossa mesa, falando português, mas pelo sotaque, dava logo para saber de que se tratava de um típico italiano.

- Boa noite, Senhor e Senhora! Sejam bem vindo a mia casa! Espero que esta noite sejam tratados a contento! Já pedi que separassem o melhor de nostros vinhos.

- Muito obrigada Senhor...? – Perguntou Cristiano educadamente.

- Genaro, prazer em conhece-lo, Signore Ronaldo. – Ele estendeu a mão para apertar a mão do jovem rapaz. – Só espero que não aceite a proposta do Juventus, per favore. Mio Napoli, mesmo com Ancelotti no comando e a contratação de Jorginho e Rui Patrício, eles não vão conseguir parar o Signore, nem mesmo dentro do San Paolo. – O Senhor falou cheio de humor, com aquele tom animado e gesticulando como um bom italiano.

- Prometo pensar no que disseste-me. – Ele abriu um largo sorriso com e brincadeira. – Mas espero que me perdoes caso eu faça um golo pelo Juventus contra o Napoli.

- Se for um bonito golo, o que poderei fazer? Apenas aplaudir, eco! – Os dois riram juntos, e o mais velho logo completou. – Falarei para servirem logo o vinho, o menino já vem ver seus pedidos. Manjare, mios amigos! Manjare!

E assim ele se afastou deixando um Cristiano com um olhar divertido, então olhei para ele surpresa.

- Então é verdade que estais pensando em sair do Real Madrid?

Ele balançou a cabeça afirmativamente, como se não quisesse falar daquilo, evitando colocar em palavras, então complementou.

- Esse é um dos assuntos que não quero pensar no momento. Estão negociando isso, deixe que eles negociam, enquanto estamos aqui, bebendo um bom vinho e comendo uma boa comida. Sérgio recomendou-me este lugar.

- Ainda não consigo me acostumar com isso. – Balanço a cabeça como se tentasse fazer alguma ideia entrar.

A noite seguiu de forma leve, fizemos nosso pedido, eu não abri mão de uma boa e gordurosa lasanha com filé a parmegiana, enquanto Ronaldo pediu um talharim ao molho pesto com filé grelhado, não pude impedir a piada.

- Só você consegue achar algo minimamente saudável em um cardápio de uma Cantina Italiana.

- Eu gosto de molho pesto! – O rapaz tenta se defender ultrajado.

- E vais dizer o que quanto ao filé grelhado, Cristiano? – Aponto para o prato dele.

- É mais forte que eu! Juro que tento, mas quando vejo, já foi! – Encolhe os ombros com um sorriso amarelo.

- Pareces um viciado falando, isso sim! Pronto, prove a minha lasanha, honre esta casa de massas, gajo!

Faço uma garfada generosa e levo até a boca dele, enquanto levo o garfo até ele, os olhos não saem dos meus, mas não ligo, estava um clima tão leve naquela mesa. Ele prova, soltando um pequeno gemido.

- Já que estais a corromper-me, quero um pedaço deste seu filé.

- Abusado. – Estreito os olhos em falsa indignação.

Então faço uma garfada com o filé à parmegiana e repito todo o ritual, levando até a boca dele, que dá mais um gemido.

- Muito bom! Agora provas um pouco do meu. – Ele começou a preparar uma garfada.

- Cristiano, isso é verde. Percebeste isso, que isso é verde? Isso é só um azeite batido com várias folhas e chamado de molho. – Aponto para o prato, me negando a provar aquilo.

- Acho que o senhor Genaro ficaria ofendido com essa sua colocação. Vamos, rapariga! Deixes de cena e come logo isso. Estais pior que meu filho para comer. – Ele apenas se divertia com a minha birra.

Até que suspirei e fiz sinal com a mão para ele dar logo aquela garfada. Ele sorri e leva o garfo até a minha boca, com todo o cuidado, então depois de provar, avalio. Não era ruim, mas era sem graça.

- Sou mil vezes mais o meu bom e velho molho à bolonhesa. Tem mais tempero. Como falariam no Brasil, tem mais sustança!

- Sustança...O Marcelo usa isso, me explicou, acho tão engraçado. – Ele deu um gole de vinho e então pergunta curioso – Por que você saiu do Brasil?

Ohow! Terreno perigoso, garotão. Não acho que seria uma boa irmos por ai. Bebi um gole de vinho e falei a mesma desculpa que dava para todo mundo.

- Sou neta de portugueses, então as coisas estavam difíceis no Brasil e eu vim para cá. – Dou de ombros.

- Mas com o talento que tu tens? Como isso? – Pergunta intrigado.

- Meu querido, no Brasil se não tens alguém influente para ajudar sua carreira, você não vai a lugar nenhum. Tem aqueles casos em que o talento fala mais alto, mas infelizmente são minoria, a maioria consegue algo através do QI... "Quem Indica".

- Que bom que vieste pra aqui! Assim pudeste fazer o hotel e pude conhece-la! – Ele ergue a taça com um sorriso.

Bem, eu já não podia dizer a mesma coisa, por que lembrar do Brasil me lembrar que estar ao lado do Cristiano pode me fazer brincar com fogo, por que mais cedo ou mais tarde poderia virar notícia, e isso poderia não ser nada bom.

Mas logo dei o jeito de desviar o assunto para algo mais leve, e não demorou muito para estarmos rindo de novo, Cristiano tinha muito senso de humor, respostas muito bem colocadas que deixava tudo mais engraçado. Atravessamos a sobremesa que foi imposta por mim, seria um Petit Gateau para dois, as vezes fazíamos as colheres duelarem, como duas crianças birrentas, ou dava um na boca do outro.

