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História It's always been you - Camren (G!P) - Sempre foi você



Capítulo 130 - Sempre foi você


Fanfic / Fanfiction It's always been you - Camren (G!P) - Sempre foi você

Pov. Lauren

O tempo pareceu passar tão rápido que eu praticamente não me dei conta.

Na verdade isso deve ter acontecido porque estive ocupada demais cuidando e me dedicando à algo mais importe que se define em minha família e principalmente estar presente na vida e crescimento da minha pequena estrelinha.

Desde o seu nascimento cada fase dela me fazia sentir ainda mais amor, carinho e admiração.

Eu quase não saia de casa, queria passar o dia todo ao lado dela e não me cansava jamais.

Camila nunca reclamava, exceto no dia em que precisei voltar pro trabalho.

Eu não queria ir, ficar longe da minha filha era como entrar em abstinência, mas a Camz disse que eu estava sendo exagerada demais, que seriam apenas algumas horas fora de casa, enfim, no final da conversa ela havia praticamente me obrigado a voltar.

Foi difícil nos primeiros dias, eu não conseguia estar ao lado da minha filha quando ela acordava, sempre entre nove e dez da manhã, também não dava mais banho nem fazia dormir junto da Camz na parte da tarde.

Mas quando eu chegava em casa no fim do dia tentava compensar todas as horinhas perdidas.

Acho que tento de alguma forma ser para Lara tudo o que não fui com Fernanda... Uma mãe presente.

Mesmo antes do primeiro mês da Lara eu resolvi agir legalmente e reconhecer a Fernanda como filha, liguei pra Alexa pra definírmos tudo, mas ela se negou a fazer dizendo que já havia feito uma vez e não iria passar pelo o que pra ela seria um constrangimento ao pôr em dúvida a índole dela.

Eu insisti e então mesmo a contragosto ela acabou cedendo, então o exame foi solicitado pela Ally, que como minha amiga e advogada cuidou de todos os trâmites.

Fui até Oxford com a mesma, até porque a Camz não iria arriscar viajar com a bebê, ambas precisavam de cuidados.

Então o exame foi feito e consegui com que o resultado ficasse pronto em cinco dias, estávamos todos na sala da casa da Alexa, ela exigiu que o resultado fosse aberto lá.

Naquela tarde tive uma surpresa que me deixou extremamente perdida, o resultado deu negativo, Fernanda não era minha filha.

Questionei a Alexa sobre o que estava acontecendo já que eu já havia feito um exame de DNA antes mesmo da menina nascer e o mesmo deu positivo.

O meu estado era de confusão e incredulidade total, ainda mais por ver a expressão calma da Alexa, ao contrário de mim ela não parecia nada surpresa.

A explicação dela foi o que mais acabou comigo, de todas as coisas que ela poderia me dizer, de todas as possíveis hipóteses que rondavam a minha mente naquele momento, ela me deu a pior, foi como se o meu coração tivesse sido estraçalhado.

Alexa me disse que Fernanda é filha do meu pai, a menina que eu conheci como filha era na verdade minha irmã.

Segundo Alexa, eles se envolveram no passado, meu pai era amigo do pai do Luis Santos, um rapaz que repentinamente passou a acompanhar o pai nas viagens de negócios quando o senhor vinha pra Miami.

Luis sempre trazia Alexa com ele, inclusive durante a gravidez dela, que ele acabou aceitando por "amá-la", uma vez ou outra eu à encontrava pela casa e já saia, nós nunca nos damos bem, pra todos alí os dois eram namorados e por isso jamais suspeitei de nada. Após uns meses fiquei sabendo pelo Michael que ela estava solteira, porém não me importei de saber mais detalhes.

No entanto tudo não passou de uma mentira que Alexa armou, como eles eram, ou melhor dizendo, como ainda são melhores amigos, Luis aceitou fazer isso por ela.

Foi através dele que Alexa e meu pai se conheceram e começaram a se envolver, mas segundo ela o fato dela ser bem mais nova que ele os impediam de ficarem juntos.

O que eles tiveram durou alguns meses e num certo dia, sem qualquer aviso meu pai terminou o que tinham alegando estar arrependido do que fez, por trair minha mãe e Alexa reconheceu que não aceitou a decisão dele.

Semanas depois ela apareceu na minha casa usando o pretexto de acompanhar o "namorado", quando nos vimos pela primeira vez ela me lançou um olhar de desprezo, agora entendo o real motivo, afinal eu sou filha da mulher que ela odiava por estar com o homem que ela queria. Naquela mesma noite ela deu um jeito de falar com o meu pai e contou que estava grávida dele, ele não acreditou nela, disse que se ela estivesse mesmo grávida seria do Luis, seu suposto namorado. Alexa então contou a verdade sobre os dois e alegou que só o levou pra fazer ciúmes no meu pai, o que não surtiu efeito.

Eles discutiram e então ela saiu do escritório decidida a se vingar dele, foi então que ela encontrou a forma, usando à mim.

Era a minha despedida de solteira, eu estava completamente bêbada quando ela me abordou no banheiro. Eu fui fraca, me deixei levar pelo momento e pela fraqueza, já estava à um bom tempo sem sexo porque a Verônica se negava a ficar comigo usando a desculpa de que só faria isso depois do casamento.

Enfim... Alexa e eu transamos e meses depois ela voltou a aparecer na minha casa dizendo que eu havia a engravidado. Mesmo tendo a absoluta certeza de que usei camisinha e a mesma não estourou, Alexa afirmou o contrário.

Me recordo que meu pai ficou muito furioso quando soube o que havia acontecido entre Alexa e eu, e ficou ainda mais por saber que depois eu à agredi fisicamente quando a mesma me disse que apenas me usou pra se vingar do namorado. Não que eu quisesse que tivesse significado mais pra ela, longe disso, eu fiquei irritada e acabei me descontrolando porque por causa da atitude dela eu fui infiel na véspera do meu casamento. Naquela época eu era fiel e absolutamente louca pela Verônica, minha consciência não me deixou em paz durante um bom tempo por tê-la traído.

Meu pai praticamente me obrigou a assumir as "minhas responsabilidades", na época pensei que ele só estava agindo com ética, mas agora, agora sei que ele apenas jogou em mim uma responsabilidade que nunca foi minha, e fez pra se livrar de problemas com a minha mãe, pra manter seu nome intacto.

O exame de DNA que eu acreditei ter feito na verdade foi trocado por uma amostra de sangue dele, por isso o resultado foi 99,99% positivo.

Minha mãe e eu fomos enganadas pela pessoa que nos jurava amor incondicional.

É claro que quando Alexa me contou toda essa sujeira eu não acreditei, pra mim estava claro que ela só queria sujar a memória do meu pai.

Foi então que ela sugeriu que outro exame de DNA fosse feito, porém com o meu pai.

Disse também que só resolveu dizer a verdade porque não fazia mais sentido esconder, e porque quando a Fernanda crescesse e entendesse melhor as coisas queria dar à ela o direito de saber quem é seu verdadeiro pai.

Achei a idéia absurda, eu não queria ter que pedir um processo de exumação, Ally me disse que eu poderia solicitar que o meu tio irmão do meu pai fizesse o exame por ser parente próximo e ter uma similaridade genética, mas no final das contas eu não quis, eu precisava ter total certeza da verdade seja ela qual fosse.

Ally cuidou da parte legal para que a exumação fosse feita e após um vinte dias eu estava mais uma vez frente a frente com a Alexa, durante as duas vezes que estive na casa a Fernanda estava na escolinha, o que foi ótimo, de maneira alguma queria que ela ouvisse a nossa conversa.

Dessa vez Camila e nossa filha foram comigo. Ela não queria me deixar sozinha em um momento daquele, eu também não queria dizer mas não queria estar sozinha, precisava do meu porto seguro perto de mim, ainda mais se ficasse provado que tudo o que pensei sobre o meu pai e o caráter dele eram mentira, se todo o orgulho que senti dele na verdade foi construído à base de ilusão.

E foi.

O exame comprovou que Fernanda é sem dúvida alguma, filha biológica do meu pai.

Por isso tamanha semelhança entre os dois, Mani e todos que à viam me diziam isso, outra vez deixei passar batido, pra mim era natural que minha filha se parecesse com o avô.

O meu mundo caiu, só o que eu fiz foi me sentar no sofá e chorar feito uma criança, saber que a minha filha não era minha filha e sim minha meia-irmã me deixou desolada, o meu próprio pai se aproveitou de mim, me usou sem qualquer consideração.

Como ele foi capaz?

Anos da minha vida foi uma verdadeira mentira... Primeiro descubro sobre a Verônica, e agora ele.

Alexa me disse que só aceitou que essa mentira toda fosse criada porque dessa forma meu pai voltaria a ficar com ela, e ficou. Até morrer. Morreu sem ao menos conhecer a filha, a filha que pretendia fazer toda a família pensar que era sua neta.

Luis estava presente e confirmou toda a história, se fosse em outra época eu acho que teria quebrado a cara dos dois por terem me feito de idiota esse tempo todo.

Mas eu saí de lá as pressas, a presença daqueles dois estava me enojando.

Fomos pro hotel que estávamos hospedadas e me deixei desmoronar mais uma vez, Camila passou praticamente o dia e a noite toda conversando comigo, Além da Ally ela foi o meu maior apoio e foi quem me ajudou a tomar uma decisão.

Na tarde seguinte voltamos a procurar a Alexa e então eu disse à ela que mesmo Fernanda não sendo minha filha biológica, eu iria registrá-la como tal.

Mesmo sabendo da verdade o meu coração não amava a Fernanda como irmã, ela é minha filha, sempre foi, quando eu à vi pela primeira vez meu coração se encheu de felicidade, era a minha filha, um serzinho tão pequeno que me transbordou de sentimentos bons. Agora eu não vou rejeitá-la por causa da maldade do meu pai, minha relação com ela não iria mudar.

Dessa vez sim, Alexa ficou surpresa com a minha decisão, mas felizmente aceitou que eu registrasse a menina.

Combinamos que ela só saberia da verdade quando fosse mais grandinha, e que nós duas contaríamos juntas.

Com tudo feito dentro da lei a justiça determinou que Fernanda ficasse um final de semana comigo por mês, um natal e um ano novo intercalando um ano entre mim e Alexa, e durante as férias, todos os dias. Achei um bom acordo já que antes eu só via a minha filha uma ou duas vezes por ano. Agora eu vou poder ser mais presente na vida dela, ela também vai poder conviver mais com a irmãzinha e eu fico feliz por isso.

Com o passar dos dias tudo foi entrando nos eixos, todos estávamos levando nossas vidas normalmente.

