1. Spirit Fanfics >
  2. Ivy Greene >
  3. Capítulo 3

História Ivy Greene - Capítulo 3


Escrita por: Zaidanzinha

Capítulo 4 - Capítulo 3


      - Fawkes? – Hermione olhava espantada para a ave em minhas mãos. – Mas o que...

      - Estou me fazendo essa pergunta a um bom tempo também.

      - Com que finalidade Dumbledore lhe daria a Fênix? Elas não tem toda aquela coisa de lealdade ao seu dono? – Rony soltou.

      - Bom, pelo jeito Dumbledore a deu a mim... me tornando, assim, sua dona.

      - Dá pra fazer isso?

      - Eu não sei, Rony. Mas ele fez, ta legal? – explodi.

      - Você ganha uma fênix, e eu um Pomo! – Harry resmungou.

      - Agora a culpa é minha? – impliquei chateada. – Se vocês não perceberam, não fomos nós que escolhemos o presente. E eu não faço a mínima idéia do por que de ter sido eu. Eu nem sabia que Fawkes ainda estava viva! Pra mim ela a muito já havia ido, ok? Portanto não me culpem.  E se não vão ficar felizes por mim, eu vou para meu quarto.

      Subi as escadas batendo a porta e colocando a gaiola em cima da cama. Abri a portinha e libertei a ave cor de escarlate que veio até minha mão, se aninhando ali.

      - Que coisa magnífica você é, né! – deitei e fiquei acariciando suas penas.

      Uma batida na porta chamou minha atenção.

      - Posso entrar? – a voz de Fred foi ouvida do outro lado.

      Não respondi e ouvi a porta se abrir atrás de mim.

      - Disseram que você estaria aqui. – ele se aproximou. – incrível, não é?! Uma fênix! – disse maravilhado se sentando ao meu lado na cama.

      - Está aqui para me criticar também? – apontei.

      - Claro que não, Ivy! – levantou as sobrancelhas levemente irritado. – E realmente me magoa que pense assim de mim.

      O tom de deboche era perceptível em sua voz. Eu ri.

      - Bocó. – rimos juntos.

      - Você tem alguma idéia da causa desse presente? – disse enquanto se aconchegava mais na cama.

      Suspirei.

      - Dumbledore sempre fez as coisas que queria, da forma que queria, e isso incluía que ninguém mais soubesse de seus planos, a não ser ele mesmo... então é totalmente um mistério pra mim... apesar de estar bem agradecida com um presente desses, isso ainda me intriga e me deixa com uma pulga atrás da orelha. E se eu não conseguir cuidar dela direito? Eu digo, já tenho o Ozzy e tudo o mais... não entendo...

      - Deixa de ser boba, Ivy. – Fred murmurou. – Você é perfeitamente capaz de cuidar de uma fênix. Pelo amor de Deus, pra que essa depreciação, mulher? E pense, é uma ajuda a mais na busca das partes de Você-sabe-quem, correto? Quem sabe essa não seja a finalidade?

      Ponderei por um momento essa idéia... apesar de já não acreditar muito nisso... Eu pensei nas palavras de Dumbledore “Para fazer companhia nas horas em que estiver mais sozinha”... não, com certeza não era ajuda contra Voldemort. Mesmo assim tudo que fiz foi concordar com a cabeça.

      - É... talvez você esteja certo, afinal. – concordei. – Pelo jeito essa sua cabeça não serve apenas para pegadinhas, em?!

      - Sou um gênio de mil e uma utilidades. – rimos. – Anda, temos muita coisa pra fazer antes de cantarmos os parabéns para o Harry.

      Concordei e coloquei Fawkes na cama saindo do quarto em seguida.

      Quando a Sra. Weasley nos chamou para o jantar, meu corpo doía de tanto trabalho. Desse jeito eu estaria acabada quando o verdadeiro trabalho começasse. Não conversei com nenhum dos três o resto do dia. Não foi muito difícil evitá-los, já que pareciam estar fazendo a mesma coisa comigo.

       Depois que cantamos parabéns eu não terminei de comer meu pedaço de bolo e logo fui para meu quarto com a desculpa –nem tão desculpa assim - de estar cansada. Entrei no cômodo silencioso aliviada e me arrumei para dormir. Não demorou muito para que eu caísse exausta na cama e adormecesse logo em seguida.

 

      - Ivy, pode me ajudar com o fecho do vestido? Parece estar emperrado. – Hermione saiu do banheiro segurando o cabelo no alto de sua cabeça.