Ao final da noite tínhamos a impressão de que já nos conhecíamos a séculos. Riamos de qualquer bobagem. Ele não havia bebido muito, apenas 2 taças a noite toda, descobri que tomava cuidado com a bebida, era bem comedido neste assunto, devido ao histórico familiar. Eu que me encarreguei de esvaziar o resto da garrafa, logo eu estava muito mais leve e alcoolizada que ele.

Agora como o percurso a ser percorrido era mais logo, já que teríamos que ir até o outro lado do Douro, pude aproveitar o carro, ouvir o motor. Sim, era secretamente apaixonada por carros, tinha como paixão o Lamborghini, e nunca tinha andado em uma Ferrari, até aquele momento.

Estávamos imersos em um silêncio agradável, estava de olhos fechados, sentindo o motor do carro esportivo, ouvindo som tocando músicas relativamente calmas, quando ouvi, a voz dele cantarolando Rihanna, junto com a música "Love On The Brain", aos poucos ganhando confiança e cantando mais alto, até que abri os olhos com um pequeno sorriso e olhei para o lado, ele me lançou um olhar que não consegui ler, mas que aqueceu algo dentro de mim. A mão que tinha acabado de passar a marcha, foi até meus cabelos, colocando alguns fios atrás da orelha. Sem deixar de cantar, ele continuou, vendo que não estava zombando, ao contrário, ele estava feliz em compartilhar aquele momento.

A mão desceu até a minha coxa e ali ficou pousada, assim como a atenção no transito, eu aproveitei para assistir aquele momento dele, tão distante de tudo que diziam ou da imagem que eu tinha até conhece-lo. Aos poucos iam se revelando partes que nem sequer imaginava. Nunca sonhei que pudesse ter uma pessoa tão bem humorada, que gostava de coisas refinadas, mas também simples, como cantar uma música. Sim, a namorada dele era uma puta sortuda, ela podia dizer que estava amando um cara de cérebro.

Não sei quando aconteceu, mas espantei com um toque no meu rosto, delicado e calmo, me assustei e ouvi a voz dele delicada.

- Calma, está tudo bem.

Olhei em volta e estávamos na sala do meu apartamento. Tentei focar minha visão, não estava casando algo, Cristiano Ronaldo estava na sala do meu apartamento, meu simples apartamento, pequeno, em Vila de Nova Gaia, isso mesmo. Um prédio antigo, com uma sala, cozinha, dois quartos, sendo que um deles transformei em escritório, um banheiro. Moveis simples e básicos. E ele estava ali, me olhando, apenas o abajur do lado do meu sofá aceso.

- Como cheguei aqui?

- Devo um grande agradecimento ao seu José que abriu a porta pra mim e me disse onde ficava seu apartamento, também me ajudou a procurar a chave na sua bolsa.

- O senhor José? – Pergunto ainda confusa.

- Ele disse que você sempre chega assim cansada, que trabalha demais, que tinha estranhado ainda não ter vindo pra casa. Um Senhor muito atencioso por sinal. Ele até falou: "Só vou deixar o Senhor entrar com a menina, por que não acredito que Cristiano Ronaldo vai fazer algum mal a ela". – Imitou o meu porteiro, me fazendo rir.

- Ele é um fofo. Seu José sempre cuidando de mim.

Desde que me mudei para aquele prédio, ele sempre foi como um pai, ficava no turno da noite. Era engraçado que ele era o dono do prédio, então dizia que já não tinha mais esposa, pois esta havia falecido, os filhos estavam todos encaminhados, que a velhice tinha trazido a insônia, então preferiu ser porteiro do turno da noite do seu próprio patrimônio, assim economizava um bocadinho.

- Bem! Só acordei para despedir-me dignamente da bela rapariga! – Falou cheio de rapapés de forma proposital.

- Obrigada por cuidar de mim! Eu acordei muito cedo hoje!

Me levantei, por que o mínimo que poderia fazer era leva-lo até a porta. Percebendo, ele começou a caminhar até a porta, me seguindo enquanto dizia.

- Eu quem agradeço, a noite foi muito boa. Precisava disso para distrair-me dos problemas.

- Sempre as ordens, Cerresete. – Falei brincando, dando passagem para ele passar por mim.

- Boa noite, Maria! – Ele abriu um sorriso parando diante de mim e olhando nos olhos.

- Boa noite, Cristiano! – Correspondi ao sorriso.

Ele se inclinou lentamente, depositou um beijo no canto dos meus lábios, sem tirar os olhos dos meus, se afastou um pouco, milímetros, enquanto nos encarávamos, um silêncio se apossou, ficamos ali, olhando um nos olhos dos outros, os pensamentos fugiram todos, parados, aquela tensão. Até que ele se afastou com um sorriso e sem dizer uma palavra, se foi. E eu o assisti, descendo a escada, já que meu prédio não havia elevador, eu morava no segundo andar.

 

Fechei a porta, me escorei contra ela, com um sorriso um pouco bobo, não sabia o que tinha acabado de acontecer, mas era algo muito estranho, algo que nunca havia sentido, algo sem explicação. Respirei fundo e quando me afastei da porta, batidas me surpreenderam, abri um sorriso. Ele certamente havia esquecido algo, talvez a chave do carro, abri a porta, quando mal abri, fui surpreendida por ele, como um furacão, me tomando nos braços, me beijando, com urgência, me pegando completamente de surpresa.


Notas Finais


Não perca a playlist do Spotify: https://goo.gl/whWcKf

Assista o trailer: https://youtu.be/HJ2HhWZplrY

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Eeeeita que rolou um beijo! O negócio está pegando fogo, minha gente. Deixe sua opinião e o seu voto. Isso é muito importante. Afinal, é minha primeira aventura do tipo, preciso saber se estou agradando.

Beijinhos!


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