Quando a Lara completou seu terceiro mês de vida começou a balbuciar com muita frequência, era a coisinha mais fofa do mundo vê-la "tagarelando" da sua maneira enquanto brincava com suas próprias mãozinhas ou com a gente, quando queria alguma coisa também, seus olhinhos curiosos encarando com atenção os pontos mais atrativos, eles eram e se definiram uma mistura de verde e castanho, as vezes me perdia os admirando.

Outra coisa que ela adorava fazer era pegar tudo o que encontrava em seu alcance e pôr na boca, ia de algum brinquedo até o controle da televisão, do ar-condicionado, celular...

A pediatra nos disse que os dentinhos da nossa filha já estavam prestes a nascer, um pouco antes do tempo normal que seria a partir dos quatro meses, mas que nesse processo ela poderia ficar um pouco irritada por conta da dor e coçeira na gengiva.

Uma vez marquei bobeira com meu celular e o encontrei todo úmido de baba nas mãozinhas dela. Camila me deu uma bronca daquelas, eu até tentei me explicar dizendo que não tive culpa mas não teve jeito, no final das contas tive que ficar quieta porque pra ela eu estava errada por ter me descuidado com meu celular enquanto assistia um filme com ela na nossa sala de cinema.

A verdade é que eu me entreti mais do que a minha filha vendo aquele filme que era mais um músical infantil.

No quinto mês ela estava ainda mais esperta, a mania de colocar tudo na boca não havia passado, mas agora ela já sabia perfeitamente quando alguém falava com ela, bastava ouvir a minha voz ou da Camila pra que ela se agitasse e procurasse inquieta com o olhar.

FLASHBACK ON

Era sexta-feira, mais um dia cansativo havia ficado para trás e eu agradeci mentalmente à Deus por isso, não por não gostar do meu trabalho, mas porque estava indo pra casa ver minhas duas preciosidades.

Assim que entrei em casa percebi a mesma silenciosa, subi até o meu quarto e ao abrir a porta não encontrei ninguém, sequer entrei direito no cômodo e já voltei a fechar a porta e seguir pelo corredor até o quarto da minha filha, também o encontrei sem ninguém.

Ao sair do quarto vi Joana que sorriu pra mim, à cumprimentei e perguntei sobre as duas e ela me disse que estavam no jardim, nos fundos da casa, como de costume Camila quis levar a bebê pra brincar um pouco ao ar livre.

Desci com Joana até a cozinha e saí pela porta dos fundos que dá acesso ao jardim.

Fui me aproximando delas pelo gramado e sorri abertamente ao ouvir a risadinha da minha princesa.

Camila estava sentada com ela sobre um pano amarelo forrado sobre o gramado e havia uma bagunça de brinquedos sobre ele.

Assim que a Camz me viu sorriu de um jeito lindo, aquele que enxe meu coração de amor e me faz me apaixonar ainda mais por ela.

Enquanto me aproximava delas notei que ela falou algo no ouvido da Lara e em seguida virou a pequena, à deixando de frente comigo. Meu sorriso faltava rasgar meu rosto enquanto via minha filha toda eufórica e ansiosa por me ver.

Apressei meus passos pra chegar logo perto delas e quando o fiz me abaixei pra deixar um selinho nos lábios da Camz e logo peguei a bebê no colo me levantando com ela e enchendo seu rostinho de beijos.

- Oi, meu amor... Sentiu saudades da mommy? Hm?_ Beijei o pescoçinho dela, encarei seu sorrisinho lindo e dou risada pelo gritinho que ela soltou deixando à mostra as pontinhas dos dois dentes inferiores da frente que já começavam a aparecer. - É claro que sentiu né? _ Falei brincalhona ouvindo seus balbucios, suas mãozinhas estavam em meu rosto e logo tocou minha boca com a direita, tratei logo de beijar e morder de leve os dedinhos dela ganhando uma risadinha gostosa. Meu Deus, como eu amo essa menina - Você é o amor da minha vida. É... você é o amorzinho da vida da mommy.

- Eu pensei que fosse eu. _ Camz falou fingindo estar decepcionada. - Perdi meu posto? _ Pergunta e eu nego com a cabeça.

- Não perdeu. Você também é o amor da minha vida. _ Respondi tirando meu celular do bolso, me sentei ao lado dela e lhe dei outro selinho, esse mais demorado.

Sentei a pequena na minha frente e Camila deu uma das diversas bonequinhas no meio da bagunça pra ela brincar.

- Como foi seu dia? Não, filha... _ Camila falou em um tom de repreensão pegando a boneca das mãozinhas da pequena substituindo pelo mordedor já que ela estava mordendo a testa da pobre bonequinha.

- Foi ótimo, só não foi maravilhoso porque fiquei longe de vocês. _ Sorrio acariciando o rosto dela. - Você não acha que mereço um beijo bem gostoso pra compensar?

- Não sei... Talvez. _ Diz pensativa.

- Talvez? _ Perguntei inconformada e ela assentiu antes de selar nossos lábios com um selinho e depois sorrir com a língua entre os dentes, uma das coisas mais fofas que já vi. - É claro que eu mereço, mereço muito até.

- Bom, então vem pegar. _ Falou me provocando com a boca bem perto da minha, senti seu hálito quente contra meus lábios e encarei os dela por poucos segundos antes de juntá-los aos meus iniciando um beijo lento, fiquei por um tempo apenas provando do gosto maravilhoso de seus lábios e então pedi permissão com a língua para aprofundar o beijo, ela aceitou prontamente e logo nos beijávamos com intensidade.

O contato de nossas línguas era extremamente gostoso, eu apertava sua cintura, apenas sentir o toque dela estava me levando a perdição, precisei me controlar bastante pra não me deixar levar pelo desejo, até porque não era o lugar nem o momento.

Quando meus pulmões reclamaram pela falta de ar tive que encerrar o beijo.

Nos encaramos e os olhos de Camila brilhavam, os meus não deveriam estar diferentes.

- Isso que eu chamo de beijo de compensação. Vou querer ganhar um desses todos os dias quando voltar do trabalho. _ Digo depois de morder seu lábio inferior.

- Como se você já não ganhasse. _ Diz passando os polegares ao redor dos meus lábios, creio que limpando os resquícios do batom.

- Sim, mas é sempre bom lembrar. _ Digo sorrindo.

- Sei... Por acaso esse batom é meu? _ Ela perguntou um pouco incerta e eu à encarei receosa.

- Bem, isso depende. Se você for brigar comigo por ter pego sem te falar então não, não é. _ Falei e ela sorriu negando com a cabeça.

- Não vou brigar com você por causa disso, amor. _ Diz me permitindo respirar aliviada. Camila simplesmente ama os batons dela, diria que as vezes sente mais ciúmes deles do que de mim.

- Nesse caso é seu.

- Usa mais vezes, vou adorar tirar ele dos seus lábios.

- Se você quiser eu posso passar agora pra você poder tirar. Na verdade você pode tirar várias outras coisas de mim, inclusive eu amo quando acontece. _ Olhei com um sorriso malicioso pra minha parte íntima apenas pra provocá-la e ganhei um beliscão no braço. - Ai, amor... Por quê fez isso? _ Questiono com uma cara de inocente enquanto passo a mão onde ela havia me beliscado.

- Pra você deixar de ser pervertida.

- Você não é exemplo de inocência.

- Não mesmo, o pouco que ainda me restava perdi com você. _ Soltei um riso espontâneo e me aproximei dela para juntar nossos lábios em um beijo rápido, assim que nos separamos vi Camila arregalar os olhos quando olhou pra nossa filha, fiz o mesmo e constatei que ela estava nada mais nada menos do que "provando" da caixinha da chave e alarme do meu carro, como ela conseguiu pegá-la é algo que nem faço idéia.

- Lara! Não faz isso... _ Camz tirou com cuidado a chave das mãos dela e a pequena começou a chorar no mesmo instante.

- Não, filha... Não pode, meu amor. _ Peguei ela em meu colo e recebi um olhar de repreensão da Camila. - Deve ter caído do meu bolso quando me sentei e eu não me dei conta, amor. _ Peguei um dos mordedores e tentei oferecer pra ela mas a pequena se negava a pegá-lo, tentei com outro e foi o mesmo, ela só virava o rostinho e continuava a chorar. - Shiiii, fica calma, estrelinha... Não chora... Eu vou comprar mais mordedores pra ela, Camz, acho que esses já perderam a graça.

- O problema não é esse, amor. Ela pode ter vinte mordedores que vai continuar pondo outras coisas na boca, faz parte dessa fase dela. Só temos que tomar mais cuidado, essas coisas que passam de mão em mão são cheias de bactérias e podem acabar fazendo mal pra ela.

- Eu sei, me desculpa.

- Tudo bem, nós duas nos descuidamos dela. _ Sorriu de leve afagando as costinhas de Lara. - Me dá ela aqui, vou lavar a boquinha dela e dar de mamar, parte dessa manha deve ser fome. _ Eu assenti e dei um beijo no rostinho dela antes de lhe entregar. Camila deitou sua cabecinha em seu ombro e se levantou, logo o chorinho dela foi cessando. Agradeci mentalmente por isso, odeio ver minha filha chorando, mesmo que por motivos bobos. - E você vai tomar um banho e descansar um pouco, logo a Fernanda chega e você tem que buscar ela na casa da prima da Alexa. E meus pais virão jantar com a gente hoje. _ Meus sogros resolveram se mudar pra Miami, o que deixou minha rainha mais que feliz por ter os pais e a irmã por perto.

- A Alexa vai me ligar assim que chegarem, mas eu não sabia que seus pais viriam aqui hoje, vamos comemorar algo ou o quê? _ Pergunto me levantando.

- Foi resolvido de última hora, sabe como minha mãe é, mas não se preocupa, é só um jantar simples em família. Eles estão com saudade da neta e Sofi também. Aliás ela vai passar o final de semana com a gente. _ Sorriu fazendo carinho nas costinhas da nossa pequena.

- Tudo bem então. _ Dou de ombros e me aproximo delas. - Vai ser ótimo ter a casa cheia.

- Vai, sim. _ Ela sorri e eu correspondo deixando minha mão direita em torno de sua cintura. - Eu te amo.

- Também te amo, minha vida. _ Falei e demos um beijo rápido, em seguida beijei o topo da cabeça da minha filha.

- Também te amo, minha estrelinha linda...

FLASHBACK OFF

Já com oito meses ela chamou "mamã" pela primeira vez. Camila chorou tanto de felicidade, claro que eu também, mas confesso que na hora senti um pouco de ciúmes por ela não ter me chamado primeiro, mas fui recompensada dois meses mais mais tarde quando numa tarde estávamos na piscina brincando e minha filha falou "mom"... Eu sabia que aquilo era comigo e faltei pular de felicidade, ouvir minha estrelinha falando comigo foi a coisa mais linda do mundo, meu coração chega doeu de emoção.