      Sorri e fechei o resto que faltava. A tensão de ontem parecia ter se dissipado, pelo jeito Molly nos fazendo trabalhar até a exaustão estava resultando em algo, portanto tudo que todos precisavam era de uma noite de sono para que toda a mágoa do dia anterior fosse embora.

      - Pronto. – respondi.

      - Obrigada! Aqui, Deixe-me ajudá-la. – ela pegou a franja rebelde que estava saindo da trança do meu penteado. – Se eu tivesse laquê aqui daria um jeito nisso rapidinho.

     - Tivesse o que? – perguntei desentendida.

     Ela sorriu.

     - Um produto trouxa para fixar o cabelo. Nada de mais... pronto... acho que consegui.

       Terminei de me arrumar e nós duas descemos para a recepção. Harry estava vestido como o “primo” Barny dos Weasley - devido à poção polissuco que ingerira mais cedo -. Não acho que ruivo seja uma cor que combine com ele. Ele estava junto dos meninos Rony, Fred e Jorge. Nos aproximamos.

      *— Quando eu me casar, — disse Fred, puxando o colarinho da sua própria veste, — Eu não me preocuparei com nada dessas besteiras. Vocês podem usar o que quiserem, e eu irei lançar um feitiço do corpo preso na mamãe, antes de tudo acabar.*

      - Se lembre disso, Ivy! – Jorge piscou pra mim me fazendo corar.

      - Ivy, minha ruiva, você está linda assim. Não precisa de nada muito exagerado pro nosso casamento, ok? – completou Fred.

       Ri envergonhada.

      - Vou me lembrar disso, meninos.

      Puxei Hermione pelo braço e entramos o mais rápido que pudemos.

      - O que foi aquilo? – Mione perguntou com um sorriso brincando nos lábios.

      - Não faço idéia! – disse tentando tirar o tom rubro estampado na minha cara.

      Nos sentamos em umas cadeiras da frente e esperamos a cerimônia começar.

      Foi tudo maravilhoso e eu não conseguia tirar da cabeça as falas de Fred mais cedo, e por várias vezes imaginei-me ali no altar com ele. Segurando suas mãos, falando nossos votos. Quando menos esperei a cerimônia acabou.

      Todos se reuniram para a festa. Sentei em uma mesa com Rony, Harry vulgo Barny e Hermione.

       Eles estavam conversando algo que eu não estava prestando muita atenção. Em algum momento da conversa Krum, o ex namorado da Mione se juntou a nós e foi aí que eu me desliguei totalmente.

        Até que uma mão apareceu na minha frente me assustando.

      - Dança comigo, senhorita? – olhei para cima e sorri ao encontrar o cara divertida de Fred me olhando com expectativa. 

      - Claro! – sorri e dei minha mão pra ele.

      Andamos até o meio da pista de dança. Ele pegou em minha cintura e eu passei meu braço por sua nuca. Logo estávamos dançando em um circulo quase perfeito seguindo a batida lenta e romântica da música

      Dançamos uma, duas, três, quatro músicas juntos. Fred era um ótimo dançarino e vivia me fazendo rir com suas palhaçadas. Nos cansamos e fomos sentar. Fiquei mais um tempo conversando com Rony que só sabia ficar olhando com a cara feia para Hermione e Krum que pareciam se divertir com a dança. Eu estava prestes a dizer para ir lá e chamar Mione para dançar, quando um feixe que luz atravessou o aposento e parou no meio da pista de dança. Demorei alguns segundos para discernir que o feixe de luz era na verdade um lince. Ele abriu a boca e falou em uma voz grave de Kingsley Shaklebolt:

      *- O Ministério caiu. Scrimgeour está morto.  Eles estão chegando.

      Saquei minha varinha e fiquei perto de Rony. Pessoas corriam, gritavam e se esbarravam umas nas outras. Eu e Rony procurávamos incessantemente por Hermione e Harry.

      Fui arrancada dos braços de Rony e levada para o meio do salão, tentei tatear e buscar pela mão de Rony, mas ele havia sumido. Gritei por ele ou por qualquer outro, mas eu não conseguia ver ninguém. Vi um feixe de luz passar raspando pela minha cabeça e antes de olhar pra ver quem era apontei minha varinha na mesma direção do ataque.

      - Estupefaça. – lancei, mas o comensal já não estava mais lá.