Aos onze meses, ela tinha mania de engatinhar pra todos os cantos da casa, em qualquer lugar, não parava quieta pela maior parte do dia e isso rendeu alguns tombos. Desde então o cuidado com ela foi praticamente triplicado, porque além de engatinhar, Lara também queria ficar de pé, se equilibrava se segurando nos moveis, nas pernas das pessoas, as madrinhas que o diga, a pequena simplesmente às venera.

O tempo pareceu passar ainda mais rápido e quando vi estávamos exatamente no ano seguinte do dia em que meu pequeno raio de sol nasceu...

Um ano havia se passado, um ano desde de que senti pela segunda vez o amor maior e mais puro do mundo.

Era o aniversário da minha filhinha linda, e obviamente essa data jamais poderia passar em branco.

Os preparativos da festinha dela começaram a ser feitos dois meses antes, a escolha do lugar, o tema, decoração, buffet, lista de convidados... tudo foi pensado com o maior carinho por mim, Camz e claro, tivemos uma ajudinha extra dos avós e madrinhas dela também.

Mesmo sendo pequenina Lara se divertiu muito com as pessoas ali e com as brincadeiras que o pessoal da animação faziam com ela, eles estavam fantasiados e isso agradou demais a bebê que não parava de rir, e meu coração era preenchido de alegria ao ver aquele sorriso lindo que só minha estrelinha tem.

Quando Lara completou um ano, um mês e um dia, ela andou...

Me lembro que chorei tanto, embora eu não tenha presenciado o seu primeiro passinho foi a coisa mais linda do mundo ver minha pequena correr pros meus braços pela primeira vez.

FLASHBACK ON

Eu estava saindo da minha sala com a Ally, nós iríamos almoçar juntas já que nos reuniríamos com alguns empresários pra discutir sobre negócios, por isso não poderia ir pra casa.

Estava conversando distraidamente com minha amiga quando olhei pra frente e no começo do corredor vi a Camz com a nossa filha no colo, minha pequena me viu e começou a chamar por mim, abri um sorriso imenso e apressei os passos em direção à elas, mas a Camz me pediu pra parar e eu fiz sem entender muito bem, ela me disse que tinha uma coisa pra me mostrar e então fiquei esperando.

- Vai dar um beijo na sua mommy, meu amor. _ Ela sorri e beija a bochecha da Larinha antes de descer ela do seu colo e à colocar no chão, fiquei olhando a cena surpresa e confusa ao mesmo tempo.

- Mommy! _ Lara me chama se mexendo eufórica enquanto Camila está abaixada atrás dela à segurando pela cintura.

- Parece que alguém vai andar. _ Ally diz animada chamando a minha atenção por um instante.

- MOMMY! _ Ela dá um gritinho agudo antes da Camz largar a cintura dela.

- O que v... Amor? Filha, o que... _ Tomei um susto porque pensei que a pequena fosse cair mas depois fiquei mais assustada ainda por vê-la dar alguns passos em minha direção e parar de repente.

- Chama ela, amor. _ Camz pede um pouco alto me tirando do transe, só então senti meus olhos arderem e minha vista embaçar por conta das lágrimas.

- Lara? V-em com a mommy, estrelinha. Vem aqui, meu amor. _ Eu estendo as mãos pra que ela venha até mim e ela abre um sorriso imenso atendendo o meu chamado.

Caminha até mim em passinhos rápidos e desengonçados até seu pequeno corpinho se chocar contra o meu.

Abracei minha filha com posse e me deixei chorar, fui tomada por uma emoção desconhecida, no entanto incrivelmente boa.

FLASHBACK OFF

Ali comecei de verdade a perceber que minha vidinha estava crescendo. E eu só queria que o tempo parasse pra que ela pudesse caber perfeitamente em meus braços e pra que eu pudesse niná-la em meu colo todas as noites até ouvir sua respiraçãozinha tranquila.

Felizmente Ally registrou o momento com seu celular e depois me enviou, confesso que é inevitável não chorar novamente toda vez que vejo.

Dezessete dias depois desse acontecimento, eu e Camila nos casamos.

A cerimônia aconteceu em nossa casa de campo, tudo ocorreu perfeitamente, Camila estava radiante, sei que sou suspeita a dizer mas eu jamais havia visto uma noiva tão linda quanto ela.

Aquele foi o quinto dia mais incrívelmente feliz e maravilhoso da minha vida... Não que os outros não tivessem sido com ela também.

O primeiro foi quando nos conhecemos, o segundo foi quando ela se entregou pra mim pela primeira vez, o terceiro foi quando ela aceitou ser minha noiva e na mesma noite me disse que estava grávida, e o quarto foi o nascimento da pequena estrelinha.

Passamos nossa lua de mel em Paris, como não queriamos deixar a Lara em Miami, os pais da Camila se ofereceram pra ficar com ela mas foi realmente doloroso pra gente apenas pensar na possibilidade de ficar um dia sem ver a nossa filha.

Então contratamos uma babá para nos acompanhar, mas apenas deixávamos Lara com ela quando saíamos pra jantar ou algum passeio durante o dia ou a noite, quando voltávamos pro hotel a primeira coisa que fazíamos era buscar a pequena no quarto que a babá estava hospedada.

Também dava uma quantia em dinheiro pra que ela pudesse sair pra se divertir um pouco durante o tempo em que estivesse livre.

Na nossa suíte havia dois quartos com uma porta de acesso entre eles, assim conseguimos ficar mais perto da pequena e ao mesmo tempo ter a nossa privacidade.

Ficamos quinze dias em Paris e depois seguimos para Itália onde ficamos por mais vinte dias, dez em Veneza e dez na Toscana, foram dias incríveis, momentos que eu jamais esquecerei.

Depois voltamos pra Miami e retomamos nossa rotina, porém agora como casadas.

Desde então venho dando tudo de mim pra fazer a minha mulher feliz, tento demonstrar à ela todos os dias o quanto à amo e o quanto sou grata por tê-la do meu lado.

ATUALMENTE ...

Me virei na cama tendo em minha frente a vista da minha deusa particular a quem chamo de esposa, minha latina maravilhosa, mais que perfeita.

Coloquei minha mão esquerda em seu ombro e em seguida desci arrastando meus dedos pela linha de suas costas despida até perto da cintura onde o edredom branco cobria, senti sua pele se arrepiar com meu toque e ela se mexeu tentando se cobrir e quando o fez se aconchegou a mim, o quarto estava frio por conta do ar-condicionado, no começo foi difícil pra ela se acostumar com essa minha mania de deixar a temperatura do quarto fria durante a noite, eu até tentei parar mas não consegui, algo sempre me incomodava e eu acaba não dormindo direito, a Camz percebeu e acabou cedendo, tentou se adaptar e por fim conseguiu. De tudo foi bom porque dessa forma ela dorme bem agarradinha comigo, o que de nenhuma maneira é ruim.

A noite passada foi insana, fizemos amor até que ambas não tivesse mais forças, de fato, Camila foi a única mulher dentre as diversas que já fiquei que foi capaz de me "cansar" na cama.

Ela é de fato incomparável de todas as formas possíveis.

Mas o que acontece é que ela é tão gostosa, mas tão gostosa que eu nunca me canso de provar do seu corpo, ela se doa tanto pra mim, se entrega de uma forma tão intensa que simplesmente me alucina, me encanta, me prende, me satisfaz e principalmente me deixa hipnotizada. Tudo o que eu sinto é vontade de fazê-la minha até que eu perca os sentidos, até que eu perca todas as minhas forças, e diversas vezes me deixo levar até esse ponto. É irresistível.

Eu sou definitivamente louca, viciada nessa mulher.

Beijo sua testa com carinho enquanto passo minha mão livre em seus cabelos, Camila se mexeu um pouquinho mas continuou dormindo, fiquei vários minutos apenas admirando sua beleza, seus traços, o nariz fino e desenhado, amo cada parte dela, cada centímetro do seu corpo...

Me sinto honrada todos os dias por acordar com essa mulher do meu lado e saber que seu amor pertence à mim, Camila é minha, completamente minha. E isso jamais mudará.

- Eu te amo muito... Vou amar você pra sempre. _ Sussuro passando meu nariz pela extensão do rosto dela, sentindo o perfume e a maciez de sua pele.

- Eu também vou te amar pra sempre. _ Ela murmurou sorrindo e com os olhos fechados.

- Pensei que estive dormindo.

- Eu estava, mas acordei com você fazendo carinho em mim e estava tão bom que resolvi ficar quietinha, só aproveitando...

- Bom dia, meu amor... _ Dei um selinho nela que fez uma pequena careta.

- Amor eu nem escovei os dentes, não vou te beijar assim.

- Você nem tem mal hálito, Camz. _ Falei sorrindo e ao mesmo tempo ela me abraçou escondendo o rosto na curva do meu pescoço. - Não vai me dar bom dia, não?

- Bom dia, Lolo... _ Diz beijando de leve o meu pescoço. - Que horas são?

- Quase nove da manhã.

- A gente precisa levantar, daqui a pouco a Lara acorda também e nós temos muita coisa pra fazer hoje.

- As vezes eu ainda duvido, sabia?

- Do quê? _ Me olhou sem entender.

- Que isso tudo seja real, que eu tenho uma família de verdade...

- Logo, logo, você verá que é bem real, quando aquela bolinha acordar chorando pedindo por uma de nós duas.

- É o segundo aninho dela, amor. Nem acredito que o tempo passou tão rápido.

- Nisso tenho que concordar com você, até ontem eu estava com medo de deixar ela cair do meu colo por ser tão pequena. E hoje...

- É, pequena, nós temos que aproveitá-la ao máximo que pudermos, porque daqui a pouco a gente pisca e ela está entrando no colegial. _ Falei e ela soltou uma risada divertida.

- E trazendo os namoradinhos pra casa.

- Não... Espero que demore muito, mas muito mesmo pra isso acontecer, Camz.

- Eu também, amor. Mas vai.

- Não se depender de mim.

- Amor...

- É sério, Camz. Não penso em deixar nenhum marmanjinho se aproximar dela.

- Pode ser uma garota também, quem sabe?

- Bom... Nesse caso... _ Paro um pouco pra pensar. - Não, nem mesmo assim.

- Você é tão ciumenta. _ Sorri e em seguida segura meu queixo me dando um selinho.

- Sou mesmo. Ela é só minha.

- Hey! Só sua? Isso é injusto, não acha? Eu carreguei ela dentro de mim durante quase nove meses e agora você quer me roubar?

- Parece mesmo um pouquinho injusto com você, né? _ Perguntei pensativa e ela assentiu. - Eu posso abrir uma exceção dessa vez, ela pode ser sua também.

- Eu acho bom. _ Sorriu jogando seu corpo sobre o meu, ficando encima de mim, à abraço pela cintura e ganho um selinho demorado. - O nosso primeiro aniversário de casamento também está chegando.

- Sim, pequena... Desejo que nós duas possamos comemorar muitos e muitos outros anos juntas. _ Digo fazendo carinho em seu rosto.

- Nós vamos. _ Ela segura minha mão e beija minha palma. - O nosso amor já nos uniu pra sempre.

- De diferentes formas...

- Sim. _ Sorriu assentindo. - A nossa filha é a mais preciosa delas.

- Nossa estrelinha. _ Digo com um sorriso bobo. - Sabe, Camz? Eu sinto que enquanto você estiver do meu lado não vai me faltar felicidade. Mas se algum dia você me deixar tudo vai perder a graça, minha vida vai perder o sentido.

- Então você será feliz pro resto da sua vida Lauren Jauregui, porque eu não pretendo e nem vou te deixar.

- Isso me deixa mais tranquila. _ Falo sorrindo. - Eu te amo muito.

- Eu também te amo, Lo. _ Ela me dá um beijo rápido e depois beija a ponta do meu nariz. - Vou tomar um banho. Quer ir comigo? _ Sempre que temos tempo tomamos banho juntas, na maioria delas não apenas tomamos banho como também transamos, uma das melhores formas de começar o dia.

- Só banho ou podemos brincar um pouquinho também? _ Pergunto com malícia.

- Pensei que estivesse satisfeita depois da noite passada.

- E eu estou. Mas, Camz, você sabe que é só encostar em mim pra que o meu corpo pegue fogo. Não posso fazer nada quanto a isso. _ Falei antes de começar a beijar seu pescoço e mordiscar a pontinha da orelha direita dela. - E convenhamos que é uma delícia amar você debaixo do chuveiro... Você nem imagina o quanto desejo fazer isso agora. _ Mordi sem força a mandíbula dela e quando ia juntar nossos lábios a porta do nosso quarto é aberta, olhamos pra ver quem era e Camila saiu de cima de mim no mesmo instante me deixando frustrada.

- Mommy. Eu posso ir aí?

- É claro, meu amor. Vem cá.

- Parece que seu desejo vai ter que ficar pra depois. _ Falou com um sorriso falsamente triste apenas pra que eu pudesse ouvir e eu continuei olhando pra ela com cara de idiota até que Fernanda pulou na cama ficando entre nós duas.

- Bom dia, filha. _ Felei beijando a testa dela, minha filha me olhou e sorriu.

- Bom dia, mommy. _ Ela beijou minha bochecha e em seguida fez o mesmo com a Camz. - Bom dia, Mila.

- Bom dia, pequena. _ Camz respondeu contente passando a mão nos cabelos dela.

Ontem Fernanda chegou em Miami para o aniversário da irmã e como de costume eu fui buscá-la na casa da Alice, estava morrendo de saudade da minha bebê de agora cinco anos, a cada dia que passa Nanda fica mais linda e sua personalidade ainda mais forte.

Ela está se dando bem com a Lara, as vezes ainda faz uma ceninha de ciúmes mas acho natural, quando acontece converso com ela e tudo fica resolvido.

Em relação a Camz também houve uma melhora, hoje ela conversa com minha esposa, trocam abraços, sorrisos.

Sofi e Nanda também estão se dando bem e não vou negar que isso me alegra muito, tudo o que eu mais quero é ter uma família unida.

- Agora será que a moçinha pode dizer o motivo pra ter entrado sem antes bater na porta? O que a mommy falou sobre isso?

- Desculpa, mommy. É que eu pensei que vocês ainda estavam dormindo e quis ficar com você... Quando venho aqui a gente não dorme mais juntas como antes, senti sua falta. _ Ela respondeu de um jeitinho fofo e tristonho que me afetou.

Olhei pra Camz sem saber o que responder, e ela entendeu.

- Meu anjo, por que você não me disse que sentia falta disso?

- Minha mamãe disse que você ficaria brava porque agora você tem a Camila e ela pode não gostar. _ Ao ouvir isso a raiva e indignação começou a nascer em mim, mesmo com o tempo e a verdade revelada Alexa não deixou de tentar atrapalhar o meu relacionamento com a minha filha e com isso fica enchendo a cabeça da menina com mentiras.

- A Alexa não passa de uma ordinária.

- Lauren! _ Camila me olha com repreensão.

- Mas eu sei o que ela quer, amor. Alexa quer interferir na nossa relação com a Fernanda fazendo entrigas, ela quer que a menina se afaste da gente, de você.

- Nós sabemos que ela mão tem motivos pra isso, Lo. A Alexa só não se preocupa com as consequências do que fala. Mas ela só vai conseguir nos afetar se a gente deixar. _ Ela me olhou como se me pedisse calma e eu assenti respirando fundo pra me conter. - Querida, a sua mãe está errada, eu gosto muito de você e é de verdade sim, não tenha dúvidas disso, nem sua mommy nem eu faríamos algo pra te magoar, e você pode dormir com ela sempre que estiver aqui se quiser, é um direito seu. _ Camila falou e eu a encarei como se perguntasse se ela tinha certeza, não queria que ela se sentisse "excluída" por mim de alguma forma. Mas ela sorriu verdadeiramente enquanto assentia, me senti aliviada. - Ela não te vê com frequência, amor. Você passa mais tempo com a Lara do que com ela, é lógico que a Nanda sente a sua falta, nada mais justo do que você dormir com ela durante o tempo em que ela estiver aqui.

- Meu amor, a mommy vai dormir com você hoje, tá bem? Hoje e até você voltar pra sua outra casa. _ Digo afagando os cabelos dela.

- Mesmo?

- Mesmo minha vida.

- Obrigada, mommy. _ Se ajoelhou na cama pra me abraçar e me encher de beijos.

- Fico feliz que você tenha nos contado isso, minha filha. Quero que me prometa uma coisa. _ Falo me ajeitando na cama e trazendo a pequena pra se sentar em meu colo.

- Sim. O quê é, mommy?

- Quero que jamais acredite ou fique magoada com as coisas ruins que a sua mamãe disser sobre mim, sobre a Camila ou qualquer pessoa da nossa família, tá bem? Eu não quero que duvide do nosso sentimento por você, meu amorzinho. A mommy te ama mais que tudo nessa vida, você é um pedacinho do meu coração igualzinho a sua irmã. Eu vou sempre amar vocês duas da mesma forma, não importa se você está longe ou perto de mim. E a Camila gosta de você de verdade, ela jamais iria fingir isso pra você ou pra qualquer outra pessoa. Entendeu?

- Sim. _ Assentiu atenta às minhas palavras.

- Pode me prometer isso?

- Posso, mommy... Eu prometo de dedinho.

- Isso aí. _ Sorrio juntando meu dedo mindinho ao dela. Essa era a nossa forma de juramento e como ela fazia pra saber que ambas levaríamos a promessa a sério.

°°°

Fui até o quarto da Larinha e encontrei a pequena sentada no berço coçando os olhinhos enquanto chorava, ela as vezes acordava manhosa.

À peguei no colo e assim que o fiz minha filha se acalmou, ela se agarrou em meu pescoço em um abraço quentinho e gostoso, sempre que seu corpinho está junto do meu sinto paz dentro de mim, paz misturada a um amor descomunal.

Me sentei com ela na poltrona e desejei feliz aniversário enquanto enchia seu rostinho de beijos, Nanda e eu ficamos brincando e conversando com Lara até que ela despertasse por completo do sono pra que eu pudesse dar banho nela.

Quando vi que ela já estava muito bem disposta fui até o banheiro e dei banho nela, se dependesse da minha filha ela ficaria por horas na banheira, mas não demorei como de costume porque eu ainda precisava dar a mamadeira pra ela, não queria deixá-la com fome.

Assim que terminei de enxugá-la à enrolei em sua toalhinha e à deixei no berço enquanto pegava em cima da cômoda a roupinha que já havia separado pra ela com a ajuda da Nanda. Escolhemos uma calcinha e vestidinho rosa claro, depois de passar o creme corporal com cheirinho de bebê pelo corpo dela, passei um pouco de pomada pra prevenir assaduras, coloquei a fralda descartável e depois a calcinha e o vestido, nos pés optei por um par de sandálinha branca. Sequei os cabelos dela rapidamente e depois de penteados coloquei um lacinho rosa.

Olhei o resultado e abri um sorriso satisfeito...

- Minha princesinha rosa. _ À peguei em meu colo e saí do quarto, cheguei na cozinha pra pedir que a Joana preparasse a mamadeira dela mas percebi que não seria necessário. Camila já estava tirando-a do microondas enquanto conversava animadamente com a senhora.

Assim que Lara viu a mãe começou a dar gritinhos mais que empolgados enquanto sorria deixando seus dois dentinhos aparecerem.

- Olha quem acordou... _ Camila à pegou no colo e começou a sessão de beijos sufocantes, Lara era só gargalhadas.

Passamos a manhã e boa parte da tarde assim, apenas aproveitando o tempo com as nossas pequeninas, meu coração simplesmente transbordava de tanta alegria por ver a interação das minhas filhas, por ver o quanto a Fernanda já ama a irmãzinha, em pensar que no início sequer gostava de ouvir falar nela. Que bom que isso ficou no passado.

Com frequência chegava algum presente pra Lara, seja de nossos amigos, ou até mesmo dos meus sócios do banco e outras empresas que também sou proprietária, em menos de duas horas o quarto dela já estava praticamente cheio.

A Camz provavelmente vai querer doar alguns dos brinquedos pra alguma intuição infantil e por mim tudo bem, a pequena nem sabe como brincar com diversas das coisas e ao menos tem idade pra alguns deles também. Não que estejamos desprezando os brinquedos, mas não vejo motivos pra deixar como por exemplo uma moto elétrica parada sem uso durante mais uns dois ou três anos até que ela consiga ficar encima dela sendo que existem crianças que podem usufruir dela agora, a Nanda já tem uma, Sofi também, deixar o brinquedo parado não é uma opção pra nós.

As horas foram passando e às quatro da tarde começamos a nos preparar para ir até o salão de festas.

(...)

DIAS DEPOIS ...

Estamos à três dias do natal, a correria pra compra de presentes e organização da ceia foi tremenda, quase fiquei louca, nem o meu trabalho é tão cansativo.

Mas eu gostei, na verdade eu amei participar de cada detalhe, ver o brilho nos olhos da minha esposa era o que me dava ânimo pra continuar e deixar as coisas exatamente do gosto dela.

Camz e eu decidimos comemorarmos esse natal aqui na nossa casa, com nossos amigos e familiares.

É o primeiro depois de anos que vou reunir minha família novamente, depois que meus pais morreram eu não tinha muito ânimo pra celebrar essas datas sem eles, Verônica também nunca fez questão de que acontecesse, mesmo estando casadas nós duas nunca passamos um natal ou ano novo juntas, ela nunca estava presente, sumia de casa semanas antes e só voltava quando queria, as vezes durava meses.