      Estava um caos, eu via feixe de luz por todos os lados e com sorte consegui desviar e contra atacar algumas maldições. Fred logo me alcançou e juntos fomos nos defendendo dos ataques, ele me deixava sempre perto dele com a promessa de me levar até os meninos para que eu pudesse sair dali.

       - Consegue ver eles? – gritei para ele em meio a cacofonia.

       - Nada ainda! – ele gritou de volta.

      Ficamos de costas um para o outro e nos defendíamos e atacávamos da melhor forma possível. Pelo canto do olho vi Lupin derrubar um Comensal e Gina lançar um contra feitiço em outro. Bill e Fleur estavam comigo e Fred. Mas ela fora atingida e Bill foi obrigado a se afastar da confusão com a amada nos braços.

      - Ivy! – alguém gritou. – Ivy, onde você está? Ah, achei! Harry, eu achei. Vamos! Ivy! Aqui. Venha, estamos aqui.

      Olhei em direção à voz e lá estava os três de mãos dadas a minha espera. Sorri aliviada e antes que eu pudesse me despedir de Fred um comensal aparatou na nossa frente estuporando ele. Seu corpo caiu com um baque inconsciente no chão.

      O desespero bateu. Eu não deixaria Fred para trás, se o fizesse, ele morreria! Abaixei-me e peguei seu enorme corpo com meus braços finos cambaleando debilmente até meus amigos. Estava a poucos passos de desaparatar dali, mas outro comensal apareceu atrás deles. Saquei minha varinha deixando o corpo de Fred cair mais uma vez no chão.

      - Petrificus Totalus. – lancei e acertei em cheio. – Vão! – gritei para eles. – Vão! – gritei outra vez ao ver que eles ficaram estáticos. – Eu vou ficar bem! Vão logo, eles são muitos. – como para demonstrar outro comensal aparece perto de mim. Consigo estuporá-lo e quando volto-me para meus amigos eles não estão mais lá.

      Eles conseguiram, se salvaram. Eles estão a salvo!

      Me tranqüilizei e abaixei-me para pegar Fred mais uma vez. Consegui encontrar a cabeleira ruiva do Jorge e gritei por ele. Ele olhou depois de muito custo e viu o corpo inerte de Fred no chão. Ele correu em minha direção me ajudando a suspendê-lo.

      Conseguimos nos afastar do tumulto e nos encontramos com o Sr. Weasley.

      - Pegue Gina e vá para casa do Kingsley. Lá vocês esperam por informações para nos encontrarmos.

      Com um aceno Jorge pegou na mão de Gina e na minha, meu braço estava ao redor da cintura de Fred. E assim, desaparatamos da Toca.

 

      Meu corpo atingiu o chão sendo levado pelo de Fred. Ar faltou no meu pulmão e por um momento me senti sendo estrangulada. Fiquei de costas e o céu escuro coberto de estrelas me invadiu. Uma calma repentina me atingiu, e aos poucos o ar foi voltando e minha respiração se normalizou.

       - Ivy, Ivy! Você está bem? – Jorge estava ajoelhado ao meu lado me olhando assustado.

       Assenti levemente respirando suavemente. Quando me senti melhor me pus de pé e ajudei Jorge a sustentar o corpo de Fred. Com Gina na frente, entramos na casa de Kingsley e a selamos com magia para proteção.

      - Acho que estamos seguros por enquanto. – Jorge murmurou e colocou Fred no sofá da sala.

      Sem o peso de Fred, meu corpo pôde relaxar e eu pude avaliar a nossa situação. A vontade de chorar foi imensa. Mas não me senti no direito de chorar, não queria ser a garotinha frágil. Eu precisava ser forte, me sustentar. Por Harry, Rony, Hermione, meus pais, Fred, Jorge, Gina... todos. Todos precisavam ser fortes e nos ajudar.

      Portanto, deixando as emoções de lado respirei fundo.

      - Acho que devemos nos limpar, tirar essas roupas e descansar. Devemos ficar ligados para qualquer mensagem dos demais. – disse tirando o sapato de salto e subindo as escadas desabotoando o vestido.

      Entrei no banheiro mais próximo e liguei o chuveiro deixando a água gelada cair no meu corpo quente dando um contraste dolorido. Sentindo-me segura pelo barulho do chuveiro deixei que as lágrimas caíssem, e em pouco tempo eu estava soluçando debilmente no chão do box. 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...