Hoje eu compreendi tudo o que passei, mas naquela época eu sentia mágoa, não entendia o motivo pra ela me tratar com tanta indiferença e só vir me procurar quando queria algo, quando queria que eu dissesse ao Otávio que nosso casamento estava ótimo, agora entendo a razão pra ela querer ir pra cama comigo e sempre no dia seguinte o pai dela aparecia ou me ligava perguntando de nós duas, eu era apenas um tipo de álibi pra ela.

Quando descobri isso me senti usada, a pessoa pela qual vivia aos pés nunca me amou de verdade e só transava comigo pra poder enganar o pai, pra que o mesmo não me matasse enquanto eu não desse à ele um herdeiro.

Tudo o que eu desejava era que o meu filho com ela tivesse sobrevivido, mesmo que a vida dele significasse a minha morte, eu não me importaria de morrer contanto que ele ficasse bem.

Mas Deus, o destino ou seja lá que força maior tenha sido decidiu que Noah não ficaria nesse mundo. Meu pequenino se foi antes mesmo de abrir os olhinhos, antes que eu pudesse ver o seu rostinho.

- Sabe, meu amor? Dizem por aí que uma pessoa nunca morre quando está viva dentro da gente. E você vai viver pra sempre dentro de mim, meu filho, meu pequeno anjinho... _ Beijei a rosa branca em minha mão e deixei sobre a lápide dele. "Noah Iglesias Jauregui"

- Seu irmãozinho está aqui, meu amor. Sabia disso? _ Perguntei sorrindo fraco enquanto secava as lágrimas do meu rosto, Lara me olhava atentamente. - Bem, na verdade ele não fica aqui porque virou um anjinho e agora está morando lá encima no céu. _ Eu falei apontando pra cima, ela olhou mas logo voltou a me encarar. - Mas a gente pode vir aqui sempre que der saudade, a mommy sempre vem. Sua irmãzinha também já veio, só faltava você. _ Beijei o rostinho dela e em seguida entreguei uma rosa branca pra que ela pusesse sobre a lápide fixada no chão, pedi que a bebê fizesse e ela logo atendeu.

Fiquei "conversando" com eles por mais alguns minutos até que decidi ir embora e então me levantei com Lara em meu colo.

Como de costume me despedi dele e depois saí com o mesmo sentimento de todas as vezes, que um pedacinho de mim havia ficado pra trás, mas eu acredito que me sentir assim é normal, foi uma perca muito grande pra mim e pra Verônica também, sei que ela o amava tanto quanto eu, e esse sentimento por nosso filho jamais chegará ao fim.

Ele sempre estará conosco, e permanecerá vivo dentro dos nossos corações...

(...)

Depois do jantar fomos pra sala, Camila escolheu "Meu malvado favorito" , não sei se a caçulinha entendeu alguma coisa mas que se divertiu, isso sim, era cada risadinha gostosa que ela dava, ficava mostrando os minions pra gente e falando "banana", toda vez que via uma, essa foi uma das primeiras palavras que Lara aprendeu a falar, Camz e eu ficamos encantas e eufóricas ao mesmo tempo quando ouvimos, é sempre assim a cada coisa nova que nossa estrelinha nos mostra.

A Camz ficou feliz porque a primeira fruta que Lara falou foi a que ela mais ama, na verdade a bebê ama banana, é igualzinha a mãe nisso também.

Depois que elas dormiram eu levei Lara até seu quarto, demos um beijo de "boa noite" nela e saimos do mesmo após verificar que tudo estava bem. Camz e eu fomos pro nosso quarto juntas, liguei a babá eletrônica e fui trocar de roupa assim como a Camila e depois de fazer nossa higiene pessoal apagamos a luz do quarto e fomos nos deitar.

Abracei minha esposa e respirei fundo inalando o cheiro maravilhoso dos cabelos dela, depois beijei sua testa com carinho e ela se ajeitou deitando a cabeça em meu peito.

- Gosto de ficar assim com você porque consigo ouvir o seu coração batendo.

- Gosta de ouvir o meu coração? _ Pergunto encantada.

- Me acalma... me sinto ligada à você.

- Eu sou sua e você é minha, só minha. Pra sempre.

- Até a eternidade. _ Sorriu unindo nossos lábios em seguida, o beijo começou lento, eu queria sentir e transmitir o quanto o amor entre a gente é grande, único e verdadeiro.

Camila pediu passagem com a língua e eu prontamente cedi, ela deu início à um beijo intenso enquanto eu me deitava sobre ela, nossos corpos se encaixando perfeitamente.

Enfiei minha mão direita por dentro do tecido da camisola dela e apertei sua cintura com vontade, Camila gemeu em resposta.

Me ajoelhei na cama pra tirar minha camiseta em seguida fiz o mesmo com a camisola dela, à puxei pela cintura sentindo o calor de nossa pele em contato, deixei um beijo no vão dos seus seios e depois os saboreei até me dar por satisfeita, em seguida voltei a unir nossos lábios, só nos separamos quando o ar nos fez falta.

Minutos depois estavamos completamente nuas, trocando beijos e carinhos intensos, minha boca passeava pelo corpo latino que me deixa louca, eu descia chupando e mordendo seu pescoço enquanto apertava os seios dela sentindo a pele das minhas costas serem arranhadas.

- Vai logo, Lo....

- O que você quer, amor? Diz pra mim e eu te dou... _ Falei no ouvido dela, em seguida mordi a ponta da sua orelha, ela gemeu baixinho.

- Me chupa, Lauren. Me faz gozar pra você... _ As palavras e seu tom carregado de desejo me excitou ainda mais.

Afastei suas pernas e me ajeitei sobre ela até que meu rosto tivesse de frente com sua intimidade lisa e molhada.

À penetrei sem pressa com dois dedos sentindo o calor do seu interior apertado, ela deu um pequeno impulso pra cima gemendo gostoso, recolhi sua lubrificação e em seguida levei meus dedos até minha boca, provando do seu gosto agridoce maravilhoso sem deixar de encará-la.

Seu rosto estava vermelho e seu lábio inferior estava preso entre seus dentes.

- Seu gosto é uma delícia, amor. _ Falei com um sorriso cheio de malícia e tesão.

Chupei com vontade seu clitóris inchado, ela gemia e com os olhos fechados chamava por mim enquanto agarrava meus cabelos os puxando forte e rebolando em minha boca.

Continuei a chupar e sugar seu clitóris sem deixar de encará-la, queria presenciar cada expressão de prazer dela.

Lambi toda sua extensão e depois penetrei minha língua em sua entrada, ela pressionava minha cabeça pra que eu não ousasse parar, eu não iria de fato.

- Laure-en... _ Gemeu alto jogando a cabeça pra trás, senti sua intimidade se contrair envolta da minha língua e percebi que ela estava prestes a gozar.

Troquei minha língua por dois dedos outra vez e passei a chupar seu clitóris enquanto a penetrava forte e duro.

Senti seu corpo estremecer e ela gritou gozando forte em meus dedos, mas mesmo assim eu não parei meus movimentos, eles eram continuos, rápidos, fundos...

Sua respiração já estava falha, ela apertava os lençóis gemendo alto e gostoso pra mim me dando ainda mais vontade de continuar, meus dedos entravam e saiam com facilidade por conta do gozo recente e sua lubrificação, o barulho que fazia a cada investida minha estava me deixando louca, fazia meu pau latejar.

Meti meus dedos ainda mais forte dentro dela e chupei com volúpia seu clitóris, ela tremeu gozando intensamente.

Suguei e engoli todo o líquido quente que escorria de sua entrada e depois subi até ela, destruindo beijos até chegar em seus lábios onde dei um beijo intenso deixando-a provar de seu próprio gosto.

- Você é gostosa demais... _ Falei olhando em seus olhos e ela apenas sorriu me empurrando de cima dela, fiquei de joelhos e ela fez o mesmo, se arrastou até mim e segurou o meu pau, soltei um gemido involuntário por sentir o calor de sua mão me envolvendo, ela me beijou lento e intenso enquanto passava o polegar em círculos sobre minha glande.

Ela encerrou o beijo e me punhetou enquanto beijava meu pescoço, logo ela se sentou sobre suas pernas e colocou meu pênis na boca, lambeu toda a minha extensão e depois chupou minha glande com dedicação.

Entrelacei minhas mãos em seus cabelos ajudando-a nos movimentos, senti uma tremenda vontade de forçar sua cabeça pra que ela fosse mais fundo mas não fiz, não queria machucá-la.

Mas como que se lesse a minha mente Camila aprofundou o contato, foi mais fundo, senti meu pau tocar sua garganta e em seguida ela arrastou seus dentes por ele, gemi alto e rouco jogando a cabeça pra trás...

- Porra!!! Você faz isso muito bem, Camila... Hmm... _ Ela aumentou o vai e vem e eu senti minhas bolas apertarem, Camila então sugou com força a minha glande e eu não pude mais segurar, gozei fortemente em sua boca assistindo ela tomar tudo.

Ao terminar ela limpa o canto da boca e volta a se ajoelhar, me olha dentro dos olhos e sorri safado.

- Você também é deliciosa, amor... Mas agora... _ Aproxima sua boca no meu ouvido. - Eu acho que quero sentir o quão delicioso o seu pau pode ser dentro de mim.

- Camz...

- Me dá isso, Lo. _ Ela me olha e sorri com uma falsa inocência. - Por favor... _ Eu estava hipnotizada por ela, sua sensualidade e mudança de personalidade me desestabiliza, mesmo com tempo ainda me surpreendo quando ela deixa de ser a Camila inocente e tímida pra ser a Camila cínica e totalmente desprendida de pudores. E eu não vou negar, amo quando ela trás essa versão pra cama. A junção das duas me deixa em um nível crítico de excitação e submissão.

Só o que faço é puxá-la pra mais um beijo, com certeza não era um beijo calmo, era rápido, grosseiro, cheio de desejo e luxúria.

Me deitei sobre ela e me encaixei entre as pernas, levei meu pênis até sua entrada, nos encaramos fixamente e então fui me empurrando pra dentro dela, fechei meus olhos e gemi ao sentir o calor e quão apertada ela é.

Camila tirou uma mecha do meu cabelo que caiu sobre seu rosto e me puxou pra mais um beijo enquanto eu investia dentro dela.

°°°

Nossos corpos já estavam suados, Camila está prestes a me dar o meu quarto orgasmo, ela está sentada sobre o meu quadril rebolando de uma forma completamente gostosa enquanto eu seguro sua cintura, aperto e dou tapas em sua bunda vez ou outra.

Vejo que ela ficou um pouco cansada então quando ela sobe aproveito pra segurar em sua cintura e começo a meter fundo, forte e rápido.

Camila gemia sem pudor, eu sabia que assim como eu ela estava prestes a gozar então mantenho o ritmo das investidas até sentir um pouco de dificuldade de me mover, suas paredes internas me apertaram e meu pênis lateja, senti a onda de prazer me atingir em cheio e me deixei levar ao mesmo tempo que minha mulher.

Depois que nos recuperamos fomos tomar outro banho e então voltamos à nos deitar, fiquei fazendo carinho nos cabelos dela até me entregar ao sono...

(...)

TRÊS MESES DEPOIS ...

Acordei sentindo um peso em cima do meu corpo, abri os olhos lentamente vendo a mulher da minha vida dormindo tranquilamente, um sorriso involuntário fica estampado em meu rosto por constatar quão sortuda eu sou por poder ter essa mulher ao meu lado e ter a honra de presenciar de perto todas as manhãs e durante o dia todo o quão linda ela é.

Dei um beijo no topo da cabeça dela e me levantei tomando cuidado para que ela não acordasse, ainda era cedo então preferi deixá-la dormir por mais algum tempo.

Tomei um banho relaxante e depois de me trocar peguei a babá eletrônica e saí do quarto.

Fui até cozinha, peguei uma caneca com leite e chocolate quente e segui pro meu escritório.

É sábado mas ainda assim precisava checar alguns documentos importantes que deixei em aberto, não é nada muito demorado mas preciso enviar hoje pro setor jurídico da empresa pra que na segunda seja firmado o novo contrato que estou fazendo.

Por falar em setor jurídico, a sede de Miami ficou desbancada de uma das advogadas.

À alguns meses atrás Kendall se mudou para Milão e agora trabalha na filial da Jauregui I.B de lá, isso porque minha amiga foi pedida em casamento pela namorada, Cara Delevingne.

Se no passado eu tinha alguma dúvida da mudança da loira agora não tenho mais.

Confesso que no começo quando Kendall me disse que estava saindo com ela eu fiquei um pouco preocupada, tive medo de que Cara estivesse usando a Kendall por saber que somos amigas.

Cheguei a comentar isso com ela mas Kendall me assegurou de que essa hipótese já havia passado em sua mente e que por isso tratou de se assegurar de que os sentimentos da outra era verdadeiros.

Elas chegaram a se separar por conta disso mas depois Cara voltou a procurar por ela pedindo uma chance, disse que havia se arrependido de tudo o que tramou e fez pra ficar comigo e com isso Kendall aceitou dar essa oportunidade pra ela, estou vendo que estava sendo sincera.

Só o que posso desejar à elas é felicidade, que Kendall seja tão feliz com Cara como eu sou com a minha Camz.

O chorinho vindo da babá eletrônica se fez presente me tirando dos meus pensamentos.

Peguei o pequeno aparelho e vi no munitor a minha bebê sentada no berço olhando pros lados procurando algo.

Fechei meu notebook e saí do escritório, subi os degraus da escada praticamente correndo e não tardou pra que eu estivesse entrando no quartinho da minha filha.

Assim que ela me viu parou de chorar, ela ja estava de pé se apoiando no berço.

- Bom dia, estrelinha... _ Falo sorrindo ao mesmo tempo que chego perto dela, a mesma levanta os bracinhos e eu à pego no colo. - Tudo bem? _ Pergunto sussurrando enquanto beijo seu ouvido e ela assente me apertando pelo pescoço, costumo chamá-la de bebê coala por isso, e ela adora.

- A mamã, mommy...

- Sua mamã ainda está dormindo, meu anjinho. Você quer tomar banho agora ou quer ir lá com a mommy acordar ela. _ Ela sorriu assentindo animadamente. - Quer acordar ela?

- "Quelo"

- Vamos lá então. _ Falei sorrindo e em seguida beijei a testa dela, Larinha se aconchegou mais à mim enquanto eu ia até a porta do quarto, hoje está um pouquinho frio, o que é quase raridade em Miami, mas não é nada que atrapalhe o planos pra hoje.

(...)

ANOS MAIS TARDE ...

Pov. Camila

Jamais havia me sentido tão feliz quanto me sinto hoje, ou melhor, desde quando Lauren entrou na minha vida e à tornou significativa.

Sofia e Dinah foram a minha família depois que acreditei ter perdido os meus pais.

Sai de Boston pra tentar refazer a minha vida e tentar ao menos fazer a minha irmã feliz, sabia que as coisas não seriam fáceis mas não imaginei que seria tão complicado.

Meu emprego de repente se tornou um martírio e eu me vi presa nele pra poder conseguir me manter.

O meu pai disse que sempre nos monitorou e que tentava nos ajudar financeiramente, mas eu não permitia, bem, acontece que com frequência entrava dinheiro na minha conta, eu nunca sabia quem depositava, as quantias eram razoavelmente altas mas eu nunca aceitei, não sabia de onde vinha e jamais ficaria com algo que não era meu.

Por meses e meses precisava conversar com o gerente e então o dinheiro era retirado da minha conta e supostamente devolvido para o "dono" que hoje sei que era o meu pai.

Enfim... Passei por momentos difíceis aos quais muitas vezes pensei em desistir de tudo e me entregar.

Mas aí Lauren entrou na minha vida e mudou tudo...

Hoje somos casadas, temos uma filha linda com agora 7 anos e sou uma mulher completamente realizada, em todos os sentidos.

A alguns anos resolvi voltar a cursar direito, Lauren me apoiou mais do que tudo, no começo passamos por alguns momentos de turbulência tanto com as minhas responsabilidades na faculdade e com minha família quanto no meu casamento.

Acontece que Lauren não se simpatizou muito com um dos meus colegas, Drew Van Acker, hoje ele também já é formado e trabalha em Nova York, mas ainda na faculdade Lauren sismou que ele estava interessado em mim e isso resultou em algumas discussões por causa de ciúmes, confesso que havia percebido algumas das investidas dele mas nem me dei ao trabalho de deixá-lo perceber, apenas o ignorava e dizia sempre que tinha oportunidade o quanto amo minha esposa e nossa filha.

No final conseguimos superar esse problema, nosso amor costuma ser maior que qualquer divergência.

Fiz estágio aqui no Banco Jauregui por um tempo e esse ano passei a ser socia no escritório da Ally, hoje trabalho aqui e lá.

Graças a Deus minha carreira está caminhando muito bem, modéstia parte me considero uma boa advogada, meus clientes ficam satisfeitos com meu trabalho.

Ouço batidas na porta e em seguida a mesma é aberta e vejo um furacãozinho passar por ela acompanhada por Lauren.

- Que honra receber meus dois amores na minha sala. _ Falo me virando na cadeira pra abraçar minha filha que praticamente se jogou em meu colo. Lauren veio também e me deu um selinho. - Eu já estava indo te encontrar, amor. E se eu não me engano, você deveria estar na escola nesse horário não é, senhorita? _ Perguntei e Lara soltou uma risadinha como resposta.

- Tirei o resto do dia hoje, peguei a Lara na escola e de quebra ainda te dei folga. _ Diz Laren se apoiando sobre a minha mesa.

- Sério? E por quê?

- Bom, vamos passar a tarde juntas.

- Humm... Algum motivo especial? _ Pergunto ajeitando minha filha em meu colo.

- A mommy vai viajar amanhã e vai ficar fora por cinco dias, ela quer ficar com a gente pra diminuir a saudade. _ Diz me abraçando pelo pescoço.

- Você não me disse nada, amor?

- Eu soube hoje de manhã, amor. Fui pega de surpresa, vai haver uma convenção na Alemanha onde todos os executivos do meio bancário estarão. E depois vou pra Washington participar de uma premiação. Infelizmente eu não posso faltar e também não posso mandar alguém em meu nome em nenhum desses eventos.

- Mas você vai mesmo precisar ficar fora por quase uma semana?

- Sim, Camz. É realmente indispensável que eu vá. Eu explico melhor durante o almoço.

- Ta bem.

- Vamos, meu amor? _ Lauren diz acariciando os cabelos da nossa filha.

- A gente pode almoçar pizza? _ Pergunta animada e Lauren nega com a cabeça.

- Claro que não, mocinha. Nós vamos comer algo saudável.

- Pizza é saudável, mommy. Não é mama?

- É claro que é. _ Respondo sorrindo. - Mas vamos deixar a pizza pra mais tarde, tudo bem? O que você acha da gente convidar a tia Sofi, a tia Ally e as dindas pra irem na pizzaria a noite?

- Eu acho o máximo. Mas a gente pode tomar sorvete depois do almoço?

- Podemos, sim meu anjo.

(...)

Fomos até um restaurante e enquanto comíamos Lauren me contava sobre a viajem.

Não queria que ela ficasse tantos dias fora de casa mas entendi que isso faz parte do trabalho dela, o Jauregui I.B é uma empresa de muita importância no ramo bancário, é o melhor entre diversos na concorrência e pra que isso aconteça Lauren dá tudo de si, não mede esforços pra conseguir manter no topo o nome da família. Ela sempre o honrou muito o pai e mesmo depois de saber o que ele fez no passado não deixou que isso abalasse sua relação profissional com a empresa que o mesmo criou, e eu admiro isso nela.

- E você vai tomar conta da sua mamãe enquanto a mommy estiver fora, não vai, estrelinha?

- Vou, mommy.

- Ah, então vou estar em boas mãos não é, meu amor? _ Falo e minha pequena assente sorridente enquanto come a sua sobremesa, torta de limão.

- Sim. Eu posso dormir com você, mama?

- Pode. _ Respondo acariciando seu rostinho. - Vamos dormir bem juntinhas.

- Vou ficar com ciúmes, só eu vou dormir sozinha?

- Leva a gente com você, mommy. Assim dormimos todas juntas.

- Eu adoraria, estrelinha. Mas você tem escola e sua mãe o trabalho dela.

- Você pode conversar com a diretora e você pode dar folga pra mamãe igual fez hoje. _ Lara fala com a maior naturalidade do mundo fazendo com que eu e Lauren déssemos risada.

- Espertinha. O que você não faz pra não ir pra escola né? Você não vai ter férias antecipadas... _ Digo.

- Mas, mamãe... A escola é tão chata...

- Sério? Até ontem você amava estudar lá.

- Eu amo, mas as vezes estudar de mais cansa. Só queria descansar um pouquinho.

- Oh, meu Deus... Vou processar aquela escola, Camz. Estão torturando a nossa pequena. _ Lauren fala fingindo estar impressionada e depois sorri. - Prometo que compensaremos isso nas suas férias, okay? Você escolhe pra onde quer ir.

- Sério? Qualquer lugar, Mommy?

- Qualquer um. _ Lauren afirma acariciando sua mão direita.

- Eu já sei qual.

- Já sabe? _ Perguntou impressionada.

- Aham... Eu quero que a gente vá para o Brasil! _ Disse animadamente. - Quero que a Nanda vá comigo também, a minha irmã e a Sofi.

- Bom, por mim tudo bem. Inclusive ja vou começar a organizar tudo, a Nanda vai adorar ir com a gente, já a Sofia... _ Ela desvia o olhar pra mim. - Eu não sei se seus pais vão dar autorização pra ela ir com a gente, amor.

- Vou falar com eles, com certeza deixarão sim.

- Ótimo.

- Mas por quê o interesse de ir pro Brasil, filha? _ Pergunto atenciosa.

- A professora nos mostrou algumas coisas de lá, é um país muito bonito. Quero conhecer o "pão-de-açucar", a "Pedra da gávea" e o... _ Ela franziu o cenho tentando se lembrar, sua expressão e a forma um tanto complicada de falar nomes em outro idioma à deixa tão fofinha que nos fez sorrir. - "Cristo redentor"! Ele é gigante. Tem um monte de lugar bonito em outras cidades também, vou pesquisar e mostro pra vocês.

- Tá certo. Acho que é uma boa idéia, viajamos pra tantos lugares mas o Brasil será a primeira vez pra mim e a Lara.

- A senhora já conhece o Brasil, mommy?

- Sim, filha. Já fui pra lá algumas vezes, é realmente bonito, você vai amar o Rio de Janeiro, mas se for igual a mommy vai se

encantar pela comida, o pão de queijo é maravilhoso, e o brigadeiro então... E olha que nem gosto muito de doçe.

- Eu amo!!! _ Lara diz empolgada. - Quero comer pão de queijo e brigadeiro.

- Você vai, princesa. _ Lauren diz sorrindo e logo desvia o olhar para as pessoas que pararam ao lado da nossa mesa.

- Verônica?

- Oi, Lauren... Camila... _ Falamos um "oi" um pouco ainda sem reação, depois de tantos anos sem vê-la isso esse encontro foi no mínimo surpreendente.

Ainda mais porque ela não estava sozinha, ela abraçava uma mulher alta e muito bonita pela cintura e essa por sua vez tinha um bebê no colo.

- Essa é Lucia Vives, minha esposa. E esse é o nosso filho, Valentim.

- Olá, Lauren.

- Oi. _ Lauren responde ainda um pouco sem jeito. - Bom, você já deve saber pela Vero mas tudo bem, essa é minha esposa, Camila e essa é a nossa filha, Lara. _ A mulher me olha e sorri dizendo "oi", eu respondo e ela olha para Lara. - Oi, Lara, você é uma mocinha muito bonita.

- Obrigada, moça. _ Responde sorrindo um pouquinho envergonhada.

- Vocês... Vocês querem se juntar à gente?

- Não queros incomodar, Lauren. Só quis cumprimentar vocês, depois de anos sem nos falar achei que tudo bem se eu dissesse oi. _ Verônica diz um pouco sem graça, Lauren apenas sorriu fraco continuando a olhar pra ela.

- É claro, tudo bem. Não é incômodo algum, podem se juntar à nós se quiserem. O que passou ficou no passado, vamos começar novamente. Você pensa o mesmo, amor?

- Claro, por mim tudo bem. _ Respondo com sinceridade.

- Bom... Se é assim. _ Verônica sorriu e olhou pra esposa. - Pode ser, amor?

- É claro.

(...)

Conversamos sobre nossas vidas, por mais que eu pensasse que seria o contrário, não me senti desconfortável na presença das duas, Lauren também pareceu não se abalar, o nervosismo que eu percebia nela foi passando aos poucos conforme a conversa ia fluindo.

Elas estão na cidade pra tratar de negócios, Verônica está comprando algumas ações de uma empresa de publicidade.

Ela e Lúcia parecem tão felizes quanto eu e Lauren, o filho delas é absolutamente lindo, elas fizeram inseminação artificial, Vero doou os óvulos e foi a Lúcia quem gerou o bebê, mas elas pretendem ter mais filhos e Verônica irá gerar o próximo.

Valentim é um bebê muito sorridente, tem 2 aninhos e se parece bastante com a Verônica.

Falamos também sobre Marisa, essa que já está em uma penitenciária feminina cumprindo a pena de quatorze anos que foi condenada por dupla tentativa de homicídio, já que quando sofri aquele envenenamento estava grávida.

Alana tentou recorrer a sentença mas felizmente não obteve êxito. E felizmente também não ouvimos mais falar dela.

O mesmo aconteceu com Ariana, que desde a última vez em que nos falamos por telefone não voltou a fazer contato, isso foi na semana em que Lauren saiu de casa por causa da nossa separação.

Eu disse à ela que independente de estar com a Lauren ou não eu não iria voltar pra ela, porque eu não à amava mais. Pedi que se ela realmente sentisse algo por mim, que me deixasse em paz e não me procurasse mais, ela pareceu finalmente me entender porque até hoje não voltou a aparecer.

Hailee não é nossa amiga mas também não é inimiga, nos vimos uma única vez à alguns anos atrás quando ela estava no mesmo evento que a gente. Ela se desculpou mais uma vez por ter causado problemas entre nós e depois disso não nos encontramos mais pessoalmente.

Já a amiga da Lauren, Lilly Collins, procurou pela minha esposa antes da Lara completar quatro anos, pediu desculpas pela forma que reagiu quando soube da minha gravidez e disse que demorou pra se redimir porque precisava ser sincera.

Lauren ficou surpresa pela forma inesperada que a mulher apareceu mas também ficou feliz, isso porque apesar dos conflitos sempre nutriu sentimentos por ela, sempre à considerou uma ótima amiga.

Talvez eu devesse me sentir ameaçada ou enciumada com a aproximação delas, mas não, confio plenamente no amor da minha esposa e sei que jamais irei me arrepender disso.

Para Verônica também foi surpresa saber que Normani está grávida de quatro meses de gêmeos, um casal. Dinah pirou quando soube, de medo e felicidade, eu não à julgo porque sei como é esse sentimento de não saber se daria conta, se será uma boa mãe, imagina sentir isso em dobro.

Dinah até pediu afastamento do trabalho pra se dedicar a Mani e agora passa o tempo todo cuidando e mimando a mesma.

À cerca de dois anos atrás Dinah se mudou definitivamente pra Miami, pediu transferência no trabalho e agora faz parte da equipe FBI daqui.

Lauren deu de presente pra Mani o apartamento que tinha no centro da cidade e usava pra receber a Fernanda quando ela vinha lhe visitar e não podia ficar na casa dela por conta da Verônica, mas agora ela não precisa mais fazer isso, o apartamento ficou sem uso e sabendo que a Mani procurava um pra poder sair da casa dos pais dela e ter mais privacidade com a Dinah resolveu ceder o dela. O que me deixou super feliz, eu teria minha irmã perto de mim.

E falando na loira.... Bom, quando no passado houve aquela confusão envolvendo o FBI e Demi, Dinah armou uma emboscada durante o suposto "acordo" que fizeram aonde as drogas seriam devolvidas à Demi e assim Dinah conseguiria prendê-la em flagrante, mas pelo o que Lauren me disse, Demi já sabia de tudo e ficou de longe observando tudo, acabou que fecharam a estrada e houve um tiroteio, o caminhão estava vazio e como Demi já previa isso tinha um plano que foi muito bem executado, enquanto a confusão acontecia outros de seus capangas conseguiram pegar o inspetor-chefe de operações como refém e pediu o carregamento como meio de troca, no dia da negociação houve mais troca de tiro, Demi foi atingida no ombro mas conseguiu escapar e ficou bem.

Conclusão... Dinah segue tentando prender a Demétria que agora é oficialmente fugitiva da polícia mas nunca é presa porque escorrega mais que sabonete.

Verônica disse que sempre esteve atenta à notícias que nos envolvia, era um meio de se sentir "perto" da Lauren, porque mesmo depois de tudo jamais deixou de gostar dela, disse que Lauren significa muito pra ela, e na verdade sei que Lauren sente o mesmo, sei que antes de tudo de ruim que aconteceu entre elas ambas eram muito amigas, muito próximas, o carinho entre as duas jamais morreu.

Depois de tanto tempo acredito que tudo o que houve de ruim entre Verônica e Lauren ficou definitivamente no passado.

É certo que agora ambas estão preparadas pra tentar uma amizade, e se Lauren quiser que isso aconteça eu não vou me opor, confio cegamente no amor dela e se sua aproximação com Vero for o que ela deseja... Desejo que aconteça também.

(...)

HORAS MAIS TARDE ...

Eu tinha acabado de sair do banho e estava sentada na cama apenas anrolada em uma toalha passando creme hidratante nas minhas pernas.

Lauren abriu a porta do nosso quarto, entrou e sorriu pra mim enquanto fechava a mesma.

- Ela já dormiu? _ Perguntei surpresa, normalmente Lara leva mais tempo pra dormir principalmente quando é a Lauren quem se encarrega dessa tarefa.

- Estava cansada. _ Respondeu se sentando na lateral da cama ficando do meu lado.

- Também, fizemos tanta coisa hoje que até eu me cansei. _ Falei terminando de espalhar o creme por minha coxa esquerda.

- Mesmo? _ Pergunta sem graça e eu assinto.

- Por que? _ Sorrio achando engraçada a expressão descontente dela.

- Eu tinha em mente te cansar de outra forma. Mas se você quer dormir...

- Eu não disse pra você que queria dormir, disse? _ Perguntei fechando o pequeno pote com hidratante, Lauren me olhava com curiosidade quando lhe entreguei o mesmo. Ela se levantou por um momento pra deixá-lo sobre o criado-mudo e antes que ela voltasse a se sentar eu à puxei pela mão fazendo seu corpo cair contra o meu. Segurei seu rosto entre minhas mãos, olhei dentro de seus olhos e então uni nossos lábios. Sua mão direita foi de imediato pra minha cintura onde ela apertou com posse me arrancando um gemido.

Ela separa nossos lábios e começa a beijar, lamber e chupar o meu pescoço descendo a até vão dos meus seios.

Seguro o rosto dela e trago pra perto do meu até que nossos olhares se encontrem.

Sorrio desfazendo o coque frouxo em seu cabelo e em seguida junto nossos lábios novamente em um beijo ternuo. - Eu nunca vou estar cansada o suficiente ao ponto de negar estar com você. _ Mordi seu lábio inferior e ela sorriu de um jeito lindo, intenso e iluminado que me deixa extasiada, acariciou meu rosto e voltou a me beijar com volúpia.

Nossos toques eram tão intensos e quentes que não me dei conta do momento em que começamos a nos despir, quando dei por mim já estávamos nuas, uma sentindo o calor do corpo da outra.

Lauren agora chupava meu seio direito e não segurei um gemido arranhado quando ela chupou meu mamilo... repetindo o mesmo processo com o outro até se dar por satisfeita e voltar a me beijar.

Minha respiração estava ofegante, meus gemidos escapavam de mim sem qualquer controle, ainda mais quando ela forçava seu quadril contra o meu criando um atrito delicioso entre nossos sexos.

Separei nossos lábios e levei seu rosto pra curva do meu pescoço onde ela inalou o meu cheiro.

- Você é tão cheirosa, Camz... Eu vou sentir tanta falta de ter você assim, de sentir o seu corpo juntinho do meu... Esses dias longe de você serão um martírio pra mim.

- Comigo não será diferente... Mas por agora esquece isso, agora estamos aqui, juntas... É isso que importa, amor... Não existe mais nada lá fora. Vamos aproveitar a nossa noite. _ Disse num leve roçar de lábios sentindo sua respiração quente em meu rosto, no instante seguinte estava provando novamente do gosta delicioso do beijo dela.

Arranhei suas costas e Lauren gemeu em em minha boca quando eu levei minha mão até seu pênis e o apertei um pouquinho movendo minha mão lentamente em um vai e vem, o sentindo quente e pulsante... Minha excitação já estava me levando a loucura.

- Hmm... Lauren! _ Gemi rouca ao sentí-la me penetrar com dois dedos.

Seus movimentos eram lentos e fundos me fazendo arfar e ansiar por mais.

Senti uma fisgada em meu útero e no mesmo segundo Lauren parou de se mover, eu à encarei em frustração.

- Tão quente e apertada... _ Diz sedutoramente levando seus dedos que antes estavam dentro de mim até sua boca. A imagem de Lauren chupando toda a minha excitação enquanto me olhava era a cena mais erótica que já havia presenciado na vida. Me mexi inquieta embaixo dela me segurando ao máximo pra não gozar. - Não me canso de dizer o quanto o seu gosto é maravilhoso, amor.

- Lauren... _ Falei mais como um sussurro desesperado e no instante seguinte sua boca estava na minha me deixando sentir o meu próprio gosto.

Abri mais minhas pernas ajeitando Lauren sobre elas e guiei seu pênis pela minha extensão, fiz uma leve fricção com a glande sobre o meu clitóris e gememos juntas entre o beijo, desci até a minha entrada e o encaixei ali, Lauren entendeu o que eu queria e então me penetrou lentamente me deixando sentir cada centímetro seu me envadir.

- Gostosa. _ Sussurrou depois de prender o meu lábio inferior entre seus dentes. - Eu amo te comer, Camila. Você é tão apertada que me deixa louca... preciso sempre me controlar pra não meter forte logo de início e te machucar.

- Ahn... Você não me machuca me dando prazer. _ Falo segurando seu rosto. Como ela é muito grande e grossa, as vezes doía um pouco no início da penetração, mas ela sempre soube conduzir a situação. - Eu quero que faça forte, e rápido.... Você sabe como me dar isso, não sabe? _ Completo com um sorriso e ela assente, saiu quase que por completo de dentro de mim e ao contrário do que havia feito anteriormente, voltou a se enterrar dentro de mim com força e de uma vez só.

Soltei um gemido alto em resposta.

°°°

O atrito de nossos corpos suados causava barulho pelo quarto.

Estou de quatro na cama enquanto que Lauren me aperta pelo quadril trazendo meu corpo contra o dela, suas investidas eram fortes, rápidas e profundas, o que nos tirava a sanidade.

Senti minhas paredes internas se contraírem e como que propositalmente Lauren diminuiu a intensidade das estocadas, eu estava louca de tesão e com seu pênis todo dentro de mim movi meu quadril vagarosamente para cima e para baixo, fazendo-a me alcançar mais a fundo, e atingir meu ponto esponjoso.

- Hmmn... Isso... _ Joguei minha cabeça para trás e Lauren agarrou meus cabelos entre seus dedos, deu um puxão ao mesmo tempo em que meteu forte dentro de mim, me arrancando um grito carregado de prazer e desejo, foi tudo o que precisava pra atingir o meu limite.

Me deixei gozar demoradamente ao mesmo tempo em que sentia os jatos quentes dela me atingirem fundo...

- Porra!! Eu amo quando você goza no meu pau, Camila. Você me faz gozar só por te sentir apertando ele tão gostoso assim. _ Diz com a respiração pesada, alisando minhas costas.

Levamos alguns minutos nos recuperando e logo tudo recomeçou... Nossos corpos se desejavam mais que tudo.

Lauren se deitou na cama e eu me sentei em seu quadril, nos beijamos intensamente até que eu encaixei novamente seu pênis em minha entrada, minhas paredes internas se dilataram para abrigá-lo e ao mesmo tempo se contraiu em volta dele, gemi baixo e Lauren grunhiu de prazer.

Expalmei minhas mãos em seu abdômen e começei me mover, ela segurou em minha cintura possessivamente intensificando os movimentos de cima pra baixo.

Depois de um tempo me senti cansada e então ela apertou minha bunda me pressionando pra baixo e logo em seguida fazendo um vai e vem, criando um atrito delicioso contra nossas intimidades, eu gemi descontrolada. A sensação de ter o pau dela indo fundo em mim, tocando meu útero alcançando pontos estratégicos era maravilhosa.

Deslizei minhas mãos até seus seios e me inclinei pra poder chupar o esquerdo, se tinha uma coisa que à excitava ao extremo era quando eu lhe provocava fazendo movimentos circulares com minha língua sobre o bico de seu seio. Ela ficava simplesmente louca.

Continuei a brincar com o bico do seu seio, dessa vez o direito enquanto ela gemia do jeito rouco que me alucina e me apertava com força contra ela.

- Assim você acaba comigo, sabia? _ À encarei e ela parecia hipnotizada em meus olhos, sorrio mordendo seu lábio inferior.

- Essa é a idéia. _ Iniciei um beijo lento e cheio de luxúria enquanto rebolava devagar no seu pau.

De repente ela nos girou sobre o colchão ficando por cima de mim e começou a meter com agilidade e força.

- Oh! Lauren... Ahn... _ Gemi. - Lo... Eu vou gozar.

- Goza, pequena. Goza pra mim, aperta gostoso o meu pau, latina... vai...

- Awn ...

A cada gemido que saia da minha boca Lauren metia com mais força em mim, senti minha intimidade apertar seu pau, e gemi alto gozando forte mais uma vez.

Ela deu mais duas estocadas e então gozou também, me preenchendo por dentro.

Seu corpo caiu por cima do meu e eu à abracei... Fiquei fazendo carinho em seus cabelos e ela beijava meu pescoço e ombro até nossa respiração se normalizar. Lauren foi saindo devagar de dentro de mim e eu gemi com a falta de contato.

Ela se deitou do meu lado e me puxou pra ela, me abraçou e beijou o canto da minha testa antes de começar a acariciar meus cabelos.

Eu já começava a ficar sonolenta...

Pov. Lauren

- Lolo?

- Oi...

- Você ainda se lembra da primeira vez que nos vimos? _ Levantou a cabeça do meu peito para me encarar.

- É claro. Como eu poderia me esquecer se foi naquela mesma noite que eu começei a viver ao invés de apenas existir? Foi ali que me apaixonei perdidamente por você, Camila Cabello. _ Falei fazendo carinho em seu rosto.

- Quando nós nos trombamos naquele banheiro eu estava me sentindo um lixo por ser praticamente obrigada a sair com aquele homem, eu não fazia idéia do que seria da minha vida e da minha irmã daquele dia em diante porque eu havia deixado o James furioso por ter me negado a ficar com ele.

- Camz... _ Ela tentou falar mas eu coloquei meu indicador sobre seus lábios à impedindo.

- Mas aí você apareceu, como anjo protetor, e foi exatamente isso o que você foi e vem sendo na minha vida, Lolo. Quando eu acordei nos seus braços e vi esses olhos lindos me encarando com preocupação, eu me senti protegida de todo mal. Algo dentro de mim mudou naquele instante, eu nem fazia idéia de que aquilo era apenas eu me apaixonando por você. Nós começamos a nossa história a partir daquele segundo. _ Eu sorria encantada ouvindo as palavras dela, beijei sua testa e depois lhe dei um selinho.

- Eu me perdi e me encontrei em você, tudo o que me tornei, tudo o que sou hoje foi por sua causa, Camz. Eu te devo tudo o que tenho, amor. Você me deu uma filha linda e eu vou agradecer Deus e à você todos os dias da minha existência por isso.

- À mim não tem o que agradecer, minha vida. Mas preciso dizer que sua gratidão à Deus será em dobro agora. _ Ela sorriu e eu fiquei perdida por alguns segundos antes de perceber que ela havia posto minha mão direita sobre sua barriga. - Vamos ter mais um bebê, amor.

- Camz, isso... É sério?

- Muito. Já estava desconfiada à algum tempo e tive a certeza ontem. Estou de quase três semanas.

- Meu amor, isso é ótimo, é maravilhoso! Eu vou ser mãe de novo?

- Vai.

- Ai, meu Deus... _ Lhe dei um selinho rápido pra em seguida me apertar entre meus braços. - Obrigada, amor. Obrigada!

- Eu te amo.

- Também te amo, pequena. _ Beijei sua testa e em seguida desci até sua barriga onde deixei um beijo demorado. - Oi, meu anjinho... A mommy já te ama também, te amo muito.

- Sinto que vai ser outra menininha.

- Será? _ Sorrio limpando minhas lágrimas.

- Meu instinto materno me diz isso.

- Eu machuquei você? Eu fui muito bruta, Camz. E se eu...

- Amor, você não fez nada, fica tranquila. Eu estou bem.

- Tem certeza?

- Sim. Além do mais o bebê está bem protegido, você sabe.

- Tudo bem... _ Diz por fim se deixando convencer. - Você me espera voltar de viajem pra contarmos juntas pra Lara? Podemos fazer uma vídeo chamada com a Nanda também.

- Claro que sim. Eu não penso em fazer isso sem você.

- Eu prometo te fazer feliz, pequena. Prometo dar tudo de mim pra retribuir toda a felicidade que me faz sentir, todo o amor que me dá.

- Apenas me ame, Lolo. Enquanto você me amar eu serei a mulher mais feliz desse mundo.

- Sabe, Camz... Quando eu olho nos seus olhos consigo ver o porquê de tudo ter acontecido, o motivo pra eu ter esperado tanto tempo pela felicidade.

Tinha que ser você a mulher que entraria na minha vida pra ser dona do meu coração, da minha vida e do meu amor... Era você o tempo todo! Sempre foi você.

FIM

"Desde o dia em que eu te vi

De um coração que foi quebrado

Eu estava transformada em algo novo."

- It's always been you



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